Brad E. Kelle em seu artigo, p. 182, indicado aqui, sintetiza a pesquisa sobre Os 1-3 ao longo do século XX da seguinte maneira:
From the early 1900s to the 1980s, the primary interpretive trends of Hosea 1–3 focused on the biography of the prophet and the historical-, form-, and text-critical analysis of the text’s language and imagery (e.g., Harper 1905). Investigations prior to the 1930s dedicated much energy to reconstructing the details of Gomer as an unfaithful wife, while scholarship from the 1930s forward increasingly emphasized the purported background of a sexualized Baal cult in eighth-century Israel, with an increasing emphasis on identifying comparative ancient Near Eastern traditions that shed light on the text’s imagery. Beginning in the 1980s, feminist-critical readings and gender-related issues came to the fore. In subsequent years, a particular focus on metaphor, literary, and symbolic analyses have joined the variety of gender-focused treatments, resulting in new literary and socio-historical readings that revisit older issues and offer previously unseen ways of conceptualizing the book of Hosea as a whole, as well as the marriage metaphor with which it begins.
De 1900 até por volta de 1980, as principais tendências interpretativas de Oseias 1–3 priorizaram a biografia do profeta e as análises histórico-crítica, formal e textual da linguagem e das imagens do livro. Investigações anteriores à década de 30 dedicaram muita energia à reconstrução dos detalhes de Gomer como uma esposa infiel, enquanto a pesquisa a partir da década de 30 enfatizou cada vez mais o suposto pano de fundo de um culto sexualizado de Baal no Israel do século VIII a.C., com ênfase crescente na comparação com tradições do antigo Oriente Médio que esclarecem as imagens do texto. A partir dos anos 80, as leituras crítico feministas e as questões relacionadas a gênero vieram à tona. Nos anos subsequentes, um enfoque particular nas análises metafóricas, literárias e simbólicas juntaram-se à variedade de tratamentos focados no gênero, resultando em novas leituras literárias e sócio-históricas que revisitam questões antigas e oferecem maneiras nunca antes vistas de conceituar o livro de Oseias como um todo, assim como a metáfora do casamento com a qual ele começa.