A disciplina Pentateuco é estudada no segundo semestre do primeiro ano, com carga horária de 4 horas semanais. Há uma profunda crise nesta área de estudos, muito semelhante à crise da História de Israel. A teoria clássica das fontes JEDP do Pentateuco, elaborada no século XIX por Hupfeld, Kuenen, Reuss, Graf e, especialmente, Wellhausen, vem sofrendo, desde meados da década de 70 do século XX, sérios abalos, de forma que hoje muitos pesquisadores consideram impossível assumir, sem mais, este modelo como ponto de partida. O consenso wellhauseniano foi rompido, contudo, ainda não se conseguiu um novo consenso e muitas são as propostas hoje existentes para explicar a origem e a formação do Pentateuco.
I. Ementa
Oferece ao aluno um panorama da pesquisa exegética na área da formação e composição dos cinco primeiros livros da Bíblia e estuda os seus principais textos.
II. Objetivos
Familiariza o aluno com as tradições históricas de Israel e com as mais recentes pesquisas na área do Pentateuco para que o uso do texto na prática pastoral possa ser feito de forma consciente.
III. Conteúdo Programático
1. Novos paradigmas no estudo do Pentateuco
2. O Decálogo: Ex 20,1-17 e Dt 5,6-21
3. A criação: Gn 1,1-2,4a e Gn 2,4b-25
4. O pecado em quatro quadros: Gn 3,1-24
5. O dilúvio: Gn 6,5-9,19
6. A cidade e a torre de Babel: Gn 11,1-9
7. As tradições patriarcais: Gn 11,27-37,1
8. O êxodo do Egito: Ex 1-15
IV. Bibliografia
Básica
MESTERS, C. Paraíso terrestre: saudade ou esperança? 20. ed. Petrópolis: Vozes, 2012.
SCHWANTES, M. Projetos de esperança: meditações sobre Gênesis 1-11. 2. ed. São Paulo: Paulinas, 2009.
SKA, J.-L. Introdução à leitura do Pentateuco: chaves para a interpretação dos cinco primeiros livros da Bíblia. 3. ed. São Paulo: Loyola, 2014.
Complementar
BOUZON, E. O Código de Hammurabi. 10. ed. Petrópolis: Vozes, 2003.
BRANDÃO, J. L. Ele que o abismo viu: Epopeia de Gilgámesh. Belo Horizonte: Autêntica, 2017.
DA SILVA, A. J. Histórias de criação e dilúvio na antiga Mesopotâmia. Artigo na Ayrton’s Biblical Page, 2018.
DA SILVA, A. J. O pentateuco e a história de Israel. In: Teologia na pós-modernidade: abordagens epistemológica, sistemática e teórico-prática. São Paulo: Paulinas, 2007, p. 173-215.
DA SILVA, A. J. Pequena bibliografia sobre o Livro do Êxodo, o Pentateuco e o Êxodo do Egito. Observatório Bíblico: 19 de julho de 2011.
DOZEMAN, T. B.; SCHMID, K. (eds.) A Farewell to the Yahwist? The Composition of the Pentateuch in Recent European Interpretation. Atlanta: Society of Biblical Literature, 2006. Disponível online.
DOZEMAN, T. B.; RÖMER, T.; SCHMID, K. (eds.) Pentateuch, Hexateuch, or Enneateuch? Identifying Literary Works in Genesis through Kings. Atlanta: Society of Biblical Literature, 2011. Disponível online.
GARCÍA LÓPEZ, F. O Pentateuco. 2. ed. São Paulo: Ave-Maria, 2004.
GRUEN, W. et al. Os dez mandamentos: várias leituras. 2. ed. Estudos Bíblicos, Petrópolis, n. 9, 1987.
SCHWANTES, M. et al. A memória popular do êxodo. 2. ed. Estudos Bíblicos, Petrópolis, n. 16, 1996.
SCHWANTES, M. et al. Pentateuco. RIBLA, Petrópolis/São Leopoldo, n. 23, 1996/1.
SKA, J.-L. O canteiro do Pentateuco: problemas de composição e de interpretação/aspectos literários e teológicos. São Paulo: Paulinas, 2016.
STORNIOLO, I. Mandamentos, ontem e hoje (Entrevista com Pe. Ivo Storniolo). Vida Pastoral, São Paulo, n. 149 , p. 27-29, nov./dez. 1989. Disponível online.
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