Cui prodest scelus, is fecit – Aquele a quem o crime aproveita foi quem o cometeu.
Marina abre o jogo e diz a que veio – Emir Sader: Blog do Emir 29/08/2014
Significativo o silêncio dos candidatos da oposição sobre política exterior, do Mercosul aos BRICS, passando por Unasul, CELAC, Banco do Sul, Conselho de Defesa Sul-Americano. De repente, talvez revelando excessiva confiança nas pesquisas, Marina lança os primeiros itens do seu programa, incluindo a política externa e seus desdobramentos.
Lança a ideia de baixar o perfil do Mercosul, velho sonho acalentado pelos entreguistas locais e pelos governos dos EUA.
Como contrapartida, o programa dos marinecos destaca a importância que daria a acordos bilaterais. Ninguém tem dúvida de que ela se refere primordialmente a algum tipo de tratado bilateral com os EUA, projeto do governo FHC que foi sepultado pelo governo Lula.
Pode-se imaginar as projeções dessa postura proposta pela Marina para outros temas, como Unasul, CELAC e BRICS. Significaria estender esse perfil baixo para essas outras instituições justamente no momento em que os BRICS fundaram novas instituições, que projetam um mundo multipolar, e o Mercosul e Unasul retomam uma dinâmica de fortalecimento.
É tudo o que os EUA gostariam: deslocar o Brasil, país chave nessas novas configurações de força no plano internacional, para voltar a ser um aliado subalterno deles e porta-voz das suas posições, hoje tão isoladas. Dar golpes mortais no Mersosul e na Unasul, enfraquecer as posições dos BRICS.
Não contente de ser guindada a candidata da direita brasileira, Marina assume também a representação do capital financeiro internacional e da agenda dos EUA.
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