Para quem se interessa por textos pseudepígrafos, como 1Henoc, Testamento de Abraão, Artápano, Cleodemo Malco, Eupólemo, A vida de Adão e Eva, Os Salmos de Salomão, Oráculos Sibilinos e muitos outros, é interessante acompanhar o desenvolvimento do site The Online Critical Pseudepigrapha, que oferece ao visitante textos pseudepígrafos disponíveis online em suas línguas originais – ou nas mais antigas traduções existentes – e com aparato crítico, em projeto patrocinado pelo King’s University College, da University of Western Ontario, Canadá.
Como acompanhar o desenvolvimento do OCP com comodidade? Visitando o blog Online Critical Pseudepigrapha News, assinado por Ken Penner, Ian W. Scott e David Miller. Fácil e proveitoso.
Confira também o meu artigo na Ayrton’s Biblical Page: Quem somos nós? Falam autores judeus antigos onde aparecem vários destes autores e seu pensamento. No artigo explico que a partir do século III a.C., com a assimilação da língua e dos gêneros literários gregos, vários judeus tentam explicar aos seus conterrâneos e aos gregos cultos, especialmente de Alexandria, que o judaísmo é uma religião respeitável e recomendável pela sua antiguidade e pelos feitos de seus líderes. Escrevendo em grego, e em gêneros literários gregos – da historiografia à filosofia – autores como Aristeias, Artápano, Teodoto, Jasão de Cirene e outros nos legam uma literatura de apologia do judaísmo, mas que é, ao mesmo tempo, excelente testemunho da resistência e da submissão desse povo e dessa cultura ao dominador grego. Por isso, no artigo, proponho a abordagem, em um primeiro momento, desta literatura de um modo geral e, em seguida, da Carta de Aristeias a Filócrates e de alguns historiadores como Demétrio, Eupólemo, o Samaritano anônimo, Artápano e o Pseudo-Hecateu. Naturalmente esta é apenas uma amostragem, mas creio que bastante significativa, do processo de helenização que avança inexoravelmente entre os judeus durante os últimos três séculos antes da era cristã.