Testemunhos sobre o teólogo J. B. Libânio

J. B. Libânio. A trajetória de um teólogo brasileiro. Testemunhos

No ano do cinquentenário do início do Concílio Vaticano II e dos 40 anos do lançamento do livro Teologia da Libertação de Gustavo Gutierrez que abriu um novo e inédito panorama teológico na América Latina e no mundo, celebramos os 80 anos de vida de um teólogo brasileiro, João Batista Libânio. Os testemunhos publicados nesta edição da IHU On-Line descrevem esta trajetória. Contribuem para o debate Leonardo Boff, José Oscar Beozzo, Faustino Teixeira, Carlos Roberto Drawin, Pedro Rubens, Luiz Carlos Susin, Maria Teresa Bustamante Teixeira, Geraldo De Mori e J. B. Libânio.

Fonte: IHU On-Line 394 – Ano XII – 28.05.2012

Semana Teológica no CEARP em 2012

A Faculdade Católica de Filosofia e Teologia de Ribeirão Preto (CEARP) promove de 25 a 28 de junho de 2012, a 3ª Semana Teológica, com o tema A Caminhada da Igreja à luz da Lumen Gentium.

Palestras e Mesa Redonda com Mário de França Miranda  (PUC-Rio) e Maria Freire da Silva (Faculdade de Teologia N. S. da Assunção – PUC-SP)

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O ilustre pai da Teologia da Libertação

Gustavo Gutiérrez, o pai da teologia da libertação

Ele avançou um pouco cansado, apoiou na mesa a sua bengala preta que ele nunca abandona, e se sentou. De passagem por Paris, por ocasião do 50º aniversário do Comitê Episcopal França-América Latina (Cefal), Gustavo Gutiérrez, considerado o “pai” da teologia da libertação, já se encontrou com missionários, estudantes e professores do Institut Catholique de Paris, responsáveis pelo Secours Catholique, parceiro do CCFD [Comitê Católico contra a Fome e pelo Desenvolvimento]. Na manhã do dia 24, na sala da casa provincial dos sulpicianos onde ele se hospedava, ele evocou de novo aquela teologia que marcou profundamente a Igreja latino-americana. Falar de si mesmo não é um de seus hábitos. Mas, nessa manhã em que a primavera [europeia] clareava as velhas paredes da sala, esse pequeno homem, simples, amável, aceitava fazer o relato da sua vida. O encontro durou quase três horas. Também poderia ter continuado. Gustavo Gutiérrez não estava mais cansado. Ele nasceu em Lima, no Peru. Com apenas 12, por causa de uma osteomielite, ficou preso à cama durante vários anos. “Não havia antibióticos. Eu era aluno dos Irmãos Maristas. Tive que abandonar a escola”. Estudava em casa, jogava xadrez, lia. “Meu pai era um grande leitor”, lembra. “Seguramente, ele me influenciou. Dele também herdei o senso de humor, que ele sempre mostrava, apesar das nossas dificuldades”. Aos 15 anos…

Leia o texto completo em Notícias IHU: 04/04/2012

Gustavo Gutiérrez, père de la théologie de la libération

Il s’est avancé, un peu las, un peu ailleurs, a posé sur un coin de table sa canne noire qui ne le quitte pas, s’est assis. De passage à Paris à l’occasion des cinquante ans du Comité épiscopal France-Amérique latine (CEFAL), Gustavo Gutiérrez, considéré comme le «père» de la théologie de la libération, a déjà rencontré des missionnaires, des étudiants et des professeurs de l’Institut catholique de Paris, des responsables du Secours catholique, des partenaires du CCFD. Ce matin, dans le grand salon de la maison provinciale des Sulpiciens où il séjourne, il évoque à nouveau cette théologie qui a profondément marqué l’Église latino-américaine. En revanche, parler de lui n’est pas dans ses habitudes. Pourtant, en cette matinée où le printemps éclaire les murs vieillots de la pièce, ce petit homme simple et attachant accepte de faire le récit de sa vie. La rencontre a duré près de trois heures. Elle aurait pu se poursuivre. Gustavo Gutiérrez n’était plus fatigué. Né à Lima (Pérou), il a tout juste 12 ans lorsqu’une ostéomyélite le cloue au lit plusieurs années. «Il n’y avait pas d’antibiotiques. J’étais élève chez les frères maristes. J’ai dû quitter l’école.»  Il étudie à la maison, joue aux échecs, lit. « Mon père était un grand lecteur , se souvient-il. Il m’a sans doute influencé. Je dois également tenir de lui pour le sens de l’humour dont il faisait toujours preuve malgré nos difficultés.» À 15 ans…

Lei o texto completo em La Croix: 23/03/2012

SOTER 2012: Mobilidade Religiosa

A SOTER – Sociedade de Teologia e Ciências da Religião – comunica que seu 25º Congresso Anual terá como tema Mobilidade Religiosa. Linguagens – Juventude – Política e será realizado na PUC-Minas, em Belo Horizonte, de 9 a 12 de julho de 2012.

Diz a SOTER:

“Interpretar o atual caleidoscópio religioso do Brasil é um desafio importante. Tanto do ponto de vista da constatação quantitativa, quanto do ponto de vista de sua compreensão de fundo. O que nos revela a grande mobilidade e o trânsito religioso em curso em nosso país? Como interpretar as linguagens daí decorrentes, bem como as novas formas de organização da pertença religiosa, seu maior ou menor grau de institucionalização, seu aporte à transformação social? Que influência essa massiva presença do religioso tem na formação de valores éticos e que relações estabelece com a política? Como os jovens se situam dentro desse processo de recomposição do campo religioso nacional?

As teorias da perda progressiva do papel das religiões nas sociedades modernas, que serviram para interpretar a situação de secularização na Europa, não conseguem explicar a situação brasileira e latino-americana. De fato, o período em que nosso país sofreu o maior impacto de modernização e urbanização (anos 60-90 do séc. XX), viu nascer e se consolidar duas grandes recomposições da religião entre nós. De um lado, a da teologia da libertação, com sua leitura profética, ética e política do cristianismo. De outro lado, a dos pentecostalismos e neo-pentecostalismos, que sinalizam para modificações substanciais, quer na experiência religiosa quer na compreensão do papel da religião na sociedade contemporânea. As duas tendências questionaram os teóricos da secularização e suas apostas de enfraquecimento ou desaparecimento da religião. Constata-se, é verdade, um número cada vez maior dos que se declaram sem religião, mas não necessariamente isso significa ateísmo, agnosticismo ou não referência à transcendência. Percebem-se, também, processos acelerados de desinstitucionalização, tanto no catolicismo quanto no protestantismo histórico. O que mais impressiona em tudo isso é o trânsito constante de uma confissão a outra, bem como a construção de religiosidades à medida do indivíduo e de expressões religiosas ‘à la carte’. Constata-se igualmente a crise da tradição latino-americana do cristianismo libertador, que tanto contribuiu na formação de valores éticos e cidadãos, e na formação para a política.

Ao propor para 2012 o tema Mobilidade Religiosa. Linguagens – Juventude – Política, o 25º Congresso da Soter aborda um tema relevante na atualidade, que necessita ser interpretado por cientistas sociais, teólogos/as, filósofos/as e cientistas da religião, contribuindo assim para uma melhor compreensão do fenômeno em questão”.

Novos desafios para o cristianismo: a contribuição de Comblin

No site da Adital, Eduardo Hoornaert diz em 07/03/2012:

Comunico a quem tiver interesse que no dia 20 de março próximo – no mais tardar – sairá do prelo da editora Paulus o livro Novos desafios para o cristianismo: a contribuição de José Comblin. A intenção é dinamizar a reflexão a partir da contribuição de um dos mais importantes teólogos que atuaram na América latina nos últimos decênios. Participante, desde as primeiras horas, da teologia da libertação, Comblin nunca deixou de ser ao mesmo tempo crítico e concretamente envolvido em trabalhos em prol da causa dos pobres neste continente, até os últimos dias da vida.

Estão sendo programados diversos lançamentos do livro por ocasião do primeiro aniversário da morte de José Comblin que ocorre no dia 27 de março próximo. Em Belo Horizonte haverá um lançamento capitaneado por Dom José Maria Pires, arcebispo emérito da Paraíba, que acolheu a experiência pedagógica de Comblin e lhe deu sempre seu apoio. Outros lançamentos são previstos, imagino, em João Pessoa, Recife e Salvador. Há talvez outros lugares. Além disso prepara-se uma edição do livro em espanhol pelo DEI (Departamento de Estudos e Investigações) de Costa Rica, que também deve sair em breve. Incluo aqui em anexo dois textos breves que ajudam a conhecer o conteúdo do livro:

. uma listagem dos capítulos
. uma apresentação dos autores

Novos desafios para o cristianismo: a contribuição de José Comblin

Coordenação: Eduardo Hoornaert

Introdução. Criticidade e compromisso

1. Carlos Mesters: Carta Aberta
2. Pablo Richard: Movimento bíblico no povo de Deus e crise irreversível da igreja hierárquica
3. Ivone Gebara: Visibilidade e invisibilidade das mulheres na vida e obra de José Comblin. Um breve esboço
4. Marcelo Barros: O processo bolivariano e a contribuição de José Comblin
5. Sebastião Armando Gameleira Soares: ‘É preciso começar tudo de novo’
6. François Houtart: José Comblin e os novos desafios da teologia da libertação: a relação com a natureza
7. Luiz Carlos Susin: José Comblin, um mestre da libertação
8. Jung Mo Sung: Tarefas inacabadas das gerações, o reino de Deus e o novo império

Apresentação dos autores do livro ‘Novos desafios para o cristianismo: a contribuição de José Comblin’

 

  • Frei Carlos Mesters é frade carmelita. Ajudou na criação do CEBI, Centro ecumênico de estudos bíblicos. Gosta de trabalhar com a bíblia junto ao povo nas comunidades eclesiais de base
  • Pablo Richard nasceu no Chile. Tem licenciatura em Sagradas Escrituras pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (1967-1969) e é doutor em Sociologia da Religião pela Sorbonne (Paris, 1975-1978). Trabalha no Departamento de Estudos e Investigações (DEI) em Costa Rica e tem quarenta anos de dedicação ao movimento bíblico popular na América latina e no Caribe
  • Ivone Gebara, escritora e assessora de movimentos sociais, e professora de teologia e filosofia e membro da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora, aluna e amiga de José Comblin
  • Marcelo Barros, monge beneditino, biblista e escritor, é assessor de comunidades eclesiais de base e movimentos populares. Tem 40 livros publicados no Brasil e alguns em outros países. Está pesquisando atualmente o desafio do bolivarianismo para a teologia da libertação
  • Sebastião Armando Gameleira Soares, originário de Alagoas, fez estudos universitários na Europa (teologia, ciências bíblicas, filosofia, sociologia) e no Brasil (direito). Foi professor do Instituto de Teologia do Recife (1973-1982) e, durante 25 anos, assessor e coordenador do Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos (CEBI). Desde 2006 é bispo da diocese anglicana do Recife
  • François Houtart, sacerdote católico e sociólogo renomado, professor emérito da Universidade de Lovaina (UCL, Bélgica) e fundador do Centro Tricontinental (CETRI), ligado à mesma universidade. Uma figura bem conhecida no movimento altermundista
  • Frei Luiz Carlos Susin, frade capuchinho, é doutor em teologia, professor na PUCRS e na ESTEF (Porto Alegre), membro fundador e ex-presidente da SOTER, além de membro da direção editorial da Revista Concilium
  • Jung Mo Sung é professor no programa de pós-graduação em Ciências da Religião da Universidade Metodista de São Paulo. Atualmente exerce também a função de diretor da Faculdade de Humanidades e Direito da mesma universidade. É doutor em ciências da religião e tem estudos pós-doutorais em educação. Autor de inúmeros artigos e 17 livros
  • Eduardo Hoornaert é historiador. Colaborou por muitos anos na elaboração de uma história do cristianismo na América latina e no Caribe e atualmente estuda os primeiros escritos cristãos

Atualização: 27/03/2012
HOORNAERT, E. (org.) Novos desafios para o Cristianismo: a contribuição de José Comblin. São Paulo: Paulus, 2012, 176 p. – ISBN 9788534933360.

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Morreu o teólogo José Comblin
Depoimentos sobre José Comblin: 1923-2011

Teologia precisa desenvolver tolerância às diferenças

Ao ministrar a aula inaugural do Bacharelado em Teologia da Faculdades EST, ontem à noite, o professor Dr. Gmainer-Pranzl argumentou que o ensino e a pesquisa teológica devem ter perspectiva global, na medida em que uma “teologia mundial” tem muito a aprender a partir de formas seculares de viver e pensar.

Micael Vier B.
Terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

“Teologia e igreja não se tornam relevantes pelo fato de despejarem respostas religiosas sobre todos, mas por levarem a sério as pessoas com suas questões e seus problemas concretos”, disse o diretor do Centro de Teologia Intercultural e Estudos das Religiões na Universidade de Salzburg.

A atuação da igreja e da teologia, analisou, não deveria estar voltada somente àqueles com os quais elas têm intimidade, mas também aos estranhos, aos incômodos, aos críticos e até aos adversários. “Isso significa reconhecer que estamos inseridos num mundo culturalmente plural e conflitivo, no qual convivemos com pessoas crentes, com pessoas que têm um credo diferente e com pessoas que não creem”, assinalou.

Diante de estudantes e professores, o palestrante afirmou que uma teologia capaz de dizer algo ao mundo será sempre uma teologia comunicativa, participativa e missionária. A capacidade de diálogo representada pela teologia intercultural, destacou Pranzl, não serve para encobrir as diferenças, mas para desenvolver uma tolerância à ambiguidade a partir da qual se torna possível uma práxis de comunicação da fé capaz de passar por cima das fissuras culturais e sociais.

Pranzl admira o trabalho de dom Erwin Kräutler, bispo católico do Xingu. Ele contou que Kräutler, ao solicitar aos moradores da região que lhe dessem um conselho por ocasião de sua investidura no cargo, o povo pediu que fosse um “bispo que ouve”. A afirmativa do povo amazônico indica que a responsabilidade da fé não acontece mediante o ensinamento de uns pelos outros, mas como intercâmbio recíproco no qual todos contribuem com algo ao terem a oportunidade de ouvir, mas também de se pronunciar.

Fonte: ALC – Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação

Outra Teologia é possível e necessária

Este livro de Juan José Tamayo, teólogo espanhol, saiu recentemente.

TAMAYO, J. J. Otra teología es posible. Pluralismo religioso, interculturalidad y feminismo. Herder: Barcelona, 2011, 416 p. – ISBN 9788425427886

“Hace casi 30 años que le conozco y he podido seguir su evolución constante hacia una racionalización del hecho religioso. Su punto de partida es el interrogante de porqué las religiones se empeñan tanto en responder a preguntas que a la sociedad actual no le interesan ni les preocupan (…)

En este nuevo libro, Tamayo lo que propone es el marco sociocultural en el que la teología tendría que realizarse para poder sintonizar con las inquietudes y anhelos de nuestra sociedad, para que no sea un cuerpo extraño, e incluso incómodo a tan amplios sectores sociales en todos los continentes.

El autor centra su análisis en tres aspectos concretos: el pluralismo religioso, la interculturalidad y el feminismo. Cada apartado mencionado está exhaustivamente documentado, estudiado y analizado. Si algo tiene Tamayo es su capacidad de retener y asimilar todo lo que lee, que es muchísimo. La documentación aportada a cada tema es enciclopédica. Lo que nos indica que sus propuestas no son ocurrencias individuales.

A partir de su ingente conocimiento sobre lo que escribe, él hace su muy enriquecedora aportación sobre la que construye un libro de 416 páginas, de doce capítulos en los que el lector sentirá la sensación de que se le abren puertas y ventanas por donde entra aire fresco y regenerador de ideas que nos sitúan en una realidad más acorde con nuestro tiempo y que las religiones deberían tomar como referencia. Lo contrario es lo que produce el divorcio que estamos constatando cada día entre una sociedad dinámica e innovadora, y una religión instalada en otra época que nada tiene que ver con la de hoy y a la que nada le dice” (Ana Rodrigo: Otra teología es posible y necesaria – Atrio: 13/12/2011)

Juan José Tamayo Acosta é teólogo espanhol, doutor em teologia pela Universidade de Salamanca, é diretor da cátedra de Teologia e Ciências das Religiões “Ignácio Ellacuría” da Universidad Carlos III, de Madrid.

40 anos da TdL

Teologia que interessa ao mundo – Marcelo Barros: Adital 14/11/2011

Por onde passo, escuto a pergunta: “Dizem que a Teologia da Libertação está morta!. É verdade?”. Quase todos se refugiam em um impessoal “dizem”. Poucos assumem que eles/as mesmos/as pensam isso. Há alguns anos, personagens da cúpula católica declararam que a Teologia da Libertação tinha morrido. Disseram isso para expressar que estavam livres de um problema incômodo. Afirmaram a morte desse caminho espiritual mais para desejar que isso aconteça do que por estarem convictos de que fosse real. Entretanto, como, nas últimas décadas, as Igrejas parecem mais conservadoras e mais centradas em si mesmas, alguns concluem que, por isso, não existe mais essa relação entre fé e compromisso social. Por tudo isso, vale a pena recapitular: Chama-se “Teologia da Libertação” toda reflexão que liga a fé e a espiritualidade com o compromisso de transformar esse mundo e servir às causas da justiça, da libertação dos oprimidos e da paz. Nesse ano, estamos justamente celebrando os 40 anos do surgimento desse tipo de reflexão teológica na América Latina. Em 1971 aparecia no Peru o livro “Teologia da Libertação” de Gustavo Gutiérrez, seguido de outros escritos. No Brasil, Rubem Alves e Richard Schaull, professores do Seminário Presbiteriano de Campinas, foram pioneiros nesse tipo de reflexão. Foram perseguidos pela ditadura militar e incompreendidos pela hierarquia de sua Igreja. Na Igreja Católica, Leonardo Boff, Hugo Assmann e outros jovens trilharam o mesmo caminho. Desde o começo, a Teologia da Libertação se diversificou em vários ramos e setores. Alguns autores aprofundaram mais a relação entre o compromisso cristão e a economia. Outros pesquisaram como aplicar à Teologia alguns conceitos vindos da análise da realidade, feita pelos socialistas. Homens e mulheres aprofundaram uma leitura da Bíblia a partir da realidade do povo. O que fez de pensadores tão diversos companheiros de uma mesma causa foi o compromisso de sempre tomarem como base a realidade de sofrimento injusto dos empobrecidos para servirem à sua libertação. Eles e elas elaboraram uma teologia que expressa a fé com palavras atuais e de modo a ser melhor compreendida pelo homem e pela mulher de hoje. Pela primeira vez, a teologia passou a interessar a muita gente do mundo inteiro, independentemente das pessoas terem ou não fé religiosa. Muitos jovens e intelectuais passaram a sentir-se ligados à caminhada cristã.

Leia o texto completo.