Estudos Bíblicos: Fome e alimento na Bíblia

Fome e alimento na Bíblia – Estudos Bíblicos 137, Jan/Mar 2018

Fome e alimento na Bíblia - Estudos Bíblicos 137, Jan/Mar 2018

Fabrizio Zandonadi Catenassi. Reclamando “de barriga cheia”: o maná e as codornizes em Qibrot-hatta’awah (Nm 11,4-35)

Luiz Alexandre Solano Rossi. Entre a fome e o desespero: análise bíblico-teológica de Neemias 5,1-5

Júlio Paulo Tavares Mantovani Zabatiero. Comprai e comei; comprai, sem dinheiro e sem pagar, vinho e leite (Is 55,1-2)

Rogério Goldoni Silveira. O SENHOR dá pão para os famintos: estudo do Salmo 146

Patrícia Zaganin Rosa Martins. Deus visitou o seu povo dando-lhe pão: A luta pela sobrevivência no livro de Rute

Flávio Henrique de Oliveira Silva. O Pão nosso de cada dia dá-nos hoje: observações à luz do Evangelho de Mateus

Ildo Perondi. As refeições de Jesus em Lucas

Cristina Aleixo Simões. As refeições entre as primeiras comunidades cristãs

A Revista Brasileira de Interpretação Bíblica está online

O amigo e colega Cássio Murilo Dias da Silva enviou-me, da PUCRS, a notícia de que acaba de ser lançado o primeiro fascículo da Revista Brasileira de Interpretação Bíblica – ReBiblica

Revista Brasileira de Interpretação Bíblica - ReBiblica

Revista Brasileira de Interpretação Bíblica, v. 1, n. 1 (2018): Pesquisa bíblica no Brasil: um mosaico de desafios

Eis o texto do Cássio Murilo:

Revista Brasileira de Interpretação Bíblica: um novo periódico científico

Em setembro de 2015, os professores de Bíblia nos programas de pós-graduação de Teologia e/ou Ciências da Religião de todo o Brasil, reuniram-se, durante o congresso da Associação Nacional dos Programas de Teologia e Ciências da Religião – ANPTECRE, para partilhar experiências e traçar planos de trabalho e colaboração. Era sentida por todos a falta de uma revista para publicar artigos científicos de maior envergadura no campo da pesquisa bíblica. Diante disso, os presentes propuseram-se a fundar uma revista em formato digital para promover o avanço do estudo acadêmico da Bíblia no Brasil. Este novo periódico recebeu o nome de ReBiblica. Além de ser a abreviação de Revista Brasileira de Interpretação Bíblica, este nome é também um jogo de palavras com a frase Re Biblica, que em latim é usada para definir as “Ciências Bíblicas”, isto é, o estudo da Bíblia nas suas mais diversas perspectivas: linguísticas, literárias, histórico-geográfico-culturais e teológicas.

Após três anos de trabalho, foi lançado o primeiro fascículo deste novo periódico científico, com um panorama dos estudos bíblicos no Brasil. Professores com as mais diversas formações acadêmicas e linhas de pesquisa (exegese, teologia bíblica, história, arqueologia, crítica textual, tradução, hermenêutica latino-americana) oferecem um amplo leque de perspectivas e abordagens, de conhecimentos e questionamentos.

De algum modo, os artigos deste primeiro fascículo têm como denominador comum a temática do “desafio”: alguns apresentam e discutem questões desafiadoras para a exegese e a teologia bíblicas; outros trazem à luz desafios propostos pelos textos analisados.

Os artigos do fascículo de lançamento são:

Cássio Murilo Dias da Silva – Uma nova agenda para repensar a inspiração

Luiz José Dietrich – A descolonização da Bíblia, da “Palavra de Deus”: O desafio primeiro e urgente para uma teologia descolonial

Erhard S. Gerstenberger – Armut und Armentheologie in den Psalmen: Sozialgeschichtliche Auslegung und Befreiungstheologie [Pobreza e teologia dos pobres nos Salmos. Interpretação histórico-social e Teologia da Libertação]

Leonardo Pessoa da Silva Pinto – As Origens dos Livros de Samuel: Status Quaestionis

Edson de Faria Francisco – O Livro de Oseias no Antigo Testamento Interlinear Hebraico-Português, v. 3: Profetas Posteriores. Apontamentos sobre dificuldades textuais

Flávio Schmitt – No poder do Espírito: Miqueias 3,8

Jaldemir Vitório – Consolar: missão profética no exílio. A ação do Dêutero-Isaías junto aos israelitas na Babilônia

Cesar Motta Rios – A humilhação do povo judeu no Pretório de Pilatos: Estudo exegético de Mateus 27,27-31

Fabrizio Zandonadi Catenassi, Vicente Artuso e Ildo Perondi – A unção de Betânia no contexto da traição de Jesus (Marcos 14,1-11): Aspectos de estilo e narratividade

Rivaldave Paz Torquato – “Ele estava perdido e foi encontrado!”: A compaixão do Pai como atitude fundamental em Lc 15

O desejo dos professores que iniciaram o projeto do periódico é que ReBiblica seja um espaço de discussão e de partilha das pesquisas acadêmicas sobre a Bíblia.

Leia Mais:
Uma nova revista bíblica: ReBIblica
ReBiblica – Revista Brasileira de Interpretação Bíblica

Reunião dos Biblistas Mineiros em 2018

No dia 9 deste mês de julho os Biblistas Mineiros estiveram reunidos na FAJE – Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia -, em Belo Horizonte, MG, debatendo sobre o próximo número da revista Estudos Bíblicos.

O assunto principal foi a definição da temática que estará em estudo pelo grupo nos próximos dois anos, resultando em um número da revista em 2020.

Como não pude estar presente, retomo aqui alguns pontos do relato de nosso Coordenador/Secretário Telmo José Amaral de Figueiredo.

Estavam presentes:

  • Cyril Suresh Periyasamy
  • Gilmar Ferreira da Silva
  • Jacir de Freitas Faria
  • Jaldemir Vitório
  • Johan Konings
  • José Luiz Gonzaga do Prado
  • Marcus Aurélio Mareano
  • Maria de Lourdes Augusta
  • Neuza Silveira de Souza
  • Solange Maria do Carmo
  • Telmo José Amaral de Figueiredo
  • Tereza Virgínia Ribeiro Barbosa
  • Zuleica Aparecida Silvano

Ausências justificadas:

  • Airton José da Silva
  • Cássio Murilo Dias da Silva
  • Elisabete Corazza
  • Jackson Câmara Silva
  • Luiz Felipe Xavier
  • Pascal Peuzé
  • Rocío Mariscal

Temática a ser estudada para um número de Estudos Bíblicos em 2020: Eclesiologia Bíblica

Título proposto para o próximo número da revista e de nosso estudo: Igreja: o que é?

Propostas de estudos para os Biblistas Mineiros:

  • Igreja: da elite à ralé – evolução de um conceito: José Luiz Gonzaga do Prado & Tereza Virgínia Ribeiro Barbosa
  • Discurso eclesiológico de Mateus 18: Jaldemir Vitório
  • A Igreja segundo Paulo (Rm, 1Cor): Zuleica Aparecida Silvano
  • A Igreja que Paulo não pensou – Cartas Pastorais: Neuza Silveira de Souza
  • A Igreja em Atos: Maria de Lourdes Augusta
  • Espírito Santo e Igreja: Gilmar Ferreira da Silva
  • Projetos de Comunidade no pós-exílio: Jacir de Freitas Faria
  • A Comunidade Joanina: Johan Konings
  • Igreja: Povo Sacerdotal (1Pd 2,4-10): Telmo José Amaral de Figueiredo
  • A Mulher no Segundo Testamento: Solange do Carmo
  • As Sete Igrejas do Apocalipse: Marcus Aurélio Mareano
  • A Sinagoga e a Comunidade Cristã da Casa: Airton José da Silva

Além disso foram debatidos outros assuntos:

:: Sobre o número da Estudos Bíblicos de 2018
Transformar o nosso número de Estudos Bíblicos deste ano em livro. Quem sabe torná-lo disponível em formato e-book e/ou pdf ancorado em um site de uma faculdade. Telmo ficou encarregado de fazer gestões nesse sentido junto à Paulinas Editora para uma possível publicação em 2019.

:: Notícias sobre a revista Estudos Bíblicos
Diz o editor responsável por Estudos Bíblicos, Ludovico Garmus, da Vozes:
Fiquem tranquilos quanto ao QUALIS da Revista Estudos Bíblicos. Estamos trabalhando para implantá-lo em 2019. Tenho consciência da urgência e dos anseios dos colaboradores (…) Queremos chegar ao menos ao nível B1, com qualidade. Vamos necessitar da colaboração do Conselho Editorial e dos Coordenadores dos grupos regionais que preparam os números. Em 2019 a Revista passa a ser semestral, com cerca de 250 a 300 páginas por número.

Os membros do grupo comentaram esta notícia.

A questão é se desejamos ou não que a revista Estudos Bíblicos se enquadre nos critérios da CAPES. Se isso ocorrer, o caráter de nosso grupo poderá ser alterado.

Quais são os critérios da CAPES?

As exigências da CAPES para um periódico B1 são: a) periodicidade; b) chamada aberta para artigos; c) estar em um portal on-line; d) conter, ao menos, oito artigos por número; e) ser no mínimo semestral; f) contar com o sistema de avaliação cega dos artigos submetidos para publicação e g) ter um “fator de impacto”, ou seja, ser citada.

Os pareceristas são uma das questões mais complicadas no caso de revistas classificadas pelo QUALIS, uma vez que trabalham sem remuneração e os prazos são curtos.

A revista deve ser aberta e contar com a avaliação cega. Isso significa que a revista deverá aceitar artigos de estudiosos fora dos Grupos Regionais da Estudos Bíblicos.

Por outro lado, constata-se que muitos colegas necessitam escrever artigos para revistas de nível QUALIS. Isso está pressionando a revista Estudos Bíblicos.

A revista Estudos Bíblicos tem uma forte característica ecumênica e preocupação explícita com a realidade eclesial, social e cultural em que vivemos no país e no restante da América Latina. Isso são qualidades que não podemos perder nesta publicação. Ou seja, a revista é feita para os autores ou para os leitores? Nossa preocupação é que o povo mais simples possa abordar a Bíblia de uma maneira mais séria.

O ideal seria que a revista pudesse preservar esse seu caráter, mesmo assumindo as formalidades para que atinja o nível B1 ou B2.

Enfim, o grupo dos Biblistas Mineiros opta por prosseguir com os objetivos originais de Estudos Bíblicos. Afinal ela é uma das poucas revistas que ainda mantém um diálogo com um público não especializado em Ciências Bíblicas.

Que a busca da indexação pelo QUALIS não comprometa esse escopo. Do contrário, o nosso grupo perderá sua razão de ser.

:: Associação Brasileira de Pesquisa Bíblica (ABIB) – Notícias
VIII Congresso Internacional de Pesquisa Bíblica:
. Data: 27 a 30 agosto de 2018
. Local: Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba
. Tema: Paulo: contextos e leituras

:: Seminário do PIB para professores de Bíblia em 2019
Confira aqui.

:: Congresso Internacional de Estudos Bíblicos em Buenos Aires
Em comemoração ao 80o aniversário da Revista Bíblica, os membros da Associação Bíblica Argentina e outros colegas de vários países latino-americanos estão organizando o Congresso Internacional de Estudos Bíblicos, que acontecerá nos dias 16 a 19 de julho de 2019, em Buenos Aires, Argentina. O tema geral do congresso é “A exegese na América Latina 80 anos depois”, tendo como motivação bíblica o texto de Dt 8,2: “Recorda-te de todo o caminho que o Senhor, teu Deus, te fez atravessar”.

Seus objetivos consistem em:

  • Que os biblistas latino-americanos se vinculem em uma rede
  • Que recuperem e prolonguem a tradição bíblica da América Latina na recepção criativa
  • Tornar visível esta contribuição para a Igreja e a Academia em geral
  • Que reconheçam a contribuição da Revista Bíblica e a adotem como espaço de intercâmbio científico, comunicação e trabalho comum

:: Publicações recentes de integrantes do grupo dos Biblistas Mineiros

  • Johan Konings; Isidoro Mazzarolo: Atos dos Apóstolos: o caminho da Palavra. São Paulo: Edições Loyola, 2017. 128 p. (Coleção: “A Bíblia Passo a Passo”)
  • José Luiz Gonzaga do Prado: Os Evangelhos Dominicais e Festivos Refletidos em Grupos. Petrópolis: Editora Vozes, 2017. 512 p.
  • Solange Maria do Carmo: Catequese em pauta. São Paulo: Paulus Editora, 2017. e-Book
  • Serviço de Animação Bíblica – SAB: Mês da Bíblia 2018: Para que n’Ele nossos povos tenham vida – Livro da Sabedoria. São Paulo: Paulinas Editora, 2018.
  • Gilvander Luís Moreira (Org.): Livro da Sabedoria: chave de ouro, encerrando a 1a Aliança. Belo Horizonte (MG): CEBI-MG, 2018.
  • Johan Konings: João. Comentário Bíblico Latino-americano. São Paulo: Fonte Editorial, 2018. 558 p. Trata-se de uma 3a edição totalmente atualizada e ampliada.

:: Outras notícias na área bíblica

  • O renomado exegeta alemão, especializado em João, o jesuíta Johannes Beutler, estará em agosto no Brasil participando do IV Simpósio Internacional do Programa de Estudos Pós-Graduados em Teologia da PUC-SP
  • Dia 17 de agosto haverá o encontro do Grupo de Reflexão Bíblico-Catequética (GREBICAT) e instituições – CNBB, que tem como tema o MÊS DA BÍBLIA DE 2019 sobre a Primeira Carta de João. Quem produzirá o subsídio oficial da CNBB para esta ocasião será o colega Claudio Vianey da UNICAP
  • Saiu pela Paulinas Editora o livro com a tese de doutorado de José Tolentino Mendonça, biblista português, que consiste em uma análise de Lc 7,36-50, contendo um apanhado geral deste evangelho. O título da obra é: A construção de Jesus: a dinâmica narrativa de Lucas.
  • Também deste autor português sairá, em breve, o livro O elogio da sede, que contém o retiro espiritual ministrado por José Tolentino ao Papa Francisco e membros da Cúria romana
  • No campo da pragmalinguística, sairá em 2019 o livro de Massimo Grilli, Maurizio Guidi e Elzbieta M. Obara, sob o título: Comunicação e pragmática na exegese bíblica. Massimo Grilli virá ao Brasil em 2019 para o lançamento desta obra
  • Saiu, também, mais um livro de Luiz Alexandre Solano Rossi, que é o organizador, pela Paulinas Editora, sob o título: O livro da Sabedoria: justiça e sabedoria como estilo de vida (Coleção: “Pão da Palavra”)
  • O Serviço de Animação Bíblica – SAB lançou o já consagrado Curso Bíblia em Comunidade – Primeiro Nível – Visão Global da Bíblia: pela internet. Apresentado em 4 disciplinas, distribuídas em 9 módulos. Disponível on-line 24hs. A duração é de 20 meses pelo sistema Ensino à Distância (EAD).
  • O novo coordenador regional da Federação Bíblica Católica – FEBIC – para América Latina e Caribe é Jesus Antonio Weisesee Hetter. E a coordenadora do Cone Sul é Wilma Mancuello González, natural do Paraguai, religiosa claretiana, doutora em exegese bíblica pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma (defesa em 2016, sobre Provérbios 31,1-9).  No próximo ano, a FEBIC comemora 50 anos de existência. Para celebrar essa data, haverá um congresso para os membros dessa associação entre os dias 23 a 26 de abril de 2019, em Roma. O tema central desse congresso será: Bíblia e vida: inspiração bíblica da vida pastoral e da missão da Igreja. O primeiro dia será sobre: Bíblia e Missão; o segundo sobre Bíblia e Cultura e o último Bíblia e Pastoral.

A próxima reunião anual dos Biblistas Mineiros será em 8 de julho de 2019, das 9:00 às 16:00 horas, na FAJE, em Belo Horizonte.

Estudos Bíblicos: Qumran e Manuscritos do Deserto da Judeia

Qumran e Manuscritos do Deserto da Judeia – Estudos Bíblicos 136, Out/Dez 2017

Qumran e Manuscritos do Deserto da Judeia - Estudos Bíblicos 136, Out/Dez 2017

Edson de Faria Francisco. Manuscritos do Deserto da Judeia: Introdução geral

Clarisse Ferreira da Silva. O tesouro oculto no deserto: uma introdução a alguns dos principais temas associados aos Manuscritos do Mar Morto

Valmor da Silva. Do Mar Morto ao Brasil: História das publicações sobre os manuscritos de Qumran, dos inícios a 2003

Fernando Mattiolli Vieira. A halakhah de Qumran: entre a tradição e a inovação

Gilvan Leite de Araujo e Leonardo Henrique da Silva. O messianismo de Qumran e o Quarto Evangelho

Leia Mais:
Os essênios: a racionalização da solidariedade

Estudos Bíblicos e o tema das migrações

Iahweh ama o estrangeiro, dando-lhe pão e roupa – Estudos Bíblicos 134, Abr/Jun 2017

Estudos Bíblicos 134, Abr/Jun 2017

Pedro Kramer. Amor de Deus pelo estrangeiro: “Iahweh ama o estrangeiro, dando-lhe pão e roupa” (Dt 10,18)

Jair Carlesso. “Nos salgueiros penduramos nossas harpas” (S1 137,2): O exílio babilônico

Humberto Maiztegui Gonçalves. Jeremias e as refu­giadas no Egito: uma desconstrução de Jr 44

Romano Dellazari. Os Macabeus

Clemildo Anacleto da Silva; Sydnei Farias da Silva. O estrangeiro e o Templo

Flávio Martinez de Oliveira. Jesus e os samaritanos: Quem é meu próximo?

Flavio Schmitt. Migração: Uma perspectiva a partir de Paulo

Estudos Bíblicos: Fraternidade e criação

Fraternidade e criação – Estudos Bíblicos 133,  Jan/Mar 2017

Estudos Bíblicos 133, Jan/Mar 2017

Valmor da Silva. A vida nos biomas do Brasil e de Is­rael

Mariosan de Souza Marques. Relendo Gn 1,28 em seu contexto: a questão ecológica e a des-brutalização das relações

Rosemary Francisca Neves Silva e Guedds Sobrinho da Silva. Cuidar e guardar da casa comum: um olhar a partir de Gn 2,15

Luiz Alexandre Solano Rossi e Érica Daiane Mauri. Espiritualidade e integridade da criação: uma nova percepção do ser humano a partir de Gn 2,4b-25

Paulo Sérgio Soares. A “aliança com toda a carne”: perspectivas ecológicas na narrativa do dilúvio

Moema Miranda. Ecosofia: olhar os pássaros e aprender com os lírios em busca de nosso lugar na comunidade da vida: uma leitura orante de Mt 6,24-34

Marcelo Barros. A profecia da Terra e do universo: “A criação geme e sofre dores de parto” (Rm 8,22)

Algumas observações sobre a reunião dos Biblistas Mineiros em 2017

Ontem, após ler o relatório da reunião dos Biblistas Mineiros em 2017, encaminhei ao Telmo José Amaral de Figueiredo o e-mail abaixo e sugeri fosse redistribuído a todo o grupo. O que foi feito. E hoje, depois de escrever um post sobre a reunião, pareceu-me proveitoso publicar também este e-mail [suprimindo, no final, poucas linhas de teor mais pessoal].

Telmo,

Acabei de ler o seu relato da reunião dos Biblistas Mineiros em 2017. Muito interessante. Até amanhã vou publicar um post sobre a reunião, como sempre tenho feito, tenha ou não participado. Creio ser mais uma maneira de divulgar a revista Estudos Bíblicos e dar a conhecer aos interessados a existência e/ou continuidade do “quase lendário” (por sua persistência e consistência – com louvores a Alberto Antoniazzi, o primeiro e grande articulador) grupo dos Biblistas Mineiros.

Algumas observações:

1. Sobre meu artigo

a. Para tornar o assunto mais leve, penso em utilizar uma forma mais narrativa, menos técnica, por ser realmente árido o tema para o leitor culto mas sem conhecimento específico nesta área.

b. Planejo tratar, em meu texto, exclusivamente dos textos mesopotâmicos, sem trabalhar a relação destes com o mundo bíblico. Esta tarefa eu a deixaria com o Jacir (Gn 1), para o caso do Enuma Elish e com a Rita Maria Gomes (Gn 6,5-9,17) para a Epopeia de Gilgámesh [e Atrahasis?]. Espero que o meu texto seja útil ao clarear para o leitor o pano de fundo das culturas mesopotâmicas sobre o qual são escritos os textos bíblicos, especialmente o relato sacerdotal (P) de criação e dilúvio. Agora, isto precisa ser combinado para não dar problema de lacuna ou de repetição no tratamento do tema. Você pode repassar para eles a minha proposta.

c. Por ser uma área apenas secundária em nossos estudos bíblicos, corremos o risco de utilizar textos desatualizados para os estudos do Antigo Oriente Médio. Precisamos ficar atentos a isto e também, na elaboração do artigo, ter uma coerência na citação das fontes hoje utilizadas pela academia. Basicamente, em termos de tradução de textos literários acádicos, devemos evitar quase tudo o que foi publicado antes de 1980 ou até mais para cá. O que estou querendo dizer? Explico nos itens seguintes.

d. Nossa referência como coletânea de textos do ANE era tradicionalmente o  PRITCHARD, J. B. (ed.) Ancient Near Eastern Texts Relating to the Old Testament (ANET). 3. ed. Princeton: Princeton University Press, 1969. Ainda podemos utilizar vários dos textos ali presentes, mas não os do Enuma Elish e da Epopeia de Gilgámesh, por exemplo, porque foram feitas descobertas posteriores de textos e traduções e estudos muito melhores foram realizados, especialmente no final do século XX e início do XXI. O substituto natural do Pritchard é o HALLO, W. W. ; YOUNGER, K. L. (eds.) The Context of Scripture: Canonical Compositions, Monumental Inscriptions and Archival Documents from the Biblical World.  3 vols. Leiden: Brill, 2003. Com a desvantagem de ser muito caro, mais de 300 dólares pelos três volumes.

Confira mais sobre isso clicando aqui.

e. O texto acadêmico padrão do Enuma Elish é atualmente o de LAMBERT, W. G. Babylonian Creation Myths. Winona Lake, Indiana: Eisenbrauns, 2013. A reconstrução de W. G. Lambert, o mais importante assiriologista britânico do final do século XX e começo do XXI, professor da Universidade de Birmingham, falecido em 2011, está publicada em outros livros e parcialmente na web, como no CDLI – Cuneiform Digital Library Initiative.

Sobre o Enuma Elish vale consultar o artigo de BRANDÃO, J. L. No princípio era a água. Rev. UFMG, Belo Horizonte, v. 20, n. 2, p. 22-41, 2013. Disponível online.

Confira mais sobre isso clicando aqui.

f. O texto acadêmico padrão da Epopeia de Gilgámesh é atualmente o de GEORGE, A. R. The Babylonian Gilgamesh Epic: Introduction, Critical Edition and Cuneiform Texts. 2 vols. Oxford: Oxford University Press, 2003. Esta tradução da Epopeia de Gilgámesh, feita por Andrew R. George, professor de babilônico na Universidade de Londres, assim como a de W. G. Lambert para o Enuma Elish, é uma unanimidade entre os assiriólogos. E interessante: está disponível para download na instituição em que A. R. George leciona.

Ainda: do mesmo autor, com a mesma tradução, em publicação para o público culto, e não para a academia, como o anterior, existe GEORGE, A. R. The Epic of Gilgamesh: The Babylonian Epic Poem and Other Texts in Akkadian and Sumerian. Rev. ed. Harmondsworth: Penguin, 2016.

Sobre a Epopeia de Gilgámesh recomendo consultar, sem dúvida, dois artigos de J. L. Brandão, da UFMG. Confira aqui. J. L. Brandão vai publicar um livro sobre a Epopeia de Gilgámesh, que poderá se tornar o texto padrão em português.

Diz J. L. Brandão em Sîn-lēqi-unninni, Ele o abismo viu (Série de Gilgámesh 1). Nuntius Antiquus, Belo Horizonte, v. X, n. 2, jul.-dez., p. 125-159, 2014:

“Esta não constitui a primeira tradução para o português, pois contamos com o livro de Ordep Trindade Serra, A mais antiga epopeia do mundo: a gesta de Gilgamesh, publicado pela Fundação Cultural do Estado da Bahia, em 1985, trabalho de excelente qualidade e atualizado com relação à época em que foi escrito. O aparecimento da edição crítica de Andrew R. George, The Babylonian Gilgamesh Epic: introduction, critical edition and cuneiform texts (Oxford: Oxford University Press, 2003), marca, contudo, uma nova etapa para o conhecimento do poema, impondo por igual novos esforços de tradução. O texto crítico de George substitui as edições anteriores, em especial a de R. Campbell Thompson, publicada ainda em 1930, primando pelo detalhe, pela exatidão e pelo domínio dos métodos críticos em todas as suas dimensões. Acrescente-se que foram compulsados por ele todos os manuscritos descobertos ou disponibilizados depois de 1930, o que provê um considerável volume de leituras e informações novas. Esta é uma das razões de minha tradução, o dispormos agora de um novo texto crítico, o que exige, em certo sentido, que todas as traduções sejam refeitas, a outra, dela decorrente, sendo a possibilidade de traduzir não um apanhado de textos distintos muitíssimo fragmentados a fim de apresentar um fio narrativo mínimo, como se fez no passado, mas um poema inteiro, o que se intitula Ele o abismo viu, de que conhecemos inclusive o “autor”, Sîn-lēqi-unninni”.

Considerando esta perspectiva, creio que o texto sugerido para o Jacir, o de HEIDEL, Alexander. The Gilgamesh Epic and Old Testament Parallels. 2nd edition. Chicago (IL): University of Chicago Press, 1963, disponível gratuitamente no site da Universidade de Chicago, foi ultrapassado pelas novas descobertas, pois, na verdade, ele é de 1949 [primeira edição: 1946; segunda edição: 1949]. Todas as referências bibliográficas param na década de 40. Heidel faleceu em 1955. Consultei o texto e optei por deixá-lo de lado. Mas, como tradução, não sei avaliá-lo. Quanto ao estudo do texto, há alternativas ótimas e mais recentes e há mudanças de perspectiva em vários pontos daquela época para hoje.

Confira mais sobre isso clicando aqui.

g. Para a Epopeia de Atrahasis recomendo os textos de FOSTER, B. R. Before the Muses: An Anthology of Akkadian Literature. 3. ed. Bethesda, Md.: CDL Press, 2005 e BOTTÉRO, J. ; KRAMER, S. N. Lorsque les dieux faisaient l’homme: Mythologie Mésopotamienne. Paris: Gallimard, 1993.

Confira mais sobre isso clicando aqui e aqui.

h. Conheço o trabalho de Marcelo Rede, que estudou também com Bouzon, mas não detectei nenhuma publicação diretamente ligada ao tema das cosmogonias e outras histórias literárias da antiga Mesopotâmia. Nem mesmo o livro mencionado: Família e Patrimônio na Antiga Mesopotâmia, 2007, que é um estudo de outra área.

i. Tenho quase todos os estudos mencionados em minha bibliografia. Em formato digital, em pdf. Desde 1999 venho estudando o tema, quando orientei um seminário no CEARP sobre “Cosmogonias antigas e cosmologias modernas”. Para 15 alunos que se inscreveram, do primeiro ao quarto ano, durante um ano inteiro. Na ocasião usei como guia para as cosmogonias antigas o estudo de CLIFFORD, R. J. Creation Accounts in the Ancient Near East and in the Bible. Washington: The Catholic Biblical Association of America, 1994, além dos textos de Pritchard. Clifford ainda é válido para uma boa parte dos textos. Usei também trechos traduzidos em português, mas os considero muito precários e pouco confiáveis.

2. Quem seria o leitor de Estudos Bíblicos hoje?

Uma dificuldade que tenho, de uns anos para cá, é a de definir quem seria o leitor da Estudos Bíblicos atualmente. Nossos alunos de graduação em Teologia, pelo menos por estas bandas, estão lendo cada vez menos livros e revistas impressas e cada vez mais textos online, e isto de maneira fragmentada, não linear. Talvez por isso, o interesse na Estudos Bíblicos, segundo minhas limitadas observações, seja muito pequeno, diria até que quase inexistente onde leciono, a não ser quando uso textos publicados como bibliografia em sala de aula. E digo mais: não sei se é mais amplo, mas não vejo meus colegas de outras áreas da Teologia interessados em ler o que estamos produzindo. Quanto a estudantes de pós-graduação e pessoas cultas interessadas, estas por causa da atividade pastoral ou por qualquer outra motivação, não sei dizer. Estamos alcançando este público? A urgência de um formato digital, online, aberto a todos, é enorme, no meu entender.

3. Sobre o livro com o tema do número 88 da Estudos Bíblicos

Se o projeto de publicar o livro com o material do número 88 da Estudos Bíblicos vingar, preciso refazer meu artigo sobre a bibliografia comentada para a OHDtr. Ou eliminá-lo. Isto porque a bibliografia para em 2006 e está desatualizada, precisa chegar até hoje, penso. E há livros, como um do Thomas Römer, que depois da escrita do artigo, já foi até traduzido para o português: RÖMER, T.  A chamada história deuteronomista: Introdução sociológica, histórica e literária. Petrópolis: Vozes, 2008. Original: RÖMER, T. The So-Called Deuteronomistic History: A Sociological, Historical and Literary Introduction. London: T&T Clark, 2006.

E em meu artigo sobre “O Contexto da Obra Histórica Deuteronomista”, o outro que está neste número, há um provável erro na p. 14 – provável porque a questão ainda é discutida – quando digo que Sargão II é filho de Salmanasar V. É mais provável que seja irmão. Talvez seja um dos filhos mais novos de Tiglat-Pileser III e as circunstâncias em que seu irmão Salmanasar V morreu são obscuras. Um golpe de Estado através de um assassinato planejado por Sargão II? De qualquer maneira, é preciso mudar de “filho” para “irmão”, correção pequena. Mas, veja que curioso: na cronologia da Bíblia de Jerusalém está errado, diz “filho”… Se quiser ler sobre o assunto, um bom texto online está aqui.

É isto. Seria útil se você repassasse este texto para os colegas do grupo, não acha? Quanto mais coordenado for nosso trabalho, melhor será a publicação.

Obs.: Telmo encaminhou hoje o texto acima para o grupo dos Biblistas Mineiros, com algumas recomendações [cito Telmo, com algumas modificações]:

Segue abaixo, mensagem recebida do Prof. Airton José da Silva, membro de nosso grupo de biblistas.

Ele nos faz algumas recomendações e observações muito pertinentes e que deveriam ser levadas em consideração por todos que escreverão artigos para o próximo número da revista Estudos Bíblicos sob a nossa responsabilidade, cujo título será: «Gênesis – Apocalipse sem fundamentalismos».

Qualquer necessidade de maiores esclarecimentos, podemos nos dirigir a ele por meio do e-mail airtonjo[at]airtonjo[dot]com

Importante: comprovando a atualidade do tema que escolhemos para este número de Estudos Bíblicos, convido todos a ler um interessante artigo publicado pela revista jesuíta italiana La Civiltà Cattolica e traduzido pelo IHU Online: Fundamentalismo evangélico e integralismo católico: um “ecumenismo do ódio”. O texto em italiano é: Fondamentalismo evangelicale e integralismo cattolico: un sorprendente ecumenismo.

Reunião dos Biblistas Mineiros em 2017

No dia 10 deste mês de julho os Biblistas Mineiros estiveram reunidos na FAJE – Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia -, em Belo Horizonte, MG, debatendo sobre o próximo número da revista Estudos Bíblicos.

Como definido no ano passado, abordaremos o tema do fundamentalismo no próximo número de Estudos Bíblicos produzida pelos Biblistas Mineiros, que será o primeiro de 2019. Por isso, o assunto principal foi a revisão dos artigos ou esboços de artigos do próximo número da revista.

Como não pude estar presente, retomo aqui alguns pontos do relato de nosso Coordenador/Secretário Telmo José Amaral de Figueiredo.

Estavam presentes:

  • Elisabete Corazza
  • Fábio Cristiano Rabelo
  • Jacir de Freitas Faria
  • Jaldemir Vitório
  • Johan Konings
  • José Luiz Gonzaga do Prado
  • Luiz Felipe Xavier
  • Márcia Eloi Rodrigues
  • Marcus Aurélio Alves Mareano
  • Maria del Rocío Mariscal Guzmán
  • Solange Maria do Carmo
  • Suresh Periyasamy (Cyril)
  • Telmo José Amaral de Figueiredo
  • Zuleica Aparecida Silvano

Ausências justificadas:

  • Airton José da Silva
  • Felipe Curcio Ferreira Silva
  • Gilmar Fate
  • Jacil Rodrigues
  • Maria de Lourdes Augusta
  • Neuza Silveira de Souza
  • Pascal Peuzé
  • Rita Maria Gomes
  • Tereza Virgínia Ribeiro Barbosa

Os artigos são os seguintes:

  • O que é o fundamentalismo e como ele surgiu? – José Luiz Gonzaga do Prado
  • O que significam as histórias da Bíblia? – Telmo José Amaral de Figueiredo
  • Um Decálogo para Ler a Bíblia – Jaldemir Vitório
  • Histórias de criação e dilúvio na antiga Mesopotâmia – Airton José da Silva
  • Gênesis 1,1-2,4a: a criação do mundo – Jacir de Freitas Faria
  • Gênesis 2,4b-25: a criação do ser humano – Neuza Silveira de Souza & Maria de Lourdes Augusta
  • Gênesis 3,1-24: a queda – Johan Konings
  • Gênesis 6,5-9,17: o dilúvio como recriação – Rita Maria Gomes
  • Apocalipse 12: a mulher e o dragão – Solange Maria do Carmo
  • Apocalipse 13: as “feras” – Gilmar Ferreira da Silva
  • O julgamento final segundo o Apocalipse – Marcus Aurélio Alves Mareano

Todos os artigos devem ser entregues ao coordenador até final de outubro de 2017.  Após várias propostas e ponderações, optou-se pelo seguinte título para este número de Estudos Bíblicos: Gênesis – Apocalipse sem fundamentalismos.

Além disso foram debatidos outros assuntos:

:: Seminário do PIB para professores de Bíblia em 2018

:: Tese de Doutorado do Telmo
Aos interessados, já está disponível na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade de São Paulo (USP), a tese de Telmo José Amaral de Figueiredo, defendida em 22.02.2017, sob o título: “Um nome que faz toda diferença: análise literária de Gênesis 32,23-33”.

Resumo:
Esta tese tem por objetivo analisar a perícope de Gênesis 32,23-33 que constitui um dos elementos estruturantes do conhecido ciclo de Jacó que integra a história dos patriarcas de Israel na Bíblia Hebraica. Jacó é tomado como um dos principais ancestrais do povo judeu, não obstante sua tradição, em alguns períodos da história, ter ficado em plano inferior àquela de Moisés, por exemplo. Em Jacó convergem as esperanças de uma parte da nação que não se vê contemplada pela religião oficial que administra um culto a YHWH distante da realidade vivida pelas famílias tribais, que habitam no interior, em pequenos vilarejos e no campo. O nome dado a Jacó, em meio a uma luta, é significativo e revelador. Afinal, ele não é, nem de longe, a figura perfeita, ideal que as tradições religiosas dominantes exigiam para alguém ser considerado um verdadeiro israelita temente ao Senhor. Sua liderança e dignidade chegam, mesmo, a ser questionadas pelo profetismo. Não obstante tudo isso, é sua pessoa que encarnará, através de um nome recebido do próprio ser divino, os destinos de Israel. Personagem e indivíduo se mesclam propositalmente, a fim de revelar a verdadeira vocação daquele povo.

:: Algumas novidades editoriais bíblicas no Brasil

  • A Bíblia – Salmos (edição comentada), Paulinas, 2017
  • Emanuel TOV, Crítica Textual da Bíblica Hebraica, BV Books, 2017
  • Bíblia de Estudo da Reforma, SBB, 2017
  • Jaldemir VITÓRIO, Mateus: O evangelho eclesial, Loyola, 2017
  • José Luiz GONZAGA DO PRADO, Os Evangelhos Dominicais e Festivos Refletidos em Grupo, Vozes, 2017
  • Mauro PESCE, De Jesus ao Cristianismo, Loyola, 2017
  • Johan KONINGS, O Evangelho do Discípulo Amado: um olhar inicial, Loyola, 2016

:: Associação Brasileira de Pesquisa Bíblica (ABIB) – Notícias

VIII Congresso Internacional de Pesquisa Bíblica: 27 a 30 agosto de 2018
. Local: Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba
. Tema: Paulo: seu lugar, seu tempo e sua doutrina (título provisório)

Para o VIII Congresso, já está confirmada a presença de um especialista espanhol, que vem se destacando no cenário dos estudos paulinos: Carlos Gil Arbiol, da Universidade de Deusto, Faculdade de Teologia. A ABIB está iniciando contatos com outro renomado pesquisador de Paulo: John Barclay, Lightfoot Professor of Divinity, Departamento de Teologia e Religião da Durham University, Reino Unido. A ABIB firmou uma parceria com a Associação Bíblica da Argentina (ABA) que promoverá seu Congresso de 2018 na semana anterior ao nosso, na cidade de Salta, cuja temática será a mesma do nosso. Os professores Carlos Gil Arbiol e Jonh Barclay proferirão conferências tanto em Salta (Argentina) como em Curitiba (no Brasil).

Acesso à ATLA – American Theological Library Association
Outra parceria firmada entre essas duas associações nacionais de biblistas é aquela de interceder junto a ATLA, um dos maiores databank do mundo – a qual possui o maior número de periódicos em teologia e exegese bíblica do mundo digitalizados e disponibilizados em formato PDF para baixar –, no sentido de disponibilizar para os associados da ABIB e da ABA esse acervo mediante um pagamento realista por parte dessas associações. O presidente da Society of Biblical Literature (SBL), Dr. John F. Kutsko, foi contatado e solicitado a ser o porta-voz dessa nossa solicitação junto à ATLA. O contato com o diretor dessa organização parece já ter acontecido e estamos, agora, aguardando notícias a respeito.

Renovação completa do site da ABIB
Esse novo site deverá estar operativo em sessenta dias. Ele permitirá, entre outras coisas: interatividade com os navegadores, pagamento de anuidades, baixar materiais digitalizados disponibilizados pela associação e associados, atualização constante com notícias da área bíblica no Brasil e no exterior, acompanhar os principais lançamentos de obras de pesquisa bíblica em nosso país.

:: Simpósio sobre o De(s)colonialismo e sua Influência no Pensamento Filosófico e Teológico na América Latina
Promoção do Instituto Santo Tomás de Aquino (ISTA), Belo Horizonte, e Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas). Mais informações serão publicadas, em breve, no site do ISTA.

:: Publicação em livro de dois números da Estudos Bíblicos
Trata-se do número 88, de 2005, sobre a Obra Histórica Deuteronomista, e do número 129, de 2016, sob o título “Aprendei: quero misericórdia e não sacrifício!” (Mateus 9,13). Estes dois números foram elaborados por nosso grupo dos Biblistas Mineiros e as negociações com a Vozes, visando transformá-los em livro, estão em andamento.

A próxima reunião dos Biblistas Mineiros será em 9 de julho de 2018 na FAJE, Belo Horizonte, das 09h00 às 16h00.

ReBiblica – Revista Brasileira de Interpretação Bíblica

A Revista Brasileira de Interpretação Bíblica – ReBiblica – será lançada em 2017.

Revista Brasileira de Interpretação Bíblica - ReBiblica

A Revista Brasileira de Interpretação Bíblica – ReBiblica – nasceu de uma decisão conjunta dos professores-pesquisadores de Bíblia nos Programas de Estudos Pós-Graduados em Teologia e Ciências da Religião, afiliados à Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Teologia e Ciências da Religião (ANPTECRE). Durante o 5º Congresso Nacional da ANPTECRE (Curitiba – PR, de 9 a 11 de setembro de 2015), os professores-pesquisadores na área do estudo científico da Bíblia deliberaram encaminhar o pedido para a constituição de um Grupo de Trabalho permanente no campo da Bíblia nos congressos da ANPTECRE, bem como fundar um Periódico Científico de alto nível acadêmico, a fim de divulgar as pesquisas de estudo bíblico realizadas no Brasil.

ReBiblica é uma publicação multi-institucional, fruto do compromisso partilhado dos docentes das seguintes instituições:

. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) – Porto Alegre, RS (hospedeira do periódico)
. Faculdades EST – São Leopoldo, RS
. Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE) – Belo Horizonte, MG
. Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) – Curitiba, PR
. Faculdades Batista do Paraná (FABAPAR) – Curitiba, PR
. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) – São Paulo, SP
. Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) – São Bernardo do Campo, SP
. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) – Rio de Janeiro, RJ
. Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUCGO) – Goiânia, GO
. Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP) – Recife, PE

Foco e Escopo

A Revista Brasileira de Interpretação Bíblica – ReBiblica – tem como objetivo divulgar a pesquisa bíblica realizada pelos professores doutores pesquisadores no campo da Bíblia, vinculados ou não a Programas de Pós-Graduação em Teologia e Ciências da Religião, nacionais e internacionais.

ReBiblica publica artigos sobre: hermenêutica bíblica, exegese bíblica, teologia bíblica, tradução do texto bíblico, leituras libertadoras da Bíblia, história e arqueologia do mundo bíblico. Também publica resenhas e recensões de livros relevantes para o estudo da Bíblia.

Como modo de divulgar e incentivar a pesquisa bíblica no Brasil, ReBiblica publica ainda resumos de teses doutorais sobre Bíblia defendidas nos PPGs de Teologia e Ciências da Religião. Trabalhos de doutorandos serão aceitos somente em parceria com um professor doutor.

Equipe Editorial

Editor
Cássio Murilo Dias da Silva, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) – RS, Brasil

Conselho editorial
Leonardo Agostini Fernandes, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) – Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Luiz Alexandre Solano Rossi, Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR, Brasil
Matthias Grenzer, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) – São Paulo, SP, Brasil
Valmor da Silva, Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUCGO) – Goiânia, GO, Brasil

Comitê científico
Gilvan Leite Araújo, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – SP
Flávio Schmitt, Faculdades EST, Brasil

Bolsista
Daniele Irassochio, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, PUCRS

 

ReBiblica na PUC-Rio

A publicação da revista estava a cargo da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Seu primeiro número foi publicado em 2018 e teve sua publicação interrompida. Em 2020, o departamento de Teologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, em diálogo com o então editor da ReBiblica, decidiu dar continuidade a esse projeto e, em 2021 lançará um novo número de ReBiblica. A ReBiblica passará a ser um periódico do Programa de Pós-Graduação em Teologia Bíblica da PUC-Rio e terá periodicidade semestral.