SciELO Brasil lança blog de Ciências Humanas

Os pesquisadores e editores de revistas de Ciências Humanas no Brasil têm agora um espaço na internet para divulgar notícias, press releases, entrevistas, resumos e comentários sobre artigos publicados em periódicos científicos da área, indexados na SciELO Brasil. Trata-se do Blog SciELO em Perspectiva – Humanas.

Criado por iniciativa da Rede SciELO – Scientific Eletronic Library Online –, o blog foi lançado durante a conferência de comemoração dos 15 anos do programa, criado pela FAPESP e o Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme).

O Blog de Humanas tem como objetivo disseminar os resultados de pesquisa veiculados nos periódicos da Coleção SciELO Brasil, a partir da web, redes sociais e serviços de disseminação internacional de pesquisas. Constitui-se em parte das linhas de ação do SciELO em prol da profissionalização e internacionalização dos periódicos brasileiros de qualidade.

Cobrirá temas relacionados com as especialidades abarcadas pelas ciências humanas, ciências sociais aplicadas e linguística, letras e artes, incluindo: press releases, resumos e comentários sobre artigos publicados em diferentes periódicos científicos, bem como entrevista e notícias.

O Blog de Humanas está aberto à colaboração de autores, editores e equipe editorial dos periódicos da SciELO Brasil, que podem encaminhar suas contribuições de forma eventual ou sistemático. Contate nossa Equipe Editorial, a partir do e-mail blog.humanas@scielo.org.

SciELO – The Scientific Electronic Library Online
SciELO is an electronic library covering a selected collection of Brazilian scientific journals. The library is an integral part of a project being developed by FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, in partnership with BIREME – the Latin American and Caribbean Center on Health Sciences Information. Since 2002, the Project is also supported by CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. The Project envisages the development of a common methodology for the preparation, storage, dissemination and evaluation of scientific literature in electronic format.

O bóson de Higgs e a formação do Universo

O Bóson de Higgs e a elegância invejável do Universo

Este é o tema de capa da revista IHU On-Line, n. 405, de 22.10.2012.

Diz o Editorial:

“Estranho, belo, assimétrico, fértil e cada vez em mais acelerada expansão. Assim os cientistas entrevistados pela IHU On-Line desta se referiram ao Universo analisando o seu surgimento, bem como a recente confirmação da existência do Bóson de Higgs. Envolto em uma polêmica em função da duvidosa nomenclatura ‘Partícula Deus’, o Bóson inspirou a presente edição da revista, e trouxe ao debate as origens do cosmos, os grandes desafios da Física e mostrou que há muito mais perguntas do que respostas quando procuramos saber mais sobre o Universo.

Para o físico Arthur Maciel, do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, no Rio de Janeiro, a partícula recentemente descoberta no European Organization for Nuclear Research – CERN não resolve todas as incógnitas das teorias atuais, e inclusive cria novos problemas. Talvez essa seja a ponta de ‘um grande iceberg de novos fenômenos físicos’ que entusiasma os cientistas.

O matemático jesuíta George Coyne (Universidade do Arizona) acentua que o acaso, a necessidade e a fertilidade se imbricam na composição da concepção de Universo como se fossem ‘três bailarinas’.

Gerard’t Hooft, Prêmio Nobel em Física em 1999 e professor de Física Teórica no Spinoza Institut, em Utrecht, na Holanda, acentua que as interações entre físicos e matemáticos têm se mostrado importantes para o avanço da ciência. Contudo, a aproximação com outros ramos do conhecimento ainda é difícil.

O diretor do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, Basílio Santiago, dá detalhes sobre o projeto Dark Energy Survey – DES, do qual faz parte, e que procura mapear o céu e compreender um pouco mais sobre a expansão do Universo e sua formação.

De acordo com o físico jesuíta Gabriele Gionti, do Observatório Vaticano, para as pessoas de fé a harmonia do Universo expressa a beleza e bondade do Criador, mas não o prova.

Demonstração fundamental porque comprova a hipótese do preenchimento do espaço vazio com uma sustância invisível que permeia o Universo, encontrar o Bóson tem papel fundamental em determinar as características das partículas elementares, afirma Gian Giudice (CERN), físico de partículas e cosmólogo.

O jesuíta Guy Consolgmagno, astrônomo do Observatório Vaticano, menciona que a tentativa de encontrar ordem no Universo é o que move a ciência, mas não podemos usá-la para provar Deus.

O físico brasileiro e professor no Dartmouth College, nos Estados Unidos, Marcelo Gleiser, diz que apesar de ‘bela’ a ideia de que há uma teoria final da Natureza não possui suporte nas observações feitas do Universo. São as imperfeições e assimetrias que possibilitam a complexidade do cosmos.

A energia escura e o Bóson de Higgs como problemas que ainda não possuem solução são examinados por Rogério Rosenfeld, diretor do Instituto de Física Teórica da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP. Ele adverte que são necessários mais dados experimentais para comprovar se a partícula descoberta é mesmo o bóson do Modelo Padrão.

Oferecer uma compreensão detalhada sobre o que é o Bóson-H é o fio condutor do artigo de Mario Novello, do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas – CBPF”.

O bóson de Higgs foi encontrado?

:. Leia Físicos encontram provável ‘partícula de Deus’.

:. O Modelo Padrão da Física de Partículas / The Standard Model of Particle Physics – Marco Antonio Moreira: Rev. Brasileira de Ensino de Física, vol. 31, no.1, São Paulo, 2009.

Resumo
Inicialmente, apresenta-se, de modo simplificado, o Modelo Padrão como uma teoria sofisticada que identifica as partículas elementares e suas interações. Depois, no âmbito dessa teoria, focalizam-se aspectos -o vácuo não é vazio; partículas nuas e vestidas; matéria escura e vento escuro; matéria e antimatéria; o campo e o bóson de Higgs; neutrinos oscilantes -que podem ser motivadores do ponto de vista do ensino e da aprendizagem da física. Finalmente, discute-se a provável superação dessa teoria por outra mais completa.

:. Bóson de Higgs: algumas respostas – Notícias: IHU 05/07/2012

Os professores ingleses Stefan Soldner-Rembold e Andy Parker respondem algumas perguntas sobre bóson de Higgs, o Cern e o futuro da física.

A reportagem é do sítio do jornal The Guardian, 04-07-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Você tem alguma dúvida sobre o bóson de Higgs, o Cern (centro de pesquisas da Organização Europeia de Pesquisa Nuclear) ou sobre o Large Hadron Collider (LHC, ou Grande Colisor de Hádrons), mas tem muito medo de perguntar? Depois dos últimos esforços dos cientistas para encontrar a “partícula de Deus”, dois renomados professores de física ingleses responderam às questões dos internautas.

Stefan Soldner-Rembold, professor de física de partículas da Escola de Física e Astronomia da Universidade de Manchester, e Andy Parker, professor de física de altas energias da Universidade de Cambridge, responderam aos internautas perguntas sobre o bóson de Higgs.

Se você está tentando se familiarizar com o que é o bóson de Higgs e precisa da explicação para um leigo, ou se você está interessado no que isso significa para a física como campo, esperamos que este trecho do diálogo lhe ajude.

Eis as perguntas e respostas.

O que é o bóson de Higgs?

O professor Parker respondeu a essa questão no site da Universidade de Cambridge:

“A maioria das pessoas imagina que as partículas de matéria são como pequenas bolas de bilhar, que ficam grudadas juntas de alguma forma para compor os objetos sólidos que vemos ao nosso redor. Nós, naturalmente, esperamos que as bolas de bilhar tenham alguma substância, por direito próprio, tornando-as – e tudo o que elas formam – maciças. No entanto, nas modernas teorias quânticas, a matéria não é nada disso. Todas as partículas, se entregues a si próprias, absolutamente não teriam massa e voariam em torno da velocidade da luz. Não haveria átomos nem pessoas para estudá-los.

O campo de Higgs é a resposta proposta para esse descompasso entre as nossas equações e aquilo que vemos. O campo de Higgs preenche todo o espaço, e, como as partículas tentam se mover por meio dele, suas interações com ele fazem com que elas pareçam ter massa. Ele diminui a sua velocidade e lhes permite se unir nas formas familiares da matéria que observamos. Essa é uma imagem completamente diferente da natureza do que a que nós imaginamos instintivamente – ao invés de a matéria com suas próprias propriedades intrínsecas e movendo-se no espaço vazio, muitas das propriedades da matéria se devem na verdade às suas interações com um campo invisível e totalmente pervasivo. As propriedades do espaço “vazio” são cruciais para a compreensão do mundo a partir da física.

O próprio bóson de Higgs é uma vibração no campo de Higgs, que pode ser criado se uma energia suficiente é posta no campo, como ao se jogar uma pedrinha em um lago. O LHC é o maior colisor de partículas de energia do mundo, e as colisões que ele produz criam perturbações suficientes no campo de Higgs para observar o bóson de Higgs, se ele existir.

Por que isso interessa?

O professor Soldner-Rembold diz:

“A descoberta de hoje nos ensina algo fundamental sobre os blocos de construção do universo e sobre como as partículas fundamentais que constroem o mundo ao nosso redor adquirem massa. O bóson de Higgs interessa porque ele nos fala sobre a “matéria”. Essa é uma pesquisa dirigida pela curiosidade e aborda questões básicas sobre a evolução do universo.

Além disso, essa pesquisa dirigida pela curiosidade também leva a muitas aplicações importantes. Foi emocionante ver como o seminário de hoje no Cern foi transmitido através da rede mundial de computadores para todos os continentes, utilizando a tecnologia pioneira do Cern. Os aceleradores de partículas têm muitas aplicações na ciência dos materiais e na medicina.

A descoberta de Higgs desloca a fronteira da física moderna e vai demorar um pouco para se entender o que está para além da porta que abrimos hoje. Sem dúvida, haverá muito mais descobertas emocionantes vindo do Cern e do LHC na próxima década.

:. Higgs boson: physics professors answer your questions live – The Guardian 04/07/2012

Professors Stefan Soldner-Rembold and Andy Parker answered your questions on Higgs boson, Cern and the future of physics

Got a question about the Higgs boson, Cern or the Large Hadron Collider, but been too afraid to ask? As we report live from Geneva on scientists’ latest efforts to find the ‘God particle’, two leading physics professors came online to take your questions.

Professor Stefan Soldner-Rembold, professor of particle physics at the School of Physics and Astronomy, University of Manchester, and Professor Andy Parker, professor of high energy physics at the University of Cambridge, were available to answer your questions about the Higgs boson.

Whether you’re trying to get to grips with what Higgs boson is and need a lay-person’s explanation, or whether you’re interested in what this means for physics as a field, we hope the thread below will help.

To get us started we asked them to tell us:

What is the Higgs boson?

Professor Parker has answered this question on the University of Cambridge website:

Most people imagine particles of matter to be like little billiard balls, which are stuck together in some way to make the solid objects which we see around us. We naturally expect the billiard balls to have some substance in their own right, making them, and everything which they form, massive. However, in modern quantum theories, matter is nothing like this. All the particles would, if left to themselves, have no mass at all, and fly around at the speed of light. There would be no atoms or people to study them.

The Higgs field is the proposed answer to this mismatch between our equations and what we see. The Higgs field fills all of space, and as the particles try to move through it, their interactions with it cause them to appear to have mass. This slows them down and allows them to bind together into the familiar forms of matter which we observe. This is a completely different picture of nature than the one we instinctively imagine – instead of matter having its own intrinsic properties, and moving about in empty space, many of the properties of matter are actually only due to its interactions with an invisible, all-pervasive field. The properties of “empty” space are crucial to the physicist’s understanding of the world.

The Higgs boson itself is a vibration in the Higgs field, which can be created if enough energy is put into the field, like dropping a pebble into a pond. The LHC is the world’s highest energy particle collider, and the collisions it makes create enough disturbance in the Higgs field to observe the Higgs boson, if it exists.

Why does it matter?

Professor Soldner-Rembold says:

Today’s discovery teaches us something fundamental about the building blocks of the universe and how the fundamental particles that build the world around us acquire mass. The Higgs boson matters because it tell us about ‘matter’. This is curiosity driven research and addresses basic questions about the evolution of the universe.

In addition, this curiosity driven research also leads to many important applications. It was exciting to see how today’s seminar at Cern was broadcast via the world wide web to all continents, using the technology pioneered at Cern. Particle accelerators have many applications in material science and medicine.

The Higgs discovery pushes the boundary of modern physics and it will
take a while to understand what lies beyond the door we have opened today. No doubt there will be many more exciting discoveries coming out of Cern and the LHC in the next decade.

As revistas científicas e o sequestro do conhecimento

O custo do conhecimento: o apelo por publicações científicas grátis

Notícias: IHU – 04/05/2012

A guerra dos cientistas contra as revistas científicas e as suas ávidas assinaturas também recrutou a Wikipédia. O governo britânico pediu que o fundador da enciclopédia na web, Jimmy Wales, publique gratuitamente todos os artigos científicos obtidos com o dinheiro dos contribuintes ingleses. Essa é a última ofensiva da campanha batizada de “Primavera da Academia”, que teve início em janeiro pelo blog do matemático de Cambridge Timothy Gowers. Desde então, 11 mil cientistas de todo o mundo aderiram ao apelo de boicotar a editora Elsevier, a maior do setor, que recebe gratuitamente os artigos dos cientistas para, depois, impor às suas revistas assinaturas que variam de 20 a 40 mil dólares. Os cientistas da Primavera da Academia, através do blog thecostofknowledge.com, se comprometem a não fornecer artigos, consultoria nem trabalho editorial à Elsevier, acusada em 2011 de ter acumulado lucros de 2,1 bilhões de dólares (com uma margem de 36% sobre as receitas), sobre os ombros da ciência financiada pelo dinheiro público. Além de cientistas individuais, também se uniram ao boicote o Wellcome Trust, de Londres, e a Universidade de Harvard. Mark Walport, presidente do Wellcome Trust (o maior financiador de pesquisas médicas do mundo, depois da Fundação Gates), anunciou o lançamento de uma nova revista online completamente gratuita: eLife. Já a Harvard convidou a sua equipe a publicar todas as pesquisas gratuitamente no site da universidade. A gigante de Boston gasta 3,75 milhões de dólares por ano apenas em revistas científicas. “Seguir em frente assim não é possível”, escreveu o governo da faculdade em seu apelo aos pesquisadores. O negócio da editoração científica chega a 10 bilhões de dólares, com 25 mil revistas especializadas e 1,5 milhões de artigos por ano. Dos quais apenas 20%, antes da Primavera da Academia, podia ser lido sem pagar.

Riviste di scienza, costi super gli scienziati: “Boicottiamole”

Elena Dusi: La Reppublica – 04/05/2012

“L’hanno chiamata ‘la Primavera dell’Accademia’: gli 11mila scienziati che vi hanno aderito non pubblicheranno più i loro articoli su riviste a pagamento. Alla loro iniziativa si affianca oggi Wikipedia, che su richiesta del governo britannico si è impegnata a ospitare gratuitamente gli studi realizzati con i soldi dei contribuenti. ‘In un mondo che cambia, c’è bisogno di cambiare il modello economico delle pubblicazioni scientifiche’ ha scritto sul Guardian il fondatore di Wikipedia Jimmy Wales.

Nel mirino c’è un settore che si arricchisce sempre di più mentre gli atenei affondano nei debiti: quello dell’editoria delle riviste scientifiche, che con i suoi 25mila titoli e un milione e mezzo di articoli all’anno (di cui solo il 20% accessibile senza pagare) muove un giro d’affari di 10 miliardi di dollari. Un abbonamento annuale a Tetrahedron, giornale specializzato in chimica organica, costa ad esempio 20mila dollari (l’equivalente di una borsa di dottorato). Altre riviste arrivano a 40 mila. Il più grande (e odiato) fra gli editori scientifici – la Elsevier di Amsterdam, 2mila giornali scientifici pubblicati con il suo marchio – ha attraversato la crisi con un ricavo di 3,4 miliardi di dollari nel 2011 e un margine di profitto impensabile in quasi ogni altro campo dell’economia: 36%.

‘Se decidi di non appoggiare più Elsevier e i suoi giornali, aggiungi il tuo nome’: l’appello partito il 21 gennaio dal blog del matematico di Cambridge Timothy Gowers si è ingigantito di giorno in giorno, arrivando oggi a 11.000 firme. Gli scienziati che aderiscono (molti gli italiani) si impegnano a non inviare più i loro articoli alle riviste e a non partecipare alla valutazione dei lavori dei colleghi. Al boicottaggio (che continua a raccogliere adesioni sul sito thecostofknowledge.com) si sono uniti due pesi massimi della scienza mondiale come il Wellcome Trust britannico (il più grande finanziatore di ricerca medica dopo la fondazione Gates) e l’università di Harvard negli Usa (la seconda istituzione non a scopo di lucro più ricca del mondo).

Non solo il Wellcome Trust ha invitato i ricercatori a pubblicare i loro studi esclusivamente su riviste senza abbonamento. Il suo presidente Mark Walport ha anche dichiarato al Guardian che la fondazione sta per lanciare la rivista scientifica online gratuita ‘eLife’, capace di fare concorrenza ai giganti (a pagamento) Nature e Science. Harvard da parte sua ha pubblicato sul sito una lettera rivolta ai ricercatori di tutte le facoltà, invitandoli a condividere online i loro studi con tutti i colleghi del mondo.

Il meccanismo perverso sotto accusa prevede che i ricercatori spendano soldi per svolgere i loro studi. Una volta completata, la ricerca viene inviata gratuitamente a una rivista scientifica, nella speranza di una pubblicazione che porterebbe prestigio e visibilità. La rivista chiede a quel punto una valutazione (sempre gratuita) ai maggiori esperti della materia ed eventualmente inserisce lo studio fra le sue pagine. Il giornale messo insieme col lavoro dei ricercatori viene alla fine venduto per decine di migliaia di euro alle biblioteche delle università, incluse quelle che con i propri scienziati avevano fornito gli articoli. Non è difficile capire come mai, in tempi di diffusione sempre meno cartacea, i margini di profitto di Elsevier e degli altri quasi-monopolisti del settore (Springer e Wiley) siano lievitati in maniera sproporzionata. Il tutto in un periodo in cui i tagli ai finanziamenti rendono ardua la sopravvivenza delle università.

Harvard, che spende ogni anno 3,75 milioni di dollari in riviste scientifiche (libri esclusi) ha scritto nella sua durissima lettera che ‘la situazione è diventata insostenibile’. Il messaggio, rivolto al suo staff al completo, è un atto d’accusa senza ombra di diplomazia: ‘I prezzi degli articoli online di due grandi case editrici sono aumentati del 145% negli ultimi 6 anni. La situazione è esacerbata dagli sforzi di vendere le riviste in pacchetti’. George Monbiot, giornalista del Guardian e professore alla Oxford Brookes University, ha trovato un modo amaramente ironico di descrivere la situazione: ‘Accanto agli editori scientifici, Rupert Murdoch sembra un socialista'”.

Leia Mais:
Harvard University says it can’t afford journal publishers’ prices – The Guardian: 24 April 2012

Nós, ontem

:: Our human ancestors and their relatives in pictures – The Guardian: 14 March 2012
A potential new species of human, dubbed the Red Deer Cave people, has been discovered in China, adding another branch to the evolutionary tree of hominids.

:: Meet the other ancestors – The Independent: 15 March 2012
There was a time when our own species, Homo sapiens, shared the same non-African landscapes with at least four other human species until each in turn became extinct, allowing just one type of human to dominate the globe.

:: Homem pré-histórico na China pode ser de nova linhagem humana – Folha.com: 14/03/2012
Eles eram baixos, tinham o rosto achatado e dentes molares grandes, se alimentavam com carnes de veado, mas o crânio estava mais para um parecido com o dos homens modernos. “Eles”, no caso, são os homens pré-históricos que viveram de 11.500 a 14.300 anos atrás (quando a agricultura ainda estava nos seus primórdios), cujos fósseis estavam em uma região a sudoeste da China, em Maludong (Caverna do Veado Vermelho). Mais especificamente em duas cavernas.

Descoberta em Minas gravura mais antiga das Américas

Foi descoberta na região de Belo Horizonte, Minas Gerais, a gravura rupestre mais antiga das Américas.

No texto publicado pela Folha.com em 23/02/2012, Reinaldo José Lopes e Cláudio Ângelo dizem:

Pesquisadores da USP estavam se preparando para arrumar as malas e encerrar seu trabalho na Lapa do Santo, um sítio arqueológico a 60 km de Belo Horizonte, quando toparam com a gravura estilizada no leito de rocha. Não era exatamente uma Mona Lisa: cabeça em forma de C, mãos com três dedos e um enorme pênis ereto compunham a figura de 30 cm. Mas a imagem, descobriram os cientistas, é a mais antiga gravura do continente americano, e um dos mais antigos exemplos de arte das Américas, com pelo menos 10,5 mil anos de idade. “Foi uma sorte enorme e uma surpresa absoluta”, diz Walter Alves Neves, bioantropólogo do Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos da USP e líder do grupo responsável pelo achado (…) A gravura da Lapa do Santo foi achada 3 cm abaixo de uma fogueira, e o carvão desse fogo pode ser datado pelo carbono-14. Daí é que vem a idade mínima de 10,5 mil anos, embora outros métodos sugiram que ela pode chegar, na verdade, a 12 mil anos. É o período em que os primeiros seres humanos estavam chegando ao Brasil (…) Neves conta que, de brincadeira, o grupo apelidou a figura de “Taradinho”, em referência a seu falo ereto. Figuras do tipo, bem como cenas de sexo e até de parto, aparecem em outros exemplares de arte antiga no interior brasileiro, em especial no Nordeste. E o mesmo estilo, aliás, pode ser encontrado nos próprios paredões calcários da Lapa do Santo (…) A descoberta está descrita em artigo na revista científica “PLoS One”.

Leia o texto completo e veja também os links para fotos e desenhos.

O sítio arqueológico da Lapa do Santo fica numa propriedade rural, a Fazenda Cauaia, na zona rural de Matozinhos, e se soma a vários outros que reforçam a relevância de Minas nesse campo.

Em 1975 foi descoberto em uma gruta na região de Lagoa Santa o crânio de Luzia. Na época, o local era objeto de estudo de uma missão científica e foi o biólogo, arqueólogo e antropólogo Walter Neves, o descobridor do petróglifo de 10 mil anos, que apelidou o crânio de Luzia (…) Exames revelaram que Luzia, por sua vez, é o fóssil mais antigo das Américas, com cerca de 11,5 mil anos. A mulher estava na faixa dos 20 anos quando morreu, tinha 1,5m de altura e possuía traços negros. Em 1999, pesquisadores da Universidade de Manchester, na Inglaterra, fizeram a reconstituição do rosto da mulher, tendo como base o crânio encontrado em Minas Gerais (Pinturas rupestres encontradas na Grande BH animam pesquisadores – Estado de Minas: 24/02/2012)

O Abstract do artigo publicado na PLoS One diz:

Background
Most investigations regarding the First Americans have primarily focused on four themes: when the New World was settled by humans; where they came from; how many migrations or colonization pulses from elsewhere were involved in the process; and what kinds of subsistence patterns and material culture they developed during the first millennia of colonization. Little is known, however, about the symbolic world of the first humans who settled the New World, because artistic manifestations either as rock-art, ornaments, and portable art objects dated to the Pleistocene/Holocene transition are exceedingly rare in the Americas.

Methodology/Principal Findings
Here we report a pecked anthropomorphic figure engraved in the bedrock of Lapa do Santo, an archaeological site located in Central Brazil. The horizontal projection of the radiocarbon ages obtained at the north profile suggests a minimum age of 9,370±40 BP, (cal BP 10,700 to 10,500) for the petroglyph that is further supported by optically stimulated luminescence (OSL) dates from sediment in the same stratigraphic unit, located between two ages from 11.7±0.8 ka BP to 9.9±0.7 ka BP.

Conclusions
These data allow us to suggest that the anthropomorphic figure is the oldest reliably dated figurative petroglyph ever found in the New World, indicating that cultural variability during the Pleistocene/Holocene boundary in South America was not restricted to stone tools and subsistence, but also encompassed the symbolic dimension.

Leia Mais:
:: Gravura rupestre mais antiga das Américas descoberta no Brasil
:: Pinturas rupestres encontradas na Grande BH animam pesquisadores
:: Rock Art at the Pleistocene/Holocene Boundary in Eastern South America: Walter A. Neves, Astolfo G. M. Araujo, Danilo V. Bernardo, Renato Kipnis e James K. Feathers – PLoS One: February 22, 2012

Stephen Hawking, Deus e a origem do Universo

Si lo dice un científico, va a misa


Los investigadores están divididos: unos son creyentes y otros piensan que Dios es incompatible con la ciencia – ¿Es cometido de los laboratorios demostrar la existencia divina?

Mónica Salomone – El País: 05/09/2010

Antes de decidirse a hacer el primer trasplante de órganos entre humanos, en 1954, el cirujano Joseph E. Murray, Nobel de Medicina en 1990, consultó a varios líderes religiosos: “Parecía lo natural”, ha dicho Murray. Es solo uno de los múltiples ejemplos del vínculo entre religión y ciencia. Un nexo tan vigente aún hoy como encendidos han sido los debates sobre la investigación con células madre o la enseñanza de la teoría de la evolución -no en España pero sí en Estados Unidos-. Para muchos, estos asuntos trazan una frontera clara entre los científicos, que buscan respuestas con un método en teoría blindado a las propias creencias, y otra parte de la sociedad. La comunidad científica -vienen a decir- crece y se desarrolla al margen (a salvo) de la fe; la ciencia va a lo que va y no se ocupa de eventuales conflictos entre hechos demostrados experimentalmente y la religión. Pero entonces llega el físico Stephen W. Hawking, escribe que no hace falta Dios para explicar el Universo … y se produce una tormenta mediática. ¿Por qué? ¿No se consideraba este tema una prueba superada?

Leia o texto completo.

 

O livro: HAWKING, S.; MLODINOW, L. The Grand Design. New York: Bantam, 2010, 208 p. – ISBN 9780553805376.

Leia Mais:
Stephen Hawking excluye a Dios como creador del Universo

El Gran Designio
Inventando o Universo: pensar Deus a partir da Nova Física
Einstein e a religião

Alerta de Hawking: vivendo assim, seremos extintos

:: O destino humano: abandonar a Terra nos próximos 100 anos ou se tornar uma espécie extinta, diz Hawking – Folha.com: 10/08/2010 – 08h36

:: Stephen Hawking: única chance do ser humano será deixar a Terra. E logo . Vejo grandes perigos para a raça humana. Devemos procurar outros mundos para viver – Folha.com: 10/08/2010 – 08h36

:: Stephen Hawking: única chance do ser humano será deixar a Terra – Terra: 09 de agosto de 2010, 13h34

Leia Mais:
Audaciosamente indo onde ninguém jamais esteve
Se quisermos viver no Universo… uma reflexão de Marcelo Gleiser

Einstein e a religião

Opiniões e discussões sobre as crenças religiosas de Albert Einstein sempre reaparecem na imprensa. Tudo o que se refere a Einstein nos fascina.

Mais um texto, que li hoje: Albert Einstein’s Faith: Was the Great Physicist Spiritual? [A fé de Albert Einstein: o grande físico era religioso?] de Krista Tippett. Publicado noAlbert Einstein conhecido site The Huffington Post em 23/07/2010.

Traduzido e reproduzido por Notícias: IHU On-Line – 01/08/2010.

 

A fé de Albert Einstein: o grande físico também era espiritual?

Publicamos aqui um trecho do livro Einstein’s God: Conversations About Science and the Human Spirit [O Deus de Einstein: Conversas sobre ciência e o espírito humano] de Krista Tippett, apresentadora e produtora do programa da TV norte-americana “Speaking of Faith” e jornalista homenageada com o Prêmio Peabody. 

A famosa equação de Albert Einstein, E=mc2, continua sendo difícil para compreender completamente. Mas eu acho que consegui entender alguma coisa do homem – o seu espírito expansivo, sua curiosidade implacável e sua reverência pela beleza e pela ordem da natureza e do pensamento. Eu estava intimidada ao começar, mas pesquisar sobre Einstein foi uma delícia.

E há uma espécie de lógica nisso, assim como o humor foi um dos aspectos da genialidade de Einstein. Freeman Dyson sugere que a sua capacidade de iluminar e rir, mesmo de si mesmo, foi uma das chaves para a magnitude das suas conquistas científicas. A ciência muitas vezes tem a ver com fracasso. O próprio Einstein afirmou que fez tantas descobertas porque não tinha medo de ser contrariado, repetidamente, em seu caminho a todas elas. Mas Einstein também empregou humor ao efeito filosófico e ético, avaliando incisivamente as fraquezas da humanidade.

Einstein mantinha uma fé profunda e sutil, senão tradicional. Eu não reconhecia isso de início. Sempre fui desconfiada da forma como a famosa frase de Einstein, “Deus não joga dados com o universo”, é citada para propósitos amplamente diferentes. Eu queria entender o que Einstein, como físico, queria dizer com isso. Como se verá, esse gracejo em particular tinha mais a ver com a física do que com Deus, como Freeman Dyson e Paul Davies revelam.

Einstein, entretanto, deixou para trás um rico conjunto de reflexão sobre a “mente” e sobre o “espírito superior”, por trás do cosmos, que nunca encontrou seu caminho na consciência popular. Ele não acreditava em um Deus pessoal, que interferia nas leis da física. Mas era fascinado com a engenhosidade dessas leis e manifestou admiração com o próprio fato de sua existência. Ao longo de sua vida, se encantava com tudo aquilo que ainda não podia compreender. Ele estava mais do que contente com aquilo que chamava de “senso religioso cósmico” – animado pelos “indícios” e pela “admiração”, ao invés de respostas e conclusões. Aqui segue uma passagem que se aproxima, penso eu, de uma descrição concisa de Einstein da sua “fé” fundamental:

Um conhecimento da existência de algo que não podemos penetrar, das manifestações da mais profunda razão e da mais radiante beleza – é esse conhecimento e essa emoção que constituem a verdadeira atitude religiosa. Nesse sentido, e apenas nisso, eu sou um homem profundamente religioso. Não posso conceber um Deus que recompensa e castiga suas criaturas, ou que tem uma vontade do tipo que estamos conscientes em nós mesmos… O mistério da eternidade da vida é suficiente para mim, assim como os indícios da maravilhosa estrutura da realidade, junto com o esforço sincero de compreender uma porção, seja ela tão minúscula, da razão que se manifesta em si mesma na natureza.

Com Paul Davies, fui capaz de buscar como Einstein mudou a nossa visão do espaço e principalmente do tempo, um assunto que sempre me intrigou. Antes de Einstein, como Davies descreve, os seres humanos pensavam o espaço e o tempo como fixos e imutáveis, o pano de fundo para o grande espetáculo da vida. Mas agora sabemos que eles são elásticos e entrelaçados, parte do próprio espetáculo. Einstein descreveu a nossa percepção do tempo como uma flecha – atravessando o passado, o presente e o futuro lineares e compartimentados – como uma “ilusão teimosamente persistente”. Essa linguagem é evocativa de um ponto de vista religioso.

Como explica Davies, ela ecoa um insight que perpassa as religiões orientais e ocidentais e as antigas culturas indígenas. Davies encontra uma afinidade entre a visão de Einstein de tempo e a noção religiosa de uma realidade “para além do tempo” e do “eterno”. E porque ele fala como uma pessoa versada nos avanços mais recentes da ciência de Einstein – cosmologia e o Big Bang, buracos negros, até mesmo a busca por vida além desta galáxia –, suas ideias me trazem um peso especial de autoridade e, sim, de admiração.

Deparei-me com muitos trechos sábios e tocantes de escritos do Einstein espiritual enquanto eu preparava estas conversas. Einstein foi um apaixonado escritor de cartas. Ele escreveu aos colegas cientistas, amigos e estranhos. Ele amava responder às cartas dos alunos. Um dos seus correspondentes, durante algum tempo, foi a rainha Isabel da Bélgica. Ele começou uma calorosa amizade com ela e com seu marido, o rei Alberto, pouco antes da Segunda Guerra Mundial. Em uma época trágica em meio aos já tumultuados tempos políticos, seu marido morreu de repente, assim como sua cunhada. Einstein escreveu a ela:

Sra. Barjansky escreveu-me sobre como o próprio viver gravemente lhe causa sofrimento e sobre como a senhora está estarrecida pelos golpes indescritivelmente dolorosos que lhe têm ocorrido. E, no entanto, não devemos sofrer por aqueles que nos deixaram no auge de suas vidas, após anos felizes e frutíferos de atividades, e que foram privilegiados por realizar em plenitude sua missão em vida.

Há algo que pode refrescar e revivificar as pessoas mais velhas: a alegria pelas atividades da geração mais jovem – uma alegria, na verdade, que é encoberta por pressentimentos sombrios nestes tempos incertos. E, no entanto, como sempre, o sol da primavera traz vida nova, e nós podemos nos regozijar por essa nova vida e contribuir para o seu desenvolvimento. E Mozart continua tão belo e terno como sempre foi e sempre será. Existe, além disso, algo de eterno que está além do alcance do destino e de todas as desilusões humanas. E esse eterno se encontra mais perto de uma pessoa mais velha do que de uma pessoa mais jovem que oscila entre o medo e a esperança. Para nós, resta o privilégio de experimentar a beleza e a verdade em suas formas mais puras.

Eu saí dessas discussões com um novo sentido de Albert Einstein – não apenas como um grande espírito, mas também como um homem sábio. Ele era plenamente humano e imperfeito, certamente, em seus relacionamentos íntimos. Mas era, inegavelmente, original, e não apenas como cientista. Se o passado, o presente e o futuro são uma ilusão, como ele disse, nenhum de nós realmente desaparece. Todos nós deixamos a nossa marca naquilo que “é” agora. Eu tenho um profundo sentimento pela marca de Einstein, e isso me conforta.

Eu suspeito que se ele ficasse sabendo que era o assunto de um programa chamado “Speaking of Faith” [Falando de Fé], mais de 50 anos depois de sua morte, ele faria uma piada engraçada, amável, auto-depreciativa. Mas se ele pudesse ouvir com ouvidos do século XXI, ele poderia ficar intrigado pela forma como o seu senso religioso “cósmico” generoso e questionador é profundamente semelhante aos anseios religiosos e espirituais da nossa época.

Fonte: Dom Total – 01/08/2010

 

Duas observações sobre a tradução, para evitar descaminhos na compreensão:

Onde se lê “Mas era fascinado com a ingenuidade dessas leis e manifestou admiração com o próprio fato de sua existência”, leia-se “engenhosidade”, pois o original inglês diz: “But he was fascinated with the ingenuity of those laws and expressed awe at the very fact of their existence”“Ingenuity” quer dizer “the quality of being cleverly inventive or resourceful; inventiveness” (Webster).

E eu traduziria também, no título, spiritual por religioso, resultando: A fé de Albert Einstein: o grande físico era religioso? O significado do artigo ficaria, assim, mais claro…

E, no meu entender, no texto ainda permanece a confusão entre Fé e Religião, que são conceitos distintos

Leia também meu artigo: Inventando o Universo. Pensar Deus a partir da nova física.

Darwin e seu legado

Ecos de Darwin: este é o tema de capa da revista IHU On-Line, edição 306, publicada em 31/08/2009.

Do Editorial:
“Passados dois séculos do nascimento de Charles Darwin (1809-1882), e 150 anos do lançamento da primeira edição de sua obra fundamental, A origem das espécies, a IHU On-Line dedica a matéria de capa desta edição a discutir o seu legado, sua influência dentro e fora do campo das ciências. Uma semana antes do IX Simpósio Internacional IHU: Ecos de Darwin, estas entrevistas podem ser lidas em conjunto com a edição número 300, de 13/07/2009, intitulada Evolução e fé. Ecos de Darwin.

Diversos conferencistas do Simpósio concederam entrevistas e enviaram artigos especiais. O historiador italiano Pietro Corsi, docente na Universidade de Oxford, Inglaterra, assegura que podemos questionar nossa época a partir de Darwin, sobretudo “o pressuposto bastante desarrazoado de que o universo todo foi criado para nós”. Edward Manier, biólogo docente na Universidade de Notre Dame, EUA, enfatiza que Darwin enfraqueceu o antropocentrismo, e que ele “não fez nada para diminuir o status da razão e sentimentos morais”. O cientista jesuíta William Stoeger, da Universidade do Arizona, pondera que não haveria evolução biológica sem a evolução cósmica. Louis Caruana, filósofo, também jesuíta, e professor da Universidade de Londres, analisa a ligação entre a Teoria da Evolução e os fundamentos da moral, além de discutir o mau uso do darwinismo pela eugenia. Aldo Mellender de Araújo, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, se vale da metáfora “espinho na cauda do pavão” para examinar tópicos da seleção sexual darwiniana. O pensamento biogeográfico em tempos darwinianos é o tema de Gervásio Silva Carvalho, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS. O geólogo Charles Smith, professor na Western Kentuky University, nos EUA, examina as conexões entre Wallace e Darwin, enquanto Heloísa Maria Bertol Domingues escreve sobre o darwinismo no Brasil e na América Latina. A filósofa Anna Carolina Krebs Pereira Regner, especialista em Darwin, também enviou artigo especial à IHU On-Line, e Lilian Al-Chueyr Pereira Martins, docente na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP, e pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas – Unicamp, complementa a discussão”.

São 10 entrevistas:
:: Aldo Mellender de Araújo: A seleção sexual darwiniana: espinho na cauda do pavão
:: William Stoeger: “Sem a evolução cósmica não haveria evolução biológica”
:: Pietro Corsi: O universo não foi criado para nós
:: Louis Caruana: Darwin e os fundamentos da moral
:: Gervásio Silva Carvalho: O pensamento biogeográfico em tempos darwinianos
:: Edward Manier: Darwin enfraqueceu o antropocentrismo
:: Charles Smith: As conexões entre Wallace e Darwin
:: Heloísa Maria Bertol Domingues: O darwinismo no Brasil e na América Latina
:: Lilian Al-Chueyr Pereira Martins: Teoria de Darwin deve ser pensada a partir de Lamarck
:: Anna Carolina Krebs Pereira Regner: Deus e a ciência: a controvérsia interna de Darwin