Israel Finkelstein debate com seus críticos

Em Journal of Hebrew Scriptures (JHS), da Universidade de Alberta, Canadá, no vol. 9, artigo 24, de 2009, leio um artigo de Israel Finkelstein, Persian Period Jerusalem and Yehud: A Rejoinder [Jerusalém e Yehud na Época Persa: uma réplica]

Diz o Abstract:
This is a rejoinder to several recently published articles which take issue with my views on Persian period Jerusalem and Yehud. The article deals with methodological issues such as inconsistencies between archaeology and text and the meaning of negative evidence in archaeology. On the factual level, with the available data at hand, I see no reason to change my views : Persian period Jerusalem covered ca. 2-2.5 hectares, and both the description of the construction of the city-wall in Nehemiah 3 and the List of Returnees in Ezra and Nehemiah probably reflect late Hellenistic (Hasmonean) period realities.

Finkelstein diz na Introdução de seu artigo:

“I have recently published articles on Jerusalem and Nehemiah’s wall (Finkelstein 2008a), and about the light that archaeology sheds on the List of Returnees in Ezra and Nehemiah (idem 2008b). My main conclusions in these two articles are:

1. Persian period Jerusalem was a small settlement that covered an area of ca. 2–2.5 hectares, with a population of no more than a few hundred people.
2. Over a century of archaeological investigation in Jerusalem has failed to reveal any trace of a city-wall that can be dated to the Persian period and identified as the wall of Nehemiah.
3. The description of the construction of the wall in Nehemiah 3 may represent the reality of the erection of the First Wall in the Hasmonean period.
4. The archaeology of the places mentioned in the List of Returnees in Ezra (2:1–67) and Nehemiah (7:6–68) seems to show that this text, too, probably represents a Late Hellenistic (2nd century BCE) rather than a Persian-period
reality.

A few recent publications have taken issue with these observations (Zevit 2009; E. Mazar 2009; Barkay 2008; Lipschits 2009). This article is meant to address the main arguments advanced in these publications. My major interest is not the dispute itself, but rather the methodological questions that stand behind the debate, namely issues related to the methods of field archaeology and the interface between archaeology and the biblical texts”.

Diz Finkelstein que seu interesse não é polemizar com aqueles que discordam dele, mas abordar as questões metodológicas envolvidas no debate, especialmente questões relativas aos métodos da arqueologia de campo e a interface entre arqueologia e textos bíblicos.

Todos os interessados em História de Israel e arqueologia da Palestina estão convidados a dar uma espiada…

Eric Cline pergunta: Davi e Salomão existiram?

Em The Bible and Interpretation, com data de outubro de 2009, Eric H. Cline, arqueólogo, Professor do Departamento de Literaturas e Línguas Clássicas e Semíticas da Universidade George Washington, em Washington, D.C., pergunta: Did David and Solomon Exist? [Davi e Salomão existiram?]

Diz a apresentação que o texto é uma adaptação de trecho de seu mais recente livro:

The debate as to whether or not David and Solomon existed has been one of the “hot-button” topics in biblical archaeology since the early 1990s. The introduction of a variety of new data has put to rest some aspects of the debate but intensified other aspects, and the debate itself shows no sign of coming to an end. The majority of the arguments by various scholars, on both sides of the debate, have been published in scholarly journals seldom read by students or the general public. In the interests of putting this debate in front of such audiences, the following article is adapted from Biblical Archaeology: A Very Short Introduction by Eric H. Cline…

CLINE, E. H. Biblical Archaeology: A Very Short Introduction. New York: Oxford University Press, 2009, 168 p. – ISBN 9780195342635.

Eric H. Cline aborda a questão da interpretação de bytdwd da Inscrição de Tel Dan, a cidade de Jerusalém no século X a. C. e seu tamanho, o pretenso “Palácio de Davi” de Eilat Mazar em Jerusalém…

E há mais no artigo. Leia.

Conclui seu texto Eric H. Cline:
Clearly, there remains much to be discovered, and much to be excited about, in the debate about David and Solomon in particular and in the field of biblical archaeology as a whole. Although the discipline is not a new field, having been seriously practiced for more than one hundred years, it has kept pace with modern developments. At its inception, the principal tools were the pick and shovel. Now biblical archaeologists use magnetometers, ground penetrating radar, electric resistivity meters, and satellite photography alongside traditional methods of excavation, enabling them to peer beneath the ground surface before physical excavation begins. Radiocarbon dating is used alongside time-honored chronological methods such as pottery seriation and typology. And biblical archaeologists are working hand in hand with specialists in ceramic petrography, residue analysis, and DNA analysis, in order to answer more anthropologically-oriented questions concerning ethnicity, gender, trade, and the rise of rulership and complex societies.

Sometimes these tools help to confirm the biblical text and sometimes they do not. Upon occasion, the archaeologists can bring to life the people, places, and events discussed in the Bible. But ultimately biblical archaeology is not about proving or disproving the Bible, or even determining whether David and Solomon existed. Instead, biblical archaeologists are more concerned with investigating the material culture of the lands and eras in question and reconstructing the culture and history of the Holy Land for a period lasting more than two thousand years. And that in itself is absolutely fascinating, for professionals and the general public alike.

A palestra de Israel Finkelstein em Porto Alegre

Como os leitores do blog estão lembrados, a vinda de Israel Finkelstein a Porto Alegre foi noticiada na postagem Israel Finkelstein faz palestra no Brasil.

Hoje recebi do Professor Irineu Rabuske, da PUCRS, o seguinte relato da palestra do arqueólogo Israel Finkelstein:

Israel Finkelstein em Porto Alegre

O Prof. Israel Finkelstein falou no dia 30 de setembro, às 20h00, para um variado público, no auditório da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre.

Sua vinda, de Buenos Aires, onde se encontra para uma atividade acadêmica mais extensa, foi iniciativa de um doutorando da Faculdade de História [Josué Berlesi] e do respectivo Programa de Pós-Graduação. Isso explica porque o evento ficou, em princípio, reduzido ao ambiente daquela Faculdade. Mesmo assim, muita gente tomou conhecimento e compareceu, lotando quase por completo o auditório.
Como deveria falar para alunos de História, o Prof. Finkelstein explicou com bastante propriedade e clareza os métodos de pesquisa da arqueologia e sua articulação com a história, passando então diretamente aos problemas relacionados aos relatos bíblicos do AT e as possíveis contribuições da arqueologia, principalmente no que se refere à cronologia.

Prof. Finkelstein fez questão de esclarecer que, entre os pesquisadores da Historia de Israel, não concorda em ser classificado entre os minimalistas. Reiteradamente afirmou que procura trilhar um caminho “de centro”. Para tanto, esmerou-se em explicar, com riqueza de detalhes a questão da distância entre eventos e sua fixação em textos escritos, uma vez que a arqueologia, segundo o Professor, comprova que, no território de Israel, não há vestígios de atividade gráfica anterior ao ano 700 a.C. Com isso, a pesquisa deve estar atenta a toda sorte de possíveis anacronismos, para o que também pode contribuir a crítica literária dos textos.

Com a simpatia que o caracteriza, o Prof. Finkelstein proferiu uma agradável e instrutiva palestra. Foi uma passagem meteórica pelo sul do País. É de se augurar que o Professor Israel Finkelstein possa retornar ao Brasil para falar a biblistas, exegetas e teólogos.

Irineu J. Rabuske – Porto Alegre: 02/10/2009

Israel Finkelstein faz palestra no Brasil

Israel Finkelstein, o conhecido arqueólogo da Universidade de Tel Aviv, autor, com Neil Asher Silberman, do clássico The Bible Unearthed, fará palestra no Brasil no dia 30 deste mês.

O evento, que conta também com uma mesa redonda, abordará o tema Religião e Racionalidade: A História Bíblica e a Investigação Arqueológica.

Portanto, no dia 30 de setembro de 2009, no Auditório da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) – na Av. João Pessoa, 80, Porto Alegre, RS – às 18h30, o Prof. Dr. Israel Finkelstein espera por você.

A mesa redonda terá a participação de Prof. Dr. Nelson Kilpp, da Escola Superior de Teologia de São Leopoldo, do Doutorando Josué Berlesi, da Universidade de Buenos Aires e do Prof. Dr. Anderson Zalewski Vargas, da UFRGS.



As inscrições devem ser feitas através de formulário.

O pagamento deverá ser feito no dia do evento e os valores são os seguintes: R$ 10,00 para alunos de graduação e R$ 15,00 para demais participantes.

Formulário:
. Nome completo:
. Endereço:
. Telefones:
. E-mail:
. Instituição a que pertence:
. Valor a ser pago:

Agradeço a Josué Berlesi pelas informações.

Leia Mais:

:: Entrevista com Finkelstein em Sciences et Avenir 
:: Israel Finkelstein na biblioblogosfera
:: Resenha do livro de Israel Finkelstein e Neil Asher Silberman, The Bible Unearthed. Archaeology’s New Vision of Ancient Israel and the Origin of Its Sacred Texts
:: The Bible Unearthed em DVD: agora no Brasil

Arqueologia, Política e Mídia: o Simpósio em Duke

Duke University Conference on Archaeology, Politics and the Media: Re-Visioning the Middle East: April 23-24, 2009.

Leia e ouça: 
:: Duke Conference on Archaeology, Politics, and the Media: DAY 1 – Robert Cargill’s Blog: April 27, 2009
:: Duke Conference on Archaeology, Politics, and the Media: DAY 2 – Robert Cargill’s Blog: April 29, 2009

:: Archaeology and National Parks in Jerusalem: Who owns the past? – Article by By Eric M. Meyers, Duke University, Durham, NC, USA – The Bible and Interpretation: May 2009

One of the most sensitive areas on the political landscape of Jerusalem, which was the focus of my paper and many discussions at the recent conference at Duke University on “Archaeology, Politics, and the Media,” is the issue of national parks in the historic basin, especially in the City of David, and how they tell the story of Jerusalem’s rich and diverse history. In addition, the green spaces being developed in these areas around the walls of the Old City makes Israel’s long-range goals abundantly clear. As Ethan Bronner expressed it so well in a lead story in the New York Times recently (The New York Times, May 12, 2009) the political implications of Israel’s $100 million, multiyear development plan “in some of the most significant religious and national heritage sites just outside the walled Old City” are staggering and are part of a larger strategy to strengthen Israel’s claim to the holy city. Who owns the past and who has the right to narrate it in one of the most sensitive areas on the planet is what is at stake there. The fact that the government of Israel has joined with the settler movement to put archaeology at the heart of the political dispute over Jerusalem is “unsettling” to say the least and fraught with great danger. One Israeli archaeologist recently described the new digs in Jerusalem as “a weapon of dispossession.”



:: Seeking the Sacred Past – Article by Paul V. M. Flesher, Director, Religious Studies Program University of Wyoming – The Bible and Interpretation: May 2009

On April 23-24, 2009, Duke University held a symposium titled, “Archaeology, Politics and the Media: Re-Visioning the Middle East.” Hosted by Eric and Carol Meyers, this meeting brought together professional archaeologists and media personnel from three continents for a general conversation about archaeology, its interaction with media, and the effect on it of political decisions. This was a cooperative and productive conference, with both sides identifying problems and suggesting solutions—ending with clear ideas about how to work together more effectively in the future. The papers will be published in a collected volume by Eric Meyers. Robert Cargill blogged the sessions live; his notes and comments remain online. The lectures also appear in mp3 files at the ASOR Blog. Given this dissemination, the following opinion piece aims not to provide a blow-by-blow account of the papers and their discussion, but to use several of the conference’s papers to elucidate a phenomenon that underlies and drives the problems that were the conference’s main focus.

Agradeço a Jim West pela indicação do último artigo em seu post The Bible and Interpretation: The Duke Archaeology Conference: May 26, 2009.

Fotos do Egito por Jim West

Jim West, “dado como desaparecido” no Egito e afastado desde o dia 25 de abril, por falta de comunicação adequada, da blogosfera, manda, finalmente, notícias.

E postou, no dia 6 de maio, ontem, um série de fotos do Egito, onde ainda continua…

Obs.: blog apagado, fotos desaparecidas…

Vários sarcófagos descobertos na região do Fayum

Egito mostra múmias recém-encontradas

Arqueólogos no Egito mostraram novas imagens de sarcófagos descobertos nas últimas semanas em escavações em uma colina ao sul da capital, Cairo.

O chefe da equipe de arqueólogos egípcios, Abdel-Rahman Al-Ayedi, disse: “Nós descobrimos 53 tumbas de pedra. As tumbas continham caixões de madeira e, dentro deles, encontramos vários sarcófagos de múmias coloridos.”

Segundo ele, as múmias datam de milhares de anos, incluindo vários períodos da Antiguidade egípcia.

Algumas das tumbas foram construídas encima de cemitérios de eras anteriores. Os arqueólogos dizem que as escavações perto do oásis de Fayoum mostram que o ritual da morte foi ficando cada vez mais elaborado a cada dinastia.

Nos últimos meses foram descobertas várias múmias no Egito. Os arqueólogos esperam começar em breve escavações na costa norte do país. Eles procuram a tumba de Cleópatra.

Fonte: BBC