Mais da metade dos chineses empregados possui blog

Folha Online: 26/02/2006 – 17h38

da Ansa, em Pequim

Na China, a maioria das pessoas empregadas, cerca de 52%, possui um blog na internet, segundo uma pesquisa feita pela CBP Career Consultants. Cerca de 28% das pessoas que responderam ao questionário da pesquisa em Pequim, Xangai, Guangzhou e Shenzhen visitam blogs escritos por outras pessoas (cont.)

52% of office workers write blogs, privacy top theme – www.chinaview.cn 2006-02-21 09:59:48

Blogging has increasingly become more popular in China, with 52% of white-collar workers now keeping weblogs (blogs) according to CBP Career Consultants Co., Ltd., a leading career consulting firm in China. Unlike western bloggers who often focus on news and politics, the Chinese white collar bloggers see complaining alongside office and personal gossip as their priorities, according to the survey. According to the findings of a blogging survey conducted by CBP among white-collar workers in China’s four largest cities – Beijing, Shanghai, Guangzhou and Shenzhen – 52% responded they already had a blog, while another 28% said they plan to begin a blog in the near future (cont.)

Albert Vanhoye, professor do PIB, nomeado cardeal

O papa Bento 16 anunciou na quarta-feira passada, dia 22 de fevereiro de 2006, o primeiro consistório de seu Pontificado, que será instituído no dia 24 de março, quando o papa nomeará 15 novos cardeais. Entre eles está Albert Vanhoye, 82 anos, professor emérito do Pontifício Instituto Bíblico de Roma e ex-secretário da Pontifícia Comissão Bíblica. Professor de Novo Testamento, Vanhoye é especialista na Carta aos Hebreus.

Veja a notícia, em português, aqui. Informações mais completas estão no texto em francês, citado abaixo. Uma entrevista com Vanhoye sobre o documento A Interpretação da Bíblia na Igreja, de 1993, pode ser lida em Catholicism and the Bible: An Interview with Albert Vanhoye.

Le P. Albert Vanhoye, un professeur très aimé et bientôt cardinal

Le P. Albert Vanhoye, jésuite, exégète, 82 ans, sera également créé cardinal par Benoît XVI le 24 mars prochain : un professeur très aimé de ses étudiants. Professeur émérite d’exégèse du Nouveau Testament à l’Institut biblique pontifical de Rome, dont il a été recteur, et ancien secrétaire de la Commission biblique pontificale, consulteur de la congrégation pour l’Education Catholique et de la congrégation pour la Doctrine de la Foi, dont dépend la commission biblique, le P. Vanhoye est connu en particulier pour ses travaux sur l’Epître aux Hébreux. Né le 24 juillet 1923 à Hazebrouck, en France (département du Nord), le père Vanhoye a été nommé cardinal “en considération des services rendus à l’Eglise” a indiqué le pape. Agé de plus de 80 ans, il ne fera pas partie du collège des cardinaux électeurs. Entré chez les jésuites le 11 septembre 1941, il a été ordonné prêtre en 1954. Docteur en écriture sacrée, il a enseigné à l’université pontificale grégorienne et a été membre de la commission biblique pontificale de 1984 à 2001 et secrétaire de 1990 à 2001. Il a également été consultant au conseil pontifical pour la promotion de l’unité des chrétiens (1980-96), à la congrégation pour l’éducation catholique à partir de 1978 et, à partir de 1990, à la congrégation pour la doctrine de la foi, présidée par le cardinal Joseph Ratzinger. Le P. Vanhoye a été en outre très aimé de ses étudiants, attirés par la limpidité, la précision et la richesse spirituelle de son approche de l’Ecriture Sainte, et par sa charité délicate et affable, qui le rendait accueillant pour tous, sans acception de personne. Parmi ses ouvrages en français figurent “La Structure littéraire de l’épître aux Hébreux” (1963, Studia Neotestamentica 1, Desclée de Brouwer, Bruges/Paris, 285 p., 2ème éd. 1976, 331 pp.), “Situation du Christ. Epître aux Hébreux” (1969, coll. “Lectio divina 58”, Ed. Du Cerf, Paris, 403 pp.), ainsi que “Prêtres anciens, prêtre nouveau selon le Nouveau Testament” (1980, coll. “Parole de Dieu 20”, Ed. du Seuil Paris, 373 p., trad. anglais, espagnol, italien).

Pastores de igrejas evangélicas aderem aos blogs blogs e podcasts

Está no Bloggers Blog:

The Boston Herald reports that pastors at many evangelical churches are using podcasts and blogs to reach out to the younger demographic. However, some pastors are concerned the message of a sermon isn’t fully received in a podcast or blog format.

Allen Wolfe, director of the Center for Religion and American Public Life at Boston College, told the Boston Herald, “There is a lot of feeling outside the evangelical community that whatever you get by using this (technology) is not going to be substantive. It’s too quick, too easy.”

For a sermon that is meant to be heard a podcast or video would probably have more of an impact than a blog. But getting kids to actually listen to them or watch them probably isn’t any easier them getting them to attend church.

Biblia Hebraica Quinta

Prospekt zur Biblia Hebraica Quinta

Quinta editione cum apparatu critico novis curis elaborato
Participantibus R. Althann, P.B. Dirksen, N. Fernández Marcos, A. Gelston, A. Gianto, L. Greenspoon, I. Himbaza, J. Lust, D. Marcus, C. McCarthy, M. Rösel, M. Sæbø, R. Schäfer, S. Sipilä, P. Schwagmeier, A. Tal, Z. Talshir
consultis A. Dotan pro masora, A. Groves et Soetjianto pro impressione electronica, R. Omanson pro redactione et stylo

 

communiter ediderunt A. SCHENKER (praeses), Y.A.P. GOLDMAN, A. VAN DER KOOIJ, G.J. NORTON, S. PISANO, J. DE WAARD, R.D. WEIS

 

 

Die Biblia Hebraica in einer völlig neu bearbeiteten Ausgabe: Die neue Ausgabe geht auf eine Initiative des Weltbundes der Bibelgesellschaften zurück und erscheint im Verlag der Deutschen Bibelgesellschaft. Innerhalb des Weltbundes ist die Deutsche Bibelgesellschaft für die Entwicklung und Herstellung wissenschaftlicherBibelausgaben verantwortlich; sie fördert und betreut das BHQ-Projekt seit mehr als einem Jahrzehnt. Die erste Lieferung erscheint im Herbst 2004. Sie bildet Teil 18 der Gesamtausgabe und enthält die Allgemeine Einführung und die Megilloth. Weitere Faszikel sind in Vorbereitung; sie werden von einem international undinterkonfessionell zusammengesetzten Gelehrten-Team erarbeitet und herausgegeben. Im Jahr 2010 soll die Edition vollständig vorliegen. BHQ ist eine Handausgabe (editio minor) in der Tradition der Biblia Hebraica. Sie soll allen, die sich ernsthaft mit der Hebräischen Bibel befassen, ein klares und zuverlässiges Bild der vorhandenen Textzeugen bieten, sofern diese für Übersetzung und Exegese von Bedeutung sind (cont.)

 

On the initiative of the United Bible Societies, and with the sponsorship of the German Bible Society which has special responsibility for the publication of scientific editions, the first fascicles of a new edition of Biblia Hebraica are now reaching publication. The first installment will be available in fall 2004. It is Part 18 of the complete edition and will contain the General Introduction and the Megilloth. Other fascicles are in preparation by an international and interconfessional team of scholars. The edition should be complete by 2010. This is a manual edition (editio minor), in the Biblia Hebraica tradition, produced for serious students of the Hebrew Bible. It aims to provide them with a clear presentation of the surviving evidence of the text’s transmission that is relevant for translation and exegesis (cont.)

Leia Mais:
Biblia Hebraica Quinta
Biblia Hebraica Quinta and the Making of Critical Editions of the Hebrew Bible

The Da Vinci Code seria um plágio de The Holy Blood and the Holy Grail?

Folha Online: 25/02/2006 – 11h42

da Efe, em Londres

A estréia britânica do filme baseado em “O Código Da Vinci”, de Dan Brown, pode ser atrasada ou suspensa devido ao processo por plágio apresentado contra a editora, informa hoje o diário “The Times”. Michael Baigent e Richard Leigh, autores de “The Holy Blood and the Holy Grail”, sustentam que Brown plagiou em seu romance a complexa estrutura do livro que eles escreveram há 22 anos. Na próxima semana, Brown, transformado em multimilionário com o sucesso de “O Código Da Vinci”, deve comparecer perante um tribunal londrino para prestar testemunho a favor da editora Random House. O resultado do julgamento pode ter repercussões sobre a lei de “direitos autorais” já que estabelecerá até que ponto um autor pode tomar emprestadas idéias de outro. Se o juiz der a razão aos querelantes, estes podem tentar obter um mandato judicial que afetaria tanto as vendas do livro como o próprio filme. Baigent e Leigh argumentam que o livro de Brown, uma história de conspirações e assassinatos, é baseado na teoria que eles expõem em seu próprio livro, fruto de mais de dez anos de pesquisas. Segundo os dois autores, Brown utilizou a hipótese central de seu livro: que Jesus se casou com Maria Madalena, com quem teve um filho, se criando uma linha de sangue que seria protegida ao longo dos séculos por sociedades secretas (cont.)

Times Online – February 25, 2006

By Frances Gibb and Ben Hoyle

The fate of what is expected to be this year’s biggest film is hanging on the decision of a High Court judge. The British release of The Da Vinci Code, due on May 19, could be delayed or even halted if a copyright claim by the authors of a non-fiction book, The Holy Blood and the Holy Grail, is upheld. Michael Baigent and Richard Leigh, who co-wrote the book 22 years ago, claim breach of copyright on the ground that the “architecture” or complex structure of their book — its essential theory — was plagiarised in Dan Brown’s The Da Vinci Code (cont.)

O Evangelho Copta de Judas Iscariotes

Jim Davila, em seu biblioblog PaleoJudaica.com, chama a atenção, em post de hoje, sob o título Coptic Gospel of Judas Watch, para o site The Tertullian Project, onde há uma seção sobre o Evangelho Copta de Judas (Iscariotes), texto que será publicado proximamente e que foi matéria de capa da revista Época, edição 405, de 20.02.2006.

O site The Tertullian Project é a collection of material ancient and modern about the ancient Christian Latin writer Tertullian and his writings. The pages are designed for the amateur interested in Tertullian. The Tertullian Project is edited by Roger Pearse, a freelance software consultant from Ipswich, in Suffolk, UK.

Não sendo minha área específica de estudo, nada posso dizer sobre a confiabilidade das informações. Nem do site The Tertullian Project – mas há um alerta de Jim Davila sobre questões discutidas -, nem da matéria da revista Época. De qualquer maneira, um assunto para se prestar atenção, evitando, é claro, o sensacionalismo barato que se costuma criar em torno destas descobertas.

Amigos do Livro: estudo, pesquisa e divulgação do livro e do hábito de leitura

Amigos do Livro é o portal do livro no Brasil. Um endereço para estudo, pesquisa, divulgação e promoção do livro e do hábito da leitura. Tudo nele é grátis. Você Bebê lendo livroencontra autores, editoras, livrarias e sebos, gráficas, bibliotecas, grupos literários e academias, prêmios e concursos, noticias sobre o mercado e o mundo do livro e serviços. O portal Amigos do Livro foi inaugurado, em São Paulo, no dia 6 de outubro de 2001. Vale a pena conferir.

SBL Joins the Google Books Partner Program

SBL is pleased to announce that it has joined the Google Books Partner Program, an online book marketing program designed to help publishers and authors promote their books by making available a limited number of sample pages. Using Google Book Search (formerly Google Print), SBL members will now be able to find and search the content of more than twenty titles from SBL’s current list of books. This has important potential benefits for SBL, since getting people to browse our books improves sales through all channels and because Google Book Search will make SBL titles easily available to people around the world who might not otherwise encounter them (…) SBL has also joined Amazon’s Advantage Program, which allows us to customize the information about our titles on Amazon. Now when you search for a current SBL title on Amazon, you will see a picture of the book’s cover, with information about the author, and reviews. And the title is available to ship within 24 hours (cont.)

Homenagem a Benjamim

No dia 23 de junho de 2005 faleceu, em Belo Horizonte, o meu amigo e colega biblista Benjamim Carreira de Oliveira. Hoje, oito meses após sua morte, quero prestar-lhe minha homenagem. E vou fazê-lo citando um texto muito bonito escrito por Léssio Lima Cardoso na revista Diretrizes, da Diocese de Caratinga, MG, n. 767, de agosto de 2005 e reproduzido no GS58 de novembro de 2005, nas páginas 65-67. O GS58 – Grupo Sacerdotal de 1958 – é uma publicação dirigida por Mons. Raul Motta de Oliveira, também de Caratinga. Mas vamos ao artigo.

Faleceu, em Belo Horizonte, dia 23 de junho, Pe. Benjamim Carreira de Oliveira. Dos professores do Seminário Diocesano de Caratinga que permanecem na ativa, parece-nos que, mais antigos que ele, somente Mons. Raul e Mons. Levy. Vinha à Diocese todo final de semestre para agradáveis aulas de Sagrada Escritura. Pe. Benjamim nasceu em Caeté, MG [em 11/05/1940], tinha 65 anos e estava há pelo menos 30 em Belo Horizonte, Bairro Floresta, Paróquia Nossa Senhora das Dores, sem capelas, mas com 25 mil habitantes e muitos colégios. Lecionava também na PUC-MG. “Traduziu dois livros de ‘A Bíblia de Jerusalém’. Passeava pela Bíblia toda com facilidade”, relatou a Diretrizes seu amigo, Dom Emanuel Messias de Oliveira, Bispo de Guanhães. Os dois se conheceram estudantes no início da década de 1970, em Roma. Pe. Benjamim terminou o curso bíblico em 1974. Já no Brasil, se uniram a Airton José da Silva e criaram a tradição de, a partir de 1977, reservar parte do mês de janeiro para estudar ou preparar aulas na “Casa do Padre”, na Serra da Piedade, região próxima à capital mineira. “Estudávamos cada um na sua parte de uma mesa enorme. Interrompíamos para comentários, perguntas, casos, novidades. Fazíamos caminhadas com conversas descontraídas. Saía muita piada. O Beijo (Pe. Benjamim) tinha sempre uma nova”, conta Dom Emanuel com a familiaridade que só uma longa convivência permite (…). Ao falar, Dom Emanuel ainda usa os verbos no presente como se não assimilasse por inteiro a perda. A proximidade entre os três biblistas era tamanha que Pe. Benjamim confiou-lhes as chaves da casa paroquial. “Nem avisava que estava indo. Ia direto para o meu quarto. Tinha também a chave do quarto do Beijo para ver TV e pesquisar em sua biblioteca (…). Ele lia uns quatro livros de uma vez”. Conhecia História, Língua Portuguesa, Literatura, Música, artes em geral. Gostava de astronomia, tinha um telescópio pelo qual dava para ver bem, por exemplo, as montanhas e crateras da Lua. Falava e escrevia em espanhol, italiano e francês; lia em inglês. Visitou a Palestina pelo menos duas vezes. “Foi um intelectual desperdiçado, porque não gostava de escrever”, lamenta o bispo. Pe. Benjamim se considerava numa espécie de prorrogação. “Qualquer hora estou indo”, dizia desde que teve de instalar uma válvula no coração (…) Nunca imaginava que ia passar 33 dias numa UTI. Antes de ser operado, recebeu a Unção dos Enfermos. Disse estar tranqüilo, realizado. Nunca mais se comunicou. “Falei ao ouvido dele: ‘É Dom Emanuel. Estou rezando por você’. Não fez sinal. Houve uma vez uma lágrima. Tentou outra vez abrir a boca, mas não saiu som”. Depois de duas operações, um rim parou, fez hemodiálise, o pulmão foi a 70% de secreção, fez três punções para retirar a água da pleura, fez traqueostomia, depois tiveram que tirar água do corpo, muito inchado. Dom Emanuel fez a encomendação do corpo. “A gente percebia uma piedade peculiar no altar. Pregações bíblicas, atualizadas, pé no chão. Muito simples, andou muito tempo de fusca, mesmo numa paróquia de muitos recursos. Despojado no guarda-roupa. Investia em livros. Praticamente um irmão meu”.

Até aqui o artigo.

Quero dizer que conheci Benjamim na viagem para Roma em setembro de 1970, quando, durante 14 dias, atravessamos o Atlântico e parte do Mediterrâneo no navio Augustus, rumo à Itália, onde íamos estudar. Ele ia para o Pontifício Instituto Bíblico fazer o Mestrado. Eu, com 19 anos de idade, ia para a Pontifícia Universidade Gregoriana fazer a graduação em Teologia e, em seguida, o Mestrado em Bíblia. Emanuel (hoje, o Dom), já fora meu colega, um ano adiantado, em Mariana. Estava na Teologia da Gregoriana, em Roma, desde 1969 e, iria, também, em seguida, para o Mestrado no Bíblico. Emanuel nos esperava no porto de Nápolis, com enorme alegria. De lá nos dirigimos a Roma, para o Colégio Pio Brasileiro, onde iríamos morar. Benjamim ficou quatro anos, Emanuel e eu ficamos seis anos. Dos três, fui o último a retornar ao Brasil no final de 1976.

Fiquei dias na casa do Benjamim, na Floresta, em Belo Horizonte. Foi ele que nos levou até o Asilo São Luiz – apesar do nome, um orfanato – das Irmãs Auxiliares de N. S. da Piedade, pertinho de Caeté, onde, como se disse, desde 1977, passamos a nos encontrar para estudar Bíblia nas férias. Primeiro em janeiro. Depois em janeiro e julho. Irmã Genoveva cuidava da gente.

Foi com Benjamim – e Ivo Storniolo, que também estava cursando o Bíblico – que aprendi a gostar da Bíblia. E foi Benjamim quem me apresentou às músicas de Chico Buarque e ao violão. O violão anda encostado, mas nunca mais deixei de ouvir Chico.

Na manhã em que Benjamim se foi, ao ser avisado por telefone, liguei para o Emanuel. Ele me disse: “Perdemos um irmão”. Concordei. Palavras tristes, palavras certas.

Quando uma língua morre, uma visão de mundo desaparece

Na semana passada, quando examinávamos na aula de História de Israel um quadro das línguas semíticas, um aluno me perguntou: quantas línguas existem no mundo? Eu não sabia ao certo, mas disse que deveria ser em torno de seis mil línguas.

Eu não estava tão desinformado. Mas estava bem desinformado sobre o que vem noticiado abaixo e que me chama a atenção, com preocupação: mais da metade dos seis mil idiomas do planeta ameaça desaparecer ainda neste século.

Outro dado para se pensar: na Internet, 72% do conteúdo está em inglês, seguido do alemão, com 7%, e do espanhol, francês e japonês, com 3%. Quer dizer, as outras línguas ocupam, quando ocupam, uma percentagem muito pequena neste ranking, já que 90% das línguas não estão na Internet.

Que posição ocupará o português nesta lista?

Folha Online: 21/02/2006 – 15h57

da France Presse, em Paris

O totonac do México ou o so da África fazem parte dos seis mil idiomas do planeta ameaçados de desaparecer no século 21, advertiu nesta terça-feira a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Ciência, a Educação e a Cultura) na celebração do Dia Internacional da Língua Materna. Na sexta edição deste dia internacional, o diretor-geral da organização, Koichiro Matsuura, destacou que a língua está profundamente ligada à identidade das pessoas. “Quando uma língua morre, uma visão de mundo desaparece”, afirmou, lembrando que se deve lamentar o desaparecimento de um registro idiomático específico a cada duas semanas. “As línguas não podem desaparecer sob o peso de outras. Têm de ser meios de expressão que vivam e atuem junto às grandes línguas da Terra”, acrescentou Musa Bin Jaafar Bin Hassan, presidente da Conferência Geral da Unesco. Mas os encarregados reconheceram a dificuldade de enfrentar a globalização atual, que situa o inglês numa posição dominante. Só na internet, 72% do conteúdo está em inglês, seguido do alemão, com 7%, e do espanhol, francês e japonês, com 3%. No entanto, 90% das seis mil línguas do mundo não estão representadas na internet e 20% delas não têm sequer uma transcrição escrita, segundo a Unesco (continua).

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