Para entender a Cop26

26 palavras para entender a Cop26

Cop26, a conferência da ONU sobre as mudanças climáticas aparece como uma última chamada para a salvação do planeta. Os poderosos da Terra se reúnem para COP26: Glasgow, 1 a 12 de novembro de 2021atualizar, reafirmar ou anunciar seus empenhos na luta contra o aquecimento global. Porque a crise já chegou e só pode piorar. Aqui está, então, um glossário para entender os termos do debate e as agendas apresentadas pelos diversos países: 26 palavras, siglas e expressões que fazem parte da linguagem científica e institucional, mas que, às vezes, não são familiares à opinião pública. Conhecê-las é o primeiro passo para exigir o cumprimento das promessas que serão feitas.

A reportagem é de Anna Dichiarante, publicada por la Repubblica, 30-10-2021. A tradução é de Luisa Rabolini – Publicada por IHU, em 3 de novembro 2021.

1. COP26

É a 26ª Conferência das Partes (Conference Of Parties) que aderiram à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, um tratado no qual o Acordo de Paris foi assinado. A cúpula está sendo realizada em Glasgow, Escócia, de 31 de outubro a 12 de novembro próximo: cerca de 120 líderes de todo o mundo são esperados, com mais de 25.000 delegados de 197 países.

2. Acordo de Paris

Tratado internacional assinado entre 196 partes na COP21 em Paris, em dezembro de 2015. Estabelece os objetivos que os Estados aderentes devem alcançar para conter os efeitos das alterações climáticas: o principal empenho é manter o aquecimento global abaixo do limiar de 2 °C a mais do que os níveis pré-industriais, mas incentiva-se a limitá-lo a 1,5 °C. Pela primeira vez, tanto os países em desenvolvimento quanto as economias mais avançadas concordaram em cortar as emissões de gases de efeito estufa para controlar o aumento das temperaturas.

3. Unfccc

A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Mudança Climáticas (ou Acordos do Rio) é um tratado internacional produzido pela Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (ou Cúpula da Terra), realizada no Rio de Janeiro em 1992; foi assinado por 154 estados com o objetivo de limitar as concentrações de gases de efeito estufa e evitar as consequências mais dramáticas das mudanças climáticas. No entanto, as medidas a serem implementadas não foram especificadas concretamente. Um glossário “climático” está disponível no site da Convenção.

4. Protocolo de Kyoto

O primeiro instrumento prático da Unfccc foi o Protocolo de Kyoto de 1997: os objetivos de redução das emissões de gases de efeito estufa foram definidos para cada país desenvolvido, prevendo um corte geral de 5% até 2012, enquanto os países em desenvolvimento (incluindo a China) foram autorizados a aumentá-las. Os EUA assinaram o tratado, mas não o ratificaram devido à oposição do Congresso. O Protocolo entrou em vigor em 2005: agora obsoleto, foi no final substituído pelo Acordo de Paris.

5. Ndc

As contribuições determinadas em nível nacional (Nationally Determined Contributions) são planos com que os países estabelecem metas de redução de emissões, geralmente fixadas para 2030, e as ações para alcançá-las. São um instrumento previsto pelo Acordo de Paris; se os resultados que os Estados almejam são insuficientes para conter o aumento das temperaturas, recorre-se a um mecanismo de salvaguarda: a cada cinco anos, as partes devem reabrir as negociações e ajustar os empenhos.

6. Ipcc

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (Intergovernmental Panel on Climate Change) é um órgão criado em 1988 por decisão da ONU e da Organização Meteorológica Mundial. Reúne importantes cientistas do clima, que produziram cinco relatórios de avaliação sobre o aquecimento global e a crise climática. O sexto será publicada nos próximos meses: a primeira parte, apresentada em agosto passado, descreve os eventos extremos (por vezes irreversíveis e sem precedentes) que o planeta terá de enfrentar e as relativas, graves responsabilidades dos seres humanos.

7. +1,5 °C

E é nos relatórios do IPCC que se baseiam os objetivos cruciais estabelecidos pelo Acordo de Paris, a saber, manter o aquecimento global bem abaixo de 2 °C a mais do que na época pré-industriais e implementar todos os esforços para limitar o aumento da temperatura para 1,5 °C. O quarto relatório de 2007 sugeria que o mundo teria se aquecido em 1,8 °C se algumas medidas fossem tomadas para cortar as emissões, e 4 °C se as emissões não fossem controladas. O limiar de 2 °C foi considerado extremo: além disso, o impacto das mudanças climáticas seria catastrófico. O relatório de 2018, no entanto, concluiu que as consequências seriam trágicas já com +1,5 °C.

8. Aquecimento global

O aumento progressivo da temperatura média da superfície registrada em nível planetário. É medido sobretudo em comparação com a época pré-industrial, para entender como as atividades humanas afetam esse processo e interagem com outros fatores. A principal causa do fenômeno, de fato, são as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera. O fato de a Terra aquecer provoca mudanças no clima e eventos climáticos particularmente intensos.

9. Mudança climática

Conjunto de fenômenos que dizem respeito ao clima em nível global e que se materializam tanto na forma de eventos meteorológicos extremos quanto por meio de outros mecanismos físicos. Exemplos? Elevação do nível médio do mar, derretimento de geleiras, aumento das temperaturas, maior frequência e intensidade das precipitações, secas persistentes e cada vez mais generalizadas. Desastres das quais muitas vezes dependem carestias e incapacidade de acesso à água potável.

10. Adaptação

A resiliência exigida dos seres humanos, assim como dos animais e das plantas, para aprender a viver em temperaturas mais altas. O planeta já aqueceu cerca de 1,2 °C em relação aos níveis pré-industriais, em todas as latitudes estamos enfrentando as consequências da mudança climática. No futuro, mesmo que conseguíssemos reduzir parcialmente as emissões poluentes, ainda teremos que nos preparar para eventos meteorológicos ainda mais extremos. Muitos setores – das infraestruturas à construção e à agricultura – terão que se adequar e se equipar de meios para enfrentar enchentes, calor escaldante e seca.

11. Gases de efeito estufa (Ghg)

Categoria dos gases atmosféricos que contribuem para o aquecimento global por meio de sua capacidade de gerar o efeito estufa. A lista daqueles cujas emissões devem ser limitadas, inclui dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O), hidrofluorocarbonos (HFC), perfluorocarbonos (PFC) e hexafluoreto de enxofre (SF6).

12. Equivalente de Dióxido de Carbono (CO2e)

A unidade de medida usada para agrupar e calcular de maneira uniforme as emissões de gases de efeito estufa. Na prática, os outros gases que contribuem para o aquecimento global são convertidos em dióxido de carbono com base nesse seu efeito potencial; mede-se a quantidade correspondente de CO2, o que provocaria o mesmo nível de aquecimento.

13. Metano

É um gás de efeito estufa ainda mais poderoso do que o dióxido de carbono: pode reter o calor de maneira 80 vezes mais eficaz do que o dióxido de carbono. Enquanto o CO2 permanece na atmosfera por cerca de um século após ser liberado, o metano permanece por algumas décadas e depois se decompõe justamente em dióxido de carbono. As principais fontes são as perdas geradas pela extração e processamento de combustíveis fósseis (como no caso dos poços de petróleo), mas também pela pecuária e outras atividades agrícolas.

14. Biomassa e fontes renováveis

Biomassa é matéria orgânica que vem de plantas e animais; pode ser usado para produzir energia limpa ou biocombustíveis. As fontes renováveis, em geral, são aqueles fatores presentes na natureza sem limites (sol, vento, água) a partir dos quais se pode obter energia de baixo impacto ambiental (fotovoltaica, eólica, hidrelétrica).

15. Mitigação

No âmbito da UNFCCC, entende-se todas aquelas intervenções realizadas para reduzir as fontes de gases de efeito estufa ou para potencializar os instrumentos capazes de absorvê-los. Por exemplo: o consumo mais racional de combustíveis fósseis nos processos industriais, a passagem para a energia solar ou eólica, a melhoria do isolamento dos edifícios, os planos para a extensão da superfície florestal.

16. Zero líquido

Uma das metas climáticas que governos e empresas buscam. Consiste em reduzir ao máximo as emissões de gases de efeito estufa e em compensar as residuais que não podem ser eliminadas (por exemplo, aquelas produzidas por algumas indústrias ou setores como a aviação). Como? Protegendo e potencializando os instrumentos de captura de CO2 e os locais de armazenamento do CO2. Ambientalistas atacam o conceito de “emissões líquidas zero”, ou “neutralidade de carbono”, porque seria um álibi para justificar a poluição que não se quer reduzir.

17. Compensação de CO2

Como o dióxido de carbono gera o mesmo impacto ambiental independente da fonte, acredita-se que, ao absorver certa quantidade em um ponto do planeta, o efeito consequente possa ser anulado em outro lugar. Estados e empresas compensam parcialmente a poluição atmosférica produzida, investindo em projetos que visam reduzir as emissões ou armazenar CO2. Quais? Conservação de florestas, plantio de árvores, transição dos combustíveis fósseis para energias renováveis, técnicas de cultivo sustentáveis. Para cada empenho mantido, é atribuído o número correspondente de “créditos de carbono”. Uma prática controversa.

18. Créditos de carbono

Podem ser ganhos, precisamente, compensando o CO2. Cada crédito, que deve ser certificado pelos órgãos competentes, representa uma redução de emissões equivalente a uma tonelada de dióxido de carbono. Esses bônus também podem ser adquiridos por uma empresa ou país para serem contabilizados em seu balanço patrimonial e para alcançar as metas climáticas. Daí as críticas dos ambientalistas: a medida agrava a disparidade entre ricos e pobres.

19. Artigo 6º

Um problema a resolver é o que diz respeito ao Artigo 6º do Acordo de Paris, que permite a criação de “mercados de carbono”. Ativistas e representantes de alguns setores temem que a compra e venda de créditos não se traduza em cortes reais nas emissões ou esconda cálculos inflacionados. Portanto, pediram a abolição dessa norma. Pelo contrário, o Brasil e outros estados com grandes florestas querem que seja mantida. Os conflitos já comprometeram o desfecho da COP25, realizada em Madri em 2019.

20. Captura e armazenamento de CO2

Antes de se espalhar para a atmosfera, o dióxido de carbono é capturado (ou sequestrado) na saída de uma grande fonte (como uma central elétrica ou planta industrial); eventualmente é transportado e armazenado em reservatórios artificiais ou naturais. O processo, por exemplo, muitas vezes comporta a injeção do gás no subsolo, onde fica preso. É um método para reduzir as concentrações e a poluição no ar.

21. Pegada ecológica

Também chamada de pegada de carbono. É uma medida que se refere à quantidade de CO2 emitida por uma empresa ou qualquer outro sujeito em um determinado período de tempo, através da sua produção ou através de suas ações e hábitos de vida (consumo de energia, meios de transporte…).

22. “Climate positive”

Expressão usada para definir todas aquelas atividades ou realidades que têm um impacto positivo do ponto de vista climático. Na prática, superam a meta do zero líquido: absorvem e removem mais CO2 da atmosfera do que geram.

23. “Escopo” 1, 2, 3

Os âmbitos delimitados pelo Protocolo Ghg para calcular a pegada ecológica de uma empresa (e para distinguir entre as fontes de emissão que podem ser diretamente controladas ou não).

O número 1 avalia as emissões diretas, como aquelas criadas pela queima de combustível ou processos industriais.

O 2 considera as emissões indiretas, associadas à eletricidade ou aquecimento.

O 3 se refere às emissões no começo e no final da cadeia de valor.

As primeiras incluem aquelas devidas a transporte, distribuição, deslocamento de funcionários, resíduos, produção de bens e serviços adquiridos. As segundas incluem aquelas relacionadas ao uso do produto da empresa, seu tratamento até o fim de vida ou aos investimentos.

24. Eco-imposto

Tipo de imposto cobrado pelas autoridades administrativas em nível central ou local sobre atividades prejudiciais ao meio ambiente. Indiretamente, incentiva os comportamentos virtuosos e leva as empresas ou os indivíduos a aumentarem sua sustentabilidade, penalizando aqueles que fazem escolhas com altas emissões (exemplos são o imposto sobre veículos altamente poluentes ou o “carbono tax”).

25. Finança para o clima e justiça climática

Na Cop15, realizada em Copenhague em 2009, ficou estabelecido que os países em desenvolvimento receberiam financiamento para o clima correspondentes a pelo menos US $ 100 bilhões por ano, a partir de 2020. Assim, as economias mais avançadas os ajudariam a reduzir as emissões e enfrentar os desastres naturais cada vez mais frequentes. Mas a promessa não foi cumprida: em 2019 os fundos concedidos pararam em 80 bilhões de dólares. É por isso que o clima é uma questão de justiça social. As populações mais ameaçadas pelos efeitos das mudanças climáticas são frequentemente aquelas mais pobres e menos responsáveis pelo aquecimento global.

26. “Greenwashing”

Termo que indica as iniciativas adotadas por empresas e especialistas em marketing para chamar a atenção para seus alardeados planos de sustentabilidade, que consistem apenas em medidas de fachada e não incidem (aliás, tendem muitas vezes a ocultar) sobre as práticas consolidadas mais prejudiciais ao meio ambiente.

Fonte: IHU – 03 Novembro 2021

 

Ventisei parole per capire Cop26 – di Anna Dichiarante – la Repubblica: 30 Ottobre 2021

Da ‘Accordo di Parigi’ a ‘Zero netto’, guida ragionata a sigle, numeri, termini del linguaggio scientifico che scandiranno i 13 giorni della conferenza sul clima di Glasgow e che saranno sulla bocca di tutti, ma di cui non tutti conoscono il significato esatto

A jovem indígena brasileira Txai Suruí, 24 anos, discursa na COP26, em Glasgow, no dia 1 de novembro de 2021Mancano poche ore all’inizio dei lavori della Cop26, la conferenza dell’Onu sui cambiamenti climatici che appare come un’ultima chiamata per la salvezza del pianeta. I potenti della Terra si riuniscono per aggiornare, ribadire o annunciare i propri impegni nella lotta contro il riscaldamento globale. Perché la crisi è già qui e può solo peggiorare. Ecco, allora, un glossario per capire i termini del dibattito e le agende presentate dai vari Stati: 26 parole, sigle ed espressioni che fanno parte del linguaggio scientifico e istituzionale, ma sono talvolta poco familiari per l’opinione pubblica. Conoscerle è il primo passo per vigilare sul rispetto delle promesse che verranno fatte.

1. Cop26

È la 26ª Conferenza delle parti (Conference Of Parties) che hanno aderito alla Convenzione quadro delle Nazioni Unite sui Cambiamenti climatici, trattato nel cui ambito è stato siglato l’Accordo di Parigi. Il vertice si terrà a Glasgow, in Scozia, dal 31 ottobre al 12 novembre prossimi: sono attesi circa 120 leader da tutto il mondo, con più di 25 mila delegati provenienti da 197 Paesi.

2. Accordo di Parigi

Trattato internazionale siglato tra 196 parti alla Cop21 di Parigi, nel dicembre 2015. Stabilisce gli obiettivi che gli Stati aderenti devono raggiungere per contenere gli effetti dei cambiamenti climatici: l’impegno principale è quello di mantenere il riscaldamento globale sotto la soglia dei 2 °C in più rispetto ai livelli preindustriali, ma s’incentiva a limitarlo a 1,5 °C. Per la prima volta, sia i Paesi in via di sviluppo sia le economie più avanzate hanno concordato di abbattere le emissioni di gas serra per controllare l’aumento delle temperature.

3. Unfccc

La Convenzione quadro delle Nazioni Unite sui Cambiamenti climatici (o Accordi di Rio) è un trattato internazionale prodotto dalla conferenza sull’Ambiente e sullo Sviluppo delle Nazioni Unite (o summit della Terra), tenutasi a Rio de Janeiro nel 1992; è stato firmato da 154 Stati con l’obiettivo di limitare le concentrazioni di gas serra e scongiurare le conseguenze più drammatiche del cambiamento climatico. Tuttavia, non si sono specificate nel concreto le misure da attuare. Un glossario “climatico” è consultabile sul sito web della Convenzione.

4. Protocollo di Kyoto

Il primo strumento pratico dell’Unfccc è stato il Protocollo di Kyoto del 1997: si sono fissati gli obiettivi di riduzione delle emissioni di gas serra per ciascun Paese sviluppato, prevedendo un taglio complessivo del 5% entro il 2012, mentre ai Paesi in via di sviluppo (Cina inclusa) si è permesso di aumentarle. Gli Usa hanno firmato il trattato, ma non l’hanno ratificato per l’opposizione del Congresso. Il Protocollo è entrato in vigore nel 2005: ormai obsoleto, è stato alla fine superato dall’Accordo di Parigi.

5. Ndc

I contributi determinati a livello nazionale (Nationally Determined Contributions) sono piani con cui i singoli Paesi stabiliscono gli obiettivi di riduzione delle emissioni, solitamente fissati al 2030, e le azioni per raggiungerli. Sono uno strumento previsto dall’Accordo di Parigi; qualora i risultati che gli Stati si prefiggono siano insufficienti a contenere l’aumento delle temperature, si ricorre a un meccanismo di salvaguardia: ogni cinque anni, le parti devono riaprire i negoziati e adeguare gli impegni.

6. Ipcc

Il Gruppo intergovernativo sui Cambiamenti climatici (Intergovernmental Panel on Climate Change) è un organismo nato nel 1988 per volontà dell’Onu e dell’Organizzazione meteorologica mondiale. Vi sono riuniti i principali scienziati del clima, che hanno prodotto cinque rapporti di valutazione su riscaldamento globale e crisi climatica. Il sesto sarà pubblicato nei prossimi mesi: la prima parte, presentata lo scorso agosto, delinea gli eventi estremi (talvolta irreversibili e senza precedenti) che il pianeta dovrà affrontare e le relative, gravi responsabilità degli esseri umani.

7. +1,5 °C

Ed è sui rapporti dell’Ipcc che si basano gli obiettivi cruciali fissati dall’Accordo di Parigi, ovvero mantenere il riscaldamento globale ben al di sotto dei 2 °C in più rispetto all’epoca preindustriale e attuare ogni sforzo per limitare l’aumento della temperatura a 1,5 °C. Il quarto rapporto del 2007 suggeriva che il mondo si sarebbe riscaldato di 1,8 °C, se si fossero prese alcune misure per tagliare le emissioni, e di 4 °C se non si fossero controllate queste ultime. La soglia dei 2 °C era considerata estrema: oltre, l’impatto dei cambiamenti climatici sarebbe catastrofico. Il rapporto del 2018, però, ha rilevato che le conseguenze sarebbero tragiche già con +1,5 °C.

8. Riscaldamento globale

L’aumento progressivo della temperatura media superficiale registrato a livello planetario. Si misura soprattutto in confronto all’epoca preindustriale, per capire come le attività umane incidano su tale processo e interagiscano con altri fattori. La causa principale del fenomeno, infatti, sono le emissioni di gas serra nell’atmosfera. Il fatto che la Terra si riscaldi provoca cambiamenti nel clima ed eventi meteorologici particolarmente intensi.

9. Cambiamento climatico

L’insieme di fenomeni che riguardano il clima a livello globale e che si materializzano sia in forma di eventi meteorologici estremi sia attraverso altri meccanismi fisici. Esempi? Innalzamento del livello medio dei mari, scioglimento dei ghiacciai, aumento delle temperature, maggiore frequenza e intensità delle precipitazioni, siccità persistenti e sempre più diffuse. Calamità da cui spesso dipendono anche carestie e impossibilità di accedere all’acqua potabile.

10. Adattamento

La resilienza richiesta agli esseri umani, oltre che ad animali e piante, per imparare a vivere con temperature più alte. Il pianeta si è già riscaldato di circa 1,2 °C rispetto ai livelli preindustriali, a ogni latitudine stiamo affrontando le conseguenze del cambiamento climatico. In futuro, anche se riuscissimo a ridurre parzialmente le emissioni inquinanti, dovremo comunque prepararci a eventi meteorologici ancora più estremi. Molti settori – dalle infrastrutture all’edilizia, fino all’agricoltura – dovranno adeguarsi e dotarsi di mezzi per affrontare inondazioni, caldo torrido, siccità.

11. Gas serra (Ghg)

La categoria dei gas atmosferici che contribuiscono al riscaldamento globale attraverso la loro capacità di generare l’effetto serra. Nell’elenco di quelli di cui occorre limitare le emissioni rientrano anidride carbonica (CO2), metano (CH4), protossido di azoto (N2O), idrofluorocarburi (HFC), perfluorocarburi (PFC) ed esafluoruro di zolfo (SF6).

12. Equivalente dell’anidride carbonica (CO2e)

L’unità di misura utilizzata per raggruppare e calcolare in maniera uniforme le emissioni di gas serra. In pratica, gli altri gas che contribuiscono al riscaldamento globale sono convertiti in anidride carbonica in base a questo loro potenziale effetto; si misura la quantità corrispondente di CO2 che provocherebbe lo stesso livello di riscaldamento.

13. Metano

È un gas serra ancora più potente dell’anidride carbonica: può intrappolare il calore in maniera 80 volte più efficace di quest’ultima. Mentre la CO2 rimane nell’atmosfera per circa un secolo dopo essere stata rilasciata, il metano resta per un paio di decenni e poi si degrada proprio in anidride carbonica. Le principali fonti sono le perdite generate da estrazione e lavorazione di combustibili fossili (come nel caso dei pozzi di petrolio), ma anche l’allevamento di animali e altre attività agricole.

14. Biomassa e fonti rinnovabili

La biomassa è la materia organica che proviene da piante e animali; può essere utilizzata per produrre energia pulita o biocarburanti. Le fonti rinnovabili, in generale, sono quei fattori presenti in natura senza limiti (Sole, vento, acqua) da cui si può ricavare energia a basso impatto ambientale (fotovoltaico, eolico, idroelettrico).

15. Mitigazione

Nell’ambito dell’Unfccc, s’intendono tutti quegli interventi realizzati per diminuire le fonti di gas serra o per potenziare gli strumenti in grado di assorbirli. Ad esempio: il consumo più razionale dei combustibili fossili nei processi industriali, il passaggio all’energia solare o eolica, il miglioramento dell’isolamento degli edifici, i piani per l’estensione della superficie forestale.

16. Zero netto

Uno degli obiettivi climatici che governi e imprese perseguono. Consiste nel ridurre il più possibile le emissioni di gas serra e nel compensare quelle residue non eliminabili (ad esempio, quelle prodotte da alcune industrie o settori come l’aviazione). Come? Proteggendo e potenziando gli strumenti di cattura e i siti di stoccaggio della CO2. Gli ambientalisti attaccano il concetto di “emissioni nette zero”, o di “carbon neutrality”, perché sarebbe un alibi per giustificare l’inquinamento che non si vuole abbattere.

17. Compensazione della CO2

Siccome l’anidride carbonica genera lo stesso impatto ambientale indipendentemente dalla fonte, si ritiene che assorbendone una certa quantità in un punto del pianeta si possa annullare l’effetto conseguente in un altro posto. Stati e aziende compensano in parte l’inquinamento atmosferico prodotto investendo in progetti mirati a ridurre le emissioni o a immagazzinare CO2. Quali? Conservazione delle foreste, piantumazione di alberi, transizione dai combustibili fossili alle energie rinnovabili, tecniche sostenibili di coltivazione. Per ciascun impegno mantenuto viene assegnato il corrispondente numero di “crediti di carbonio”. Una pratica controversa.

18. Crediti di carbonio

Possono essere guadagnati, appunto, attraverso la compensazione della CO2. Ogni credito, che dev’essere certificato da appositi organismi, rappresenta una riduzione delle emissioni equivalente a una tonnellata di anidride carbonica. Questi bonus possono anche essere acquistati da un’azienda o da un Paese per essere conteggiati nel proprio bilancio e per raggiungere gli obiettivi climatici. Di qui le critiche avanzate dagli ambientalisti: la misura aggrava la disparità tra ricchi e poveri.

19. Articolo 6

Un nodo da sciogliere è quello che riguarda l’articolo 6 dell’Accordo di Parigi, il quale ammette la creazione dei “mercati di carbonio”. Attivisti e rappresentanti di alcune parti temono che la compravendita di crediti non si traduca in tagli reali delle emissioni o nasconda calcoli gonfiati. Perciò hanno chiesto l’abolizione di questa norma. Al contrario, il Brasile e altri Stati con grandi foreste vogliono che sia mantenuta. I contrasti hanno già compromesso l’esito della Cop25, tenutasi a Madrid nel 2019.

20. Cattura e stoccaggio della CO2

Prima che si diffonda nell’atmosfera, l’anidride carbonica viene catturata (o sequestrata) all’uscita di una grande fonte (come una centrale elettrica o un impianto industriale); viene eventualmente trasportata e poi stoccata in serbatoi artificiali o naturali. Il processo, per esempio, comporta spesso l’iniezione del gas nelle profondità del sottosuolo, dove resta intrappolato. È un metodo per abbattere le concentrazioni e l’inquinamento nell’aria.

21. Impronta ecologica

Detta anche impronta di carbonio. È una misura che si riferisce alla quantità di CO2 emessa da un’azienda o da un qualsiasi altro soggetto in un determinato periodo di tempo, attraverso la propria produzione o attraverso le proprie azioni e abitudini di vita (consumo di energia, mezzi di trasporto…).

22. “Climate positive”

Locuzione con cui si definiscono tutte quelle attività o realtà che hanno un impatto positivo dal punto di vista climatico. In pratica, superano l’obiettivo dello zero netto: assorbono e rimuovono dall’atmosfera più CO2 di quanta ne generino.

23. “Scope” 1, 2, 3

Gli ambiti delineati dal Ghg Protocol per calcolare l’impronta ecologica di un’azienda (e distinguere tra fonti di emissione direttamente controllabili o meno).

. Il numero 1 valuta le emissioni dirette, come quelle create dalla combustione di carburante o dai processi industriali.
. Il 2 considera le emissioni indirette, associate a elettricità o riscaldamento.
. Il 3 si riferisce alle emissioni a monte e a valle della catena di valore. Le prime includono quelle dovute a trasporto, distribuzione, pendolarismo dei dipendenti, rifiuti, produzione di beni e servizi acquistati. Le seconde comprendono quelle legate all’uso del prodotto dell’azienda, al suo trattamento a fine vita o agli investimenti.

24. Ecotassa

Un tipo di tributo imposto dalle autorità amministrative a livello centrale o locale su attività dannose per l’ambiente. Incentiva in maniera indiretta i comportamenti virtuosi e spinge aziende o individui a incrementare la propria sostenibilità, penalizzando chi compia scelte ad alte emissioni (esempi sono la tassa sugli autoveicoli altamente inquinanti o la “carbon tax”).

25. Finanza per il clima e giustizia climatica

Alla Cop15, tenutasi a Copenaghen nel 2009, s’è stabilito che i Paesi in via di sviluppo ricevessero finanziamenti per il clima pari ad almeno 100 miliardi di dollari l’anno, a partire dal 2020. Così le economie più avanzate li avrebbero aiutati a ridurre le emissioni e a fronteggiare le calamità naturali sempre più frequenti. Ma la promessa non è stata mantenuta: nel 2019 i fondi elargiti si sono fermati a 80 miliardi di dollari. Ecco perché il clima è una questione di giustizia sociale. Le popolazioni maggiormente minacciate dagli effetti del cambiamento climatico sono spesso quelle più povere e meno responsabili del riscaldamento globale.

26. “Greenwashing”

Termine che indica le iniziative adottate da aziende ed esperti di marketing per attirare l’attenzione sui propri sbandierati piani di sostenibilità, i quali consistono solo in misure di facciata e non intaccano (anzi, spesso tendono a nascondere) le pratiche consolidate più dannose per l’ambiente.

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