Minas tornou-se a pedra no meio da língua de Aécio. Quanto mais ele ataca Dilma e o PT, mais complicado fica explicar a derrota no seu Estado.
Serão três semanas de confronto duro entre dois projetos de país e duas estratégias de enfrentamento da crise mundial, que está longe de acabar.
Uma, preconiza desarmar a sociedade e amesquinhar o Estado. Liberado o campo – de que faz parte derrotar o PT – entrega-se a economia à lógica do arrocho, esfarelando direitos, empregos, renda e soberania, para dessa forma canalizar riqueza aos mercados encarregados de reordenar o país, a economia e os pilares do crescimento.
É a mesma lógica da ‘contração expansiva’ (contração dos de baixo para abrir caminho à expansão dos do alto) aplicada na Europa há quatro anos, com os resultados sabidos.
A outra estratégia envolve uma obstinada negociação política das linhas de passagem para um novo ciclo de desenvolvimento.
Ancora-se em quatro patas: avanço da igualdade, salto na infraestrutura, impulso industrializante do pré-sal e reforma política com democracia participativa.
Nessa repactuação de metas, prazos, concessões, sacrifícios, ganhos e salvaguardas, a voz dos mercados não poderá se impor, nem abafar a da sociedade, que para isso requisita canais adicionais que a vocalizem.
Esse é o jogo, cujo segundo tempo começa agora.
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Fonte: Saul Leblon, Há uma pedra no meio da língua de Aécio. Em Carta Maior 06/10/2014
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