“O Papa Francisco representou nesse ano um vento de renovação radical do cristianismo. Revolucionou formas e estilos do pontificado, adotando um modo de exercer o mais alto ministério hierárquico da Igreja Católica francamente inédito na história moderna.
E se a forma, nesses casos, também é substância, não se pode dizer que Bergoglio esteja se limitando a isso, como se se tratasse de uma mera operação cosmética. O sucessor de Bento XVI, de fato, começou a fazer substanciais reformas da Igreja. Algumas trarão resultados a curto prazo (o IOR e a gestão financeira); outros, a médio prazo (o Sínodo dos Bispos); e outros ainda a longo prazo (a reforma global da Cúria Romana e do governo da Igreja, a colegialidade, o papel dos leigos e da mulher…).
Certamente, um ano ainda é pouco para avaliar o fôlego de um pontificado. Mas, mesmo assim, representa uma significativa reviravolta. E permite um primeiro balanço, embora provisório, mas já significativo.
Para oferecer aos leitores um quadro interpretativo e chaves de leitura, convidamos à redação alguns atentos observadores deste pontificado. Trata-se de Antonio Spadaro, jesuíta, diretor da revista La Civiltà Cattolica e autor da longa entrevista com o papa publicada em setembro passado; Maria Cristina Bartolomei, teóloga, articulista da revista Jesus e professora de filosofia da religião na Universidade Estatal de Milão; Maurilio Guasco, historiador da Igreja e do mundo católico contemporâneo, professor da Universidade do Piemonte Oriental; o teólogo valdense Paolo Ricca; e, por fim, a teóloga Serena Noceti, professora de eclesiologia e vice-presidente da ATI (Associação dos Teólogos Italianos)”.
Leia: Francisco e a Igreja que virá. A análise de especialistas
Fonte: revista Jesus, de março de 2014. Traduzido e publicado em Notícias: IHU On-Line 20/03/2014
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