Jornadas Teológicas do Cone Sul e Brasil

Teólogos se reformulam diante de temas emergentes

As Jornadas Teológicas do Cone Sul e Brasil se concluirão amanhã (15) com propostas que buscam ajudar a Igreja Católica a se reformular frente a novos temas como a atual crise institucional e a outros não abordados pelo Concílio Vaticano II. Pelo menos 200 participantes argentinos, brasileiros, uruguaios, paraguaios e chilenos refletiram durante três jornadas consecutivas em torno de temáticas atuais que a Igreja necessita se reformular para buscar uma solução à crise institucional. Em dez mesas de trabalho, os participantes debateram os questionamentos atuais sobre Deus, a religião nas universidades, a relação da teologia com as Ciências Sociais e Naturais, a compreensão do nome e a natureza, a postura teológica indígena e a participação da mulher. Roberto Urbina, Secretário Geral da atividade, antecipou que as conclusões se centrarão principalmente na vigência do Concílio Vaticano e no diálogo entre a teologia e a ciência, conversa que durante anos tem sido “distante, longe e às vezes fechada”. “A teologia tem que se abrir pelo menos para escutar e acolher as interpelações que faz a ciência. Tem que levar em conta suas apresentações, conhecê-las, entendê-las e desde aí ver o que diz a teologia. Não são caminhos paralelos”, sustentou. Urbina comentou também que a inclusão da mulher e dos povos originários neste debate são temas que não fazem parte do último Concílio, mas que “hoje é necessário que se incorporem entre os diálogos da Igreja”.

Por Orlando Milesi – Adital: 14/07/2011

Teólogos se replantean ante temas emergentes

Las Jornadas Teológicas del Cono Sur y Brasil concluirán mañana (15) con propuestas que buscan ayudar a la Iglesia Católica a replantearse frente a nuevos temas como la actual crisis institucional y a otros no abordados por el Concilio Vaticano II. Unos doscientos participantes argentinos, brasileros, uruguayos, paraguayos y chilenos, reflexionaron durante tres jornadas consecutivas en torno a las temáticas actuales que la Iglesia necesita replantearse para buscar una solución a la crisis institucional. En diez mesas de trabajo, los participantes debatieron los cuestionamientos actuales sobre Dios, la religión en las universidades, la relación de la teología con las Ciencias Sociales y Naturales, la comprensión del hombre y la naturaleza, la postura teológica indígena y la participación de la mujer. Roberto Urbina, Secretario General de la actividad anticipó que las conclusiones se centrarán principalmente en la vigencia del Concilio Vaticano, y el diálogo entre la teología y la ciencia conversación que durante años ha sido “distante, lejana y a veces cerrada”. “La teología tiene que abrirse por lo menos a escuchar y acoger las interpelaciones que hace la ciencia. Hay que tomar en cuenta sus planteamientos, conocerlos, entenderlos y desde ahí ver lo que dice la teología. No son caminos paralelos”, sostuvo. Urbina comentó, asimismo, que la inclusión de la mujer y los pueblos originarios en este debate son temas que no forman parte del último Concilio, pero que “hoy es necesario que se incorporen entre los diálogos de la Iglesia”.

Por Orlando Milesi – Adital: 14/07/2011

Leia Mais:
A recepção do Vaticano II na América Latina

Bíblia e Memória Cultural: Davies e Hendel em diálogo

Dois artigos, publicados na revista The Bible and Interpretation, que valem a pena para quem trabalha com História de Israel:

:: Biblical History and Cultural Memory – Por Philip R. Davies, Professor Emérito da Universidade de Sheffield, Reino Unido – Abril de 2009

:: Cultural Memory and the Hebrew Bible – Por Ronald Hendel, Professor de Bíblia Hebraica e Estudos Judaicos, Universidade da Califórnia, Berkeley, USA – Julho de 2011

Os dois artigos trabalham o conceito de memória cultural em relação com a Bíblia Hebraica e a história bíblica.

Memória cultural costuma ser definida como a memória que está ligada à tradição e que é transmitida de uma geração para outra. Ela está primeiramente apenas no imaginário, mas passa a ser reconhecida e aceita pela memória coletiva que é responsável pela identidade de um grupo. A memória cultural trabalha reconstruindo cenas que cada sociedade considera necessárias, segundo sua situação particular e presente. A Mnemohistória, por exemplo, abandona o foco sobre o passado, centrando-se na forma como esse passado é lembrado no momento presente e afirmando que o passado pode ser remodelado, inventado e reconstruído. O passado, segundo esta perspectiva, é mutável, admitindo novas leituras a partir do presente.