O Brasil e o conflito no Oriente Médio

“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira [11/11/2009], depois de uma reunião com o presidente de Israel, Shimon Peres, que para construir a paz no Oriente Médio é necessário dialogar com todas as forças envolvidas. Questionado sobre o fato de o Brasil se dizer amigo de Israel, mas, ao mesmo tempo, estar se preparando para a visita do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, Lula disse que vai receber o líder iraniano por ‘uma razão muito simples’. ‘Você não constrói a paz necessária no Oriente Médio se não conversar com todas as forças políticas e religiosas, que querem paz e que se opõem à paz’, disse. ‘Ou você transforma o processo de negociação em um clube de amigos em que todos estão concordando com uma coisa e os que discordam ficam de fora, portanto a paz não será possível nunca’, afirmou o presidente. ‘Não temos veto a conversar com quem quer que seja desde que daquela conversa você extraia uma palavra, ou apenas uma vírgula que possa contribuir para que a gente possa definitivamente construir uma paz duradoura e para sempre no Oriente Médio.’ Ahmadinejad, que é considerado um inimigo por Israel, chega ao Brasil no dia 23, menos de duas semanas depois da visita de Peres” (Folha Online – BBC Brasil: 11/11/2009 – 18h04)

“O presidente palestino, Mahmoud Abbas, chegou ao Brasil para uma visita oficial de três dias em que deverá buscar o apoio do governo brasileiro ao plano de declaração unilateral de independência da Palestina”, em Abbas chega ao Brasil em busca de apoio à independência palestina – Folha Online – BBC Brasil: 20/11/2009 – 07h28

“Em encontro com o líder da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, o presidente Lula foi econômico nas palavras e preciso na análise. Quanto mais tempo o governo de Israel persistir com as violações da lei humanitária internacional, mais distante fica a possibilidade de uma solução negociada para o conflito no Oriente Médio. Enquanto não for destruído o muro erguido na Cisjordânia para anexar ilegalmente terras, e não forem garantidos aos palestinos os direitos de propriedade, de ir e vir, e de buscar saúde, educação e emprego, qualquer enunciado sobre a paz será apenas uma ironia semântica. Um discurso que admite a realidade do que é virtual, mas que não pode ser colocado no plano lógico daquilo que já tenha adquirido existência concreta. É necessário, mais uma vez, reconhecer que, respaldado pelo imperialismo norte-americano na região, a construção incessante de assentamentos em território ocupado obedece a uma lógica clara. O governo israelense joga todo o seu peso em uma solução definitiva para o ‘problema palestino’: uma solução que vem contemplando o massacre e o apartheid”, diz Gilson Caroni em Israel: qual a arquitetura do muro? (Carta Maior: 20/11/2009)

“A posição da administração Obama sobre as colônias é clara e inequívoca. Não mudou: os Estados Unidos não aceitam como legítimo continuar com os assentamentos israelenses”, disse Hillary Clinton, segundo a Folha Online: 02/11/2009 – 19h29.

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