Mais três livros do Seminário Europeu de Metodologia Histórica

As três publicações são o resultado do Seminário Europeu de Metodologia Histórica.

GRABBE, L. L. (ed.) Israel in Transition: From Late Bronze II to Iron IIA (c. 1250-850 BCE): 1 The Archaeology. London: T & T Clark, 2008, 224 p. – ISBN 9780567027269.

GRABBE, L. L. (ed.) Israel in Transition: From Late Bronze II to Iron IIA (c. 1250-850 BCE): 1 The Archaeology. London: T & T Clark, 2008For more than a decade the European Seminar in Historical Methodology has debated the history of ancient Israel (or Palestine or the Southern Levant, as some prefer). A number of different topics have been the focus of discussion and published collections, but several have centered on historical periods. The really seminal period–one of great debates over a number of different topics–is the four centuries between the Late Bronze II and Iron IIA, but it seemed appropriate to leave it toward the end of the various historical periods. It was also important to give a prominent place to archaeology, and the best way to do this seemed to be to have a special Seminar session devoted entirely to archaeology

 

GRABBE, L. L. (ed.) Israel in Transition: From Late Bronze II to Iron IIA (c. 1250-850 BCE): 2 The Texts. London: T & T Clark, 2011, 260 p. – ISBN 9780567649485.

Israel in Transition 2 is the second in a two-volume work addressing some of the historical problems relating to the early history of Israel, from its first mention around 1200 BCE to the beginnings of the kingdoms of Israel and Judah. During this four century transition period Israel moved from a group of small settlements in the Judean and Samarian hill country to the two kingdoms of Israel and Judah, occupying much of the land on the west side of the Jordan.

The present volume engages with the relevant texts. These include various inscriptions, such as the Tel Dan inscription and the Assyrian inscriptions, but also an GRABBE, L. L. (ed.) Israel in Transition: From Late Bronze II to Iron IIA (c. 1250-850 BCE): 2 The Texts. London: T & T Clark, 2011examination of the biblical text. The articles discuss various individual problems relating to Israelite history, but ultimately the aim is to comment on historical methodology.

The debate among Seminar members illustrates not only the problems but also suggests solutions and usable methods. The editor provides a perspective on the debate in a Conclusion that summarizes the contributions of the two volumes together.

 

GRABBE, L. L. (ed.) Enquire of the Former Age: Ancient Historiography and Writing the History of Israel. London: T & T Clark, 2013, 304 p. – ISBN 9780567575302.

GRABBE, L. L. (ed.) Enquire of the Former Age: Ancient Historiography and Writing the History of Israel. London: T & T Clark, 2013When methodology relating to the history of ancient Israel is discussed, the issue of historiography is frequently injected into the debate. This includes both principles of writing history from a modern perspective and also historiography as it relates to ancient writings. The first part of this most recent volume in the European Seminar in Historical Methodology series contains essays on historiography, including such well-known scholars as Ehud Ben Zvi, Philip Davies, and Axel Knauf. The second part is made up of reviews of histories of Israel or related works by such writers as William Dever, Baruch Halpern, Steven McKenzie, Mario Liverani, Alberto Soggin, Lester Grabbe, Jens Bruun Kofoed, and Iain Provan, V. Phillips Long, and Tremper Longman, III. Reviewers include Rainer Albertz, Niels Peter Lemche, Joseph Blenkinsopp, Philip Davies, Bob Becking, Ehud Ben Zvi, and Lester Grabbe. The original authors had the opportunity to respond to the reviews, while the editor provides an introduction that summarizes the various contributions and a conclusion that provides personal reflections on the debate.

História de Israel 2008: o que sabemos?

Chegou ontem, enviado pela Amazon.com, o meu exemplar do livro de GRABBE, L. L. Ancient Israel: What Do We Know and How Do We Know It? London: T & T Clark, 2007, xx + 306 p. – ISBN 9780567032546.

O Antigo Israel: o que sabemos e como sabemos?

Lester Grabbe chegou bem no momento em que estou para começar o meu curso de História de Israel 2008. Que passo a descrever abaixo. Observo que as novidades em relação ao ano passado estão sobretudo na bibliografia.

Este curso de História de Israel compreende 4 horas semanais, com duração de um semestre, o primeiro dos oito semestres do curso de Teologia. Aos alunos são distribuídos um roteiro impresso do curso e um CD com os roteiros de todos as minhas disciplinas do ano em curso. Os sistemas de avaliação e aprendizagem seguem as normas da Faculdade e são, dentro do espaço permitido, combinados com os alunos no começo do curso.

I. Ementa
Discute com o aluno os elementos necessários para uma compreensão global e essencial da história econômica, política e social do povo israelita, como base para um aprofundamento maior da história teológica desse povo. Possibilita ao aluno uma reflexão séria sobre o processo histórico de Israel desde suas origens até o século I d.C.

II. Objetivos
Oferece ao aluno um quadro coerente da História de Israel e discute as tendências atuais da pesquisa na área. Constrói uma base de conhecimentos histórico-sociais necessários ao aluno para que possa situar no seu contexto a literatura bíblica vétero-testamentária produzida no período.

III. Conteúdo Programático

1. Noções de geografia do Antigo Oriente Médio

  • O Crescente Fértil
  • A Mesopotâmia
  • A Palestina e o Egito de 3000 a 1700 a.C.
  • A Síria e a Fenícia
  • A Palestina

2. As origens de Israel

  • A teoria da conquista
  • A teoria da instalação pacífica
  • A teoria da revolta
  • A teoria da evolução pacífica e gradual

3. Os governos de Saul, Davi e Salomão

  • Nascimento e morte da monarquia a partir dos textos bíblicos
  • A ruptura do consenso
  • As fontes: seu peso, seu uso
  • Dois exemplos de fontes primárias: as estelas de Tel Dan e de Merneptah
  • A questão teórica: como nasce um Estado antigo?
  • As soluções de Lemche e Finkelstein & Silberman

4. O reino de Israel

  • Israel de Jeroboão I a Jeroboão II
  • A Assíria vem aí: para Israel é o fim
  • As conclusões de Finkelstein & Silberman

5. O reino de Judá

  • Os Reis de Judá
  • A reforma de Ezequias e a invasão de Senaquerib
  • A reforma de Josias e o Deuteronômio
  • Os últimos dias de Judá
  • Por que Judá caiu?

6. A época persa e as conquistas de Alexandre

  • A situação da Grécia e a política macedônia
  • As conquistas de Alexandre Magno (356-323 a.C.)
  • Quem é Alexandre Magno?
  • A anexação da Judéia por Alexandre
  • A situação da Judéia no momento da anexação

7. Os Ptolomeus governam a Palestina

  • Os Diádocos lutam pela herança de Alexandre
  • A situação da Palestina de 323 a 301 a.C.
  • As guerras sírias entre Ptolomeus e Selêucidas
  • Alexandria e os judeus
  • O governo dos Ptolomeus
  • A administração ptolomaica da Palestina

8. Os Selêucidas: a helenização da Palestina

  • O governo de Antíoco III, o Grande
  • Antíoco IV e a proibição do judaísmo
  • As causas da helenização

9. Os Macabeus I: a resistência

  • Matatias e o começo da revolta
  • A luta de Judas Macabeu (166-160 a.C.)
  • Jônatas, o primeiro Sumo Sacerdote Macabeu (160-143 a.C.)

10. Os Macabeus II: a independência

  • Simão consegue a independência da Judéia
  • João Hircano I e as divisões internas dos judeus
  • Aristóbulo I e a reaproximação com o helenismo
  • Alexandre Janeu, o primeiro rei macabeu
  • Salomé Alexandra e o poder dos fariseus
  • Aristóbulo II e a intervenção de Pompeu

11. O domínio romano

  • A “Pax Romana” chega a Jerusalém
  • O sistema sócio-econômico da Palestina no século I d.C.
  • A organização político-religiosa da Palestina

IV. Bibliografia
Básica
DA SILVA, A. J. A história de Israel na pesquisa atual. In: História de Israel e as pesquisas mais recentes. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2003. 181 p. – ISBN 8532628281, p. 43-87.

DONNER, H. História de Israel e dos povos vizinhos. 2v. 4. ed. São Leopoldo: Sinodal/Vozes, 2006, 535 p. – ISBN vol. I:8523304649; ISBN vol. II:8523304657.

FINKELSTEIN, I.; SILBERMAN, N. A. A Bíblia não tinha razão. São Paulo: A Girafa, 2003, 515 p. – ISBN 8589876187.

Complementar
BRIEND, J. (org.) Israel e Judá: textos do Antigo Oriente Médio. 2. ed. São Paulo: Paulus, 1997, 104 p. – ISBN 8534905908.

CURTIS, A. Oxford Bible Atlas. 4. ed. New York: Oxford University Press, 2007, 224 p. – ISBN 9780191001581.

DA SILVA, A. J. A história de Israel na pesquisa atual. Estudos Bíblicos, Petrópolis, n. 71, p. 62-74, 2001. Artigo disponível online.

DA SILVA, A. J. A história de Israel no debate atual. Artigo na Ayrton’s Biblical Page.

DA SILVA, A. J. A origem dos antigos Estados israelitas. Estudos Bíblicos, Petrópolis, n. 78, p. 18-31, 2003.

DA SILVA, A. J. Manuscritos do Mar Morto: recursos para estudo. Disponível no Observatório Bíblico.

DA SILVA, A. J. Manuscritos do Mar Morto: resenhas na RBL. Indicações no Observatório Bíblico.

DA SILVA, A. J. O Pentateuco e a História de Israel. In: Teologia na pós-modernidade. Abordagens epistemológica, sistemática e teórico-prática. São Paulo: Paulinas, 2003, 496 p. – ISBN 853561110X, p. 173-215.

DA SILVA. A. J. Os essênios: a racionalização da solidariedade. Artigo na Ayrton’s Biblical Page.

DA SILVA, A. J. Pode uma ‘História de Israel’ ser escrita? Observando o debate atual sobre a história de Israel. Artigo na Ayrton’s Biblical Page.

DA SILVA, A. J. The History of Israel in the Current Research. Journal of Biblical Studies 1:2, Apr.-Jun. 2001. Artigo online.

DAVIES, P. R. In Search of ‘Ancient Israel’. London: T. & T. Clark, [1992] 2005, 166 p. – ISBN 9781850757375.

FINKELSTEIN, I.; MAZAR, A. The Quest for the Historical Israel: Debating Archaeology and the History of Early Israel. Atlanta: Society of Biblical Literature, 2007, 220 p. – ISBN 9781589832770.

FINKELSTEIN, I.; SILBERMAN, N. A. David and Solomon: In Search of the Bible’s Sacred Kings and the Roots of the Western Tradition. New York: The Free Press, 2006, 352 p. – ISBN 9780743243629.

GARCÍA MARTÍNEZ, F. Textos de Qumran: edição fiel e completa dos Documentos do Mar Morto. Petrópolis: Vozes, 1995, 582 p. – ISBN 8532612830.

GRABBE, L. L. A History of the Jews and Judaism in the Second Temple Period: Vol 1, A History of the Persian Province of Judah. London: T & T Clark, 2006, 496 p. – ISBN 9780567043528.

GRABBE, L. L. Ancient Israel: What Do We Know and How Do We Know It? London: T & T Clark, 2007, xx + 306 p. – ISBN 9780567032546.

HORSLEY, R. A. Arqueologia, história e sociedade na Galiléia: o contexto social de Jesus e dos Rabis. São Paulo: Paulus, 2000, 196 p. – ISBN 8534915679.

KIPPENBERG, H. G. Religião e formação de classes na antiga Judéia: estudo sociorreligioso sobre a relação entre tradição e evolução social. São Paulo: Paulus, 1997, 184 p. ISBN 9788505006796. Resumo no Observatório Bíblico.

LIVERANI, M. Oltre la Bibbia: storia antica di Israele. 6. ed. Roma-Bari: Laterza, 2007, 526 p. – ISBN 9788842070603.

LONG, V. P. (ed.) Israel’s Past in Present Research: Essays on Ancient Israelite Historiography. Winona Lake, IN: Eisenbrauns, 1999, xx + 612 p. – ISBN 9781575060286.

LOWERY, R. H. Os reis reformadores: culto e sociedade no Judá do Primeiro Templo. São Paulo: Paulinas, 2004, 351 p. – ISBN 8535612912.

MAZAR, A. Arqueologia na terra da Bíblia: 10.000 – 586 a.C. São Paulo: Paulinas, 2003, 558 p. – ISBN 8535610316.

MOORE, M. Philosophy and Practice in Writing a History of Ancient Israel. London: T &T Clark, 2006, 205 p. – ISBN 9780567029812.

MOREGENZTERN, I.; RAGOBERT, T. A Bíblia e seu tempo – um olhar arqueológico sobre o Antigo Testamento. 2 DVDs. Documentário baseado no livro The Bible Unearthed, de Israel Finkelstein e Neil Asher Silberman. São Paulo: História Viva – Duetto Editorial, 2007. Mais informações no Observatório Bíblico.

PEREGO, G. Atlas bíblico interdisciplinar. São Paulo: Paulus/Santuário, 2001, 124 p. – ISBN 8572007512.

PIXLEY, J. A história de Israel a partir dos pobres. 9. ed. Petrópolis: Vozes, 2004, 136 p. – ISBN 8532602827.

ROAF, M. Mesopotâmia e o Antigo Médio Oriente. 2v. Madrid: Edições del Prado, 1996.

ROGERSON, J. Bíblia: Os caminhos de Deus. 2v. Madrid: Edições del Prado, 1996.

VV.AA. Recenti tendenze nella ricostruzione della storia antica d’Israele. Roma: Accademia Nazionale dei Lincei, 2005, 202 p. – ISBN 8821809331.

WILLIAMSON, H. G. M. (ed.) Understanding the History of Ancient Israel. Oxford: Oxford University Press, 2007, 452 p. – ISBN 9780197264010. Disponível online.

Centenário de Dom Helder Câmara

No dia 7 de fevereiro de 2008, quinta-feira passada, foram iniciadas as atividades do Centenário de Dom Helder Câmara, Arcebispo de Olinda e Recife, nascido no dia 7 de fevereiro de 1909 e falecido em 1999.

Entre as atividades programadas, destaco:

  • a partir de 11 de fevereiro, a reapresentação do Programa de Dom Helder “Um olhar sobre a cidade”, na Rádio Olinda
  • de 12 a 15 de maio, será realizado, pela Universidade Católica de Pernambuco, o Seminário “O Século de Dom Helder: cristianismo e construção da cidadania no Brasil, ontem e hoje”
  • em setembro, a Universidade Católica de Pernambuco criará a Cátedra de Direitos Humanos Dom Helder Câmara
  • no site Observatório das Religiões, da Universidade Católica, estará inserido o legado inter-religioso de Dom Helder
  • será realizado ainda um segundo Seminário, de caráter internacional, com o tema “O Século de Dom Helder”

Há ainda outras atividades celebrativas, científicas e culturais programadas ao longo deste ano, que culmina com o Dia do Centenário Dom Helder, em 7 de fevereiro de 2009.

Mais detalhes no site da CNBB.

The Politics of the Bibliobloggers

Este é o tema do capítulo 2 da Parte I do livro de CROSSLEY, J. G. Jesus in an Age of Terror: New Testament Projects for a New American Century. London: Equinox Publishing, 2009, 256 p. – ISBN 9781845534295 (Hardback) 9781845534301 (Paperback), do qual falei no outro post.

Part One will look at the ways in which New Testament and Christian origins scholarship has historically been influenced by its political and social settings over the past hundred years or so. Moving on to the present, the following chapter will then apply [Edward] Herman and [Noam] Chomsky’s propaganda model of manufacturing consent in the mass media to the recent explosion of biblical scholars writing on the internet, in particularly ‘biblio-bloggers’. It is clear that political views in ‘biblio-blogging’ conform strikingly to the emphases that come through in Herman and Chomsky’s analysis of the mass media and intellectuals, particularly with the standard lines on the ‘war on terror’ and views on the contemporary Middle East [sublinhado meu].

James Crossley em dois novos livros

James G. Crossley, autor do biblioblog Earliest Christian History, é Professor de Novo Testamento no Departamento de Estudos Bíblicos da Universidade de Sheffield, Reino Unido. Dois futuros lançamentos do autor chamam a atenção, especialmente o segundo, que trata das tácitas posturas políticas e ideológicas dos exegetas no estudo de Jesus e dos primeiros cristãos e sua relação com a atual política Ocidental – especialmente a Anglo-Americana – para o Oriente Médio.

No primeiro, Crossley escreve apenas um capítulo, pois o livro tem vários autores. Mas, no segundo, o trabalho é todo seu. Uma proposta ambiciosa.

 

BLANTON, W.; CROSSLEY, J. G.; MOXNES, H. (eds.) Jesus beyond Nationalism: Constructing the Historical Jesus in a Period of Cultural Complexity. London: Equinox Publishing, 2008, 256 p. – ISBN 9781845534103 (Hardback) 9781845534110 (Paperback).

Diz a editora Equinox:
BLANTON, W.; CROSSLEY, J. G.; MOXNES, H. (eds.) Jesus beyond Nationalism: Constructing the Historical Jesus in a Period of Cultural Complexity. London: Equinox Publishing, 2008, 256 p.The link between historical Jesus studies and the broader cultural contexts has been largely lost in contemporary scholarship, with the heritage of the Jesus scholarship from the nineteenth century being detached from its cultural context and with the history of Jesus scholarship being buried as a topic in the development of methods and issues in New Testament studies. As a result most presentations of the historical Jesus are historiographically and hermeneutically naïve, assuming an ‘objective’ posture, with little or no reflection on their ideological presuppositions. Therefore, consciously or unconsciously, they often represent hegemonic positions. This collection of essays starts from a different position, by questioning the use of presentations of Jesus to defend and protect hegemonic or mono-cultural contexts, and thereby explicitly or implicitly favour a development towards a more inclusive society for persons from different ethnic, racial, national, gender and sexual orientation backgrounds. This collection of essays will look at the cultural and ideological beginnings of historical Jesus studies in the nineteenth century and expose the underlying presuppositions of hegemony in contemporary presentations of Jesus, viewed from the perspective of ‘cultural complexity’.

Contents (Sumário)
1. Ward Blanton, James G. Crossley, and Halvor Moxnes, ‘Introduction’
2. Thomas Hylland Eriksen, ‘What is cultural complexity?’
3. Halvor Moxnes, ‘What is it to write a biography of Jesus? Schleiermacher’s Life of Jesus and 19th century nationalism’
4. Peter Normann Waage, ‘Dostoyevsky and the Russian Christ’
5. Hugh Pyper, ‘Why Jesus was not a Scot: Herder, central European nationalism, and the Aryan Christ’
6. Ward Blanton, ‘Schweitzer’s Jesus, the crisis of modernism and beyond’
7. Leif E. Vaage, ‘Beyond nationalism: Jesus the “Holy Anarchist”?’
8. William E. Arnal, ‘Jesus as Battleground in a Period of Cultural Complexity’
9. James Crossley, ‘Jesus the Jew since 1967’
10. Oddbjørn Leirvik, ‘Jesus in modern Muslim thought: from anti-colonial polemics to post-colonial dialogue?’

 

CROSSLEY, J. G. Jesus in an Age of Terror: New Testament Projects for a New American Century. London: Equinox Publishing, 2009, 256 p. – ISBN 9781845534295 (Hardback) 9781845534301 (Paperback).

Diz a editora Equinox:
CROSSLEY, J. G. Jesus in an Age of Terror: New Testament Projects for a New American Century. London: Equinox Publishing, 2009, 256 p.This book will apply the work of Noam Chomsky, Edward Herman, Edward Said and several others on international politics and the supportive role of the media, intellectuals and academics to contemporary Christian origins and New Testament scholarship. Part One will look at the ways in which New Testament and Christian origins scholarship has historically been influenced by its political and social settings over the past hundred years or so. Moving on to the present, the following chapter will then apply Herman and Chomsky’s propaganda model of manufacturing consent in the mass media to the recent explosion of biblical scholars writing on the internet, in particularly ‘biblio-bloggers’. It is clear that political views in ‘biblio-blogging’ conform strikingly to the emphases that come through in Herman and Chomsky’s analysis of the mass media and intellectuals, particularly with the standard lines on the ‘war on terror’ and views on the contemporary Middle East. The rest of the book will take up modified key areas of the propaganda model in more detail.

Part Two will look at the Orientalist rhetoric of clashing civilisations and how this relates to the ‘war on terror’ and the creation of Islam, Arabs, Middle East etc. as the Great Enemy in the media and relevant intellectual thought since the 1970s and, to use Derek Gregory’s phrase, ‘hideously emboldened’ in the ‘war on terror’. The next chapter will then show how this context has had a highly noticeable impact on the use of social sciences in New Testament and Christian origins scholarship, in particular the stark generalisations of scholars using cultural/social anthropology based on contemporary studies of ‘the Middle East’. Disturbingly, some of this scholarship has many rhetorical links with Anglo-American foreign policy interests in the Middle East and beyond, making some politically charged statements that cohere closely with recent intellectual defences of actions in Iraq, Palestine and beyond.

Part Three will look at issues of Palestine and Israel in the media alongside Christian, secular and relevant intellectual thought since the ‘Six Day War’ of 1967, focusing in particular on the dramatic shift towards widespread support for Israel. This will also include an analysis of the recent and controversial case of Nadia Abu el-Haj’s tenure at Barnard. The following chapter will show how this interest in Israel has had a profound impact on historical Jesus and Christian origins studies, particularly the strange emphasis on ‘Jewishness’ and misplaced allegations of ‘antisemitism’ since the 1970s. It will also be seen that despite the shift in support of Israel this is rarely done for love of Jews, Judaism, Israel or Israelis because there remains a notable cultural, political and religious superiority in Anglo-American scholarship. While owing much also to an Orientalist tradition, this too is strongly echoed in scholarship of Christian origins where, for all the emphasis on the ‘Jewishness’ of Jesus and the first Christians, it is extremely common to find Jesus or the first Christians being ‘better than’ Judaism or overriding key symbols of Judaism as constructed by scholarship, done, ironically, by frequent ignoring of relevant Jewish texts. The end results of contemporary scholarship are not dramatically different from the results of the anti-Jewish and antisemitic scholarship of much of the twentieth century.

Contents (Sumário)
Preface

Part I: Christian Origins and New Testament Studies in Ideologically and Historically Contaminated Contexts
Chapter 1: Introduction: Reading the History of New Testament and Christian Origins Scholarship
Chapter 2: The Politics of the Bibliobloggers

Part II: Neo-Orientalism: Orientalism, Hideously Emboldened
Chapter 3: The Context: A Clash of Civilisations?
Chapter 4: Anglo-American Power and Liberal Scholarship: Scholarly Reconstructions of the Social World of Christian Origins

Part III: ‘Jewishness’, Jesus and Christian Origins since 1967
Chapter 5: The Context: Judaism and Christianity; Israel and the West
Chapter 6: Jewish…but not that Jewish

Conclusions

Microsoft x Google

Se a Microsoft comprar o Yahoo!, teremos um duopólio na Internet…

Microsoft quer comprar o Yahoo! por US$ 44 bilhões – Folha Online: 01/02/2008 – 10h16

Com oferta pelo Yahoo!, Microsoft pode estender “influência ilegal”, diz Google – Folha Online: 04/02/2008 – 10h14

Google trabalha para impedir venda do Yahoo! para a Microsoft, diz jornal – Folha Online: 04/02/2008 – 15h23

África? Desde que as potências ocidentais…

Jim West fala hoje, em seu blog, da violência na África, em ‘God Left Africa A Long Time Ago’ [Obs.: blog falecido, link sepultado] e, entre outras coisas, menciona:
“Sudan, Chad, Kenya, and other ‘death zones’ keep Africa in the news- and not in a good way. What’s going on there? Are death and violence simply the way disputes are best settled? Clearly not. So why, then, are they the chosen means by so many in Africa?”

Acabo de ler um artigo em Carta Maior: A questão do Quênia. Escrito por Flávio Aguiar no dia 31.01.2008. Recomendo. Nada entendo da África. Mas gostaria de entender.

Minha compreensão é que devemos falar da África no plural: há muitas “Áfricas”, geográfica, étnica, cultural e politicamente distribuídas no continente africano. Não se pode simplificar. Depois, há o que Tim Bulkeley já escreveu como comentário ao post do Jim: a violência hoje existente na África é resultado, em grande parte, da intervenção colonialista e imperialista do Ocidente. Por onde passaram as potências capitalistas, exacerbou-se o rastro de ódio. Muitos especialistas dizem ser esta a causa maior, embora não a única, das guerras atuais.

O que choca um ocidental dos Estados Unidos ou da Europa é que lá a guerra é “suja”. Como diz Flávio Aguiar:
[O que vemos no Quênia são] “massacres mútuos entre Kikuyus e Luos, perpetrados a golpes de machete, de porretes, ou com pneus em chamas presos aos pescoços das vítimas. São imagens de uma ‘guerra suja’, em contraste com as ‘guerras limpas’, intervenções cirúrgicas e assépticas para os interventores, apesar dos milhares de mortos do outro lado, que as potências do mundo hoje costumam patrocinar e praticar”.

Mas toda guerra, para os derrotados, é suja. Como diz Guimarães Rosa em Grande Sertão: Veredas: “Guerra diverte – o demo acha”. Ou guerra é “só o contrário do que assim não seja”.

Mas deve existir, Jim, algumas centenas de bons livros, em inglês, que analisam com competência a situação das várias “Áfricas” e contextuam historicamente os correntes conflitos.

 

O artigo de Flávio Aguiar, A questão do Quênia

Por entre o crescente frenesi em torno da terça-feira, 5 de fevereiro, onde primárias democratas e republicanas ocorrerão em duas dezenas de estados norte-americanos, a imprensa europeia de hoje está tomada por relatos sobre a situação do Quênia, que se deteriora no que é descrito já como campanhas de massacres ou enfrentamentos étnicos, entre Kikuyus, grupo do atual presidente, Mwai Kibaki, e Raila Odinga, da oposição, dos Luo.

É difícil penetrar mais a fundo em diferenças programáticas – se existem – entre esses dois candidatos que se enfrentaram nas eleições presidenciais do fim do ano passado e que foram o estopim dos atuais enfrentamentos, sob acusações de que o presidente Kibaki teria comandado uma fraude eleitoral para ser declarado vencedor.

Toda a descrição da cena remonta a citação de massacres mútuos entre Kikuyus e Luos, perpetrados a golpes de machete, de porretes, ou com pneus em chamas presos aos pescoços das vítimas. São imagens de uma “guerra suja”, em contraste com as “guerras limpas”, intervenções cirúrgicas e assépticas para os interventores, apesar dos milhares de mortos do outro lado, que as potências do mundo hoje costumam patrocinar e praticar.

Como quase toda nação africana moderna, o Quênia tem um passado confuso e complexo de intervenções vindas de fora. É necessário inicialmente compreender que estamos falando de um dos berços da humanidade. Os traços de humanoides, hominídeos, australopitecos e demais antepassados ou primos distantes do homo sapiens remontam respectivamente a 20, 6, ou 2 milhões de anos.

Desde milhares de anos as terras do Quênia foram cenário de caravanas e povos invasores, desde os árabes, depois os europeus: primeiro os portugueses, depois os alemães e finalmente os ingleses, que ocuparam os planaltos interiores com plantações de chá.

A ocupação inglesa provocou uma série de revoltas e sedições desde o começo do século XX, todas reprimidas com notória brutalidade pelos ocupantes. Foi assim na década de 20 com os movimentos de reivindicação trabalhistas, e foi assim logo depois da Segunda Guerra, quando surgiu o primeiro movimento organizado de independência nacional e luta pela terra, conhecido com o nome, dado pelos ocupantes, de a Revolta dos Mau Mau, que, entre eles, chamavam-se de “combatentes da liberdade”. Em todas essas revoltas, inclusive a dos Mau Mau, a participação dos Kikuyus foi preponderante.

A repressão contra os Mau Mau foi notória e espetacular. Houve, primeiro, uma repressão simbólica. Declarados um grupo terrorista, de fanáticos assassinos de fazendeiros brancos, os Mau Mau foram estigmatizados na literatura e no cinema. O mais famoso filme dessa laia, que assisti aterrorizado (pelos “cruéis Mau Mau”) numa matinê dominical do cinema Capitólio, em Porto Alegre, foi Safari, com Victor Mature no papel principal, como um fazendeiro branco que tem o filho e o resto da família assassinados pelos “fanáticos” e se dedica ao seu extermínio, o que consegue depois de muita perseguição e assassinatos.

Informações mais equilibradas dizem hoje que de fato houve violência dos Mau Mau contra famílias de fazendeiros ingleses, mas que ela foi esporádica. Havia mais perseguições contra africanos que colaboravam com os ingleses, o que não elimina nem absolve violências praticadas. Mas os Mau Mau se caracterizavam sobretudo por serem independentistas, por desejarem atrair outras etnias para sua causa, e por lutar pela posse da terra, esbulhados que se sentiam pelos colonos europeus.

Em compensação, a repressão britânica foi exemplar. Oficialmente, de 1952 a 1959, ano em que a rebelião foi considerada extinta, houve 13 mil mortos em consequência das ações militares ou da repressão política. Dos Mau Mau, morreram 10.173, sendo que destes, 1.574 foram mortos por enforcamento. O número de prisões passou de 70 mil, grande parte sem processo nem julgamento.

Entre as consequências dessa repressão em meio a uma luta desigual, descrevem-se hoje 1) a conclusão a que os britânicos chegaram de que seria impossível no Quênia estabelecer um governo de minoria branca, como queriam os fazendeiros; daí abrirem caminho para a independência liderada por um governo formado por africanos, o que se efetivou em dezembro de 1963, sob a liderança de Jomo Kenyatta, um Kikuyu que fora preso e condenado a 7 anos por ocasião da revolta dos Mau Mau; 2) a independência se fez num país em que a repressão, como não é incomum nesses casos, se assentou sobre rivalidades e perseguições tribais, impedindo a formação de um sentimento de unidade nacional mais profundo.

Desde a independência, a luta política no Quênia vem se dando no interior do grupo que “sucedeu” a Kenyatta, centrado nos políticos herdeiros da frente liderada por ele onde predominaram os de origem Kikuyu. Esses grupos, a começar pelo próprio Kenyatta, exerceram uma repressão dura contra seus oponentes, aponto de num dado momento, o Quênia tornar-se um país de partido único. Isso que, aparentemente seguiria um modelo comunista, se dava, no entanto, num país pobre, em que a maioria da população vive com menos de 1 dólar por dia, e integrado, durante e depois dos anos 90, às vagas das políticas neoliberais que impediam a concentração de possibilidades de reerguimento estatal para alavancar um desenvolvimento. O resultado desses quadros sucessivos foi o agravamento da “tribalização” das lideranças políticas, seguidas denúncias de corrupção, o que aparece como uma luta por um botim de verbas públicas, de financiamentos estrangeiros e até das ajudas humanitárias provindas de organismos internacionais e de ongues sobretudo religiosas e europeias, e uma concentração de poderes cada vez maior nas figuras presidenciais, Daniel Moi, que sucedeu Kenyatta, e ficou anos no poder, e agora Kibaki, que sucedeu Moi. Tudo isso num cenário de miséria e favelização crescente das cidades, sobretudo de Nairóbi, cuja estimativa populacional fala em 4 milhões de habitantes, mas cuja estimativa não oficial fala em mais de 6 milhões. Kibera é uma das maiores e mais pobres favelas do mundo, e ali, em meio às lutas com machetes e porretes, disputam-se tanto migalhas e barracos mínimos quanto o poder que isso representa, em termos locais e em termos de obtenção de favores dos “de cima”. Teme-se que logo depois dos machetes venham as metralhadoras, e que o país possa dividir-se num sul Kikuyu e num norte Luo.

O Quênia é um país de paisagens extraordinárias. Quando lá estivemos, em janeiro de 2007, para cobrir a 7a. jornada do Fórum Social Mundial, além da cobertura fizemos (a Carta Maior – veja nossas reportagens e crônicas) uma viagem ao parque Masai, o sudoeste de Nairóbi, onde conhecemos alguns dos membros desse povo-pastor, antigamente nômade. Lá conversei longamente, junto com o Marcel Gomes, com Maripet Ole Nkoile, um pastor de cabras, ovelhas e reses, a quem carinhosamente apelidei de “filósofo”.

Maripet tentava entender as mudanças por que passavam seu país e seu povo, com a crescente chegada do turismo e seus fornidos dólares, com a educação sendo aberta para todos e para as meninas, e me confessava olhar tudo isso com esperança, mas também com temor. Ficamos amigos, prometi mandar-lhe um postal de S. Paulo, onde eu morava então. Cumpri a palavra, mandei. Espero que ele possa me responder. Com mais esperança do que medo.

Resenhas na RBL: 02.02.2008

As seguintes resenhas foram recentemente publicadas pela Review of Biblical Literature:

Bazylinski, Stanislaw
A Guide to Biblical Research: Introductory Notes
Reviewed by Jeremy Punt

Douglas A. Campbell
The Quest for Paul’s Gospel: A Suggested Strategy
Reviewed by Matt Jackson-McCabe

Gordon D. Fee
Pauline Christology: An Exegetical-Theological Study
Reviewed by Don Garlington
Reviewed by Matthew Montonini

Anthony Grafton and Megan Williams
Christianity and the Transformation of the Book: Origen, Eusebius, and the Library of Caesarea
Reviewed by Claudio Zamagni

Pieter W. van der Horst
Jews and Christians in Their Graeco-Roman Context: Selected Essays on Early Judaism, Samaritanism, Hellenism, and Christianity
Reviewed by Christoph Stenschke

Hans Hübner
Wer ist der biblische Gott? Fluch und Segen der monotheistischen Religionen
Reviewed by Sven Petry

Garrett C. Kenney
Translating H/holy S/spirit: Four Models: Unitarian, Binitarian, Trinitarian, and Non-sectarian
Reviewed by Tony Costa

Jaclyn L. Maxwell
Christianization and Communication in Late Antiquity: John Chrysostom and His Congregation in Antioch
Reviewed by David Brian Warner

Patrick D. Miller
The Way of the Lord: Essays in Old Testament Theology
Reviewed by Walter Brueggemann

Pekka Särkiö
Kuningasajalta: Kirjoituksia Salomosta ja rautakauden piirtokirjoituksista
Reviewed by Pekka Pitkänen

W. Dennis Tucker
Jonah: A Handbook on the Hebrew Text
Reviewed by Karl Möller

Manuscritos do Mar Morto: simpósio em Groningen

Será realizado em abril de 2008 um simpósio sobre os Manuscritos do Mar Morto no Instituto Qumran da Universidade de Groningen, Países Baixos, em homenagem ao Professor Florentino García Martínez.

Diz o anúncio na página do Orion Center:

“Honoring Professor Florentino García Martínez’s great achievements for the Groningen Qumran Institute and Dead Sea Scrolls studies and initiating a new series of biennial conferences, the Qumran Institute announces

The Authoritativeness of Scriptures in Ancient Judaism: The Contribution of the Dead Sea Scrolls and Related Literature

A Symposium at the Groningen Qumran Institute, 28–29 April 2008

Organization: Mladen Popovic”.

 

No programa constam palestras de:

  • Ed Noort – Universidade de Groningen, Países Baixos
  • Julio Trebolle Barrera – Universidad Complutense de Madrid, Espanha
  • Arie van der Kooij – Universidade de Leiden, Países Baixos
  • Émile Puech – École Biblique et Archéologique Française de Jérusalem, Israel
  • George van Kooten – Universidade de Groningen, Países Baixos
  • Tobias Nicklas – Universidade de Regensburg, Alemanha
  • Michael Knibb – King’s College, London, Reino Unido
  • Hindy Najman – Universidade de Toronto, Canadá
  • George Brooke – Universidade de Manchester, Reino Unido
  • Jacques van Ruiten – Universidade de Groningen, Países Baixos
  • Emanuel Tov – Universidade Hebraica de Jerusalém, Israel
  • Mladen Popovic – Qumran Institute, Universidade de Groningen, Países Baixos
  • Eibert Tigchelaar – Florida State University, Tallahassee, USA
  • Charlotte Hempel – Universidade de Birmingham, Reino Unido
  • John Collins – Universidade de Yale, New Haven, USA
  • Jan Bremmer – Universidade de Groningen, Países Baixos
  • Florentino García Martínez – Universidade de Groningen, Países Baixos/Katholieke Universiteit Leuven, Bélgica