Diz a lenda sobre Robert North

Acabei de ler na CBQ – Catholic Biblical Quarterly – de outubro de 2007, p. 756-757, que recebi recentemente, um texto de James Swetnam “In Memoriam: Robert G. North”, falecido em 2 de junho deste ano.

Achei interessante o que ele diz sobre as excentricidades de North. Há até mesmo uma “lenda North” (The “North Legend”).

Entre outras coisas, reza a lenda que, ainda jovem, lecionando na Marquette High School in Milwaukee, ele decorou, em apenas um fim de semana, um discurso inteiro de Cícero – em latim, claro – para mostrar aos seus alunos como um texto podia ser transmitido oralmente.

Tinha uma memória extraordinária e era capaz de lidar com 18 diferentes línguas – “…he could handle eighteen languages with varying levels of competence”, diz Swetnam.

Além de ser conhecido pelas escavações no Vale do Jordão – Teleilat Gassul – e pelos vários anos de trabalho no PIB, em Roma (lecionou de 1951 a 1992 e editou o Elenchus de 1980 a 2000), costumava guiar grupos em excursões pelo Oriente Médio.

Falava árabe tão fluentemente que não se deixava enganar pelos espertalhões taxistas egípcios e Swetnam testemunha que, certa vez, North passou duas semanas conversando com o motorista do ônibus em uma excursão pela Turquia, em turco… “and his Turkish was fluent enough to enable him to spend two weeks on our jaunt all over Turkey chatting alongside the driver of the bus”.

Já no Irã, teve que falar francês, não sendo seu farsi suficiente “…in Iran, alas, he was reduced to speaking French, his Farsi not being up to the challenge. But, then, nobody is perfect”, diz Swetnam.

Coisas do North. Quem estudou com ele, reconhece, neste texto, o personagem. Todos nós gostávamos muito dele.