“Num mito, quanto mais se bate, mais ele cresce. Porque ao contrário do que essas vulgaridades pensam, um mito não é sinônimo de uma mentira. Um mito é uma história que explica porque estamos aqui e somos assim ou assado. Um mito remonta a enigmas que não conseguimos explicar. Então temos que narrar”.
Este texto é do Flávio Aguiar, editor-chefe da Carta Maior. Está no artigo A sombra do Che, e fala de cinco razões para os arautos da direita brasileira detestarem a sombra de Ernesto Guevara. Publicado em 05/10/2007, o artigo é bom.
Mas penso no texto aqui citado por outras razões. Os mitos bíblicos. Um mito explica porque estamos aqui e somos o que somos. Mesmo quando não conseguimos ou queremos explicar, podemos narrar.
Quem ainda se lembra de meu post Gn 1-11 e a importância dos mitos, de 22 de setembro passado?
Pois é… Amanhã continuarei conversando com o Primeiro Ano de Teologia do CEARP, na aula de Pentateuco, sobre isso. Estamos estudando Gn 1-11.
O título do post?
Quando eu era menino pequeno lá em Minas, Juca Garcia, fazendeiro rico e estúrdio, homem sistemático, vizinho nosso, aparecia, de vez em quando, para uma visita nas tardes de domingo. E dizia para meu pai: “Cumpadre, como diz o causo do outro…”, sendo o “outro” ele mesmo.
Um jeito de contar, uma sabedoria especial do sertão. Mitos. Mito.