CEBI: Subsídio para o Mês da Bíblia 2013

Já está disponível o subsídio do CEBI para o Mês da Bíblia 2013. O Evangelho de Lucas – Quem é Jesus para nós? oferece 4 círculos bíblicos elaborados por Carlos Mesters e Mercedes Lopes.

A leitura orante  e comprometida do Evangelho de Lucas nos ensinará como ler os sinais dos tempos, como acolher a hora da visita de Deus, como descobrir os momentos do Espírito. O dom do Espírito, prometido por Jesus, não se compra com dinheiro nem se consegue pelo estudo. O Espírito Santo é dado a quem o pede na misericórdia e na oração (Lc 11,13). Lucas é um verdadeiro intérprete. Ele entende as duas línguas, a de Jesus e a do povo das comunidades, e passa de uma para a outra.

As encomendas podem ser feitas pelo e-mail vendas@cebi.org.br.

Confira outras publicações do CEBI sobre o Evangelho de Lucas.

O Mês da Bíblia, criado em 1971 com a finalidade de instruir os fiéis sobre a Palavra de Deus e a difusão da Bíblia, também foi fundamental para aproximar a Bíblia do povo de Deus. Propondo um livro – ou parte dele – para ser estudado e refletido a cada ano, o Mês da Bíblia tem contribuído eficazmente para o crescimento da animação bíblica de toda pastoral. Em continuidade a esta história, a Comissão Episcopal Pastoral Bíblico-catequética da CNBB definiu que, no Mês da Bíblia dos próximos quatro anos (2012-2105), serão estudados os evangelhos de Marcos (2012), Lucas (2013) e Mateus (2014), conforme a sequência do Ano Litúrgico, completando com o estudo de João em 2015 (…) Esta sequência repete a experiência feita entre 1997-2000, por ocasião da celebração do Jubileu 2000. O enfoque, agora, é outro. Visa reforçar a formação e a espiritualidade dos agentes e dos féis através do seguimento de Jesus, proposto nos quatro evangelhos (…) Cada evangelho será relido na perspectiva da formação e do seguimento, destacando o que é específico de cada evangelista, bem como da comunidade que está por trás de cada evangelho (do blog Catequese e Bíblia, da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-catequética da CNBB – 04/09/2012).

Por que Jesus é “Filho de Deus” para Marcos?

Uma curiosa solução para a caracterização de Jesus como “Filho de Deus” no Evangelho de Marcos foi apresentada por Michael Peppard, Professor de Teologia na Fordham University, New York.

Está em seu livro

The Son of God in the Roman World: Divine Sonship in its Social and Political Context. New York: Oxford University Press, 2012, 304 p. – ISBN 9780199933655.

Um artigo do autor sobre o tema pode ser lido na revista online The Bible and Interpretation:

Powerful Sons Were Adopted Sons: A Roman Imperial Perspective

Onde se diz:
To read Mark as having some general connection to Rome is not a novel idea, but new and surprising interpretations do emerge when specific aspects of Roman culture and ideology are emphasized. Through analysis of archaeological and textual remains, I argue that, whether located in Rome or elsewhere in the Empire, Mark’s narrative characterization of Jesus can be justifiably construed in the light of Roman imperial ideology. Regardless of exactly where Mark began to narrate the Son of God, he was doing so in the Empire governed by the other “god” and “son of god,” the emperor who had even begun to be worshipped by some in Palestine itself. 

Kevin Brown, do biblioblog Diglotting ficou entusiasmado com o livro:
This book is a great study. If you want to understand how Jesus is portrayed as the son of God in the Gospel of Mark and earliest Christianity, then forget the christological orthodoxy of Chalcedon, the philosophical foundations of Nicaea, the logos Christologies of John and Justin, and the virgin birth narratives of Matthew and Luke. Instead, read this book and be enlightened –  Review: The Son of God in the Roman World.

Li apenas o artigo. E achei a argumentação fraca.

Um aclamado comentário ao Evangelho de Marcos

Um aclamado comentário ao Evangelho de Marcos, publicado em 2002, está agora disponível em paperback.

MOLONEY, F. J. The Gospel of Mark: A Commentary. Grand Rapids: Baker Academic, 2012, xviii + 398 p. – ISBN 9780801048418.

Este é um comentário bem documentado, com extensas notas de rodapé e duas dezenas de páginas de bibliografia. Quem desejar uma abordagem mais simplificada ao Evangelho de Marcos, pode consultar, do mesmo autor,  Mark: Storyteller, Interpreter, Evangelist, de 2004. Também muito elogiado.

Diz a editora:

“The Gospel of Mark, addressed to an early Christian community perplexed by failure and suffering, presents Jesus as suffering Messiah and Son of God. Recognizing that failure and suffering continue to perplex Christians today, world-renowned New Testament scholar and theologian Francis Moloney marries the rich contributions of traditional historical scholarship with the contemporary approach to the Gospels as narrative. Now in paperback [Hardcover: 2002 – Reviewed by Heike Omerzu – RBL: 07/01/2006], this commentary combines the highest-level scholarship with pastoral sensitivity. It offers an accessible and thoughtful reading of Mark’s narrative to bring the Gospel’s story to life for contemporary readers. Francis J. Moloney is the author of many books, including Mark: Storyteller, Interpreter, Evangelist. Peabody, Mass.: Hendrickson, 2004,  xiv + 224 p. – ISBN 1565635132 [Reviewed by Heike Omerzu – RBL: 06/17/2006, and by William Sanger Campbell – RBL: 04/01/2006]”.

Leia Mais:
Mês da Bíblia 2012: O Evangelho de Marcos – bibliografia sobre Marcos

Mês da Bíblia 2012: O Evangelho de Marcos

Setembro é o Mês da Bíblia [para os católicos – para os evangélicos o Dia da Bíblia é, no Brasil, o segundo domingo de dezembro].

O Mês da Bíblia surgiu há 41 anos [1971] por ocasião do 50º aniversário da Arquidiocese de Belo Horizonte.

Em 2012, o texto proposto para ser aprofundado no estudo bíblico é o Evangelho de Marcos. O tema é “Discípulos missionários a partir do Evangelho de Marcos” e o lema é “Coragem! Levanta-te! Ele te chama” (Mc 10,49).

Bibliografia sobre Marcos

:: BALANCIN, E. M. Como ler o Evangelho de Marcos: Quem é Jesus? 9. ed. São Paulo: Paulus, 1997, 184 p. – ISBN 8534901783.
No final do evangelho, ao ouvir a notícia de que Jesus ressuscitou, as mulheres que foram ao túmulo receberam uma missão: “Agora vocês devem ir e dizer aos discípulos dele e a Pedro que ele vai para a Galiléia na frente de vocês. Lá vocês o verão, como ele mesmo disse” (16,7). Isso significa que, se os discípulos quiserem se encontrar com Jesus Ressuscitado, terão de retornar para onde Jesus iniciou sua atividade e retomá-la.

:: BORTOLINI, J. O evangelho de Marcos: para uma catequese com adultos. 2. ed. São Paulo: Paulus, 2003, 288 p. – ISBN 8534920435.
Este é um comentário popular do evangelho de Marcos em vista da catequese com adultos. Marcos – o primeiro evangelho a ser escrito – tinha como objetivo levar os adultos ao conhecimento de “Quem é Jesus” e, consequentemente, à descoberta das condições para ser discípulo(a) dele. Somente após esse aprendizado seriam admitidos ao batismo, porta de entrada para o compromisso com o Reino. Aqui o evangelho de Marcos é comentado em 51 capítulos (praticamente um por semana durante um ano), com o texto bíblico, um aprofundamento e pistas para a vivência. Destina-se a adultos (individualmente ou em grupos de aprofundamento), e tem a finalidade de levá-los a descobrir como ser cristão num mundo globalizado e como ser agentes transformadores nos mais diversos campos da sociedade.

:: DA SILVA, A. J. et al. Ele Caminha à Vossa Frente: o seguimento de Jesus pelo Evangelho de Marcos. Estudos Bíblicos, Petrópolis, n. 22, 1989, 93 p.
Este número da revista Estudos Bíblicos, elaborado pelo grupo dos “Biblistas Mineiros”, propõe várias leituras de Marcos, um evangelho que apresenta Jesus como alguém que mais ensinou pela vida do que pelas palavras. Daí a atenção dos autores à prática de Jesus e ao modo com que o evangelho de Marcos faz da vida de Jesus o roteiro da caminhada de seus discípulos, roteiro válido para nós até hoje. Artigos de Airton José da Silva (O relato de uma prática: Roteiro para uma leitura de Marcos Por que milagres? O caso da multiplicação dos pães), Walmor Oliveira de Azevedo (Uma leitura do Evangelho de Marcos: A força pedagógica da articulação global do Evangelho de Marcos), Alberto Antoniazzi (O segredo que poucos alcançam: Pistas para entender Mc 4,31), Paulo Sérgio Soares (Uma experiência popular com Marcos: Parábola do coco), Emanuel Messias de Oliveira (Apresentação de alguns estudos sobre Marcos) e José Luiz Gonzaga do Prado (Fl 2,6-11: doutrina ou caminho?).

:: DELORME, J. Leitura do Evangelho Segundo Marcos. 5. ed. São Paulo: Paulus, 1997, 152 p. – ISBN 8534908125.
Este é um estudo perfeitamente acessível ao leigo, escrito com clareza e em estilo agradável. O autor, um francês especialista em Marcos, nos conduz através do evangelho, convidando-nos a participar do drama que nele se desenrola. Delorme propõe três leituras globais de Marcos, cada uma salientando um aspecto do evangelho.

:: HARRINGTON, D. J. What Are They Saying about Mark? Mahwah, NJ: Paulist Press, 2005, 112 p. – ISBN 9780809142637.
This book describes and analyzes the many attempts at applying the new methods to Mark’s Gospel. It considers how this Gospel has been approached from different angles according to the perspectives of modern literary criticism, examines how its major theological topics have been treated, explores efforts at clarifying its historical setting, and discusses the “engaged”–feminist, political, and pastoral–readings this Gospel has generated in recent years.

:: MALONEY, E. C. Mensagem urgente de Jesus para hoje: O Reino de Deus no Evangelho de Marcos. São Paulo: Paulinas, 2012, 176 p. – ISBN 9788535621938.
A obra é um estudo sobre a escatologia do evangelho de Marcos, que visa esclarecer o que o evangelista entende por Reino de Deus. Utilizando os dados de que dispomos sobre o contexto sóciocultural da Palestina no primeiro século, o autor utiliza a experiência de leitura da Bíblia pelo povo latino-americano – leitura simbólica, concepção do tempo e senso comunitário – para concluir que a mensagem de Jesus visava imediatamente mostrar que um mundo de paz e de justiça é possível, desde que os humanos abracem voluntária e livremente o caminho seguido por Jesus, embora o próprio Jesus tenha manifestado que a realização do projeto de Deus aqui e agora, como para sempre, passa inevitavelmente pelo sofrimento e pela cruz. Leia mais sobre o autor e o livro aqui.

:: MESTERS, C.; LOPES, M. Caminhando com Jesus: Círculos Bíblicos do Evangelho de Marcos. São Paulo: Paulus, 2003, 274 p. – ISBN 8589000168.
Na época em que Marcos escreveu o Evangelho havia perseguição dos cristãos por parte do Império Romano, infiltração da propaganda do Império nas comunidades, rebelião dos judeus da Palestina contra a invasão romana, tensões internas por causa da variedade de tendências, doutrinas e lideranças… Esses problemas, porém, não foram capazes de desviar os cristãos da fidelidade ao compromisso da sua fé. Em meio a tantas adversidades, a preocupação maior continuava sempre a mesma: como ser discípulo, discípula de Jesus? Como fazer para anunciar a Boa Nova de Deus que Jesus nos trouxe? Marcos escreveu o seu evangelho para ajudar as comunidades a encontrar uma resposta para os seus problemas e preocupações.

:: MESTERS, C.; OROFINO, F. O evangelho de Marcos: um roteiro de viagem tendo Jesus como guia. São Leopoldo: CEBI, 2012,  56 p. – ISBN 9788577331604.
Por meio deste livro, preparado por Carlos Mesters e Francisco Orofino, as comunidades podem fazer uma leitura orante de Marcos e aprender como discípulos e discípulas de Jesus assumiram a missão como rumo central de sua vida. A primeira parte do livro apresenta uma chave de leitura para os problemas das comunidades, a mensagem central que Marcos quer comunicar, a dinâmica que o Evangelista utiliza para comunicar sua mensagem e um esquema para perceber o rumo do Espírito no Evangelho de Marcos. A segunda parte apresenta sete roteiros de estudo com momentos de acolhida, interpretação de textos, questões para reflexão e sugestões para celebração.

:: MOLONEY, F. J. The Gospel of Mark: A Commentary. Grand Rapids: Baker Academic, 2012, xviii + 398 p. – ISBN 9780801048418.
The Gospel of Mark, addressed to an early Christian community perplexed by failure and suffering, presents Jesus as suffering Messiah and Son of God. Recognizing that failure and suffering continue to perplex Christians today, world-renowned New Testament scholar and theologian Francis Moloney marries the rich contributions of traditional historical scholarship with the contemporary approach to the Gospels as narrative. Now in paperback [Hardcover: 2002 – Reviewed by Heike Omerzu – RBL: 07/01/2006], this commentary combines the highest-level scholarship with pastoral sensitivity. It offers an accessible and thoughtful reading of Mark’s narrative to bring the Gospel’s story to life for contemporary readers. Francis J. Moloney is the author of many books, including Mark: Storyteller, Interpreter, Evangelist. Peabody, Mass.: Hendrickson, 2004,  xiv + 224 p. – ISBN 1565635132 [Reviewed by Heike Omerzu – RBL: 06/17/2006, and by William Sanger Campbell – RBL: 04/01/2006].

:: MYERS, C. O Evangelho de São Marcos. São Paulo: Paulus, 1992, 584 p. – ISBN 8505012925.
O título original deste livro, publicado nos Estados Unidos em 1988, é Binding the Strong Man. A Political Reading of Mark’s Story of Jesus [edição de 2008 aqui] (“Amarrando o homem forte. Uma leitura política da história de Jesus de Marcos”). Insistindo na fidelidade ao texto e ao contexto, Ched Myers lê a narrativa de Marcos sobre a vida de Jesus e a prática messiânica encarando-as primeiro dentro das circunstâncias históricas da Palestina do primeiro século e, depois, dentro do quadro de opressão e violência contemporâneas. Myers argumenta que o Jesus de Marcos apresenta um modelo estimulante de uma prática cristã de resistência não violenta à dominação social, econômica e política. Leia mais aqui.

:: OTTERMANN, M. et al. El Evangelio según Marcos. RIBLA, Quito, n. 64, 2009
El presente número de RIBLA es una de entre muchas otras relecturas contemporáneas de esa primera relectura y memoria incluyente de Jesús de Nazaret, el Mesías que fue matado hace dos mil años porque hizo frente a aquel imperio, a aquella vertiente religiosa cerrada. Este número de RIBLA quiere ayudarnos a hacer frente a los imperios que matan e intentan matar a Jesús, incluso hoy – no sólo a aquel imperio que creció a partir del 313, cuando fue anunciada la Buena Noticia de la “tolerancia” respecto a la religión que nació de la Buena Noticia de Jesús; que se consolidó el 380, cuando dicha tolerancia se volvió a su vez sangrienta, persiguiendo y marginando a otras religiones y opiniones, que masacró, a partir de 1492, a naciones y religiones de nuestro continente, y que está presente hasta hoy en nuestras Iglesias y comunidades.

:: RABUSKE, I. J. Jesus exorcista: estudo exegético e hermenêutico de Mc 3,10-30. São Paulo: Paulinas, 2001, 416 p. – ISBN 9788535607659.
O problema da possessão demoníaca e das práticas exorcistas readquire vigor e atualidade. Prova disso é a expulsão de demônios praticada por grupos e seitas, que se baseiam em uma compreensão fundamentalista do texto bíblico. Assim, o objetivo deste livro é analisar a atividade pública do Jesus histórico que consiste em libertar as pessoas oprimidas por espíritos impuros. Nos evangelhos sinóticos atesta-se que Jesus imprimiu um significado especial em seus exorcismos: eles são o sinal de que o Reino de Deus está se aproximando.

:: SAB Coragem! Levanta-te, Ele te chama! São Paulo: Paulinas, 2012, 64 p.
Este subsídio tem a finalidade de aprofundar o conhecimento de Jesus Cristo através do Evangelho segundo Marcos, que foi escolhido para o estudo do Mês da Bíblia de 2012. O discipulado e o seguimento no Evangelho segundo Marcos são pontos imprescindíveis para se pensar a comunidade e a missão. O discipulado se dá por meio de um processo de identificação com o modo de Jesus viver e agir. É na identificação com suas palavras e gestos que os discípulos fazem a experiência de ser discípulos. Este caminho é percorrido como experiência de associação do Mestre em sua paixão, morte e ressurreição. Ao discípulo será oferecido o desafio de partilhar do mesmo destino de Jesus. Com o conhecimento deste Evangelho, no qual quase toda a narrativa concentra-se na identidade de Jesus, no modo como ele realiza a sua missão e na instrução dos discípulos, como pessoas chamadas a dar continuidade ao anúncio do Reino, damos continuidade à nossa ação evangelizadora em consonância com a Animação Bíblica no Brasil, que tem por objetivo proporcionar a todos os batizados uma experiência mais profunda da fé cristã, possibilitando um encontro pessoal com Jesus Cristo vivo.

:: VV.AA. Evangelho de Marcos: Quem é Jesus? Vida Pastoral, São Paulo, n. 286, setembro-outubro de 2012, 64 p.
Quem é Jesus para a comunidade do evangelho de Marcos e para nós hoje? Aparentemente, uma pergunta com resposta evidente. Mas não é tão óbvio assim. Na comunidade do Evangelho, uns diziam que ele era João Batista, outros, que era Elias, um dos profetas ou o Messias. E dentro da categoria messias cabiam muitas concepções diferentes da proposta de Jesus: poder dominador, glória, triunfalismo, violência. Hoje também, dentro da referência a Jesus e dentro do cristianismo, há muitas concepções diferentes e mesmo díspares: rei triunfante, sacerdote, psicólogo, economista, revolucionário, monge; espiritualidades voltadas apenas para a glória e para o transcendente, sem atenção à realidade social ou vice-versa. O evangelho de Marcos procura esclarecer quem de fato é Jesus para evitar distorções em seu seguimento. No mês da Bíblia deste ano, dedicado ao evangelho de Marcos, temos a oportunidade de dar mais alguns passos no conhecimento e vivência desse Evangelho.

:: YARBRO COLLINS, A. Mark: A Commentary. Minneapolis: Fortress, 2007, xlvi + 894 p. – ISBN 9780800660789.
Professor Adela Yarbro Collins brings to bear on the text of the first Gospel the latest historical-critical perspectives, providing a full treatment of such controversial issues as the relationship of canonical Mark to the “Secret Gospel of Mark” and the text of the Gospel, including its longer endings. She situates the Gospel, with its enigmatic portrait of the misunderstood Messiah, in the context of Jewish and Greco-Roman literature of the first century. Her comments draw on her profound knowledge of apocalyptic literature as well as on the traditions of popular biography in the Greco-Roman world to illuminate the overall literary form of the Gospel. The commentary also introduces an impressive store of data on the language and style of Mark, illustrated from papyrological and epigraphical sources. Collins is in constructive dialogue with the wide range of scholarship on Mark that has been produced in the twentieth century. Her work will be foundational for Markan scholarship in the first half of the twenty-first century. Resenha na RBL por Edwin Broadhead, publicada em  12/07/2008.

Leia Mais:
Mês da Bíblia 2011: Êxodo
Mês da Bíblia 2010: Jonas
Mês da Bíblia 2007: Gênesis
Mês da Bíblia 2006: Eclesiastes

Aula inaugural de 2012 no CEARP

Tivemos na manhã de hoje a aula inaugural de 2012 no CEARP, com a presença do Arcebispo Dom Joviano de Lima Júnior, professores e alunos de Filosofia e Teologia.

Waldecir Gonzaga, da Diocese de Jaboticabal, ex-aluno do CEARP, nos apresentou um panorama de sua tese de Doutorado em Teologia Bíblica, defendida em 2006 junto à Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma. Seu orientador foi o Professor Ugo Vanni.

A tese:

GONZAGA, W. «A Verdade do Evangelho» (Gl 2,5.14) e a autoridade na Igreja. Gl 2,1-21 na exegese do Vaticano II até os nossos dias. História, balanço e novas perspectivas. Roma: Pontificia Università Gregoriana, 2007, 504 p. – ISBN 9788878390850.

Diz a editora da Universidade:

A perícope Gl 2,1-21 tem uma particular unidade literária e assume uma importância fundamental no Corpus Paulinum, como vem ilustrada pela ampla bibliografia que a ela se refere: o tema central «a verdade do Evangelho» (Gl 2,5.14) que Paulo afirma em contraposição com os «falsos irmãos» e com o comportamento de Pedro. Tanto a primeira como a segunda ocorrência dessa expressão – e ambas são as únicas no Corpus Paulinum – foram objeto de discussão. Mas a segunda (Gl 2,14), inserida no contexto do Incidente de Antioquia (Gl 2,11-14), na longa história da interpretação que lhe diz respeito tem recebido, de Lutero ao Vaticano II, uma polarização rígida e contraposta na exegese católica e na protestante. O desenvolvimento em diálogo da exegese católica e da protestante, que ocorreu desde o Vaticano II até os dias de hoje, permite ver uma superação da polarização, com uma ampliação das perspectivas e da interpretação tanto de Gl 2,11-14 como de toda a perícope Gl 2,1-21, que apresenta «a verdade do Evangelho» em relação com «a autoridade da Igreja». A novidade da tese: Uma avaliação – ainda não realizada – do desenvolvimento da discussão do Vaticano II até os dias de hoje sobre esta perícope leva a uma compreensão aprofundada e nova, oferecendo também as bases para um novo exame exegético, com novas implicações teológico-bíblicas e de caráter ecumênico e pastoral.

Waldecir nasceu em 1966, em Viradouro, SP, e foi ordenado sacerdote em 1992 pela Diocese de Jaboticabal, SP.

No Google Books podem ser lidas algumas páginas da tese do Waldecir, incluindo a apresentação, que dá uma ideia mais completa de sua pesquisa.

Desde 1992 Waldecir já trabalhava este tema, ao elaborar, sob minha orientação, a monografia de conclusão da graduação em Teologia. O título: Os Conflitos na Igreja Primitiva entre Judaizantes e Gentios a partir das Cartas de Paulo aos Gálatas e Romanos. E no Mestrado em Teologia Bíblica, na Gregoriana, continuou a trabalhar com Gálatas.

A aula inaugural foi muito interessante.

Descoberto fragmento de Marcos do século I?

Um pequeno fragmento do Evangelho de Marcos, datado do século I, teria sido descoberto, segundo Dan Wallace.

Certo ou errado? Talvez seja preciso aguardar até um ano para sabermos… Tudo é ainda muito vago: que manuscrito? onde foi descoberto? por quem? por que só será revelado em livro em cerca de um ano (ou mais… ou nunca…)?

De qualquer maneira, leia na biblioblogosfera:

:: Has Mark’s (near) Original Autograph been found? – Joel Watts: 05/02/2012

:: A first-century copy of the Gospel of Mark? – Jim Davila: 06/02/2012

:: An Early Copy of Mark’s Gospel? Color Me Skeptical – Jim West: 06/02/2012

:: Is the original New Testament lost? – Peter M. Head: 06/02/2012

:: Earliest manuscript fragment of Mark rumour – Mark Goodacre: 06/02/2012

:: On the Rumors of a First-Century Fragment of Mark – Stephen C. Carlson: 07/02/2012

:: Newly-Identified Early New Testament Fragments? – Larry Hurtado: 07/02/2012

:: Um manuscrito do Evangelho de Marcos do século I ?!!! É, pode ser, mas… – Nehemias: 07/02/2012

:: Fragmento de Marcos foi escrito entre 150 e 250 d.C.

Por que o Natal é celebrado em 25 de dezembro?

Há controvérsias. Alguns dados são conhecidos, outros nem tanto.

A leitura de alguns textos pode ajudar. Aqui transcrevo alguns trechos, mas recomendo uma leitura completa dos textos.

 

:: Natal: por que 25 de dezembro? – Guilherme Lieven – IECLB
Nos relatos bíblicos não encontramos nenhuma referência sobre a data do nascimento de Jesus. Naquela época os calendários eram muito confusos. Os antigos calendários romanos tinham, às vezes, semanas de quinze dias e meses de dez dias, de acordo com a vontade do Imperador reinante. O povo em geral não conhecia as datas de nascimento, casamento ou falecimento. Não existem registros históricos a respeito de “Festas de Aniversário” na Antigüidade.

Sobre o nascimento de Jesus sabemos muito pouco. Ele nasceu antes da morte de Herodes Magno (Mt 2.1; Lc 1.5), que faleceu na primavera de 750 da era romana, quer dizer: no ano 4 antes de Cristo. Conforme estudos o ano mais provável do nascimento de Jesus é 7 ou 6 antes da era cristã.

As primeiras comunidades cristãs não comemoravam o nascimento de Jesus. Somente a partir do ano 350 o Natal começou a ser comemorado no dia 25 de dezembro. Em torno da escolha desta data há uma longa história.

Os Celtas, por exemplo, tratavam o Solstício do Inverno, em 25 de dezembro, como um momento extremamente importante em suas vidas. O inverno ia chegar, longas noites de frio, por vezes com poucos gêneros alimentícios e rações para si e para os animais, e não sabiam se ficariam vivos até a próxima estação. Faziam, então, um grande banquete de despedida no dia 25 de dezembro. Seguiam-se 12 dias de festas, terminando no dia 6 de Janeiro.

Em Roma, o Solstício do Inverno também era celebrado muitos séculos antes do nascimento de Jesus. Os Romanos o chamavam de Saturnálias (Férias de Inverno), em homenagem a Saturno, o Deus da Agricultura, que permitia o descanso da terra durante o inverno.

Em 274 o Imperador Aureliano proclamou o dia 25 de dezembro, como “Dies Natalis Invicti Solis” (O Dia do Nascimento do Sol Inconquistável). O Sol passou a ser venerado. Buscava-se o seu calor que ficava no espaço muito acima do frio do inverno na Terra. O início do inverno passou a ser festejado como o dia do Deus Sol.

A comemoração do Natal de Jesus surgiu de um decreto. O Papa Júlio I decretou em 350 que o nascimento de Cristo deveria ser comemorado no dia 25 de Dezembro, substituindo a veneração ao Deus Sol pela adoração ao Salvador Jesus Cristo. O nascimento de Cristo passou a ser comemorado no Solstício do Inverno em substituição às festividades do Dia do Nascimento do Sol Inconquistável.

Outras curiosidades estão relacionadas com este dia 25 de dezembro. O calendário que adotamos hoje é uma forma recente de contar o tempo. Foi o Papa Gregório XIII que decretou o seu uso através da Bula Papal “Inter Gravissimus” assinada em 24 de fevereiro de 1582. A proposta foi formulada por Aloysius Lilius, um físico napolitano, e aprovada no Concílio de Trento (1545/1563). Nesta ocasião foi corrigido um erro na contagem do tempo, desaparecendo 11 dias do calendário. A decisão fez com que ao dia 4 de outubro de 1582 sucedesse imediatamente o dia 15 de outubro do mesmo ano. Os últimos a adotarem este calendário que usamos foram os russos em 1918.

O fato interessante desta correção é que o Solstício do Inverno foi deslocado para outra data. Dependendo do ano o início do inverno se dá entre o dia 21 e o dia 23 de dezembro. A razão fundamental para a comemoração do Nascimento de Jesus no dia 25 de Dezembro se perdeu com essa mudança no calendário. Mesmo assim o Natal continuou a ser comemorado no dia 25 de dezembro.

:: Natal – Wikipédia
Os primeiros indícios da comemoração de uma festa cristã litúrgica do nascimento de Jesus em 25 de dezembro é a partir do Cronógrafo de 354. Essa comemoração começou em Roma, enquanto no cristianismo oriental o nascimento de Jesus já era celebrado em conexão com a Epifania, em 6 de janeiro. A comemoração em 25 de dezembro foi importada para o oriente mais tarde: em Antioquia por João Crisóstomo, no final do século IV, provavelmente, em 388, e em Alexandria somente no século seguinte. Mesmo no ocidente, a celebração da natividade de Jesus em 6 de janeiro parece ter continuado até depois de 380.

Muitos costumes populares associados ao Natal desenvolveram-se de forma independente da comemoração do nascimento de Jesus, com certos elementos de origens em festivais pré-cristãos que eram celebradas em torno do solstício de inverno pelas populações pagãs que foram mais tarde convertidas ao cristianismo.

:: How December 25 Became Christmas – Andrew McGowan – BAR Magazine
How did the Christmas festival originate? How did December 25 come to be associated with Jesus’ birthday?

(…) Celebrations of Jesus’ Nativity are not mentioned in the Gospels or Acts; the date is not given, not even the time of year. The biblical reference to shepherds tending their flocks at night when they hear the news of Jesus’ birth (Luke 2:8) might suggest the spring lambing season; in the cold month of December, on the other hand, sheep might well have been corralled. Yet most scholars would urge caution about extracting such a precise but incidental detail from a narrative whose focus is theological rather than calendrical. The extrabiblical evidence from the first and second century is equally spare: There is no mention of birth celebrations in the writings of early Christian writers such as Irenaeus (c. 130–200) or Tertullian (c. 160–225). Origen of Alexandria (c. 165–264) goes so far as to mock Roman celebrations of birth anniversaries, dismissing them as “pagan” practices—a strong indication that Jesus’ birth was not marked with similar festivities at that place and time. As far as we can tell, Christmas was not celebrated at all at this point.

(…) Finally, in about 200 C.E., a Christian teacher in Egypt makes reference to the date Jesus was born. According to Clement of Alexandria, several different days had been proposed by various Christian groups. Surprising as it may seem, Clement doesn’t mention December 25 at all. Clement writes: “There are those who have determined not only the year of our Lord’s birth, but also the day; and they say that it took place in the 28th year of Augustus, and in the 25th day of [the Egyptian month] Pachon [May 20 in our calendar]…And treating of His Passion, with very great accuracy, some say that it took place in the 16th year of Tiberius, on the 25th of Phamenoth [March 21]; and others on the 25th of Pharmuthi [April 21] and others say that on the 19th of Pharmuthi [April 15] the Savior suffered. Further, others say that He was born on the 24th or 25th of Pharmuthi [April 20 or 21].” Clearly there was great uncertainty, but also a considerable amount of interest, in dating Jesus’ birth in the late second century. By the fourth century, however, we find references to two dates that were widely recognized—and now also celebrated—as Jesus’ birthday: December 25 in the western Roman Empire and January 6 in the East (especially in Egypt and Asia Minor). The modern Armenian church continues to celebrate Christmas on January 6; for most Christians, however, December 25 would prevail, while January 6 eventually came to be known as the Feast of the Epiphany, commemorating the arrival of the magi in Bethlehem. The period between became the holiday season later known as the 12 days of Christmas.

The earliest mention of December 25 as Jesus’ birthday comes from a mid-fourth-century Roman almanac that lists the death dates of various Christian bishops and martyrs. The first date listed, December 25, is marked: natus Christus in Betleem Judeae: “Christ was born in Bethlehem of Judea.” In about 400 C.E., Augustine of Hippo mentions a local dissident Christian group, the Donatists, who apparently kept Christmas festivals on December 25, but refused to celebrate the Epiphany on January 6, regarding it as an innovation. Since the Donatist group only emerged during the persecution under Diocletian in 312 C.E. and then remained stubbornly attached to the practices of that moment in time, they seem to represent an older North African Christian tradition.

In the East, January 6 was at first not associated with the magi alone, but with the Christmas story as a whole.

So, almost 300 years after Jesus was born, we finally find people observing his birth in midwinter. But how had they settled on the dates December 25 and January 6?

There are two theories today: one extremely popular, the other less often heard outside scholarly circles (though far more ancient)…

:: Natal – Observatório Bíblico: 22/12/2010
Dois antropólogos italianos falam sobre nossas festas de dezembro. Marino Niola, da Università degli Studi Suor Orsola Benincasa, Napoli, em artigo publicado no jornal La Repubblica em 20/12/2010. E Augusto S. Cacopardo, da Università di Firenze, que publicou recentemente um livro sobre as festas de inverno no Hindu Kush, entre o Afeganistão e a Caxemira. Para reencontrar as origens do Natal, é preciso ir aos altiplanos do Hindu Kush, entre o Afeganistão e a Caxemira, onde vivem os últimos pagãos. São os orgulhosos Kalasha (foto), ciumentos protetores das suas remotíssimas tradições indo-europeias. Esses homens que sabiam de antiguidade ainda em 330 antes de Cristo, quando Alexandre Magno os encontrou durante a sua marcha para Jalalabad, nos revelam as raízes da nossa história e da nossa religião. O seu grandioso rito solsticial de inverno, 12 dias que iniciam com a descida do deus entre os homens e se concluem com o início do novo ano, é, de fato, a arqueologia viva da natividade. A afirmação é do antropólogo Augusto Cacopardo, em um livro recém publicado pela editora Sellerio. O título, mais do que eloquente, é Natale pagano (Ed. Sellerio, 476 páginas). O tema é a milenar gestação de uma festa que não teria sido inventada pelo cristianismo, mas que começou muito antes.

:: Natal: uma mitologia? – Notícias: IHU On-Line – 23/12/2008
A revista Riforma, n° 49, 19-12-2008, publicação semanal dos evangélicos batistas, metodistas e valdenses italianos, publicou em sua última edição uma carta de um de seus leitores questionando a credibilidade do Natal, que mais parece, segundo sua opinião, uma lenda, um “mito de fundação”. Questionado pelo leitor, Paolo Ricca, colaborador da revista, mais adiante, responde à carta. (…) Como nasceu (tardiamente) o Natal? E por que foi fixado no dia 25 de dezembro? A essas perguntas, responde um livrinho do professor Oscar Cullmann, que apareceu no longínquo 1947, intitulado “Il Natale nella chiesa antica” [O Natal na igreja antiga] e publicado em versão italiana editada pelo pastor Franco Sommani já em 1948. Eis aqui os dados essenciais…

:: Natal: mito de fundação ou manifesto político? – Observatório Bíblico: 23/12/2008
Acaba de sair em português o livro de BORG, M. J.; CROSSAN, J. D. O primeiro Natal: O que podemos aprender com o nascimento de Jesus. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008, 304 p. – ISBN 9788520921470. Para os autores, “o tema comum por trás das narrativas [do nascimento e infância de Jesus] é a rejeição do projeto imperial de Roma, que dominava um quarto da população do planeta na época, em favor de um projeto alternativo para a humanidade, representado por Jesus e seu evangelho. ‘As histórias do primeiro Natal são, em geral, anti-imperiais. Em nosso contexto, isso significa afirmar, seguindo as histórias da natividade, que Jesus é o Filho de Deus (e o imperador não é), que Jesus é o Salvador do mundo (e o imperador não é), que Jesus é o Senhor (e o imperador não é), que Jesus é o caminho para a paz (e o imperador não é)’, escrevem os autores”, explica Reinaldo José Lopes na reportagem Histórias bíblicas de Natal têm viés político, diz pesquisa, publicada no G1 em 22/12/2008 – 09h32.

:: Nascimento de Jesus e visita dos Magos – Observatório Bíblico: 24/12/2006
Está na hora de se ler A Visita dos Magos: Mt 2,1-12, texto que escrevi na Ayrton’s Biblical Page. Entre os temas tratados, com indicação de ampla bibliografia, estão:
. O método de leitura a ser usado
. O sentido de Mt 1-2
. Herodes Magno
. A data do nascimento de Jesus
. Jesus nasceu em Belém ou em Nazaré?
. Quem são os Magos e que papel exercem em Mateus?
. As várias hipóteses sobre a estrela de Belém

:: As Viagens dos Reis Magos – Observatório Bíblico: 02/01/2008
Jadir de Morais PESSOA e Madeleine FÉLIX, As Viagens dos Reis Magos. Goiânia: Ed. da UCG, 2007, 256 p. ISBN: 8571033706. “É bonito e emocionante, sim, ver a diversificação das formas e vozes das folias num grande encontro de companhias, em uma praça ou em um ginásio de esportes. Mas a folia é, na sua essência, o giro, a viagem para Belém, em cada casa por onde ela passa (…) Nasceu daí a vontade de escrever sobre os Reis Magos, tomando-os como viajantes”, escreve Jadir.

:: A Historian’s Take on a Different Kind of “Silent Night”  – James Tabor – Tabor Blog

December 25th as the date of the birth of Jesus can be traced back to the early 3rd century CE although it did not achieve more universal recognition until the late 4th century. It is common to hear the charge that “Christmas is pagan,” based on the popularity of the Roman winter festivals of Saturnalia (Dec 16-24), and Sol Invictus, that marked the Winter Solstice (Dec 21st), or “birth of the sun.” Certainly the celebration of such winter festivals in various cultures where Christianity spread, perpetuated in our day at office parties and social gatherings, have contributed to the seasonal popularity of December 25th, with or without much focus on the birth of Jesus.

However, as far as we can tell the designation of December 25th as the date of the birth of Jesus had nothing to do with pagan customs and practices. Rather it was based upon the detailed chronological calculations of early Christians such as Julius Africanus (c. 200 CE). Africanus who put the conception of Jesus around the Vernal Equinox (March 20th), which gave him his date of December 25th, nine months later, for Jesus’ birth. It is possible that the view common in some Jewish circles that Adam was created in the Spring, at the time of the Equinox, contributed to the idea that Jesus, as a “second Adam,” was incarnated on this day as well.

The New Testament gives us precious little about the chronology of the birth of Jesus. No month or season is explicitly mentioned in either Matthew’s or Luke’s birth stories. Luke does mention three things that chronologists, both ancient and modern, have used to attempt to get a more precise date. He puts the conception of John the Baptist shortly after Zechariah, his father, carried out his priestly duty in Jerusalem as part of a cycle of priests known as the “Abijah” group (Luke 1:5, 8; see 1 Chronicles 24 where these “courses” of priests are listed). He then tells us that Jesus and John are about six months apart in age (Luke 1:26), and he notes that when Jesus is baptized he is “about 30 years old” (Luke 3:23). It is upon this tiny thread of Luke, which most historians would place wholly in the realm of the theological, that any attempts to place the time of the birth of Jesus have hung (see the extensive discussion of Raymond Brown, The Birth of the Messiah, Yale University Press, updated 1999).

According to Josephus each priestly section served for periods of eight days, from noon on one Sabbath to noon on the following Sabbath, twice a year, with everyone serving during the three festivals, Passover, Pentecost, and Tabernacles. The cycle began on Nisan 1st, which was in the Spring, just before Passover, and the “Abijah” group was eighth in line. Scholars have worked this out in various ways and the major proposals are surveyed in Jack Finegan’s A Handbook of Biblical Chronology (Hendrickson, 1998).

Reconstructing the chronology of Luke’s  “thirty-something” Jesus who dies in April, 30 CE, puts the baptism of Jesus by John in the Fall of 26 AD, around the time he turned 30, which would also place his birth date in the Fall (September), rather than the Winter (December). This assumes that the time of the birth of John the Baptist, six months earlier (March), is related to Zechariah’s service in the Temple as part of the Abijah section that finished its duty in June of the previous year. Thus one gets:

Conception of John the Baptist: late June, 6 BC

Conception of Jesus: late December, 6 BC

Birth of John the Baptist: late March, 5 BC

Birth of Jesus: late September, 5 BC

Given such a construction, ironically, Christmas would turns out to be the time of the young teenaged Mary becoming pregnant, with Jesus’ birth in late September, nine months later. The source of that pregnancy is a matter of debate among believers in a literal “virgin birth,” (Jesus had no human father), most academic scholars of early Christianity (his father was Joseph and the virgin birth story theological myth), and a minority view that Miriam became pregnant from an unnamed father in circumstances unknown to us. (see Jane Schaberg, The Illegitimacy of Jesus, Sheffield, 2006).  Subsequently, Joseph took her as his wife, but was not the father of the unborn child.  Part of the profile of Jesus then was that he and his mother faced the scandal and gossip throughout their lives associated with the charge that he was a mamzer–that is illegitimate (John 8:41).

So, if one is imagining this season, and imagining is all we have can do given our scanty sources, one might honor Miriam, the Jewish mother of Jesus, in whose heart were kept secrets to be judged only by her and by God. This would include hard times she must have endured during the ensuing months of her pregnancy through the winter of 6-5 BC when she fled her home-town area of Sepphoris to hide out in the hill country of Judea with her relative Elizabeth (all according to Luke again!) I am thinking here of a different kind of “Silent Night,” but with thoughts and emotions every bit as touching as those of a manger scene.

Última Ceia na quarta e não na quinta-feira?

A Última Ceia teria acontecido na quarta, e não na quinta-feiraFrance Presse: 18/04/2011

A Última Ceia que Jesus Cristo compartilhou com seus 12 apóstolos na noite da Quinta-feira Santa aconteceu, na realidade, numa quarta-feira, afirma um especialista britânico em livro publicado pela Universidade de Cambridge.

“Descobri que ‘A Última Ceia’ aconteceu numa quarta-feira, em 1º de abril do ano 33”, declarou ao jornal “The Times” o professor Colin Humphreys, da Universidade de Cambridge.

No livro, intitulado “The Mystery of the Last Supper” (“O Mistério da Última Ceia”), o catedrático acrescenta mais uma tese a um tema que divide teólogos e historiadores.

“Esse é o problema: os especialistas em Bíblia e os cristãos acreditam que a última ceia começou depois do pôr do sol de quinta-feira, e a crucificação foi realizada no dia seguinte, às 9h. O processo de julgamento de Jesus aconteceu em várias áreas de Jerusalém. Os especialistas percorreram a cidade com um cronômetro para ver como podiam ocorrer todos os acontecimentos entre a noite de quinta-feira e a manhã de sexta-feira: a maioria concluiu que era impossível”, enfatizou o professor, segundo trechos do livro.

Os discípulos Mateus, Marcos e Lucas dizem que a última ceia foi uma refeição pascoal, enquanto João afirma que aconteceu antes da Páscoa judaica.

“A solução que encontrei é que todos têm razão, mas que se referem a dois calendários diferentes”, explica o pesquisador.

Reconciliando os dois calendários, o professor concluiu que a última ceia aconteceu, na verdade, na véspera da Quinta-feira Santa.


Pesquisador afirma que Última Ceia ocorreu em uma quarta-feiraBBC Brasil: 18 de abril, 2011

Um professor da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, afirma em um livro que a Última Ceia, a última refeição realizada por Jesus Cristo com seus doze apóstolos, ocorreu na quarta-feira anterior à sua Crucificação e não na quinta-feira, como vinha se acreditando até agora.

O professor Colin Humphreys afirma que os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas usaram um calendário mais antigo do que o de João, causando discrepâncias sobre a data da refeição.

Ainda segundo o acadêmico, Jesus não poderia ter sido preso, interrogado e julgado em apenas uma noite.

Enquanto Mateus, Marcos e Lucas afirmam que a Última Ceia coincidiu com o início do Pessach (Páscoa Judaica), João escreveu que ela ocorreu antes desta data.

“Isto tem confundido estudiosos da Bíblia por séculos. Na verdade, alguém disse que este era ‘o assunto mais espinhoso’ no Novo Testamento”, disse o professor à BBC.

‘Inconsistências’

Humphreys publicou o livro The Mystery Of The Last Supper (em tradução livre, “O Mistério da Última Ceia”), no qual utiliza pesquisas bíblicas, históricas e até astronômicas para apresentar o que considera “inconsistências fundamentais” sobre o evento.

“Se você olhar para todos os eventos registrados no Evangelho – entre a Última Ceia e a Crucificação – existe um grande número deles. É impossível encaixá-los todos entre a noite de quinta-feira e a manhã de sexta-feira”, afirmou.

“Mas eu descobri que dois calendários diferentes foram usados. Na verdade, os quatro Evangelhos concordam perfeitamente”.

Ele sugere que Mateus, Marcos e Lucas usaram um calendário antiquado – adaptado do que era utilizado no Egito nos tempos de Moisés – em vez do calendário lunar que era largamente adotado pelos judeus em sua época.

“No Evangelho de João, ele está correto ao dizer que a Última Ceia ocorreu antes da refeição do Pessach, mas Jesus optou por fazer a sua Última Ceia como uma refeição de Pessach de acordo com um calendário judeu mais antigo”, afirma o professor.

Com isto, Humphreys sustenta que a Ceia teria ocorrido em 1º de abril de 33, de acordo com o Calendário Juliano utilizado pelos historiadores.

O professor, que é especializado em metalurgia e materiais, acredita que a sua hipótese pode servir como argumento para fixar a Páscoa no primeiro domingo de abril.


O artigo de Colin J. Humphreys, o autor da proposta, foi publicado na revista The Bible and Interpretation em abril de 2011 [onde há também um link para o livro]:

The Mystery of the Last Supper: Reconstructing the Final Days of Jesus

Bible scholars have puzzled for centuries over apparent discrepancies in the Gospel accounts of the last week of Jesus, and this often leads people to question the Bible’s veracity entirely. For example, Matthew, Mark and Luke all state the Last Supper was a Passover meal. John, by contrast, says that it took place before the Passover began. Whatever you think about the Bible, the fact is that Jewish people would never mistake the Passover meal for another meal, so for the Gospels to contradict themselves about this is really hard to understand. The eminent biblical scholar, F. F. Bruce, once described this problem as “the thorniest problem in the New Testament.”

The Gospels also do not seem to allow enough time for all the events they record between the Last Supper and the Crucifixion, whilst indicating that Wednesday was a “missing day” on which Jesus did nothing. Scholars have literally rushed around Jerusalem with a stop-watch to see how the large number of events recorded in the Gospels could have occurred between the Last Supper on Thursday night and the Crucifixion on Friday morning. Most conclude that it is impossible. In addition, the Mishnah (a compendium of regulations attributed to about 150 rabbis who lived from about 50 BC to about AD 200) states that the Jewish Court called the Sanhedrin, which tried Jesus, must not meet at night, on a feast day or on the eve of a feast day, and in capital cases a verdict of conviction must be reached the day after the main trial. If these rules applied at the time of Jesus then the trials reported in the Gospels blatantly flout Jewish legal proceedings, yet although the gospels claim there were many false witnesses they implicitly accept the legality of the trials. However, it turns out that there is a very simple solution to these problems: if you move the Last Supper to Wednesday, instead of Thursday, the Gospels are actually in remarkable agreement. In addition, the Bible nowhere states that the Last Supper was on the evening before the Crucifixion, contrary to the claims in many biblical commentaries that it does!

What Really Happened in Jesus’ Last Week?

In my new book, The Mystery of the Last Supper (Cambridge University Press, 2011), I use science and historical reconstruction to take a closer look at the apparent inconsistencies in the Gospel accounts of the final days of Jesus. Essential to this task was the use of different calendars. The Dead Sea Scrolls reveal that there were a number of different Jewish calendars in use in Israel in the first century AD, and so different Jewish groups celebrated Passover on different days. We have a similar situation today with the date of Easter: Catholics and Protestants celebrate Easter on a different date from Greek and Russian Orthodox Christians, because they calculate the date of Easter using different calendars (Gregorian and Julian, respectively). In his description of the Last Supper, John uses the official Jewish calendar, in which the Last Supper was before the date of the official Passover. However, I suggest that Jesus chose to hold his Last Supper on the date of Passover in a different Jewish calendar, which is what Matthew, Mark and Luke report. So all four Gospels in fact agree!

I am not the first person to suggest that Jesus might have been using a different calendar. Most recently, the Pope proposed in 2007 that Jesus might have used the solar calendar of the Qumran community, who were probably a Jewish sect called the Essenes. However, I have shown that when the date of Passover is calculated using this calendar, it would have fallen a week later, after both Jesus’death and resurrection.

I have worked with an expert astronomer to investigate, for the first time, the possibility that a third Jewish calendar was in use in the first century AD. The official Jewish calendar at the time of Jesus’death was that still used by Jews today; a lunar system in which days run from sunset to sunset. This was developed during the Jewish exile in Babylon in the sixth century BC. Before that, however, the Jews had a different system. This is referred to in the Book of Exodus, which describes God instructing Moses and Aaron to start their year at the time of the Exodus from Egypt. In my book I argue that this pre-exilic Jewish calendar was based on the Egyptian lunar calendar (their calendar used for religious feasts and festivals, as distinct from the Egyptian solar calendar used for civil purposes).

There is extensive evidence that this original Jewish calendar survived to Jesus’ time. Not all Jews were exiled to Babylon. Those who remained retained the pre-exilic calendar and by the first century AD groups such as the Samaritans, Zealots, some Galileans and some Essenes were still using the original Jewish calendar. Under this pre-exilic calendar, Passover always fell a few days earlier than in the official Jewish calendar, and the days were marked from sunrise to sunrise, not sunset to sunset.

According to our reconstruction of the pre-exilic calendar, in AD 33, the year of the Crucifixion, the Passover meal in this calendar was on the Wednesday of Holy Week. From the clues they give, it’s clear that Matthew, Mark and Luke all used the pre-exilic calendar in their description of the Last Supper as a Passover meal, whereas John uses the official calendar in which the Last Supper was before the Passover.

What does this mean for our celebration of Easter?

Holy Thursday (sometimes called Maundy Thursday) is the well-known day on which Christians annually commemorate the Last Supper of Jesus. But my research shows that we should really be celebrating this on the Wednesday of Holy Week. This resolves the apparent contradictions in the Gospels on the date and nature of the Last Supper, it also gives just the right amount of time to fit in all the events the Gospels record between the Last Supper and the Crucifixion and it means that the trials of Jesus were in accordance with Jewish law.

Today, about half of the churches in the world use unleavened bread in their weekly or monthly celebration of the Last Supper, because they believe it was a Passover meal, and half use leavened bread, because they believe it was before the Passover meal. I have shown that everyone is right! The Last Supper was before the Passover meal in the official Jewish calendar (used by John), but it was the Passover meal in the earlier original Jewish calendar that Jesus chose to use for his Last Supper (described by Matthew, Mark and Luke).

We celebrate Christmas on a fixed date each year: December 25. However, Easter is a moveable feast: the date of Easter Sunday changes every year, according to a complicated formula, and can range from March 23 to April 25. Many people would prefer to have a more fixed date for Easter. I have shown that the Crucifixion was on Friday, April 3, AD 33, with the Resurrection on Sunday, April 5, AD 33. For those who would like a more fixed date for Easter, my research suggests the date: Easter Sunday should be the first Sunday in April.

Finally, why did Jesus choose to hold his Last Supper at Passover time according to the pre-exilic calendar? I suggest it was because this original Jewish calendar was the one the Old Testament says was used by Moses to celebrate the very first Passover in Egypt. The Gospels are full of examples of Jesus presenting himself as the new Moses. Jesus was therefore holding his Last Supper on the exact anniversary of the first Passover of Moses, as described in the book of Exodus, thus proclaiming that he was the new Moses, instituting a new covenant (a direct reference to the original covenant made between God and the Jewish people through Moses, according to Exodus) and leading his people out of slavery into a new life. Jesus then died just as the Passover lambs were being slain, according to the official Jewish calendar. These are deep, powerful symbolisms, which are based on objective, historical evidence. Far from being incompatible, as many scholars make them out to be, here science and the Bible work hand-in-hand to show that all four Gospels are in remarkable agreement about Jesus’ final days.


Transcrevo, por último, as considerações sobre o assunto de um especialista em Novo Testamento, Mark Goodacre, publicadas em seu NT Blog – Friday, April 22, 2011:

Dating the Last Supper a Day Early?

BBC News reported earlier this week on an interesting seasonal story about the date of the Last Supper:

Jesus Christ’s Last Supper ‘was on a Wednesday’

The gist of the story is that Colin Humphreys, a metallurgist and materials scientist at the University of Cambridge, claims that Jesus and the Synoptics were working with one (older) calendar, according to which Passover fell that year on the Wednesday, while John was working with the standard calendar, according to which Passover fell that year on the Friday evening / Sabbath.

The story made it into the L.A. Times (link courtesy of Jim Davila, who also reports an email comment from Geza Vermes) and there are fuller versions at Cambridge University’s research pages, The Penultimate Supper? and in an article written by Humphreys himself in Bible and Interpretation, The Mystery of the Last Supper: Reconstructing the Last Days of Jesus. These articles are all advertising Humphreys’s new book, The Mystery of the Last Supper, now out from Cambridge University Press.

This is an ingenious proposal that attempts to squeeze every element in the Gospel Passion chronology into a harmonized whole. If I have understand the case properly, and I have not yet had a chance to read the book, the effective timetable, on Humphreys’s scheme, looks like this:

Wednesday evening: Last Supper (Old Passover: Synoptics; before the Official Passover: John)
Thursday: Trial before the Sanhedrin
Friday: Trial before Pilate and Crucifixion
Sabbath: “Official” Passover (John)

This scheme of contrasting Passovers attempts to resolve the conflict over the date of the crucifixion. It attempts to harmonize all the varying statements in the Gospels. When the Synoptics talk about Jesus eating the Passover, they are talking about Passover on an old calendar. When John talks about events before Passover , he is talking about Passover on the “official” calendar. So both types of statements, eating the meal before the Passover and during the Passover, can be harmonized.

It is a neat solution and I’ll have to read the book to get the detail but on the basis of the sketch, let me outline my problems with the proposal:

(1) One of Humphreys’s primary concerns is to avoid the idea that the Gospels “contradict themselves”. The concern is one that characterizes apologetic works and it is not a concern that I share. Nevertheless, if it is to be a concern, then it needs to be reiterated that as they stand, the Gospels do “contradict themselves” and this proposal does not succeed in avoiding the contradiction. What the Synoptics are calling “the Passover” is set on a different day from what John is calling “the Passover”. The Synoptics do not distinguish the Passover that Jesus is celebrating from the Passover that everyone else was celebrating (e.g. Mark 14.1-2) and John shows no awareness of an alternative Passover date. What Humphreys’s proposal does is to try to explain the contradiction in the light of a proposed underlying history; it does not remove the contradiction.

(2) It is not just Jesus and his disciples in the Synoptics who think that it is Passover. It is Pilate and the crowds too (Mark 15.6,8).

(3) Proposals that attempts to harmonize discrepant accounts usually end up placing strain on the narrative(s) at other points. This proposal is no exception. The pay-off, for Humphreys, in the Wednesday evening Last Supper is that this allows more time for the trials to take place. But according to Mark, the trial before the High Priest and the Sanhedrin took place on the same night as the Last Supper and not the next day. It receives a marked emphasis:

Mark 14.30: καὶ λέγει αὐτῷ ὁ Ἰησοῦς· Ἀμὴν λέγω σοι ὅτι σὺ σήμερον αύτῃ τῇ νυκτὶ πρὶν ἢ δὶς ἀλέκτορα φωνῆσαι τρίς με ἀπαρνήσῃ

Mark 14.30: Amen I say to you: Today, this very night, before the cock crows twice, you will deny me three times.

Peter’s denial in Mark is famously intertwined with the trial before the High Priest — it is taking place at night, that night, before the cock crows (Mark 14.53-72).

(4) The clear indication is that the events of Mark 15 follow straight on from the end of Mark 14, beginning “Early” (πρωΐ,15.1) without an additional unmentioned day intervening.

(5) Humphreys is concerned that a night trial before the Sanhedrin would be illegal. It is true that this concern is often repeated in the literature, but the basis for it is weak. The authoritative work on Mishnah Tractate Sanhedrin by Jacob Neusner concludes that that tractate is not a useful guide to what obtained in Jerusalem in the pre-70 period. It is an idealized re-imagination of what went on before 70.

(6) Humphreys is also concerned about the rushed timetable that is implied. I don’t share this concern for two reasons, historical and liturgical. The historical concern: we should be wary of importing our own ideas of what a “trial” ought to include. In the ancient world, these “trials” were often summary, ad hoc, ruthless affairs. The liturgical issue: If early Christians were remembering the Passion as they celebrated Passover, it is easy to imagine how the retelling compressed the narrative. The apparently tight timetable is more about liturgical remembering than historical memory.

Now it may be that some of my concerns are dealt with in the book, which I hope to read in due course. But on the basis of the press releases and summary articles, I think the proposal is flawed for these reasons.


Observo que:

. Quando se tenta explicar cientificamente um acontecimento narrado em um texto bíblico – seja ele o Êxodo do Egito ou a Última Ceia de Jesus – partindo do próprio texto e não de conclusões resultantes de múltiplas análises exegéticas do texto, os resultados costumam ser frágeis ou mesmo desastrosos. Mesmo fecundado com recursos da mais avançada ciência, o texto dá à luz não a uma explicação científica, mas a uma apologia [que, em grego, significa ‘defesa’, ‘justificação’]

. Não se pode saltar diretamente da leitura de um texto bíblico para o acontecimento narrado por ele: texto bíblico não é reportagem

. Além do que, é péssimo hábito ler mal o texto, vendo o que está em nossa cabeça – pressupostos não discutidos – e não o que o texto diz…

. Para se entender um texto bíblico deve-se levar em conta, pelo menos, quatro elementos na sua leitura: o texto e seu contexto, de um lado; nós e o nosso contexto, de outro lado. É estabelecida assim a seguinte correlação: o texto está para o seu contexto, assim como nós estamos para o nosso contexto. Deste modo, a identidade do sentido não é procurada no contexto ou na mensagem, mas na relação entre contexto e mensagem

. Como explico aqui e aqui.

Sobre o Natal

Dois antropólogos italianos falam sobre nossas festas de dezembro.

Marino Niola, da Università degli Studi Suor Orsola Benincasa, Napoli, em artigo publicado no jornal La Repubblica em 20/12/2010.

E Augusto S. Cacopardo, da Università di Firenze, que publicou recentemente um livro sobre as festas de inverno no Hindu Kush, entre o Afeganistão e a Caxemira.

Natale nel Kashmir: ecco le origini pagane di Gesù Bambino

Per ritrovare l´origine del Natale bisogna andare sugli altipiani dell´Hindu Kush, tra Afghanistan e Kashmir. Dove vivono gli ultimi pagani. Sono i fieri Kalasha, gelosi custodi delle loro remotissime tradizioni indoeuropee. Questi uomini che sapevano d´antico già nel 330 avanti Cristo, quando Alessandro Magno li incontrò durante la sua marcia verso Jelalabad, ci rivelano le radici della nostra storia e della nostra religione. Il loro grandioso rito solstiziale d´inverno, dodici giorni che iniziano con la discesa del dio tra gli uomini e si concludono con l´inizio del nuovo anno, è infatti l´archeologia vivente della natività. A dirlo è l´antropologo Augusto Cacopardo in un libro appena uscito per l´editore Sellerio. Il titolo, più che eloquente, è Natale pagano (Sellerio, pp. 476, euro 20). Argomento è la millenaria gestazione di una festa che non sarebbe stata inventata dal cristianesimo ma comincia molto prima. In realtà sono stati in molti a sostenere che la madre di tutte le festività dell´Occidente nasce da antichi riti agrari e astronomici precristiani. Come quelli dell´Atene di Pericle, culla della democrazia occidentale, dove nell´ultima decade di dicembre si addobbava un albero sempreverde con coppe e otri in onore di Dioniso, il dio del vino che offre in pasto il suo corpo e il suo sangue. Mentre a Roma, sempre in dicembre, durante i Saturnali si ornavano le case con abeti e altri alberi perenni, simboli della vita che continua. Il tutto culminava nella festa di Mitra, il dio solare nato in una grotta e rappresentato come un bambino risplendente di luce. La sua nascita coincideva con il solstizio d´inverno, quando le giornate cominciano ad allungarsi e il sole ha il sopravvento sulle tenebre. Stessa cosa facevano i Celti dell´Europa del Nord che nello stesso periodo offrivano alle divinità della luce composizioni di vischio e rami di abete. Il libro di Cacopardo aggiunge a queste ipotesi storiche una prova vivente. I Kalasha, che hanno resistito a ogni tentativo di cristianizzazione e di islamizzazione, continuano infatti a professare una religione sorprendentemente simile a quella dell´antichità. Questi montanari variopinti che Fosco Maraini trovava più antichi che esotici, appaiono come l´eco presente di un tempo lontanissimo, il riverbero di un passato remoto miracolosamente conservato in una bolla della storia. Sospesa a duemila metri sulle alture rarefatte di Birir, a due passi dai teatri di guerra dell´Afghanistan. Questi portatori sani di un´origine altrove scomparsa ci fanno toccare con mano lo spirito della religione prima dell´arrivo dei monoteismi. E soprattutto ritrovare il politeismo degli antichi popoli indoeuropei, spesso ancora presente sotto traccia nel nostro folklore. E perfino nelle nostre grandi solennità religiose. La grandiosa festa del solstizio d´inverno, che i Kalasha chiamano Chaumos, è a tutti gli effetti un natale prima del Natale. È la matrice ideale della nostra notte incantata. Con il dio luminoso Indr – parente stretto di Indro, nome locale dell´arcobaleno, nonché di Indra, signore della folgore nel pantheon induista – che discende a visitare gli uomini nel periodo più buio dell´anno e dispensa loro la sua energia come un dono benefico. Se si aggiungono i rami di vischio, le abbuffate rituali di lenticchie di montagna, la notte di vigilia in attesa dell´avvento del dio, i doni ai bambini e i fuochi che rischiarano la notte innevata, gli ingredienti del nostro Natale ci sono tutti. A parte “Jingle Bells”. Ma non è poi così grave. Non sarebbe Gesù bambino a fare il Natale, dunque, ma il natale a fare Gesù bambino. Sembra questo il messaggio degli ultimi pagani. Che pare fatto apposta per dar ragione a Sant´Agostino il quale diffidava i cristiani dal celebrare il sole a dicembre perché era roba da idolatri. O a quei sacerdoti francesi che, alla fine degli anni Cinquanta, bruciarono il fantoccio di Babbo Natale sul sagrato della cattedrale di Digione considerandolo un simbolo perverso di paganesimo e al tempo stesso di consumismo. Che sono, a pensarci bene, il prima e il dopo della modernità. Due estremi della storia mescolati insieme. A conclusione di un cammino millenario di cui gli ultimi pagani continuano ancora oggi a celebrare l´inizio.

Este texto pode ser lido em português em Notícias: IHU On-Line, de 22/12/2010.

O livro citado no texto acima é:

CACOPARDO, A. Natale Pagano: Feste d’inverno nello Hindu Kush. Palermo: Sellerio, 2010, 480 p. – ISBN 9788838924873.

Dele se diz:
Questo libro è il frutto di una straordinaria ricerca iniziata più di 30 anni fa fra i Kalasha, una piccola popolazione del Pakistan che, oltre che per l’etnografia, presenta un interesse particolare anche per la storia delle religioni e per gli studi di indoeuropeistica. Essa ci offre infatti l’unico esempio oggi esistente di religione praticata da un popolo di lingua indoeuropea che non si sia lasciata assorbire da uno dei grandi sistemi religiosi storici – Induismo, Buddismo, Zoroastrismo, Cristianesimo, Islam. Sono in tutto solo poche migliaia e vivono tra i monti del nord-ovest del Pakistan lungo il confine afghano ad altitudini che sfiorano i 2.000 metri. La ricerca sul campo si è focalizzata in particolare sul ciclo festivo invernale. Il grandioso complesso festivo del solstizio d’inverno – il Chaumos – costituisce il fulcro del sistema rituale Kalasha e racchiude in sé gli ideali a cui si ispira l’intera cultura. In secondo luogo – una prospettiva che abbiamo voluto esprimere con l’ossimoro che abbiamo scelto per titolo – può forse aiutarci a comprendere meglio dove affondino le radici pre-cristiane delle nostre “feste di dicembre”; è infatti opinione largamente condivisa che le festività cristiane incentrate sul Natale si siano sovrapposte a cicli festivi pagani – celtici, germanici, slavi, italici – che celebravano il solstizio d’inverno. “Le origini di questa ricerca – racconta l’Autore – rimontano ormai a più di trent’anni fa quando, poco più che ventenne, raggiunsi via terra il Pakistan nord-occidentale per la mia prima ricerca sul campo fra i Kalasha.

Jesus e o Reino no Evangelho de Marcos

Recebi de Ana Maria Casarotti, da Unisinos, um e-mail que diz:

No dia 16 de agosto terá início o curso Jesus e o Reino no Evangelho de Marcos que será realizado na modalidade de Educação à Distância (EAD).

A ação é fruto de uma parceria entre o Instituto Humanitas Unisinos – IHU, Centro de Pesquisa e Apoio aos Trabalhadores – CEPAT e Centro Burnier Fé e Justiça.

O objetivo geral é oportunizar aos participantes um estudo, reflexão e conhecimento do evangelho de Marcos e suas repercussões hoje.

:: Público-alvo: professores (as), agentes de pastoral, estudantes universitarios (as) e comunidade em geral.

:: Local: Plataforma moodle – Unisinos – EAD

:: Horário: livre

:: Carga horária: 35 horas

:: Realização: de 16/08/2010 a 28/11/2010

:: Investimento: R$ 25,00

:: Certificado: será fornecido certificado a todos que estiverem devidamente inscritos no evento com, no mínimo, 75% de frequência, e comprovada a sua presença no Moodle.

:: Inscrições: no site

Confira mais detalhes da programação na seção de Eventos do IHU.