No sistema neoliberal somos levados, cada vez mais, a viver e morrer em função do consumo

Agência Carta Maior: 21/04/2006

Velhos e novos consensos morais

Luís Carlos Lopes

Durante muito tempo a Igreja Católica foi a guardiã da moral pública brasileira. Não é mais (…) Nas últimas cinco décadas, o capitalismo se instalou profundamente na vida brasileira, chegando a sua atual fase, que alguns críticos chamam de neoliberal. Tivemos um longo percurso de passagem de uma economia rural, para uma economia urbana. A maior parte dos brasileiros (80%) passou a viver nas cidades grandes, médias e pequenas. A antiga hegemonia católica esfacelou-se, bem como o consenso social sobre questões afetivas e sexuais. O país se dessacralizou e a moral e os moralistas se defrontaram com novas crenças e novos comportamentos que, mesmo fragmentariamente, trouxeram novos modos de encarar antigos problemas. As novas igrejas e mesmo os novos movimentos católicos já não são capazes de conseguir os mesmos consensos de antes (…) Todos querem o mesmo: viver e morrer para e pelo consumo. Infelizmente, é fácil de ver em muita gente boa, que eles crêem em sua superioridade sobre os demais. Os mesmos vêem como desnecessário se ter preocupações éticas e acreditam no lucro acima do amor entre os homens e mulheres de boa vontade…


Acredito que outros fatores devam ser igualmente considerados, quando se tenta pensar a ética da complexa sociedade atual. Mas estes que são aqui apresentados já nos fazem pensar…

Luís Carlos Lopes é professor do Instituto de Artes e Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense.

Los Libros Hacen Historia: la Feria Internacional del Libro de Buenos Aires

La Feria Internacional del Libro de Buenos Aires es una verdadera ciudad de libros, un catálogo nacional e internacional de industrias editoriales y una fiesta de la cultura. Es la muestra más importante de Latinoamérica y destacado referente a nivel mundial; convocando a más de un millón de asistentes. Del 17 de abril al 8 de mayo de 2006.



Folha Online: 11/04/2006 – 17h31

Brasil expõe 3,5 mil títulos em feira literária na Argentina

Cerca de 26 editoras brasileiras estarão neste ano na 32ª Feira do Livro de Buenos Aires, na Argentina. O evento acontece entre 17 de abril e 8 de maio (…) Com o lema “Os Livros Fazem História”, estima-se que 1,2 milhão de pessoas visitem a feira e participem das atividades culturais oferecidas por expositores de 32 países. Considerado um dos principais acontecimentos do mercado editorial na América Latina, o evento deverá reunir mais de 8 mil profissionais, entre eles editores, livreiros, bibliotecários, distribuidores e educadores de todo o mundo (cont.)

The Economist: o Brasil é um país de não-leitores

Folha Online: 16/03/2006 – 18h47

Leitura no Brasil é uma “vergonha”, diz The Economist

A aversão dos brasileiros aos livros virou assunto da última edição da influente revista britânica The Economist. Para a publicação, a situação precária das bibliotecas públicas e o baixo índice de leitura dos brasileiros constituem ‘motivo para vergonha nacional’ (…) Leia abaixo uma tradução do texto Um país de não-leitores publicado pela The Economist.

Muitos brasileiros não sabem ler. Em 2000, um quarto da população com 15 anos ou mais eram analfabetos funcionais. Muitos simplesmente não querem. Apenas um adulto alfabetizado em cada três lê livros. O brasileiro médio lê 1,8 livros não-acadêmicos por ano – menos da metade do que se lê nos EUA ou na Europa. Em uma pesquisa recente sobre hábitos de leitura, os brasileiros ficaram em 27º em um ranking de 30 países, gastando 5,2 horas por semana com um livro. Os argentinos, vizinhos, ficaram em 18º. Em um raro acordo, governo, empresas e ONGs estão todos se esforçando para mudar isso. No dia 13 de março, o governo lançou o Plano Nacional de Livros e Leitura. A medida busca impulsionar a leitura, por meio da abertura de bibliotecas e do financiamento de editoras, entre outras coisas. A ONG Instituto Brasileiro de Leitura traz livros para as pessoas (cont.)


Brazil: A nation of non-readers

Mar 16th 2006 – São Paulo – From The Economist print edition

A strange and costly disregard for books

Many Brazilians cannot read. In 2000, a quarter of those aged 15 and older were functionally illiterate. Many simply do not want to. Only one literate adult in three reads books. The average Brazilian reads 1.8 non-academic books a year – less than half the figure in Europe and the United States. In a recent survey of reading habits, Brazilians came 27th out of 30 countries, spending 5.2 hours a week with a book. Argentines, their neighbours, ranked 18th (cont.)

Bibliotheca Alexandrina: antiga e moderna

Em SansBlogue, de Tim Bulkeley, de 2 de março de 2006, você pode ler sobre a antiga e famosa Biblioteca de Alexandria, Egito, que está “renascendo”, toda recheada de tecnologia…

Ele diz:

The International Journal of the Book has just started a blog, presumably if biblical scholars who blog are bibliobloggers this must be a biblionblog… Their first post is Bibliotheca Alexandrinaabout the three libraries of Alexandria.

After comparing the goals of the ancient Great Library of Alexandria with those of the modern Bibliotheca Alexandrina the post contrasts the technologies used.

The library also contains an Internet center, specialized sections for audio-visual and electronic materials, microforms and rare books, as well as a Planetarium, study rooms, reading halls, museums, and spaces for conferences and art galleries.

The post concludes:

Is this a story of destruction and rebirth, of transformation and technological progress, relating the legendary past, the present and the changing future? Certainly, it is. But it also suggests that irrespective of its form, content, reading or access techniques, the role of the library was, is and will remain the same, i.e. that of a radiating repository for universal knowledge.

My conclusion is different, technology makes a great difference. The ancient library (until the late 20th century in fact) was localised, and only one person at a time could consult each “book”. So one had to visit Alexandria to consult it’s riches. The digital library (which the modern Bibliotheca Alexandrina includes) can be anywhere and everywhere. It can even through Book Mobiles (go to http://www.bibalex.org/english/initiatives/mybook.htm and scroll down) go to the poor and deprived. Print began a process of democratising books. That, in part, is how Luther could run rings round the pope and the emperor. But digitisation takes this process to a new level.

As long as “books” remain physical objects they remain sources of sensual pleasure for rich (or at least comfortably provided) readers. Once they are digital there is more chance that they can be liberated by the less wealthy. The digital divide is potentially a temporary aberration. (How many people could afford a copy of the first edition of Gutenberg’s Bible?

Google quer comercializar acesso online a publicações

Folha Online: 15/03/2006 – 13h11

da Efe, em São Francisco

O Google planeja lançar um serviço que proporcionaria acesso a publicações sujeitas a direitos de propriedade intelectual mediante sua ferramenta de “busca dentro dos livros”, anunciou nesta semana a empresa em seu site. Por enquanto, os usuários do “Google Book Search” podem consultar fragmentos de livros sujeitos a direitos de propriedade intelectual catalogados em seu serviço, mas não podem ter acesso a textos completos. O novo serviço permitiria aos usuários registrados pagar pelo acesso imediato às publicações (cont.)

 

 

The Google Books Partner Program is developing tools for publishers to experiment with new and innovative ways to increase book revenue. The first of these tools allows you to sell online access to your book. Once you set a price for your book, users who discover it through Google Book Search will be able to pay for access to its full contents. The book will only be available to the user once they’ve signed in with their personal account, and will only be available through their browser. Users will not be able to save a copy on their computer nor copy pages from the book (cont.)

Por que o brasileiro lê pouco? Como descobrir o que vai agradar ao leitor?

 

Folha Online: 07/03/2006 – 17h15

Por que o brasileiro lê pouco?

Vote na enquete e veja resultado de pesquisa.

Só 26 milhões de brasileiros gastam seu tempo com livros. Ou seja, 30% da população alfabetizada acima de 14 anos. O índice de leitura é baixo: menos de dois livros por habitante no período de um ano. Na França, a média é de sete livros. Nos EUA, cinco. Na sua opinião, o que mais prejudica o hábito da leitura no Brasil?

Qual gênero literário mais vende no Brasil? Como descobrir o que vai agradar ao leitor?

Embora a primeira pergunta tenha uma resposta objetiva, a segunda ainda fica envolta em mistério. À parte os livros didáticos, que constituem um segmento próprio no mercado, sem comparação com os demais gêneros, os últimos dados computados pela CBL, em 2003, demonstram que os livros de ficção ainda são os preferidos dos brasileiros, com 12,8 milhões de exemplares oferecidos ao mercado naquele ano. Em segundo lugar vêm 12,175 milhões de exemplares da Bíblia. Caso fossem acrescentados os livros evangélicos (6,9 milhões) e espíritas (5,67 milhões), os volumes de temática religiosa seriam o de maior oferta no mercado brasileiro. Vistas por gênero diferenciado, as obras evangélicas estão em sexto lugar, enquanto as espíritas ficam em oitavo. Obras de referência e consulta ocupam o terceiro lugar na lista, com 8,9 milhões de exemplares, seguidas pelas publicações sobre legislação e direito (8,4 milhões). Livros de auto-ajuda (4,6 milhões) estão na modesta nona posição, enquanto os de administração e gestão empresarial ficam no último lugar, com 2 milhões, aproximadamente (cont.)

UE vai colocar na Internet todo o seu patrimônio científico e cultural

Folha Online: 02/03/2006 – 17h14

Biblioteca Digital Européia terá 6 mi de obras em 2010

da Efe, em Bruxelas

A União Européia (UE) contará em 2010 com uma biblioteca digital de mais de 6 milhões de livros, filmes, fotografias e outros documentos, um projeto que começa a ser executado neste ano com o objetivo de reunir todo o patrimônio cultural e científico do continente. A iniciativa é similar à da empresa Google, que prevê disponibilizar na internet 15 milhões de obras procedentes de bibliotecas americanas e da universidade britânica de Oxford. A Biblioteca Digital Européia permitirá ao usuário, através de um único portal em vários idiomas, ter acesso ao saber cultural e científico de bibliotecas, arquivos e museus de toda a UE (cont.)

Amigos do Livro: estudo, pesquisa e divulgação do livro e do hábito de leitura

Amigos do Livro é o portal do livro no Brasil. Um endereço para estudo, pesquisa, divulgação e promoção do livro e do hábito da leitura. Tudo nele é grátis. Você Bebê lendo livroencontra autores, editoras, livrarias e sebos, gráficas, bibliotecas, grupos literários e academias, prêmios e concursos, noticias sobre o mercado e o mundo do livro e serviços. O portal Amigos do Livro foi inaugurado, em São Paulo, no dia 6 de outubro de 2001. Vale a pena conferir.

SBL Joins the Google Books Partner Program

SBL is pleased to announce that it has joined the Google Books Partner Program, an online book marketing program designed to help publishers and authors promote their books by making available a limited number of sample pages. Using Google Book Search (formerly Google Print), SBL members will now be able to find and search the content of more than twenty titles from SBL’s current list of books. This has important potential benefits for SBL, since getting people to browse our books improves sales through all channels and because Google Book Search will make SBL titles easily available to people around the world who might not otherwise encounter them (…) SBL has also joined Amazon’s Advantage Program, which allows us to customize the information about our titles on Amazon. Now when you search for a current SBL title on Amazon, you will see a picture of the book’s cover, with information about the author, and reviews. And the title is available to ship within 24 hours (cont.)