“Divagarzim” vamos ampliando a visão de onde estamos. Quem sabe um dia descobrirei, de fato, doncôvim, oncotô, proncovô, concossô… Afinal, sou mineiro! E acabei de ler esta notícia da France Presse:
Astrônomos descobrem grupo de galáxias gigante
O observatório astronômico europeu XMM-Newton encontrou o maior grupo de galáxias jamais visto no universo, uma descoberta que pode confirmar a existência da energia negra, anunciou nesta segunda-feira em um comunicado a ESA (agência espacial européia). Batizado 2XMM J083026+524133, o grupo deve conter “uma massa correspondente a mil galáxias” e foi observado quando o XMM-Newton, que tem como missão estabelecer um catálogo de fontes cósmicas emissoras de raios X (planetas, cometas, quasares etc) estava focalizado outro objeto. O J083026+524133 foi visto porque forma uma mancha muito brilhante. Observado em seguida com um potente telescópio de Arizona, se revelou um grupo de galáxias com mil vezes a massa de nossa galáxia, a Via Láctea. “A presença deste grupo confirma existência de um elemento misterioso, a energia negra, suposta responsável pela aceleração da expansão do Universo”, destacou em um comunicado Georg Lamer, do Instituto de astrofísica de Potsdam (Alemanha). Segundo os astrofísicos, a maior parte do grupo situado a 7,7 bilhões de anos-luz seria formada de um gás a temperatura de 100 milhões de graus Celsius.
Fonte: Folha Online: 25/08/2008 – 17h39
ciencias
Phoenix Confirms Martian Water
:: Sonda confirma existência de água em Marte
:: Phoenix Mars Lander
:: I can now say I’m the first mission to Mars to touch and then *taste* the water
:: Eu posso dizer agora que eu sou a primeira missão a Marte a tocar e depois “provar” a água
:: Marte pode ter sido um planeta azul, com um vasto oceano [atualização em 20 de julho de 2010]:: Sedimentos indicam que Marte pode ter abrigado mar [atualização em 20 de julho de 2010]
Audaciosamente indo onde ninguém jamais esteve
Space: the final frontier. These are the voyages of the starship Enterprise. Its five-year mission: to explore strange new worlds, to seek out new life and new civilizations, to boldly go where no man has gone before (Star Trek: The Original Series).
Stephen Hawking apela ao espírito de Colombo para conquistar o Universo
Há 50 anos, o presidente dos Estados Unidos, Dwight Eisenhower, estampou sua assinatura num documento oficial que criava a Agência Nacional da Aeronáutica e do Espaço, a NASA, como é conhecida. Pode ser que o espaço não seja mais algo que está nas manchetes, mas há cientistas que estão se esforçando para fazer ver que as grandes missões ainda estão por vir, escreve David Alandete, em reportagem para o El País, 23-04-2008. A tradução é do Cepat. Entre esses cientistas está o astrofísico, intelectual e profeta do espaço Stephen Hawking. “Vivemos uma situação como a da Europa antes de 1492”, disse ontem em Washington, num ato de comemoração do meio século da agência espacial na Universidade George Washington. “As pessoas devem ter pensado que era perda de dinheiro enviar Colombo a algo comparável com caçar patos selvagens. Mas o descobrimento mudou o velho mundo…
Leia o texto em Notícias do Dia – IHU On-Line: 26/04/2008
Hawking: “Si la raza humana sigue otro millón de años, tendremos que ir donde nadie ha ido jamás”
El prestigioso astrofísico inglés insta a conquistar el espacio con el mismo espíritu que Colón a finales del siglo XV
El astrofísico inglés Stephen Hawking, conocido por sus prestigiosos estudios sobre el universo y la gravedad, ha abogado hoy en Washington por que el hombre se lance a la conquista del espacio con el mismo espíritu y ambición con que Cristóbal Colón partió a la exploración del Nuevo Mundo en 1492.
“Si la raza humana va a continuar otro millón de años, tendremos que ir donde nadie ha ido jamás”, ha recalcado el científico, de 66 años, en una conferencia en la Universidad de Georgetown, para celebrar los 50 años de la NASA.
“Nos encontramos en la misma situación que Europa en 1492. Es posible que hayan argumentado que era una pérdida de tiempo enviar a Colón a buscar algo que no existía. Pero el descubrimiento de América ha cambiado profundamente la antigüedad. Pensad: no tendríamos el Big Mac”, ha declarado.
Para Hawking, la exploración espacial debería incluir la creación de una base permanente en la Luna en el curso de los próximos 30 años, así como el desarrollo de un nuevo sistema de propulsión para llevar al hombre más allá del sistema solar.
Hawking, quien sufre esclerosis lateral amiotrópica y tiene que utilizar un sintetizador de voz, ha destacado que “partir a la conquista del espacio tendrá un efecto todavía más grande. Va a cambiar completamente el futuro de la raza humana, e incluso podría determinar si tenemos un futuro”, ha destacado.
Los viajes espaciales “nos permitirán tener una mejor perspectiva sobre esos problemas, y ojalá nos unan para enfrentarnos a un desafío común”, ha añadido.
¿Estamos solos? “Probablemente, no”
A la gran pregunta de si estamos solos en el universo, el astrofísico británico responde que “probablemente no”.
Si existe vida, “¿por qué no hemos detectado señales alienígenas en el espacio, algo así como concursos televisivos extraterrestres?”, se pregunta el científico, quien cree que una de las opciones es que no haya más vida. Según Hawking, si existe algo o alguien lo suficientemente inteligente para enviar señales al espacio, lo es también para fabricar armas nucleares.
“La vida primitiva es muy común y la vida inteligente es más bien rara (…). Algunos dirían que aún no existe en la Tierra”, ha señalado, para después señalar con humor: “Tened cuidado si os topáis con un extraterrestre porque podríais contraer una enfermedad para la que no tendréis defensas”.
Fonte: El País / Agencias – Madrid/Washington – 22/04/2008
Leia Mais:
Astronomy Picture of the Day
Livros de [e sobre] Stephen Hawking
Fazendo Teologia no umbral de Planck?
No post anterior recomendo dois artigos muito bons que realmente fazem pensar. Mas, quanto a este, li e fiquei sem saber o que pensar… Há um problema epistemológico neste tipo de raciocínio? Ou não?
Em meu artigo Inventando o Universo: Pensar Deus a partir da Nova Física, escrevi ainda no começo do milênio:
“Einstein disse certa vez que estava interessado mesmo era em saber como Deus criara este mundo. Ora, já se passou quase um século desde que a teoria da relatividade e a mecânica quântica começaram a ajudar os homens a compreenderem melhor como é feito este mundo em que vivemos. Porém, muitos teólogos ainda encontram sensíveis dificuldades em pensar Deus e o homem a partir da cosmologia que surgiu com as descobertas da física do século XX. Em pleno terceiro milênio, teólogos há que, por razões diversas, ainda continuam a ler os textos bíblicos e a elaborar suas reflexões como se as cosmologias antiga e medieval fossem mais do que suficientes para explicar o universo e o lugar do homem nele. Tempo, espaço, matéria, Deus, causalidade, alma, criação, salvação, redenção, determinismo, livre-arbítrio e tantos outros conceitos precisam ser revisitados sob o olhar vigilante da nova física”.
De qualquer maneira aí está:
Um Deus do qual surge o espaço-tempo – IHU: 13/4/2008
O Prêmio Templeton 2008 foi concedido ao professor polonês Michael Heller, filósofo, físico, cosmólogo e matemático, além de sacerdote católico. Este Prêmio é concedido anualmente pela Fundação John Templeton e é dotado com 1,6 milhão de dólares. É atualmente o Prêmio de maior quantia no mundo concedido a um único indivíduo. Ao revisar as pesquisas de Heller, que lhe valeram este prestigioso Prêmio, se colocam de novo alguns dos grandes temas da moderna física teórica, da cosmologia e dos modelos matemáticos aplicados à interpretação da realidade na ciência. O modelo teórico proposto por Heller responde à ideia tradicional de um Deus transcendente que, por outro lado, é a origem criadora, o fundamento do ser, do qual surge o espaço-tempo do mundo criado. A reportagem é de Javier Monserrat e publicada no sítio Tendências 21, 25-03-2008. A tradução é do Cepat.
O Prêmio Templeton 2008 foi anunciado no dia 17 de março por ocasião de uma entrevista coletiva no Church Center das Nações Unidas em Nova York. O Prêmio foi outorgado a Michael Heller por seu trabalho de mais de quarenta anos e pela contribuição de conceitos surpreendentes e agudos sobre a origem e a causa do universo.
Heller foi professor de filosofia, mas sua formação provém da matemática, da física, da cosmologia, assim como também da filosofia e da teologia. Suas contribuições são, em muitos sentidos, estritamente físicos, ainda que não experimentais, mas teóricas: na realidade, são propostas de modelos matemático-formais especulativos. De fato, foram publicadas em prestigiosas revistas internacionais de física.
Mas, o fundo das preocupações de Heller aponta sempre para a filosofia ou a metafísica do universo, onde o fundamento do real põe em relação as raízes ontológicas do universo com a ontologia da Divindade e o ato criador.
Pode-se estar ou não de acordo com as especulações de Heller, avaliar como mais ou menos verossímeis e melhor ou pior construídas formalmente, mas quem o lê não deixa de ter a impressão de seguir um físico-filósofo extraordinariamente bem informado, preciso e profundo em todas as suas afirmações.
Uma circunstância significativa na vida de Heller foi sua relação com o Papa João Paulo II que se iniciou já antes que o cardeal Karol Wojtyla chegasse ao Pontificado. Em reuniões privadas com Heller e outros cientistas poloneses, João Paulo II teve ocasião de refletir sobre a projeção das grandes questões científicas sobre a teologia.
Aparentemente (já que oficialmente não afirmamos obviamente nada), Heller é o autor da carta de João Paulo II a George Coyne em 1996, então diretor do Observatório Romano. Esta carta, reproduzida na internet da Cátedra, é um dos documentos teológicos mais matizados e abertos de João Paulo II. Nela, o Papa faz eco à necessidade de que assim como na Idade Média se fez uma teologia inspirada em Aristóteles, hoje se deveria fazer uma teoria inspirada na imagem do mundo na ciência.
Para ajudar – ou para complicar – leia ainda:
Cosmólogo recebe prêmio defendendo existência de Deus – BBC Brasil: 14 de março de 2008
Prémio Templeton 2008 – De Rerum Natura: 24 de março de 2008
Newest Templeton Prize winner rejects “intelligent design” – National Center for Science Education: March 20, 2008
Templeton Prize
Sir John Templeton
Einstein: Sua Vida, Seu Universo
ISAACSON, W. Einstein: Sua Vida, Seu Universo. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, 656 p. – ISBN 9788535911282.
Tradução do inglês: Einstein: His Life and Universe. New York: Simon & Schuster, 2007, 704 p. – ISBN 9780743264730
Diz a editora:
“Einstein: sua vida, seu universo, a nova biografia de Albert Einstein, baseia-se numa coleção de cartas divulgadas em 2006, vinte anos depois da morte de sua enteada, conforme ela determinara em testamento. Escrita pelo jornalista Walter Isaacson, que já presidiu os grupos Time e cnn, e amplamente elogiada pela crítica, revela um Einstein avesso a qualquer tipo de dogma. Foi esse espírito rebelde que permitiu o nascimento da teoria que revolucionaria a física. O conteúdo das cartas desnuda a vida íntima de uma mente genial. Um homem simples e afável, mas ao mesmo tempo impertinente e distante, Einstein mantinha relacionamentos pessoais difíceis, segredos e casos extraconjugais, além de desprezar a guerra e se divertir com a aura de celebridade. Livre de amarras, Einstein podia explorar sua curiosidade, traço fundamental de sua personalidade e, em suas próprias palavras, essencial para seu brilhantismo: Não tenho nenhum talento especial, apenas uma ardente curiosidade. Mas, no fim da vida, a rebeldia deu lugar ao inconformismo, tanto em termos científicos quanto políticos. Einstein: sua vida, seu universo nos revela o menino curioso, o estudante genial e insolente que se apaixona pela colega de curso, o funcionário do escritório de patentes que revoluciona a física, o homem atormentado por problemas conjugais, o pai muitas vezes ausente, o físico por fim reconhecido no mundo todo, o militante pacifista e sua busca frustrada pela teoria do campo unificado uma solução matemática que explicasse as idiossincrasias da recém-nascida mecânica quântica, fruto de uma ideia sua”.
Sem usar matemática, biografia de Einstein conta como o gênio mudou a física
Em 1905, [Einstein] sacou que o tempo não era absoluto: para alguém se movendo, o tempo passa mais devagar do que para quem está parado. Dez anos depois, cravou que o espaço é curvo: um meteoro não é atraído pela lei de gravidade da Terra; na verdade, ele escorrega como uma bola de sinuca numa caçapa. Apesar de se tratarem de conceitos físicos avançados, essas teorias estão explicadas para gente normal na ótima biografia “Einstein – Sua Vida, seu Universo”. Mesmo longo, o livro não traz uma única equação matemática. E extrapola a física teórica, já que a vida de Einstein se confunde com a história do século 20: fala da vida pessoal, dos amores, da decisão de criar a bomba atômica, da criação do Estado de Israel e, principalmente, dos processos mentais que fizeram Albert Einstein (1879-1955) virar um “Einstein”. Ou seja, faz você viajar com ele na velocidade da luz. Fonte: Folha Online: 17/12/2007 – 08h35.
Leia também:
Astrônomos da Alemanha veem “parto” de planeta – Folha Online: 03/01/2008 – 08h16
Se quisermos viver no Universo…
“Se queremos nos manter aqui por outros milhares de anos, se pretendemos explorar o espaço interestelar como nossos antepassados exploraram a Terra, temos de nos conscientizar da necessidade de uma nova ética, que transcenda nossas polarizações políticas, religiosas e raciais”, diz Marcelo Gleiser, brasileiro, professor de física e astronomia do Dartmouth College, em Hanover, USA, que estará lançando, no próximo dia 15, o livro Micro Macro 2. Mais Reflexões Sobre o Homem, o Tempo e o Espaço. São Paulo: Publifolha, 2007, 240 p. – ISBN 9788574028194.
Um registro daquilo que pensamos que somos
Sondas Voyager completam 30 anos no espaço com mensagem de paz
Leia na Folha Online de 06/09/2007
Leia também:
Inventando o Universo
The Carl Sagan Portal
Voyager: The Interstellar Mission
We are a way for the Cosmos to know itself. Carl Sagan
Do Felis silvestris lybica ao gato doméstico
Pois é: mais uma contribuição do Antigo Oriente Médio…
Gatos domésticos têm origens no Oriente Médio
Os gatos domésticos são descendentes dos gatos que viviam no Oriente Médio cerca de 130 mil anos atrás, segundo afirma um estudo do National Cancer Institute de Bethesda, nos Estados Unidos, publicado pela revista “Science”, que colheu amostras de DNA de mil felinos de três continentes (…) Os pesquisadores chefiados por Stephen O’Brien colheram e analisaram o material genético mitocondrial tanto dos gatos domésticos quanto dos selvagens de todas as cinco espécies conhecidas. Da relação entre as amostras foi revelado que os felinos domésticos descendem daqueles selvagens que viviam no Oriente Médio.Segundo os pesquisadores americanos, entre dez e doze mil anos atrás, na região onde atualmente se localiza o Iraque, os gatos foram inseridos no convívio humano para acabar com os ratos que infestavam as aldeias… (Fonte: Folha Online: 30/06/2007 – 09h12 – da Ansa, em Roma)
The Near Eastern Origin of Cat Domestication
The world’s domestic cats carry patterns of sequence variation in their genome that reflect a history of domestication and breed development. A genetic assessment of 979 domestic cats and their wild progenitors (Felis silvestris silvestris – European wildcat; F. s. lybica – Near Eastern wildcat; F. s. ornata – Central Asian wildcat; F. s. cafra – sub Saharan African wildcat; and F. s. bieti – Chinese desert cat) indicated that each wild group represents a distinctive subspecies of Felis silvestris. Further analysis revealed that cats were domesticated in the Near East, likely coincident with agricultural village development in the Fertile Crescent. Domestic cats derive from at least five founders from across this region, whose descendents were subsequently transported across the world by human assistance. (Fonte: Driscoll, C. et al. Science Magazine – Abstract published online June 28, 2007)
Leia também: Feline five give birth to billions
The Complete Work of Charles Darwin Online
Site criado pela Universidade de Cambridge, Reino Unido, traz um belo acervo sobre Charles Darwin: são cerca de 50 mil páginas de texto e 40 mil imagens.
Leia sobre o site, na Folha Online, em Projeto publica trabalhos e cartas de Charles Darwin na internet.
O site The Complete Work of Charles Darwin Online traz a seguinte descrição do projeto:
This website is the largest collection of writings by and about Darwin ever published. It contains Darwin’s complete publications, many handwritten manuscripts and the largest Darwin bibliography and manuscript catalogue. There are also over 200 supplementary texts, from reference works, reviews, obituaries, biographies and more. Darwin Online For a non-academic entryway see Major works. The majority is online here for the first time such as the 1st editions of Voyage of the Beagle, Descent of Man, Zoology of the Beagle, all editions of Origin of species (1st, 2nd, 3rd, 4th, 5th & 6th) and complete autobiography. There are newly transcribed manuscripts such as Darwin’s Beagle diary & field notebooks, pocket diary, and images of his theoretical notebooks. There is much still to come: more editions, translations, introductions, notes and thousands of manuscripts (…) See the amazing new website of the Darwin Correspondence Project with thousands of Darwin letters and much more here.
Descoberta uma dupla de planetas errantes, sem estrela-mãe, que giram ao redor deles mesmos
Folha Online: 04/08/2006 – 12h02
Astrônomos observam dupla de planetas errantes pela 1ª vez
Astrônomos do Observatório Europeu Austral, localizado no Chile, anunciaram a descoberta de uma dupla de planetas errantes (sem estrela-mãe) que giram ao redor deles mesmos e que vagam livremente pelo espaço. Esta é a primeira vez que se observam dois corpos celestes unidos pela gravidade de “planetas flutuantes livres” (“free floating planets”, em inglês). O maior corpo celeste, com uma massa sete vezes maior do que a de Júpiter, foi detectado a cerca de 400 anos-luz de nosso sistema solar. O fato extraordinário é que ele não gira em volta de uma estrela, mas em torno de outro corpo frio com o dobro de sua massa. Ray Jayawardhana, da Universidade de Toronto, e Valentin Ivanov, do Observatório Europeu Austral, publicarão a descoberta na “Science Express”, site da revista “Science” (cont.)