Biblioblogueiro de julho 2008: Phil Sumpter

John Hobbins, em Biblioblogs.com, entrevista Phil Sumpter, do biblioblog Narrative and Ontology, escolhido como o biblioblogueiro do mês de julho de 2008.

Phil Sumpter, de origem britânica, faz um PhD em Bíblia Hebraica em Bonn, Alemanha. Ele explica:
I’m British but have lived all over the place. Grew up in a boarding school, spent a year in Israel, did a BA in Cultural Anthropology, taught English in Paris, did an MA in Old Testament theology, taught in Germany, and am now doing a PhD in the same subject.

O tema de seu doutorado: uma interpretação dos Salmos 15 e 24 em seu contexto canônico – ele é fã declarado de Brevard Childs, mestre da abordagem canônica da Escritura.

Plugin para os biblioblogs no Firefox 3

 >> Atualizado em 14.12.2017 – 06h10


Post modificado, pois  a dica é antiga, de 2008, e tal plugin não existe mais.

No dia 18 de junho de 2008, J. P. van de Giessen, do biblioblog Aantekeningen bij de Bijbel, publicou um plugin para ser instalado no Firefox 3 e que acrescenta ao seu sistema de busca todos os biblioblogs listados na página Biblioblogs.com.

Lembro que esta lista traz alguns dos mais interessantes biblioblogs atuais, e, embora não seja completa, é conhecida entre nós como a ‘lista canônica’ dos biblioblogueiros.

Biblioblogueiro de junho 2008: John Hobbins

Brandon Wason, em Biblioblogs.com, entrevista John Hobbins, do biblioblog Ancient Hebrew Poetry, escolhido como o biblioblogueiro do mês de junho de 2008.

John Hobbins é norte-americano e estudou em Roma – além de vários outros lugares – e foi aluno de alguns dos melhores professores do Pontifício Instituto Bíblico, com os quais também estudei.

É pastor valdense, doutorou-se com J. Alberto Soggin e Mario Liverani com uma tese sobre o imperialismo como um problema teológico em Isaías, conhece um respeitável número de línguas do Antigo Oriente Médio e dedica-se a estudos de Bíblia Hebraica, com preferência pelos profetas, salmos e literatura sapiencial.

Leia a entrevista. Você vai gostar.

Biblioblogueiro de maio 2008: Stephen Pfann

Jim West, em Biblioblogs.com, entrevista Stephen Pfann, do biblioblog The View from Jerusalem, escolhido como o biblioblogueiro do mês de maio de 2008.

Stephen Pfann is the founder and President of the University of the Holy Land/Center for the Study of Early Christianity, Israel. Under his leadership, UHL/CSEC has sought to provide the concerned graduate student and New Testament scholar with an environment in which he or she can effectively explore the origins of the Christian faith, particularly in its first generation and in the land of its birth. UHL is a graduate school, with a cooperative program with the Rothberg International School of the Hebrew University.

Biblical Studies Carnival XXIX

Seleção dos melhores posts de abril de 2008. Feita, com muita competência e abrangência, por Jim West, em seu biblioblog.

Devo lembrar, entretanto, que há pequeno equívoco na menção de meu post de 20 de abril, O Êxodo do Egito: da Bíblia à arqueologia, provavelmente provocado pela estranheza da língua portuguesa nos meios acadêmicos fora do Brasil.

Diz Jim: “Airton Jose da Silva points to an interesting assertion- that archaeology proves that Moses didn’t exist. Enjoy, if you dare. But be forewarned, archaeology cannot prove a negative”.

Jim alerta que a arqueologia não pode provar uma negativa. Perfeito. Só que o artigo é do Reinaldo José Lopes, do G1, canal de notícias do sistema Globo, e tem por título Moisés pode não ter existido, sugere pesquisa arqueológica. Que não deve ser entendido, obviamente, como archaeology proves that Moses didn’t exist [arqueologia prova que Moisés não existiu], mas archaeology suggests that Moses didn’t exist [arqueologia sugere que Moisés não existiu].

O que estou fazendo lá? O articulista apenas consultou dois biblistas que lidam com o assunto em seus estudos: Milton Schwantes e eu. Contribuímos com três ou quatro parágrafos do texto, se tanto.

Além do que, a temática do ensaio nem é propriamente a figura de Moisés, mas a questão das origens de Israel, em perfeita sintonia com as conclusões de Israel FINKELSTEIN & Neil Asher SILBERMAN, The Bible Unearthed. Archaeology’s New Vision of Ancient Israel and the Origin of Its Sacred Texts. Livro que o Reinaldo, editor de ciências do G1, me assegurou ter lido no original inglês, embora exista tradução brasileira, mas que apresenta falhas tanto na precisão [da tradução] quanto na escolha do título, A Bíblia não tinha razão.

Mais interessante, Jim, é observar as furiosas reações dos fundamentalistas nas centenas de comentários feitos ao ensaio. Conto ali até às 16h02 do dia 01/05/2008, 703 comentários! E proveitoso é comparar estes comentários com os desafios que o fundamentalismo propõe ao biblista e à academia, como analisado aqui e aqui. O que me levou a escrever outro post, com o título de Fundamentalismo: um desafio permanente.