Um agregador para a biblioblogosfera: The Biblioblog Reference Library

Steve Caruso, de Highland Park, New Jersey, EUA, que publica The Aramaic Blog, criou uma genial biblioteca de referência para a biblioblogosfera:

The Biblioblog Reference Library

Com quase três centenas de biblioblogs (atualmente) indexados, o agregador (de feeds) permite ao leitor o acesso às postagens de maneira ágil e fácil.

Ele diz na apresentação de sua criação, em Introducing The Biblioblog Reference Library (Beta), post publicado em 11 de abril:
… One Biblioblogger decided to find a way to bring together all of the rapid research, commentary and genuine peer review that had been done by his fellow Bibliobloggers into one organized, indexed, and searchable place. The Biblioblog Reference Library is the fruit of that brainstorming, combining over 270 Biblioblog feeds with full text search. In the future, there are hopes to fully develop a number of specialized indexes that go over key commentary on pertinent Biblical Studies issues as well as a Press Room to aid news reporters towards getting the story right the first time. Will this be successful? Only time shall tell. In the meantime…

Biblical Studies Carnival 60

Seleção das melhores postagens dos biblioblogs em janeiro de 2011.

The January 2011 Biblical Studies Carnival

Trabalho feito por Jim West, do blog Zwinglius Redivivus.

Chamo a atenção para uma frase do Jim:

I find this totally incredible and I continue to be incredulous at the ways in which biblical scholars demonstrate themselves to be totally disconnected from life. Small wonder isn’t it that their work is widely ignored. It’s only fitting, since too many ignore everything around them” (Jim West).

Algo como: Acho totalmente incrível e difícil de acreditar que os exegetas vivam completamente alheios aos acontecimentos atuais. Não é de se admirar que o seu trabalho seja amplamente ignorado. É apenas justo, uma vez que muitos ignoram tudo ao seu redor.

Ele está reclamando da pouca repercussão nos biblioblogs de fatos como o massacre de Tucson, Arizona, ou o levante do povo egípcio, um no começo, outro no fim de janeiro deste ano.

Pois é. Nada de novo sob o sol. Em setembro de 2006, a propósito da invasão do Iraque e dos vários conflitos no Oriente Médio, eu já dizia em minha entrevista como biblioblogueiro do mês:

O estudioso do mundo bíblico não pode ficar alheio aos graves conflitos que acontecem hoje no mundo. É espantoso que um biblista consiga “tirar água de pedra” quando está analisando um texto bíblico, mas seja incapaz de sair de sua “torre de marfim” para a “torre de Babel” do mundo atual e dialogar com a pluralidade das culturas e das linguagens. No caso dos atuais conflitos do Oriente Médio, o silêncio dos biblistas sobre o que acontece ali é o resultado de uma cumplicidade com aqueles que estão matando multidões de seres humanos para sustentar os excessos do consumismo capitalista. O biblista é um privilegiado por sua formação e pelos instrumentos de análise ao seu alcance: como ele pode viver no mundo atual como se ele não existisse? Não vejo inocentes nesta situação…