Wie sagt Obelix immer: Die spinnen, die Briten

Quem quer comprar uma sogra? Piadas de sogra é coisa corriqueira no Brasil. Mas essa, do humor britânico, é forte…

Folha Online: 07/04/2006 – 20h01

da Ansa, em Londres

Britânico coloca sogra à venda em site de leilões

Cansado das interferências de sua sogra, um internauta britânico colocou a mulher à venda em um site de leilões. “Oferta especial: vende-se sogra por apenas 1 libra [cerca de US$ 1,75]”, dizia o anúncio publicado no eBay, segundo o jornal britânico “The Sun”. O desempregado Steve Owen, 42, fez a oferta na seção “artigos de coleção e coisas estranhas”. Além do texto, os internautas podiam ver uma foto de Caroline Allen, 50 – a mulher oferecida no anúncio. Na descrição, a mulher é definida como “usada”, “boa com animais e para cozinhar” e “fora de atividade desde 1980”. Steve explicou seu gesto (cont.)

Mum in law on eBay

Desperate Steve Owen is so sick of his nagging mother-in-law he has advertised her for sale on eBay. Jobless Steve, 42, slapped a photo of 50-year-old Caroline Allen under “Collectables And Weird Stuff” on the internet auction site – describing her as “used”. He has invited bids starting at just £1 (cont.)

More discussion on Faith-Based Scholarship

SBL Forum: More discussion of Faith-Based Scholarship

Many people have written to Forum about Michael Fox’s article on Bible Scholarship and Faith-Based Study. In addition, Fox’s article has prompted discussions in the blogging community. Danny Zacharias has compiled an informal list of these discussions at Deinde.

Professor Fox argues that biblical scholarship, as true Wissenschaft, relies on evidence whose meaning and significance is not intentionally predetermined by the Weltanschauung of the scholar. Faith-based biblical study, which “deliberately imports extraneous, inviolable axioms” and does not ultimately rely on evidence, is therefore not real scholarship. The upshot of this view, according to Fox, is that “critical scholarship” can be differentiated from the ever-increasing litany of ethically suspect and/or ideologically motivated biblical interpretations. Although I sympathize with Fox’s ire toward interpretive solipsism and ethically repugnant fundamentalism, I find his positivistic conception of Bibelwissenschaft extremely problematic.

Fox’s claim that “scholarship rests on evidence” is essentially a reworked version of the positivist idea that meaning is linked to verifiability. For the positivist, an assertion is truly meaningful if and only if it is verifiable; similarly, for Fox, an interpretation is truly scholarship if and only if it pertains to verifiable evidence. Given Fox’s reliance on positivism, it should come as no surprise that his conception of scholarship displays the same self-referential incoherence that plagues the entire positivist project. Consider the claim that all “scholarship rests on evidence.” Is that a scholarly statement? If it is scholarly then, according to Fox, there should be some evidence to support it; but of course there can be no verifiable evidence for a normative claim like “scholarship rests on evidence.” Hence, Fox’s programmatic statement of what constitutes scholarship is not itself scholarly, but rather a non-scholarly import! Fox’s conception of Bible scholarship is therefore open to the exact same critique leveled against faith-based study: “Any discipline that deliberately imports extraneous, inviolable axioms into its work belongs [not] to the realm [of] scholarship.” And here the self-referential incoherence is clear: Scholarship, as Fox envisions it, does not belong to the realm of scholarship.

All of this is to say that Bibelwissenschafthas its own inviolable axioms and in no way constitutes a realm of scientific objectivity or “real” scholarship, as Fox imagines. The real question as I see it is not whether Wissenschaft is compatible with faith-based study, but whether we should strive for a scientific perspective on the Bible at all. What is gained by Fox’s Bibelwissenschaft? We certainly do not need it in order effectively to critique fundamentalist interpretations of scripture, nor is it required to combat those who “justify their biases by the rhetoric of postmodern self-indulgence.” Additionally, if we deny faith-based Bible study a place at the academic table, we run the risk of restricting the benefits of biblical scholarship to a relatively small esoteric group. I would much rather include faith-based study in the academy (within reason), so that we might confront harmful interpretations head-on.

Adam Wells, Yale University

Você navega com segurança na Internet?

Folha Online: 07/04/2006

Tentativas de fraudes virtuais aumentam 126% em um ano

As tentativas de fraudes virtuais continuam apresentando crescimento, segundo estudos do Cert.br (Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil). A organização afirma ter registrado 28.133 tentativas no primeiro trimestre de 2006, contra 12.438 no mesmo período do ano passado – aumento de 126%. Nos primeiros três meses deste ano, as tentativas de golpes bancários responderam por 43% (ou 12.099) de todas as notificações recebidas pelo Cert.br. De janeiro a março de 2005, elas responderam por 17% do total (ou 2.213). O crescimento foi de 447% entre os dois anos (cont.)

Dan Brown inocentado de plágio

Folha Online: 07/04/2006 – 10h40

Justiça inocenta escritor Dan Brown em caso de plágio

O escritor norte-americano Dan Brown não plagiou o livro de dois autores britânicos ao escrever o sucesso de vendas “O Código Da Vinci”, decidiu nesta sexta-feira a Justiça britânica. Os acusadores terão que pagar US$ 1,75 milhão de custas judiciais. Dan Brown comemorou a decisão ao afirmar que (cont.)

Jesus morreu na sexta-feira, 7 de abril de 30, quando tinha cerca de 36 anos de idade

MEIER, John P. Um Judeu Marginal. Repensando o Jesus Histórico. Volume Um: As Raízes do Problema e da Pessoa. Rio de Janeiro: Imago, 1993, p. 401-402, explica:

“Jesus de Nazaré nasceu – mais provavelmente em Nazaré, e não em Belém – por volta de 7 ou 6 a.C., alguns anos antes da morte do Rei Herodes, o Grande (4 a.C.).MEIER, J. P. Um Judeu Marginal. Repensando o Jesus Histórico. Volume Um: As Raízes do Problema e da Pessoa. Rio de Janeiro: Imago, 1993 Após ter sido educado de forma convencional numa família devota de camponeses judeus da Baixa Galiléia, ele foi atraído para o movimento de João Batista, cujo ministério começou na região do Vale do Jordão, entre o final de 27 ou começo de 28 d.C.; batizado por João, logo Jesus seguiu seu próprio caminho, iniciando seu ministério ainda em 28, com a idade de 33 ou 34 anos. Regularmente ele dividiu sua atividade entre a região da Galiléia e Jerusalém (incluindo a área adjacente da Judéia), dirigindo-se para a cidade santa para as grandes festas, quando as grandes multidões de peregrinos lhe proporcionariam um público que, de outra forma, ele não conseguiria atingir. Seu ministério se prolongou por dois anos e alguns meses.

Em 30 A.D., estando em Jerusalém para a festa da Páscoa que se avizinhava, Jesus aparentemente sentiu que a crescente hostilidade entre as autoridades do templo e ele estava prestes a alcançar seu clímax. Jesus celebrou uma solene ceia de despedida com seu círculo mais íntimo de discípulos, ao anoitecer da quinta-feira, 6 de abril (pela nossa contagem atual), quando começava o décimo quarto dia de Nisan, o dia de preparação para a Páscoa (de acordo com a contagem litúrgica judaica). Preso em Getsêmani na noite de 6 para 7 de abril, ele foi primeiro inquirido por alguns funcionários judeus (pouco provavelmente por todo o Sinédrio) e depois entregue a Pilatos na madrugada de sexta-feira, 7 de abril. Pilatos prontamente o condenou à morte na cruz. Depois de flagelado e humilhado, Jesus foi crucificado no mesmo dia, nos arredores de Jerusalém. Morreu na sexta-feira, 7 de abril de 30, com a idade de 36 anos aproximadamente”.

* Neste ano, 2023, a Sexta-Feira Santa cai em 7 de abril. A última ocorrência foi em 1950 e a próxima será em 2034. Cf. http://mbednarek.byethost7.com/easter.phphttps://calendarhome.com/calculate/day-of-week

Cf. Um esboço da vida de Jesus, segundo John P. Meier

Opine sobre isso em Enquetes bíblicas.

Leia também: Paixão de Cristo: como foi a morte de Jesus, segundo a ciência – Por Edison Veiga: BBC News Brasil – 1 abril 2021

Leia Mais:
Jesus Histórico no Observatório Bíblico

O Evangelho Copta de Judas Iscariotes foi publicado

“Evangelho Segundo Judas” é apresentado ao público

Após ter ficado desaparecida por 1.700 anos, a única cópia conhecida do “Evangelho Segundo Judas”, autenticada e apresentada pela primeira vez ao público nesta quinta-feira, lança uma nova luz sobre o apóstolo que supostamente traiu Jesus vendendo-o aos romanos.

O manuscrito de 26 páginas em papiro, escrito em dialeto copta, foi apresentado pela revista americana “National Geographic” em sua sede, na capital americana. O documento, cópia de uma versão mais antiga redigida em grego, foi autenticado como sendo do século 3 ou 4.

Ao contrário da versão dos quatro Evangelhos oficiais, o texto em questão indica que Judas era um iniciado que traiu Jesus a pedido dele próprio, e para a redenção da Humanidade.

A principal passagem do documento é atribuída a Jesus, que diz a Judas: “Tu superarás todos eles. Tu sacrificarás o homem que me cobriu.” Segundo exegetas, a frase significa que Judas ajudará a libertar o espírito de Jesus de seu invólucro carnal.

“Essa descoberta espetacular de um texto antigo, não-bíblico, é considerada por especialistas uma das mais importantes atualizações dos últimos 60 anos no que se refere ao nosso conhecimento sobre a História e a diferentes opiniões teológicas sobre o começo da era cristã”, indicou Terry Garcia, vice-presidente-executivo da revista americana.

A existência desse Evangelho foi comprovada por Santo Irineu, primeiro bispo de Lyon, que o denunciou em um texto contra as heresias em meados do século 2.

“A descoberta surpreendente do Evangelho de Judas afeta a nossa compreensão sobre o início do cristianismo”, disse Elaine Pagels, professora de religião da Universidade de Princeton e uma das grandes especialistas mundiais em Evangelhos. “Essa descoberta derruba o mito de uma religião monolítica, e mostra o quão diverso e fascinante era o movimento cristão em seu começo”, assinalou.

Acredita-se que o manuscrito, encadernado em couro, tenha sido copiado por volta do ano 300 d.C.. Ele foi descoberto na década de 1970, no deserto egípcio de El Minya. Circulou entre vendedores de antigüidades, até chegar à Europa e, depois, aos Estados Unidos, onde permaneceu no cofre de um banco de Long Island por 16 anos, até ser novamente comprado no ano 2000, pelo antiquário suíço Frieda Nussberger-Tchacos.

Preocupado com sua possível deterioração, o antiquário entregou o manuscrito à fundação suíça Maecenas Foundation for Ancient Art em fevereiro de 2001, a fim de preservá-lo e traduzi-lo.

Após a restauração do documento, o trabalho de análise e tradução foi confiado a uma equipe dirigida pelo professor Rudolf Kasser, aposentado pela Universidade de Genebra. O documento será mantido agora em um museu do Cairo.

Em sua edição de maio, a National Geographic dedica um longo artigo à descoberta. Amanhã, a revista irá inaugurar uma exposição em sua sede, onde o público poderá apreciar algumas páginas do manuscrito. Em colaboração com a fundação Maecenas, a revista também apresentará nos Estados Unidos um documentário de duas horas de duração sobre o assunto, em seu canal de TV a cabo. O documento foi traduzido para o inglês, alemão e francês.

Fonte: Folha Online – 06/04/2006

 

Evangelho segundo Judas é publicado pela 1ª vez

Um documento trazendo o ponto de vista de Judas Iscariotes sobre a crucificação de Cristo foi publicado nesta quinta-feira nos Estados Unidos pela revista National Geographic.

O Evangelho Segundo Judas data entre o século 3 e 4 e acredita-se que o documento, um frágil papiro de 31 páginas, seja uma cópia de um original escrito por volta de 150 dC.

Ele foi descoberto em Beni Masar no Egito durante a década de 1970 e foi escrito originalmente em cóptico (antigo idioma egípcio).

A única cópia do texto foi conservada, autenticada e traduzida agora para o inglês.

Gnósticos

O documento mostra Judas como um personagem benéfico, o favorito de Jesus, que teria colaborado com os seus planos para salvar a humanidade.

Essa visão é semelhante à dos cristãos gnósticos, um grupo de religiosos do 2º século que rivalizava com a Igreja.

Os gnósticos foram denunciados como hereges em 180 dC.

Eles acreditavam que Judas seria de fato o mais iluminado dos apóstolos e teria proporcionado a possibilidade de a humanidade ser redimida através da morte de Cristo.

Sendo assim, Judas mereceria gratidão.

A visão dos gnósticos teria sido escrita em grego em um documento datado de 150 dC.

Pesquisadores cogitam a possibilidade de que o documento publicado nesta quinta-feira seja uma cópia deste texto.

O Evangelho Segundo Judas foi adquirido no ano 2000 pela fundação suíça Maecenas Foundation for Ancient Art, que iniciou sua tradução.

Acredita-se que a National Geographic tenha pago cerca de US$ 1 milhão pelos direitos de publicação.

Fonte: BBC Brasil – 6 de abril de 2006

Bons e maus reis: discutindo os governos de Josias e Manassés

GRABBE, L. L. (ed.) Good Kings and Bad Kings: The Kingdom of Judah in the Seventh Century BCE. London: Bloomsbury T&T Clark, 2005, 384 p. – ISBN 9780567082725.

According to the Bible, among the last kings of the kingdom of Judah was one of the most notorious kings-Manasseh-and one of the most righteous-Josiah. Are the accounts of their contrasting reigns anything more than the ideological creations of pious writers and editors? Does this juxtaposition of a ‘good king’ and a ‘bad king’ GRABBE, L. L. (ed.) Good Kings and Bad Kings: The Kingdom of Judah in the Seventh Century BCE. London: Bloomsbury T & T Clark, 2005provide good historical information or only theological wishful thinking? In this volume the on-going discussions in the European Seminar on Methodology in Israel’s History have tackled the history of Judah in the seventh century BCE, with a focus on the reign of Josiah. Some essays survey the history and archaeology of Judah from Sennacherib to Nebuchadnezzar. Several examine the reign of Manasseh and address the question of whether it is ripe for re-evaluation. Others ask what we know of the reign of Josiah and, especially, what form his famous cult reform took or even whether it was historical. As always, the editor gives an introduction to the topic, with summaries of the contributions, plus a concluding summary of and personal perspective on the discussion. Contributors include such internationally known scholars as Rainer Albertz, Philip Davies, Axel Knauf, Nadav Na’aman, Marvin Sweeney, and Christoph Uehlinger

Reviews

“”Each scholar, across the spectrum of currrent thought about Israel’s history … does a superb job of rendering explicit the assumptions and methodological procedures with which he approaches the welter of material which must be considered when writing about this time in Judah’s history … the entire volume is strong” Expository Times” –

“Individual Reviews by Lester E. Grabbe and Francesca Stavrakopoulou in the International Review of Biblical Studies” – Intl. Review of Biblical Studies

“”The collection of essays provides a good overview of positions in the current debate on the usefulness (or lack thereof) of biblical and archaeological sources for the reconstruction of the history of seventh-century Judah.” 32.5 (2008)” – J.L.W. Schaper, Journal for the Study of the Old Testament

“”Each of the articles presented here is well written, scholarly, and thought provoking” John Engle, RBL 04/2006,” – John Engle, RBL

“”This volume is of keen interest not only for commentators on the book of Deuteronomy but also for those working on a literary history of the Pentateuch or a history of the Yahweh religion…Grabbe presents a very helpful volume that delivers a kind of candid shot of the debate on the history of seventh century B.C.E…. This volume contributes a good deal to this methodology.”” – Eckart Otto, RBL

 

Este é mais um livro que preciso analisar com tempo. É resultado das discussões do grupo que constitui o Seminário Europeu de Metodologia Histórica.

Criacionistas e defensores do design inteligente em apuros com a descoberta do Tiktaalik roseae

O Tiktaalik roseae, de 375 milhões de anos, é o elo perdido entre os peixes e os vertebrados terrestres, inclusive os seres humanos

 

Paleontólogos americanos encontram peixe com pata

É o fóssil que todo estudioso da evolução pediu a Deus: um peixe com patas. Aliás, também com o começo de um pulso nas “mãos” e um pescoço. Os paleontólogos costumam fugir do clichê, mas não dá para negar: esse animal é o elo perdido na origem de todos os vertebrados terrestres, inclusive o Homo sapiens.

A história quase inacreditável do Tiktaalik roseae, um predador de águas rasas que pode ter alcançado até 2,7 m de comprimento quando vivo, começa a ser revelada na edição de hoje da revista científica “Nature”. O bicho foi retirado do meio de rochas com 380 milhões de anos por um trio de paleontólogos americanos, Neil Shubin, Edward Daeschler e Farish Jenkins Jr. “Nós o achamos em meio a um cenário ártico clássico, na ilha de Ellesmere [Canadá], rodeados por ursos polares e bois-almiscarados”, contou Shubin.

No entanto, durante o Período Devoniano (fase da história da Terra na qual o bicho viveu), a região estava muito mais próxima do Equador, de forma que o Tiktaalik Tiktaalik roseaeprovavelmente passava seus dias num agradável delta de rio subtropical, de águas rasas e cheias de barro. “Temos vários esqueletos articulados, e o mais completo vai até a base da cauda”, diz Shubin, que trabalha na Universidade de Chicago. O tamanho varia –o menorzinho pode ter tido 1,2 m– mas são todos membros da mesma espécie.

De brincadeira, os descobridores do Tiktaalik estão chamando o bicho de “peixápode” –mistura de peixe com tetrápode, nome técnico dado a todos os vertebrados terrestres (a palavra grega quer dizer “de quatro patas”). De fato, o fóssil cumpre perfeitamente essa função de intermediário entre os dois grupos. Antes dele, só se conheciam tetrápodes verdadeiros, com membros cheios de dedos, ou peixes com nadadeiras musculosas, mas que não chegavam perto de uma pata.

O Tiktaalik, por outro lado, tem “barbatanas” que parecem estar querendo virar braços e pernas, mas não chegaram lá –ainda. Os cientistas simularam sua postura e estimaram que as pontas das nadadeiras –os “pulsos”– podiam se dobrar, de forma a manter o bicho apoiado no solo. “Antes, as pessoas viam a mão inteira dos tetrápodes como algo que aparece de repente. O Tiktaalik muda isso”, afirma Neil Shubin.

É uma capacidade que pode ter sido útil para se mover em meio a pedras, lodo ou plantas aquáticas, e mesmo para se arrastar fora d’água por períodos curtos. Ele tinha brânquias para respirar na água, mas sua boca estava organizada de tal jeito que ele poderia também arrancar oxigênio do ar.

Os olhos no topo da cabeça, feito os de um jacaré, ajudavam a mantê-lo alerta tanto dentro quanto fora d’água, e o surgimento de um pescoço, com ossos móveis, facilitava sua atividade de predador. Faltam apenas os dedos –o principal “salto” evolutivo que ainda separa a criatura dos vertebrados terrestres.

Ajuda brasileira

O animal tem ainda uma característica pouco usual em peixes: suas costelas “montam” umas nas outras, como se fossem placas rígidas. “Isso serve para dar sustentação ao tronco”, disse à Folha Jenkins, paleontólogo da Universidade Harvard. “Acreditamos que essa característica apareça em criaturas que deixam a flutuação e precisam das costelas para apoiar o corpo num ambiente dominado pela gravidade.”

Essa hipótese anatômica, agora comprovada pelo novo fóssil, foi desenvolvida por Jenkins há mais de três décadas. E com uma ajudinha brasileira. O cientista conta que estava estudando costelas de vertebrados terrestres fósseis e atuais. E um dos raros casos de costelas sobrepostas está justamente num animal brasileiro, uma espécie de tamanduá.

“O problema é que eu não tinha nenhum esqueleto de tamanduá para estudar”, conta Jenkins. “Quem me arrumou um foi o grande zoólogo e compositor brasileiro Paulo Vanzolini”, lembra.

O trio de cientistas deve voltar ao Ártico no meio deste ano para coletar mais fósseis da criatura.

Jenny Clack, especialista em tetrápodes primitivos da Universidade de Cambridge, disse em comentário na “Nature” que o fóssil tem tudo para se tornar um ícone das transições evolutivas, tal como o Archaeopteryx, o dinossauro com penas que é considerado a mais antiga ave.

Fonte: Reinaldo José Lopes – Folha Online: 06/04/2006

Esta descoberta coloca os criacionistas e os defensores do design inteligente em situação delicada…

Como os romanos crucificavam uma pessoa?

Eu vi na semana passada o post de Jim Davila no biblioblog PaleoJudaica.com sobre os muitos modos usados pelos romanos para crucificar uma pessoa: Image of Jesus’ crucifixion may be wrong, says study.

Mas só hoje, lendo mais sobre o assunto, fiquei impressionado! Veja o artigo que está na página da ABC News, onde se explica que a pessoa podia ser pregada na cruz até mesmo pelos genitais… Jim Davila custa a crer, por não haver evidências de tal prática, mas não duvida da imaginação dos antigos romanos…

Right Side Up or Right Side Down? Doubts Cast on Jesus’ Crucifixion

British Study Tries to Prove How Jesus Died

By Mike Lee – March 30, 2006

Was Christ crucified upside down with his feet nailed to the top of the cross, his head toward the ground? Or was he not even nailed, but instead lashed to the cross with cords, perhaps to the side, rather than the front of the cross? These gruesome questions have suddenly been raised by scientists in a new study published by Britain’s Journal of the Royal Society of Medicine (…) Sometimes a victim was nailed to the cross by his genitals, according to the authors. Although the study does not allege that this is what happened to Christ, it poses that possibility (cont.)