Considerar humanos e não humanos como sujeitos de direitos

Em linhas gerais, o veganismo consiste num projeto epistemológico, político e individual que tem como objetivo principal a reivindicação de que a vida de humanos e animais seja igualmente protegida e considerada como inviolável. Ou seja, reivindica-se que assim como os humanos os animais também sejam sujeitos de direitos (Ana Paula Perrota).

Veganismo. Por uma outra relação com a vida no e do planeta – Revista IHU On-Line 532 – 18 Março 2019

Veganismo. Por uma outra relação com a vida no e do planeta - Revista IHU On-Line 532 - 18 Março 2019

O ex-Beatle Paul McCartney cunhou uma frase que se tornou célebre ao afirmar que, se os matadouros tivessem vidros em vez de paredes, as pessoas não comeriam carne. Muitos adeptos do veganismo acolhem essa como uma afirmação para indicar a violência que envolve os abates. Entretanto, ser vegano é mais do que não comer carne em razão da forma como os animais são mortos, é uma recusa a todo o sofrimento a que os animais são sujeitados não somente para a produção de comida, mas para qualquer bem de consumo. É também não humanizar os bichos, respeitando-os como parte de um projeto comum.

A revista IHU On-Line debate o tema nesta edição com especialistas de diversas áreas do conhecimento.

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A ortopraxia supera a ortodoxia: Francisco, seis anos depois

O foco de Francisco na mensagem simples do Evangelho é bastante ameaçador para aqueles católicos que confundem teologia com fé. A teologia é o modo como explicamos a fé para nós e para os outros… Francisco está preocupado sobretudo com o modo como vivemos a fé, mais do que como a explicamos. A ortopraxia supera a ortodoxia.

Francisco, seis anos depois: que há de bom, de mau e de misericordioso. Artigo de Thomas Reese – IHU On-Line – 14 Março 2019

Há seis anos, no dia 13 de março, o Colégio dos Cardeais surpreendeu o mundo com a eleição do jesuíta argentino Jorge Bergoglio como papa. Assumindo o nome de Francisco, ele conquistou a admiração e o respeito de católicos e não católicos com sua simplicidade e preocupação com os pobres e marginalizados. A cada ano que passa, porém, as críticas ao papa se tornam mais expressivas, especialmente por parte da direita católica, que pensa que ele está rompendo com o ensino tradicional da Igreja, e da direita política, que não gosta das suas opiniões sobre o aquecimento global, a imigração e a justiça social. Francisco também tem sido incapaz de satisfazer aqueles que dizem que a resposta da hierarquia católica aos abusos sexuais do clero foi inadequada. Eu sou um grande fã de Francisco, em parte porque eu acho que qualquer avaliação dos seus primeiros seis anos como papa mostra que suas conquistas superam as suas falhas.

O comentário é do jesuíta estadunidense Thomas J. Reese, ex-editor-chefe da revista America, dos jesuítas dos Estados Unidos, de 1998 a 2005.

The good, the bad and the merciful: Pope Francis after six years – By  Thomas J. Reese – Religion News Service – March 12, 2019

Six years ago, on March 13, the College of Cardinals surprised the world with the election of the Argentine Jesuit Jorge Bergoglio as pope. Taking the name Francis, he won the admiration and respect of Catholics and non-Catholics alike with his simplicity and concern for the poor and marginalized. With each passing year, however, criticism of the pope has become more vocal, especially from the Catholic right, who think he is breaking with traditional church teaching, and the political right, who don’t like his views on global warming, immigration and social justice. Francis has also been unable to satisfy those who say the Catholic hierarchy’s response to the clergy sex abuse crisis has been inadequate. I am a big fan of Pope Francis, in part because I think that any evaluation of his first six years as pope shows that his accomplishments outweigh his failings.

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