Helder Câmara e Luciano Mendes de Almeida

Por ocasião do processo de impeachment da presidenta Dilma, Jacques Távora Alfonsin, procurador aposentado do estado do Rio Grande do Sul e membro da ONG Acesso, Cidadania e Direitos Humanos, faz memória de D. Helder Câmara e D. Luciano Mendes de Almeida, cuja vida e morte são recordadas no dia de hoje, 27 de agosto.

D. Helder Camara e D. Luciano Mendes de Almeida

Assim começa o artigo 27 de agosto: boa hora para recordar Helder Câmara e Luciano Mendes de Almeida

Quando começa a fase definitiva de julgamento do que está se chamando de impeachment da presidenta Dilma, a lembrança de uma coincidência – duas mortes de bispos da Igreja – ocorrendo ambas no dia 27 de agosto, a de Dom Helder em 1999 e a de Dom Luciano, 7 anos depois, oportuniza serem lembradas essas duas personalidades brasileiras de grande presença pastoral e política no Brasil, contrária à prolongada ditadura imposta ao país em 1964, ainda hoje  inspirando grande parte das iniciativas golpistas em andamento.

Leia.

A volta do fascismo e o crescimento da intolerância

A volta do fascismo e a intolerância como fundamento político

Revista IHU On-Line 490 – 08.08.2016

Ao mesmo tempo que há o incremento das possibilidades de expressão a partir do desenvolvimento de múltiplas tecnologias de comunicação que potencializam espaços de interação e manifestação de pensamento, simultaneamente observamos a redução da capacidade de debate, reflexão conjunta e coexistência de diferentes pontos de vista. Sobretudo no campo político, recrudescem posicionamentos autoritários, por vezes até violentos, fundados em posturas fascistas, em uma antítese da democracia. No entanto, como alerta um dos entrevistados, não se trata somente de continuar pensando no binômio “democracia-ditadura”, procurando salvar a democracia, mas de “desarticular as formas “religiosas” do capitalismo”.

Revista IHU On-Line 490 - 08.08.2016

Contribuem Rodrigo Karmy, doutor em Filosofia, professor e pesquisador da Universidade do Chile, o historiador alemão Andrej Angrick, Sérgio Villalobos-Ruminott, professor de Estudos Latino-Americanos e Espanhóis da Universidade de Michigan, Estados Unidos, Ricardo Timm, doutor em Filosofia, professor e pesquisador da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUC-RS, Adriano Correia, doutor em Filosofia e professor da Universidade Federal de Goiás – UFG, Edson Teles, filósofo e professor da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, Leonardo Avritzer, doutor em Sociologia Política e professor da Universidade Federal de Minas Gerais – da UFMG.

Sumário:

  • Rodrigo Karmy Bolton: O fascismo vive em nós através do dispositivo do neoliberalismo
  • Andrej Angrick: Continuidade, transformação ou apenas rotulagem incorreta?
  • Sérgio Villalobos-Ruminott: O esgotamento da política como efeito inevitável da globalização
  • Ricardo Timm de Souza: O fascista não argumenta; rosna. A exclusão de temáticas humanísticas dos currículos escolares
  • Adriano Correia: Um fascismo liberal exótico e a nostalgia do Brasil Colônia
  • Edson Teles: Na dissimulação democrático-liberal, o fascismo apresenta suas armas
  • Leonardo Avritzer: As avenidas de inclusão no Brasil e uma disputa política intensa

IHU e Adital juntos em novo portal

IHU e Adital juntos em novo portal

IHU - Adital

 

A página web do Instituto Humanitas Unisinos – IHU mudou. A partir da agora os leitores e leitoras conhecerão o novo sítio, que continuará sendo aberto, gratuito e repleto de informações com conteúdo copyleft. O novo portal é resultado da parceria firmada entre a Agência Informação Frei Tito para América Latina – Adital e o Instituto Humanitas Unisinos – IHU.

O sítio foi construído de modo que seja responsivo, isto é, as páginas serão visualizáveis em qualquer tipo de tela – celular, tablet, notebooks e computadores desktop – sem prejuízo de leitura, adaptando-se ao dispositivo utilizado. Além disso, as diferentes buscas de conteúdos dentro da nova página foram aprimoradas, podendo-se, inclusive, pesquisar por categorias específicas, como, por exemplo, “Entrevistas”. Parte dos conteúdos estará disponível em português e espanhol, garantindo uma maior penetração em toda América Latina.

Mulheres no Antigo Oriente Médio

STOL, M. Women in the Ancient Near East. Berlin: Walter de Gruyter, 2016, X + 696 p. – ISBN 9781614512639.

Marten Stol, Women in the Ancient Near East

Livro publicado em agosto de 2016 e disponível para download gratuito em formato epub e pdf.

Mulheres no Antigo Oriente Médio oferece uma narrativa lúcida da vida diária de mulheres na Mesopotâmia a partir do terceiro milênio a.C. até o início do período helenístico. O livro de Marten Stol é a primeira abordagem em grande escala da história das mulheres no Antigo Oriente Médio.

Women in the Ancient Near East offers a lucid account of the daily life of women in Mesopotamia from the third millennium BCE until the beginning of the Hellenistic period. The book systematically presents the lives of women emerging from the available cuneiform material and discusses modern scholarly opinion. Stol’s book is the first full-scale treatment of the history of women in the Ancient Near East.

Marten Stol, Free University, Amsterdam, Netherlands.

Leia Mais:
Publicações Open Access na Walter de Gruyter

Miqueias: um grito contra as injustiças sociais

Profeta Miqueias: um grito contra as injustiças sociais. Vida Pastoral, São Paulo, n. 311, 2016.

O número de setembro-outubro de 2016 da revista Vida Pastoral é mais um importante subsídio para o Mês da Bíblia. Leia a revista online ou faça o download em pdf.

Profeta Miqueias: um grito contra as injustiças sociais. Vida Pastoral, São Paulo, n. 311, 2016.

Diz o editorial:

A palavra profeta significa aquele que anuncia, que proclama a mensagem de outrem. Não no sentido comum de predizer o futuro, e sim como um artesão, ministro e artista da palavra a serviço do mandato divino. O profeta, por vocação, é o homem da palavra. Ele é um comunicador eloquente.

Na Bíblia o profeta é um arauto, um porta-voz a quem Deus confia uma mensagem, lhe autoriza a comunicação e garante sua veracidade. No entanto, não se trata de mero repetidor. Os profetas precisavam se empenhar para elaborar os oráculos com o suor da fronte, assim como faz todo artesão quando lapida a madeira para elaborar a obra de arte. Aos profetas é imprescindível o domínio da língua, daí a mensagem profética ser permeada de poesia. Deste modo, os profetas são também poetas.

Não há dúvidas de que, na história da humanidade, houve poucas linguagens tão fecundas quanto a linguagem dos profetas bíblicos. Veja-se, por exemplo, a força transformadora da expressão do profeta Miqueias, denunciando os poderosos de seu tempo que oprimiam os indefesos: “Vocês são gente que devora a carne do meu povo e arranca suas peles; quebra seus ossos e os faz em pedaços, como um cozido no caldeirão” (Mq 3,3). O profeta não tem medo de dizer a verdade, mas a sabe dizer com palavras acertadas.

O profeta não fala por si mesmo; se o fizer, é falso. Ele entrega todo o seu ser a serviço do alto, mas com os pés no chão da vida. Os olhos voltados para Deus e também para o mundo. O mundo com tudo que há de mais contraditório e de mais belo.

Mesmo diante de situações que pareceriam não ter saída, o profeta vê sinal de esperança. Seus olhos têm a luminosidade do alto. É um olhar de ternura, de misericórdia e de acolhida. Toda ação profética é banhada de contemplação, o que significa dizer que é um agir com discernimento. Uma ação iluminada pela oração. O profeta tem consciência de sua condição física: em seu corpo há dois ouvidos e uma boca. Por isso, antes da palavra, ele considera o silêncio. Seu ouvido afinado ouve o que Deus fala. Seus pés, sempre prontos para partir, ainda quando cansados, têm pressa em semear a Palavra consoladora.

Ao profeta importa que a vida seja mais. E sua palavra é um alerta para que ninguém se perca; ao contrário, encontre-se e viva feliz. O profeta denuncia o que não é de Deus. E anuncia o que é de Deus. Seus lábios pronunciam a doçura divina e acusa corajosamente tudo o que diminui a vida: “Ai daqueles que, deitados na cama, ficam planejando a injustiça e tramando o mal!” (Mq 2,1). Seu olhar irradia a paz, a concórdia, o amor sem medida. Suas mãos estão sempre prontas para abençoar, tocar e curar. Seus braços, sempre abertos para abraçar e proteger.

Artigos sobre Miqueias

  • Introdução ao livro do profeta Miqueias. Defesa da família: casa e terra – Maria Antônia Marques
  • Defesa da família: casa e terra. Uma leitura de Miqueias 2,1-3.6-11 – Equipe do Centro Bíblico Verbo
  • A profecia está a serviço de quem? Uma leitura de Miqueias 3,5-8 – Shigeyuki Nakanose

Leia Mais:
Mês da Bíblia 2016: o profeta Miqueias

Morreu o biblista George E. Mendenhall

Morreu aos 99 anos de idade, no dia 5 de agosto de 2016, o biblista norte-americano George E. Mendenhall (13 de agosto de 1916 – 5 de agosto de 2016).

Trabalhando a questão das origens de Israel, em 1962 George E. Mendenhall defendeu que Israel surgiu de uma revolta camponesa ocorrida em Canaã e não de um grupo que teria vindo de fora da Palestina. Foi uma reviravolta e tanto neste difícil e controvertido campo.

Posteriormente, Norman K. Gottwald desenvolveu amplamente a ideia de uma revolta camponesa para explicar as origens de Israel.George Emery Mendenhall: August 13, 1916 - August 5, 2016

Escrevi em minha História de Israel:

A teoria da revolta foi defendida primeiro por George Mendenhall, com um artigo chamado “The Hebrew Conquest of Palestine”, publicado em The Biblical Archaeologist 25, p. 66-87, 1962. O artigo já começa com uma constatação, que hoje tornou-se lugar comum em congressos ou salas de aula: “Não existe problema da história bíblica que seja mais difícil do que a reconstrução do processo histórico pelo qual as Doze Tribos do antigo Israel se estabeleceram na Palestina e norte da Transjordânia”.

De fato, a narrativa bíblica enfatiza os poderosos atos de Iahweh que liberta o povo do Egito, o conduz pelo deserto e lhe dá a terra, informando-nos, deste modo, sobre a visão e os objetivos teológicos dos narradores de séculos depois, mas ocultando-nos as circunstâncias econômicas, sociais e políticas em que se deu o surgimento de Israel.

Frente a isso, os pesquisadores sempre utilizaram modelos ideais para descrever as origens de Israel, como o fez Martin Noth com a tese da anfictionia, importada do mundo grego. O que George Mendenhall propôs com o seu artigo foi apresentar um novo modelo ideal em substituição a modelos que não mais se sustentavam, sugerindo uma linha de pesquisa que levasse em conta elementos que até então não tinham sido considerados, para concluir: “Não houve uma real conquista da Palestina. O que aconteceu pode ser sumariado, do ponto de vista de um historiador interessado somente nos processos sociopolíticos, como uma revolta camponesa contra a espessa rede de cidades-estado cananeias”.

Sobre George E. Mendenhall, leio em página da Universidade de Michigan:

A native of Iowa, George Mendenhall took his undergraduate studies at Midland College, Fremont, Nebraska, and graduate studies at Johns Hopkins University, where he received his Ph.D. degree in biblical studies in 1947. He simultaneously studied at Western Theological Seminary, Fremont, Nebraska, and the Lutheran Theological Seminary, Gettysburg, Pennsylvania, and was ordained minister of the United Lutheran Church in America in 1942.

In 1947 Professor Mendenhall joined Hamma Divinity School, Wittenberg College, Springfield, Ohio, as assistant professor, and was promoted to associate professor in 1950.

Professor Mendenhall was appointed associate professor of ancient and biblical studies in the Department of Near Eastern Studies at The University of Michigan in 1952, and was promoted to full professor in 1958.

Professor Mendenhall developed biblical studies at Michigan into one of the leading centers in the field, with his pioneering multi-disciplinary research, which combined linguistics, sociology and archaeology. His book, The Tenth Generation: The Origins of the Biblical Tradition, 1973, which appeared in paperback a year later, and his Law and Covenant in Israel and the Ancient Near East, 1955, which was soon translated into other languages, are milestones of biblical studies.

Professor Mendenhall has received many honors from his peers, including two honorary doctorates, and numerous lectureships, between which was the Henry Russel Lectureship at Michigan in 1973, and a Festschrift in 1983.

 

George E. Mendenhall (1916-2016)

Emeritus Professor Mendenhall passed away on August 5, 2016

by H. B. Huffmon

George Emery Mendenhall, emeritus professor of Middle East Studies, died a few days short of his 100th birthday. He is survived by his sister, Helen Elizabeth Mendenhall of Sugar Land, TX, and by his five sons and their families: George David, Lauri Philip, Stanley Theodore, Gordon Louis, Stephen Robert, with numerous grandchildren and greatgrandchildren, many of whom live in Ann Arbor, MI, or nearby. He was predeceased by his wife of 70-plus years, Eathel Louise Tidrick, who died less than a year prior at 101, and by his older brothers, the Rev. Newell Newton and the Rev. Alfred Louis, and by his younger brother, Olney Wendell, and his younger sister, Mildred Christine Dunn.

Professor Mendenhall was born in Muscatine, Iowa, the third son of George Newton Mendenhall, a Lutheran minister and college professor, and Mary Christine Johnson, the daughter of a Swedish Lutheran minister. His father had pastorates in Colorado, Nebraska and Iowa, and then completed a Ph.D. in Psychology at the University of Iowa and became a professor at Midland College in Fremont, NE, in 1922, where the family lived for several years, and subsequently at Sterling College, KS. Young George attended local schools on an accelerated track and completed the B.A. requirements at Midland College in 1935, having developed language skills (German, French, Greek) and fostered musical talents and his special interest in photography. (He also began spending his summers working in a photo shop at Yellowstone Park.)

He continued on in Fremont, during the Great Depression, enrolling in a small Lutheran seminary where he began his engagement with Semitic languages. After completing one year in the local seminary (Western), and finally being awarded his B.A. from Fremont College (1936), he followed the path of his brother, Newell, in gaining a scholarship to attend Gettysburg Theological Seminary (Lutheran). He completed the B.D. program in 1938 with a thesis investigating the possible Aramaic origins of the Gospel of John.

He then applied to Johns Hopkins to study with W. F. Albright, widely regarded as the leading American scholar on ancient Israel. He studied there from 1938 to early 1942 (being elected as a Phi Beta Kappa member), where the graduate courses were concentrated on one day a week, even while teaching church history and language courses at Gettysburg Seminary, 1940-42. At that point he decided to seek a pastorate and began serving Trinity Lutheran Church in Laramie, Wyoming.

By early 1943, in response to an urgent need for translators of Japanese, he volunteered and began Japanese language training in Boulder, CO. Prior to completing the program he married Eathel Tidrick (Dec., 1943), whom he had first met at Yellowstone Park in 1941. He was commissioned as an officer in the USNR, serving with Naval Intelligence in the Pacific (and in Japan) until several months after the end of the war, when he was finally reunited with Eathel and met their first-born son. He then returned to Johns Hopkins and was awarded a Ph.D. in 1947 for a thesis on “The Verb in Early Northwest Semitic Dialects.”

He accepted an invitation to teach at Hamma Divinity School (Ohio) and taught there from 1947-52, and also served as a visiting professor at the University of Michigan for the summer sessions in 1951 and 1952, having drawn the attention of George G. Cameron, then developing a department of Near Eastern Studies at Michigan. He joined the Michigan faculty (Near Eastern Studies) in 1952, retiring in 1986, having served on many university committees and as departmental chair, a seminary trustee (Chicago), and in various offices and editorial roles for learned societies. He especially appreciated the importance of the social sciences at Michigan and enjoyed his association with his many colleagues in Middle East Studies and as well as in other fields, such as Paul Kauper (Law School), Gerhard Lenski, Elman Service and Louise Sweet (Anthropology & Sociology), and Ernst Pulgram (Romance Languages). While teaching at Michigan he also directed many doctoral dissertations. He served as Annual Professor at the Jerusalem School (ASOR; now The Albright Institute) in 1955-56 and as Director, 1965-66. In 1964, he was one of only twenty-six scholars, several from overseas, who presented invited papers at the 100th meeting of the Society of Biblical Literature. He was awarded an NEH Senior Fellowship in 1971. The University honored him by naming him the Henry Russel Lecturer for 1973. In 2001 he was one of the seventeen faculty or graduates of Gettysburg Theological Seminary singled out for recognition from its 150-year history. He was the author not only of several seminal essays that generated considerable discussion but also of numerous scholarly articles up through 2006, many of which also established new directions for scholarly research. He was fascinated by undeciphered inscriptions and himself proposed a decipherment of the small corpus of four-millennia old Byblian syllabic texts that had been published in 1945.

His books include Law and Covenant in Israel and the Ancient Near East (Pittsburgh, 1955), The Tenth Generation: The Origins of the Biblical Tradition (Baltimore, 1973), The Syllabic Inscriptions from Byblos (Beirut, 1985), and Ancient Israel’s Faith and History: An Introduction to the Bible in Context, ed. by Gary A. Herion (Louisville, 2001).

A Festschrift in his honor, The Quest for the Kingdom of God, edited by former students, appeared in 1983 (Winona Lake, IND). A volume of his collected essays, ed. by G. A. Herion and H. B. Huffmon, is scheduled to be published in 2017.

He also served as the Catholic Biblical Association’s visiting scholar at the Pontifical Biblical lnstitute, Rome, in 1985, and, following his retirement, taught in the M.A. program at Yarmouk University in Jordan, 1987-93. There he promoted the photographing and study of thousands of early inscriptions and graffiti, mainly in pre-Islamic Arabic, and directed several M.A. theses. Over several decades he also lectured at many universities in North America, Europe, the Near East, and Africa. He was also awarded an honorary doctorate by Fremont College.

Um vídeo sobre sua vida pode ser visto aqui.

Maria Madalena na IHU On-Line

Maria de Magdala: “Apóstola dos Apóstolos”

Revista IHU On-Line 489 – 18.07.2016

A recente iniciativa do Papa Francisco, de elevar a memória litúrgica de Maria Madalena, no dia 22 de julho, a festa, como dos Apóstolos, é profética. Segundo Lilia Sebastiani, teóloga italiana, a decisão “inscreve-se na teologia dos gestos, mais do que das inovações doutrinais, e será lembrada como dos aspectos mais significativos de seu pontificado” Segundo ela, isto “não somente é importante para a história do culto de uma santa, mas para o devir do anúncio Pascal”.

Revista IHU On-Line 489 - 18.07.2016

Além da teóloga italiana Lilia Sebastiani, contribuem para o debate: Elizabeth Johnson, professora de Teologia na Fordham University, EUA, a teóloga italiana Antonietta Potente, Wilma Steagall De Tommaso, professora no Museu de Arte Sacra de São Paulo – MAS-SP, Salma Ferraz, professora da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, Ivoni Richter Reimer, professora dos Programas de Pós-Graduação em Ciências da Religião e Mestrado em História Cultural na Pontifícia Universidade Católica de Goiás – PUC Goiás, Wanda Deifelt, coordenadora do departamento de Religião da Luther College, EUA, Chris Schenk, diretora-executiva da FutureChurch, Lucetta Scaraffia, jornalista, historiadora e professora da Universidade La Sapienza de Roma, Marcela Zapata-Meza, arqueóloga da Universidade Anáhuac do México, Katherine L. Jansen, professora do Departamento de História da Universidade Católica da América, em Washington, os teólogos Carlos Molari, teólogo italiano, Johan Konings, professor titular de teologia da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia – Faje, Thomas Stegman, professor de Novo Testamento na Boston College, Régis Burnet, doutor em Ciências Religiosas pela École Pratique des Hautes Études, Paris, Gianfranco Ravasi, cardeal, presidente do Conselho Pontifício para a Cultura, Pontifícia Comissão de Arqueologia Sacra e do Conselho de Coordenação das Academias Pontifícias e Elisabeth Schüssler Fiorenza, teóloga e biblista feminista.

Sumário

  • Baú da IHU On-Line: Textos já publicados no IHU sobre Maria Madalena
  • Elizabeth Johnson: As faces femininas de um cristianismo sem véu
  • Wanda Deifelt: Protagonistas que resistem a um apagamento
  • Gianfranco Ravasi: ‘Diga-nos, Maria Madalena, o que viste no caminho?’
  • Lilia Sebastiani: A história do mito e a falsificação
  • Ivoni Richter Reimer: O poder sob a égide do sagrado: manutenção do domínio religioso e normatização pela crença
  • Johan Konings: A testemunha ocular da Divina Misericórdia
  • Katherine L. Jansen: Pregadora de uma nova fé e em pé de igualdade com os outros apóstolos
  • Régis Burnet: A transcendência de Madalena: múltiplas faces no espírito dos tempos
  • Marcela Zapata-Meza: A Magdala de Maria
  • Wilma Steagall De Tommaso: O mosaico das “Madalenas”
  • Carlo Molari: A autêntica humanidade em Jesus por Maria Madalena
  • Salma Ferraz: A mística que reconhece o Salvador
  • Antonietta Potente: Os limites do reconhecimento masculino sobre a mulher
  • Chris Schenk: Paulo e Madalena: dois caminhos que levam ao Cristo
  • Lucetta Scaraffia: A apóstola da dedicação e do amor integral
  • Thomas Stegman: Um novo pensar sobre a mulher pelo reconhecimento de Madalena
  • Elisabeth Schüssler Fiorenza: O chamado de Maria de Magdala e o nosso próprio chamado