O mito é uma narrativa que pode ser contada por qualquer pessoa, com infinitas variações, e ainda assim ser reconhecida.
As linhas gerais dos mitos são reapropriadas por cada nova geração. O mito é um instrumento que possibilita às pessoas simplificar, racionalizar e recontar vivências sociais complexas. É um meio para transpor o abstrato, o global e o relativo para o reino do concreto, do local e do absoluto. É uma maneira de reafirmar a fé em determinados valores.
Se aqueles que tentam interpretar o mundo, fazem-no apenas do ponto de vista de pensadores profissionais, ignorando a persistência do mito no pensamento e na expressão cotidiana, insuficientes, com certeza, são suas conclusões.
Myth is a story that can be retold by anyone, with infinite variation, and still be recognisable as itself. The outline of surviving myth is re-recognised in the lives of each generation. It’s an instrument by which people simplify, rationalise and retell social complexities. It’s a means to haul the abstract, the global and the relative into the realm of the concrete, the local and the absolute. It’s a way to lay claim to faith in certain values. If those who attempt to interpret the world do so only through the prism of professional thinkers, and ignore the persistence of myth in everyday thought and speech, the interpretations will be deficient.
Fonte: James Meek: Robin Hood in a Time of Austerity – London Review of Books, vol. 38 n. 4 – 18 February 2016, p. 3-8.
Observo que na Bíblia encontramos o mito com muita frequência.