Recomendo a leitura de um texto de Reinaldo José Lopes, no blog Darwin e Deus, um blog sobre teoria da evolução, ciência, religião e a terra de ninguém entre elas.
O texto está distribuído em seis posts e trata da historicidade de Jesus de Nazaré.
Ele explica:
Como o título da série de posts deixa claro, a ideia é defender que algum sujeito chamado Jesus de fato nasceu em Nazaré (ou nasceu em Belém e cresceu em Nazaré, como queiram), andou pelas estradas da Galileia e da Judeia pregando e foi crucificado em Jerusalém lá pela terceira década do século 1º d.C. A questão é que, embora a esmagadora maioria dos historiadores sérios, tanto religiosos quanto agnósticos ou ateus, defenda que esse personagem existiu, há uma pequena minoria de amadores, e um ou outro historiador sério (em geral não especialista na análise das fontes bíblicas como documentos históricos), que diz que Jesus é basicamente um mito, inventado por Paulo ou por outros membros da primeira geração de cristãos. É claro que as afirmações desse pequeno grupo se tornaram populares, viraram “virais” na internet e seduziram boa parte das pessoas que, com bons ou maus motivos, querem dar umas porradas na crença cristã tradicional. Bem, meu objetivo é demonstrar que essa ideia, desculpaí, beira a pseudociência. Se você usar os critérios SECULARES, “não religiosos”, que todos os historiadores usam para estudar o resto da Antiguidade clássica, e for honesto e equilibrado com os dados, a tendência esmagadora da lógica é aceitar a historicidade básica de Jesus de Nazaré.
:: Desculpaí, mas Jesus existiu: um preâmbulo – 15/04/2014
:: Desculpaí, mas Jesus existiu: Flávio Josefo – 16/04/2014
:: Desculpaí, mas Jesus existiu: fontes pagãs – 17/04/2014
:: Desculpaí, mas Jesus existiu: critérios – 20/04/2014
:: Desculpaí, mas Jesus existiu: fontes cristãs – 22/04/2014
:: Desculpaí, mas Jesus existiu: epílogo – 23/04/2014
Quem é Reinaldo José Lopes?
Reinaldo José Lopes, 34, jornalista de ciência nascido e criado em São Carlos (SP), hoje colabora com a Folha de sua cidade natal, depois de passar quase três anos como editor de “Ciência+Saúde” na capital paulista. É formado em jornalismo pela USP e mestre e doutor em Estudos Linguísticos e Literários em Inglês pela mesma universidade, com trabalhos sobre a obra de J.R.R. Tolkien. Sobre evolução, já escreveu o livro “Além de Darwin” (editora Globo) e tem planos de escrever vários outros. É católico, são-paulino, casado e pai de um menino. Confira seu Currículo Lattes.
Oi professor, tudo bem? Obrigado por recomendar meus textos. Por conta do feriado e de outros compromissos de trabalho, ainda não concluí a série. Devo terminá-la até segunda ou terça. Abraço!
desculpaí Reinaldo, mas Flávio Josefo é uma péssima fonte. Afinal, especialistas detectaram uma inserção e uma piedosa fraude cometido pelos padres. As poucas citações de Flavio Josefo a respeito de Cristo fala-se mais do título [que podia ser qualquer pessoa, considerando que haviam diversos "Cristos" na época] do que da pessoa Yheshua ben Ioseph. há também uma falha terrível quanto ao título de Cristo, que não se encaixa no conceito de Ha-Masiah, mas isso é outro assunto.