O crescimento dos evangélicos no Brasil

Pesquisa Datafolha diz que a população brasileira se divide, em termos religiosos, em 61% de católicos e 25% de evangélicos. E os outros 14%? Pertencem a outras religiões ou não responderam.

Pelo visto, a maioria dos evangélicos vem aderindo ao pentecostalismo: 19% são pentecostais e 6/% não pentecostais.

Segundo o Datafolha, 25% dos brasileiros são evangélicos

Os evangélicos já são 25% dos brasileiros, sendo 19% seguidores de denominações pentecostais, segundo levantamento concluído em março pelo Datafolha. Ainda não há pesquisas de intenção de voto segmentadas por religião na corrida presidencial. Em 1994, quando Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foi eleito para o primeiro mandato, o segmento somava 14% da população. O crescimento do rebanho acompanha a redução do percentual de católicos, que hoje são 61%.

Leia Mais:
Presidenciáveis disputam voto evangélico

3 comentários em “O crescimento dos evangélicos no Brasil”

  1. O Datafolha acabou pondo num mesmo grupo os pentecostais e neopentecostais. E há sociólogos, como Paulo Siepierski, que preferem chamar o segundo grupo de pós-pentecostalismo[1].

    [1]Siepierski, Paulo. Pós-pentecostalismo e Política no Brasil, Estudos Teológicos, ano 37, no. 1

  2. Jones,

    Acredito até que a distinção entre pentecostalismo e neo-pentecostalismo seja coisa corriqueira, tanto entre os analistas da religião, quanto entre muitos participantes das igrejas. Embora, por não ser da área, eu não possa afirmar isto com toda certeza. Mas o DataFolha, em pesquisa de 2007 sobre as religiões dos brasileiros – veja aqui – já não fazia esta distinção, que estou vendo, deve ser fundamental, não?

    Procurei por neopentecostalismo na Internet e andei lendo algumas coisas aqui, aqui, aqui e aqui. Mas nada posso dizer do grau de confiabilidade das informações, a não ser do último, Pierucci, um respeitado sociólogo da religião e que conheço pessoalmente.

    Mas sei há muitos livros e artigos competentes sobre o assunto, minhas leituras é que estão defasadas!

    O DataFolha, por outro lado, leio em Luis Nassif Online, anda criando muita polêmica, especialmente quando opções políticas estão envolvidas. E essa pesquisa sobre religiões, se prestarmos atenção a este texto, não é exatamente sobre religiões, mas sobre as opções políticas dos maiores grupos religiosos brasileiros em função das eleições deste ano…

  3. Airton,

    Folheando a biografia de Edir Macedo me deparei com isto:

    “[o dízimo] É um compromisso que revela a fé prática. A de que Deus fica obrigado a esse compromisso com a pessoa que deu o dízimo…”[1].

    O compromisso a que Macedo se refere é o recebimento de bênçãos materiais. O pentecostalismo histórico jamais pregaria isso.

    Entendo que o Datafolha não tenha se preocupado em diferenciar os dois grupos, até porque acredito que a maioria dos leitores não faz essa distinção. Apesar disso não tenho dúvida de que alguns pentecostais ficariam bem aborrecidos por serem confundidos com os neopentecostais.

    Mas veja, meu objetivo não era polemizar. Não pude deixar de notar esse detalhe.

    Aproveito para dizer que sou um admirador do seu trabalho. Um artigo seu publicado em “Estudos Bíblicos” nr 88, intitulado “O contexto da obra histórica Deuteronomista” tem me sido muito útil. Tenho outro número que fala da helenização. Excelente!

    Li o artigo de Flávio Pierucci. Obrigado pela sugestão.

    [1] LEMOS, Christina; TAVOLARO, Douglas. O bispo: A História Revelada de Edir Macedo, 2007, p.166.

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.