Obama procura Lula para buscar “resultado positivo” em Copenhague
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, falou nesta quarta-feira (16) por telefone com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como parte de seus esforços para impulsionar um resultado positivo da cúpula sobre mudança climática (COP15), que acontece em Copenhague. “O presidente Obama destacou ao presidente Lula a importância de os dois países continuarem trabalhando para conseguir um acordo concreto que signifique um verdadeiro progresso e determinar uma ação global para enfrentar a ameaça da mudança climática”, segundo informou a Casa Branca… (Folha Online: 17/12/2009 – 02h16)
EUA prometem contribuição para fundo climático de US$ 100 bi
Os Estados Unidos vão contribuir com o fundo de US$ 100 bilhões por ano até 2020 que ajude os países pobres a lidar com a mudança climática, disse nesta quinta-feira (17) a secretária de Estado, Hillary Clinton, em Copenhague. No entanto, ela condicionou a contribuição a uma “transparência” dos países envolvidos. Uma oferta como essa, apesar de ainda sem valor definido, era esperada pela delegação brasileira, que achava difícil metas de corte maiores dos EUA. Diante das dificuldades para um acordo em Copenhague até amanhã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apostava em um aporte de dinheiro público dos EUA para um fundo global que bancaria o corte das emissões de gases-estufa e a adaptação à mudança climática. O Japão e a União Europeia também já se comprometeram em ajudar a construir esse fundo, de acordo com o jornal “Washington Post”… (Folha Online: 17/12/2009 – 09h33)
Obama viaja a Copenhague com meta de corte de CO2 tímida e promessa de ajuda
O presidente Barack Obama chega nesta sexta-feira (18) na cúpula do clima de Copenhague (COP-15) com a certeza de ter transformado a política americana sobre mudança climática e em busca de garantias de verificação ante um eventual acordo. Obama passará apenas algumas horas em Copenhague, mas seus assessores acreditam que sua presença é um sinal claro de que o governo dos Estados Unidos, fortemente criticado por se opor à redução das emissões poluentes no passado, se converteu agora num líder a favor da luta contra o aquecimento global… (Folha Online: 17/12/2009 – 12h45)
Lula rechaça responsabilidade de países pobres no clima e cobra ricos
O presidente Luís Inácio Lula da Silva descartou a responsabilidade de países em desenvolvimento sobre a mudança climática e voltou a cobrar os países desenvolvidos. Segundo Lula, as nações ricas devem assumir metas mais ambiciosas de redução de emissões de gases do efeito-estufa, “à altura de suas responsabilidades históricas”. “É inaceitável que os menos responsáveis pela mudança climática sejam suas primeiras e principais vítimas [do aquecimento global]”, afirmou o presidente. “As fragilidades de uns não podem servir de pretexto para o recuo e vacilação de outros. Não é politicamernte racional nem moralmente justificável colocar interesses corporativos e setoriais à frente do bem comum da humanidade”, observou Lula… (Folha Online: 17/12/2009 – 13h19)
Conferência de Copenhague termina sem acordo
Fonte: Folha Online: 18/12/2009 – 09h10
Lula se diz frustrado e oferece ajuda para fundo climático de US$ 100 bi
Lula fez um discurso duro, no qual criticou as barganhas dos países ricos e alertou para a intromissão deles nos países em desenvolvimento, utilizando como "desculpa" o investimento no fundo de US$ 100 bilhões…
Fonte: Folha Online: 18/12/2009 – 09h34
Cúpula do clima termina sem acordo e líderes estudam nova reunião
O secretariado da ONU responsável pela convenção do clima estuda convocar um novo encontro no próximo semestre, uma espécie de COP-15 "bis". Esta, segundo fontes que tiveram acesso à proposta, deve acontecer fora das mãos da presidência dinamarquesa. A avaliação geral no Bella Center, sede do evento, é que a Dinamarca foi um redundante fracasso, dizem delegações de países emergentes e europeus ouvidas pela Folha. A crise de confiança provocada pela apresentação abrupta de uma proposta unilateral logo no início da conferência é uma das principais razões para o naufrágio da cúpula.
Fonte: Folha Online: 18/12/2009 – 09h49
Melancólico desfecho da COP 15 – É a treva: rumo ao desastre. Artigo de Leonardo Boff
…Duas lições se podem tirar do fracasso em Copenhague: a primeira é a consciência coletiva de que o aquecimento é um fato irreversível, do qual todos somos responsáveis, mas principalmente os paises ricos. E que agora somos também responsáveis, cada um em sua medida, do controle do aquecimento para que não seja catastrófico para a natureza e para a humanidade. A consciência da humanidade nunca mais será a mesma depois de Copenhague. Se houve essa consciência coletiva, por que não se chegou a nenhum consenso acerca das medidas de controle das mudanças climáticas? Aqui surge a segunda lição que importa tirar da COP 15 de Copenhague: o grande vilão é o sistema do capital com sua correspondente cultura consumista. Enquanto mantivermos o sistema capitalista mundialmente articulado será impossível um consenso que coloque no centro a vida, a humanidade e a Terra e se tomar medidas para preservá-las. Para ele centralidade possui o lucro, a acumulação privada e o aumento de poder de competição. Há muito tempo que distorceu a natureza da economia como técnica e arte de produção dos bens necessários à vida. Ele a transformou numa brutal técnica de criação de riqueza por si mesma sem qualquer outra consideração. Essa riqueza nem sequer é para ser desfrutada mas para produzir mais riqueza ainda, numa lógica obsessiva e sem freios. Por isso que ecologia e capitalismo se negam frontalmente. Não há acordo possível.O discurso ecológico procura o equilíbrio de todos os fatores, a sinergia com a natureza e o espírito de cooperação. O capitalismo rompe com o equilíbrio ao sobrepor-se à natureza, estabelece uma competição feroz entre todos e pretende tirar tudo da Terra, até que ela não consiga se reproduzir. Se ele assume o discurso ecológico é para ter ganhos com ele…
Fonte: EcoDebate: 19/12/2009 – Artigo reproduzido por Notícias – IHU On-Line: 19/12/2009.
Países ricos devem parar de crescer, afirmam especialistas
"A noção de que crescimento econômico é algo fundamental para bem-estar, prosperidade e qualidade de vida deverá fazer parte do passado. Na visão de especialistas nas relações entre desenvolvimento e meio ambiente, o mundo passa por uma profunda transição na qual, em algum momento, será preciso que a economia deixe de crescer. A revisão do modelo de desenvolvimento é chave para conter alterações climáticas, afirmam".
A reportagem é de João Peres e foi publicada na Rede Brasil Atual, em 15/12/2009.
…"Todos os debatedores concordam que o modelo atual cairá por terra. Na verdade, para José Eli da Veiga, a transição começou nos anos 1970, quando o Choque do Petróleo tratou de mostrar que depender de uma única fonte energética era insanidade – na ocasião, tratava-se de um problema geopolítico, e a busca por produção alternativa de energia tendo em conta o aquecimento global foi fenômeno muito posterior. De lá para cá, os europeus caminharam fortemente na questão da segurança energética com a pesquisa e o desenvolvimento de novas fontes. Os Estados Unidos, por outro lado, consideraram que a solução viria pela via militar ou pela força econômica, e assim trataram de controlar parte do Oriente Médio, o que certamente levou o país a, neste momento, ver-se muito atrasado no setor"…
Fonte: Notícias – IHU On-Line: 19/12/2009.