Sinagoga de Campinas foi atacada com bombas e pedras

Criminosos atiram pedras e bombas em sinagoga de Campinas

Ao menos seis pessoas atiraram pedras e duas bombas de fabricação caseira na entrada da sinagoga da Sociedade Israelita Brasileira Beth Jacob, em Campinas (95 km de São Paulo), na noite desta sexta-feira.

Segundo a polícia, os artefatos explodiram e danificaram a porta principal da sinagoga. As chamas foram contidas por vizinhos, com extintores de incêndio. Ninguém ficou ferido.

O presidente da sociedade, Pedro Tiago, afirmou que na calçada em frente à sinagoga os criminosos escreveram, com tinta branca: “Líbano, o verdadeiro holocausto”.

Pedro Tiago informou ainda que não é a primeira vez que acontece um atentado contra a sinagoga. De acordo com ele, em outras ocasiões, além de bombas, os criminosos atiraram contra o local e picharam o templo.

O presidente da sociedade disse que, no momento do atentado, não havia ninguém no local. A segurança na sinagoga foi reforçada e o caso registrado no 1º DP de Campinas.

Violência

A atual onda de violência entre Israel e o grupo terrorista libanês Hizbollah teve início no dia 12 de julho, depois do seqüestro de dois soldados israelenses –outros oito soldados foram mortos na ação do grupo.

O conflito já deixou quase mil mortos. Só no Líbano, cerca de 900 pessoas morreram, sendo que mais de 800 eram civis. Em Israel, confrontos e foguetes do Hizbollah deixaram mais de 70 mortos, sendo mais de 30 civis.

Fonte: Tathiana Barbar – Folha Online: 05/08/2006

O que aconteceu com o Javista na atual pesquisa do Pentateuco? Ele desapareceu e levou consigo a Hipótese Documentária, explica Rolf Rendtorff

No Congresso Internacional da Society of Biblical Literature (SBL), que aconteceu em Edimburgo, Escócia, entre os dias 2 e 6 de julho de 2006, o professor Rolf Rendtorff, da Universidade de Heidelberg, Alemanha, apresentou a palestra What Happened to the “Yahwist”?: Reflections after Thirty Years [O que aconteceu com o “Javista”? Retomando o tema trinta anos depois], que agora sai publicada no Forum de agosto da SBL.

Os trinta anos do título têm a ver com o fato de Rolf Rendtorff ter apresentado, exatamente em Edimburgo, em 1974, uma exposição sobre o Javista, com o título “Der Jahwist als Theologe? Zum Dilemma der Pentateuchkritik” [O ‘Javista’ como teólogo? O dilema da crítica do Pentateuco].

No atual artigo, Rendtorff lembra as pesquisas feitas deste então, assunto que trato em um texto sobre a situação atual da pesquisa da História de Israel (e do Pentateuco) , e que convido o leitor a verificar (só o item 2: Van Seters reinventa o Javista) antes de prosseguir esta leitura. Ele diz que desde 1974 defendia o abandono da hipótese documentária do Pentateuco, mas foram refinamentos da hipótese e não o seu abandono o que veio acontecendo nos anos seguintes, de modo especial um intenso debate acerca do pilar de sustentação da hipótese, que é exatamente o Javista (But what happened instead in the following years was a discussion not about an alternative to this hypothesis but about its refinement. In particular, there began a widespread discussion about the central pillar of the hypothesis, the so-called Yahwist).

Após citar Von Rad e sua posição sobre o Javista – visto por ele como autor e teólogo – Rendtorff diz que vai apenas chamar a atenção para algumas características da pesquisa acadêmica mais recente – e não fazer um levantamento completo do que ocorreu nos últimos trinta anos (It is not my intention to unfold the whole history of research in the last thirty years. But I want to mark some characteristic positions that show the great diversity in the present scholarly debate).

Em primeiro lugar, há aqueles que ainda defendem a tradicional hipótese das fontes do Pentateuco, como Richard Elliott Friedman, em estudo publicado em 2005. Mas o que fazer com o texto após despedaçá-lo em J, E, P, D etc. E o texto em seu conjunto, como fica, pergunta R. Rendtorff?

Há também um grupo que sustenta uma ‘hipótese documentária reduzida’, eliminando o Eloísta (E) e concentrando a pesquisa no Javista (J), além de deslocá-lo para a época mais recente do Deuteronomista, a época do exílio babilônico, como John Van Seters e Hans Heinrich Schmid o fazem em suas clássicas obras da década de 70. Na mesma direção vai Christoph Levin em uma obra de 1993.

Mas há também um grupo que mais recentemente tem encontrado dificuldade em identificar o Javista. Enquanto o Sacerdotal (P) e a teologia Deuteronomista são claramente identificáveis no Pentateuco, quase tudo sobre o Javista começa a ser questionado: sua época e dimensão, sua coerência interna, características teológicas, enfim, sua existência como tal.

Por isso, em 1999, Christoph Levin convidou, em Munique, um grupo de pesquisadores para uma discussão sobre “O Javista e seus críticos”, da qual resultou o livro publicado em 2002 com o título de Abschied vom Jahwisten. Die Komposition des Hexateuch in der jüngsten Diskussion [Um adeus para o Javista. A composição do Hexateuco na discussão recente]. Sobre este livro leia o trecho que começa com E a crise do Pentateuco continua, em meu artigo já citado. É, como digo ali, “adeus” Javista (Jean Louis Ska expresses this by the title of his introductory essay: “The Yahwist, a Hero with a Thousand Faces.” Indeed, this collection of essays shows many different faces of “J.” And for many of the authors, the Yahwist has no face at all because he does not exist any longer).

Neste ponto de seu artigo, Rolf Rendtorff, após expor a posição de vários dos autores desta obra que descarta o Javista, chega à conclusão de que o fim do Javista significa também o fim da Hipótese Documentária. Em suas palavras:

In my view, this book shows very clearly that the end of the Yahwist means at the same time the end of the Documentary Hypothesis. A documentary hypothesis with just one single document cannot work like an hypothesis that was originally established and developed with four or at least three documents or sources, whose interrelations are a basic element of the method of working in the framework of this theory. As I mentioned before, only a few of the essays in this volume deal with this question, and they touch it just briefly and rather hesitantly. Instead, the question is raised of the interrelations between certain blocks, such as patriarchal stories and Exodus traditions or Genesis and the following books. These are questions beyond the Documentary Hypothesis“.

E termina seu artigo com a pergunta: “Novamente: O que aconteceu com o Javista? A resposta: desapareceu e levou com ele o edifício no qual ele habitava, porque não há ali outros moradores” (Again: What happened to the Yahwist? The answer: He faded away, and he took with him the building he had lived in because there are no inhabitants any longer).

No mesmo Forum da SBL há outro artigo: de David J. A. Clines, da Universidade de Sheffield, Reino Unido. É uma resposta ao texto de R. Rendtorff , com o título de Response to Rolf Rendtorff’s “What Happened to the Yahwist? Reflections after Thirty Years“.

Ibrahim Saleh, brasileiro, morre lutando pelo Hizbollah no Líbano

Brasileiro morre no Líbano lutando pelo Hizbollah

O Hizbollah ganhou nesta semana um “mártir” brasileiro. Ibrahim Saleh, 17, morreu na última terça-feira quando lutava nas fileiras do grupo terrorista contra Israel na cidade de Maroun er Ras, no sul do Líbano.

Filho de mãe brasileira e pai libanês, Ibrahim foi morto quando um míssil israelense atingiu o carro em que estava, com outros três combatentes do Hizbollah. Um irmão de Ibrahim, de 23 anos, também brasileiro, continua na região dos combates defendendo o Hizbollah.

Segundo a família, Ibrahim foi atraído muito cedo pela ideologia do grupo xiita, e seu sonho sempre foi morrer lutando contra Israel. “Ele dizia que não queria ter uma morte qualquer, como em um acidente de carro. Queria ser “shahid” [mártir], morrer na guerra”, conta a tia de Ibrahim Zeina Kourani, paulista de Itapevi que vive na cidade de Tiro, uma das mais bombardeadas na atual ofensiva. “Disseram-nos que ele tinha um sorriso nos lábios quando foi encontrado morto.”

Shakibah, a mãe de Ibrahim, diz não ter ficado triste com a morte do filho, ocorrida exatamente da forma como ele queria. Deu um depoimento à Folha, mas preferiu deixar as explicações para a irmã. Orgulhosa porque ele caiu lutando pelo grupo xiita, Shakibah recebeu dezenas de telefonemas de vizinhos parabenizando-a pelo ato de Ibrahim. “Estão todos ligando e dizendo a ela que graças a Deus ele morreu assim”, afirma Zeina.

Educação para a guerra

Shakibah e Zeina são parte de uma família xiita de dez irmãos brasileiros de origem libanesa, seguidores dos preceitos do islamismo e adeptos da filosofia do Hizbollah. Dos dez, sete estão no Líbano. Os outros três moram ainda em Itapevi, inclusive um vereador local, Akdenis Mohamed Kourani, curiosamente eleito por um partido identificado com outra religião, o Partido Trabalhista Cristão.

Embora tivesse passaporte brasileiro, Ibrahim jamais foi ao país natal da mãe. Foi criado em Tiro, cidade dominada pelo Hizbollah –como todo o sul do Líbano. Nunca teve dúvidas do que queria. Segundo a família, ele não chegou nem a fazer planos para quando terminasse os estudos. Não pensava em faculdade ou profissão. Sua idéia fixa era juntar-se ao Hizbollah. Mais que isso: sonhava em morrer no campo de batalha. “Ele sabia que ia morrer assim, por isso nunca fez planos para quando crescesse”, diz a tia, com voz calma.

Inteiramente engajado na luta armada dos xiitas libaneses, Ibrahim mantinha pouco contato com o Brasil. A ligação com o seu segundo país limitava-se à relação com os primos brasileiros, quando eles vinham visitá-lo no Líbano.

Zeina conta que Ibrahim, como muitas crianças xiitas no sul do Líbano, começou muito cedo a ser treinado para lutar. Não fazia parte da rede de escolas do Hizbollah, estudava em uma instituição pública do Estado libanês, não-muçulmana. Paralelamente, de forma secreta, recebia um outro tipo de educação. “Eles levam os meninos para ensinar e ninguém sabe de nada, onde é ou como isso é feito. Nem mesmo os pais”, diz Zeina. Segundo ela, a convocação acontece quando os meninos xiitas têm “mais ou menos 13 anos”.

Ela calcula que haja cerca de 30 mil jovens no sul do Líbano prontos para entrar na luta, muito mais do que os que já estão na linha de frente. Pouquíssimos, porém, com tão pouca idade como Ibrahim. “Os menores são muito poucos. O Ibrahim foi voluntário”, afirma Zeina, segundo a qual o sobrinho já queria ir para a luta no ano passado quando ainda tinha apenas 16 anos.

Além de Ibrahim, Shakibah tem outro filho (cujo nome prefere não ver publicado, por motivos de segurança), que também está na linha de frente do Hizbollah, e duas filhas, de 24 e 16 anos. Desde o começo do conflito, a família desconhece o paradeiro do irmão de Ibrahim, que também tem passaporte brasileiro. “A gente sabe que ele está bem porque manda notícias, mas não sabe onde ele está”, diz Zeina.

Para um primo da mãe de Ibrahim, Abbas Kourani, que mora na cidade portuária de Sidon, as circunstâncias da morte do jovem ainda não estão claras. Ele acha difícil acreditar que o adolescente estivesse na zona de combate como parte da guerrilha xiita, apesar da vocação precoce conhecida por todos. “Sei que o irmão dele era o mais engajado, mas Ibrahim pode ter sido levado para lá e não ter conseguido sair. O que eu ouvi falar é que ele estava ajudando as pessoas desabrigadas”, conta Abbas.

Segundo a família, que ainda não viu o corpo, o enterro será providenciado pelo Hizbollah e deve acontecer em Tiro, mas só quando acabar o conflito.

Fonte: Folha Online: 05/08/2006

Sionistas cristãos anseiam pelo Armagedon

Lobbying for Armageddon
“Some influential evangelical leaders are lobbying for an attack on Iran. But it’s not about geopolitics – it’s about bringing about the End Times”.

O que é o sionismo cristão? Leia aqui mais para o fim da página.