No rescaldo da sessão sobre os biblioblogs na SBL, uma polêmica tomou conta de muitos biblioblogs: por que os biblioblogueiros são em sua quase totalidade homens, brancos, acadêmicos e de países ricos? A questão de gênero: onde estão as mulheres biblioblogueiras? O monopólio cultural: onde estão os biblioblogs de outras culturas fora do circuito acadêmico europeu/norte-americano? Seria mesmo adequado o nome biblioblog? Nomear neste caso serve para distinguir, ou o rótulo “bibliobloggers” estaria sendo utilizado para definir um “clube” específico e fechado?
E a questão da língua – predomina o inglês – que nem chegou a ser colocada? Sabemos que todo biblista competente consegue ler uma dezena ou mais de línguas, sendo o inglês, o francês e o alemão obrigatórios pela extensa bibliografia publicada nestas três línguas. Mas os falantes de língua inglesa estão preocupados em ler, por exemplo, o português? Ou não precisam aprender línguas de países periféricos, por ser sua produção acadêmica significativamente menor? Ou ainda: tudo o que sai nas “línguas periféricas” não acaba traduzido para o inglês, a língua dominante na Internet e no mundo?
“Blogo” ou não “blogo” (!): eis a questão! “Biblioblogo” ou não “biblioblogo”: onde está a solução?
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