E o Iraque, gente?

Será que a gente já se esqueceu que o desastre cultural que tomou conta da antiga Mesopotâmia desde 2003 continua? Que sítios arqueológicos continuam a ser destruídos (também) pelas tropas invasoras?

Apelos “for clearing the sites of all troops” continuam a ser lançados…

Enquanto isso, dá até nojo ver que tem gente jurando, mais uma vez, que “descobriu” a Arca da Aliança…

Sem paz com palestinos, Israel pode acabar

Israel pode entrar em colapso sem Estado palestino, diz Olmert

O premiê israelense, Ehud Olmert, afirmou nesta quinta-feira que, se não for alcançada uma solução de “dois Estados para dois povos”, chegará um dia em que o Estado de Israel poderá entrar em colapso, como ocorreu na África do Sul do regime do Apartheid. Olmert deu as declarações em entrevista ao jornal israelense “Haaretz”, um dia depois do término da conferência de paz em Annapolis (EUA), na qual israelenses e palestinos expressaram sua intenção de negociar um acordo para criar um Estado palestino até 2009. “Chegará o dia em que a solução de dois Estados não poderá se materializar, e então enfrentaremos um conflito como ocorreu na África do Sul pela igualdade no direito de voto”, disse Olmert, em Washington, ao jornal israelense sediado em Tel Aviv. O premiê ressaltou que, “quando isso ocorrer, o Estado de Israel terá acabado” (…) Pesquisas divulgadas por jornais israelenses apontam que apenas um em cada cinco israelenses acham que a conferência em Annapolis foi um sucesso, enquanto 80% afirmam que líderes palestinos e israelenses não conseguirão chegar a um acordo de paz em 2008 (…) [Entretanto] 53% apóiam um acordo de paz que inclua soluções para o conflito.


Leia o texto completo.

Fonte: Folha Online: 29/11/2007 – 12h38

O Ocidente deve invadir o Oriente? Ora, ora…

Aznar defende entrada de Israel na Otan
… em palestra de cerca de 20 minutos [em jantar na noite de ontem, em São Paulo, Brasil], Aznar [o ex-premiê espanhol José María Aznar] defendeu a entrada de Israel na Otan (aliança militar ocidental), disse que é preciso defender o país de um eventual Irã nuclear e ainda afirmou que, “apesar de ‘estar’ no Oriente Médio, o Estado hebreu não ‘é’ do Oriente Médio” – desqualificando seus vizinhos árabes. “Venho defendendo a entrada de Israel na Otan há anos. Israel é ocidental [sublinhados meus]. Aos que acham que isso traria problemas, respondo: isolar Israel trará problemas maiores ainda”, disse Aznar…

Leia na Folha Online de 23/11/2007 – 20h41.

Quem apresentou Aznar aos convidados foi o presidente da Universidade israelense Bar-Ilan, Moshe Kaveh…

Ortodoxia: futuro problema para Israel?

Crescimento de população ortodoxa preocupa israelenses — Folha Online – BBC Brasil: 04/09/2007 – 09h37
Israel enfrenta um crescente dilema demográfico em relação aos judeus ortodoxos: a população não pára de crescer, aumentando a pressão sobre a defesa do país, uma vez que o grupo não presta serviço militar.

Threat to Israeli army future – BBC News: 2 Sep 2007 (video)
A rise in the number of youngsters becoming ultra-orthodox Jews could threaten the future of the army, as they will avoid conscription duties.

Oriente Medio em chamas

Leia a análise de Caio Blinder: EUA enfrentam tempestade com crises no Oriente Médio.

Da BBC Brasil, em Nova York: 18/06/2007, às 09h33

Algumas frases:
A ambiciosa estratégia do governo Bush de arquitetar um nova ordem no Oriente Médio com legitimidade democrática está em pane. Existe na verdade um novo cenário com desafios bastante complexos que podem resultar em um vasto desastre para os interesses americanos (…) O Oriente Médio hoje é uma tempestade, comprovando mais do que nunca a incapacidade do ambicioso timoneiro George W. Bush de conduzir os interesses americanos para um porto seguro. Há desastres no horizonte. E a tempestade vai além dos mares (ou desertos) do Oriente Médio (…) Mas vamos delimitar as turbulências. O clichê Oriente Médio em chamas é plenamente adequado: há o colapso do projeto nacional palestino, as várias frentes de batalha dentro do pequeno Líbano, as ansiedades sobre o futuro do presidente egípcio Hosni Mubarak e a constatação escancarada de que a nova estratégia americana no Iraque de reforço de tropas não mostra resultados satisfatórios. Cada ponto de crise tem sua própria dinâmica, mas o denominador comum…

Guerra diverte – o demo acha

Israel celebra nesta terça-feira 40 anos do início da Guerra dos Seis dias, ocorrida entre 5 e 10 de junho de 1967.

The 1967 Middle East War, also known as the Six Day War, was the third conflict between Israel and neighbouring Egypt, Jordan and Syria.

Leia:

:: Oriente Médio – Folha Online

:: Proche-Orient – Le Monde Diplomatique

Futuro de Israel e dos palestinos continua incerto

Há 40 anos, o então jovem Estado de Israel, festejava o que, naquela época, parecia ser uma vitória fulminante contra os paises árabes. Porém, 40 anos depois, essa vitória pode se configurar como uma tragédia. Em seis dias, de 5 a 10 de junho de 1967, o Exército israelense venceu os exércitos do Egito, da Jordânia e da Síria e ocupou os territórios palestinos na Cisjordânia, em Jerusalém Oriental e na Faixa de Gaza, o deserto egípcio do Sinai e as colinas sírias do Golã. O governo israelense daquela época, liderado pelo Partido Trabalhista, anunciou que não tinha intenções de manter os territórios ocupados e que esses serviriam como “cartas para a negociação, com o objetivo de assinar um acordo de paz geral com o mundo árabe”. Quarenta anos depois, Israel continua ocupando grande parte das tais “cartas” – exceto o deserto do Sinai, que foi inteiramente devolvido ao Egito (…) Hoje mais de 450 mil cidadãos israelenses moram nos territórios ocupados por Israel em 1967 (…) [Hoje] tanto em Israel como nos territórios palestinos, se fortalecem as lideranças que se opõem a um acordo histórico entre os dois povos. Depois de 40 anos de ocupação, ainda não parece haver luz no fim do túnel, nem para os israelenses nem para os palestinos, diz Guila Flint, Ocupação israelense completa 40 anos sem solução, BBC Brasil: 04/06/2007 – 09h10).

Em outra reportagem Guila Flint mostra que o Oriente Médio dos próximos 40 anos poderá ser muito diferente do Oriente Médio dos últimos 40 anos. A incapacidade de Israel de conviver com os palestinos e sua relutância em desocupar seus territórios, o crescimento do fundamentalismo islâmico, o possível armamento nuclear do Irã e, em seguida, do Egito são alguns dos fatores fundamentais desta mudança. A única saída para Israel é chegar a um acordo com os palestinos.

Diz Guila Flint em Futuro de Israel e dos palestinos ainda é incerto, na BBC Brasil: 04/06/2007 – 09h12:

Mudanças significativas que estão ocorrendo no Oriente Médio indicam que os próximos 40 anos podem ser muito diferentes das quatro décadas anteriores, depois da ocupação dos territórios conquistados por Israel na guerra de 1967. É pouco provável que Israel possa manter a ocupação dos territórios a longo prazo, e o Oriente Médio de 2007 não é o mesmo que era em 1967. Novas forças políticas, econômicas e militares atuam nesta região. O fundamentalismo islâmico se fortaleceu, e o Irã, país que lidera essa corrente, pode vir a ter condições de fabricar armas nucleares. Se o Irã, um país xiita, tiver uma bomba atômica, o maior país do mundo árabe – o Egito, que é sunita – pode também decidir aderir à corrida nuclear rapidamente. Em vista do fortalecimento das correntes islâmicas radicais no Egito, em um futuro não muito longínquo, ainda existe o risco de o fundamentalismo ganhar espaço no país. O conflito com os palestinos não constitui uma ameaça existencial para Israel, mas países da região armados com armas nucleares podem vir a ser (…) A grande questão é se a liderança israelense terá coragem de encarar a realidade da região e evitar uma catástrofe e, antes que seja tarde demais, chegar a um acordo histórico com os palestinos que deverá ter um impacto positivo nas relações de Israel com todo o mundo árabe.

O que fizeram com o Iraque?

Iraque está à beira de colapso, diz relatório (BBC Brasil)
O Iraque está diante da possibilidade de um colapso e de uma fragmentação, segundo relatório divulgado nesta quinta-feira, pela respeitada consultoria em política internacional britânica Chatham House.

Iraque vive “várias guerras civis” e pode entrar em colapso (Folha Online)
O Iraque não vive apenas uma guerra civil, e sim vários conflitos civis e insurgências envolvendo comunidades e organizações diversas que disputam o poder, aponta um relatório da consultoria em política internacional britânica Chatham House, divulgado nesta quinta-feira.

War-torn Iraq ‘facing collapse’ (BBC News)
Iraq faces the distinct possibility of collapse and fragmentation, UK foreign policy think tank Chatham House says.