Gerhard von Rad

É sempre bom lembrar: neste dia, em 1901, nascia Gerhard von Rad, um dos mais brilhantes biblistas do século XX.

 

Gerhard von Rad: Nürnberg: 21.10.1901 - Heidelberg: 31.10.1971

Confira no WorldCat a lista das obras de Gerhard von Rad em várias línguas.

Leia a biografia de Gerhard von Rad aqui (em alemão).

E também: Bernard M. Levinson, Reading the Bible in Nazi Germany: Gerhard von Rad’s Attempt to Reclaim the Old Testament for the Church.

Como eu disse em entrevista de 2006, von Rad influenciou muito os meus estudos de Bíblia: A [minha] opção pelos estudos acadêmicos de Bíblia, porém, ocorreu, de maneira mais imediata, em Roma. Eu diria que fui influenciado especialmente por brilhantes colegas brasileiros que estudavam no PIB, e com os quais eu convivi no Colégio Pio Brasileiro, e por alguns professores da Gregoriana que me fizeram gostar de Bíblia, como G. Bernini de quem, se dizia, dormia com os livros de G. von Rad debaixo do travesseiro…

Morreu Jacob Neusner

O renomado pesquisador do judaísmo, Jacob Neusner, faleceu ontem, 8 de outubro de 2016, aos 84 anos de idade. Jacob Neusner era de Hartford, Connecticut, USA.

Veja no WorldCat a bibliografia de Jacob Neusner.

Jacob Neusner: 28.07.1932 - 08.10.2016

Scholar Jacob Neusner Dead at 84

Jacob Neusner, renowned scholar of rabbinic Judaism of the Mishnaic and Talmudic eras, passed away on Saturday, October 8, 2016, in Rhinebeck, NY. Born in Hartford, Connecticut, Neusner studies at Harvard University, the Jewish Theological Seminary of America, the University of Oxford, and Yale University.

Neusner is known for developing a humanistic and academic reading of the Jewish classical works, treating the religion in its social setting, as something a group of people do together, rather than as a set of beliefs and opinions.

Neusner was a pioneer in the application of the “form criticism” approach to Rabbinic texts. Much of his work consisted of de-constructing the prevailing approach viewing Rabbinic Judaism as a single religious movement within which the various Rabbinic texts were produced. In contrast, Neusner viewed each rabbinic document as an individual piece of evidence that can only shed light on the more localized forms of Judaism of each specific document’s place of origin and the specific Judaism of the author. His work “Judaism: The Evidence of the Mishnah” (Chicago, 1981; translated into Hebrew and Italian) is the classic statement of his work and the first of many comparable volumes on the other documents of the rabbinic canon.

Neusner taught at Bard College since 1994. He also taught at Columbia University, University of Wisconsin–Milwaukee, Brandeis University, Dartmouth College, Brown University, and the University of South Florida.

In addition to his scholarly activities, Neusner was involved in shaping Jewish Studies and Religious Studies in the American University. He sponsored a number of conferences and collaborative projects that drew different religions into conversation on the difference in religion, religion and society, religion and material culture, religion and economics, religion and altruism, and religion and tolerance.

Fonte: The Jewish Press – October 9th, 2016

Dom Sérgio da Rocha: cardeal

Dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Brasília e atual presidente da CNBB, será nomeado cardeal no dia 19 de novembro de 2016. O anúncio foi feito hoje pelo papa Francisco.

Dom Sérgio foi meu aluno na PUC-Campinas e, alguns anos mais tarde, ao terminar seu doutorado, meu colega. Sérgio era Professor de Teologia Moral quando foi nomeado bispo em 2001.

Dom Sérgio da Rocha

Diz a página da CNBB:

O papa Francisco anunciou na manhã deste domingo, 9, a realização de um consistório para a criação de novos cardeais. O Brasil foi contemplado com a escolha do arcebispo de Brasília (DF) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Sergio da Rocha. A celebração acontece na véspera do fechamento da Porta Santa da Misericórdia.

“Com alegria, anuncio que sábado, 19 de novembro, na véspera do fechamento da Porta Santa da Misericórdia, realizarei um Consistório para nomear 13 novos cardeais, de cinco continentes. Sua proveniência, de 11 nações, expressa a universalidade da Igreja que anuncia e testemunha a Boa Nova da Misericórdia de Deus em todos os cantos da terra. A inclusão dos novos cardeais na diocese de Roma manifesta também a inseparável relação existente entre a Sé de Pedro e as Igrejas particulares ao redor do mundo”, disse o papa.

Parabéns, Sérgio.

Leia Mais:
Dom Sérgio da Rocha: presidente da CNBB
Dom Sérgio da Rocha: arcebispo de Brasília

Carlos Mesters: na brisa leve um suave perfume

Um belo texto sobre o nosso mestre Carlos Mesters. Encontrei por acaso e achei interessante transcrever aqui.

Carlos Mesters – O suave perfume da flor sem defesa expandiu-se em brisa leve

Por Mercedes Lopes – 07/06/2016

Nascido no sul da Holanda, em 20 de outubro de 1931, Jacobus Gerardus Hubertus Mesters chega ao Brasil em janeiro de 1949 e em 1951 recebe o hábito carmelita com o nome de frei Carlos. Um nome de origem germânica que literalmente significa homem. Mas, alguns estudiosos acrescentam a este nome alguns adjetivos, como “homem livre” ou “homem do povo”, qualidades que, entre tantas outras, marcam a personalidade de Carlos Mesters.

Depois de concluir o ginásio e de cursar humanidades e filosofia, em São Paulo, Carlos Mesters faz teologia em Roma, na Pontifícia Universidade Santo Tomás de Aquino. Estuda Ciências Bíblicas no Instituto Bíblico de Roma [PIB] e faz uma especialização na École Biblique de Jerusalém. Em 1962, volta a Roma para defender a tese junto à Pontifícia Comissão Bíblica sobre o Apocalipse de São João. Em 1963, de volta ao Brasil, é nomeado professor do Curso Teológico dos Carmelitas, em São Paulo. Revela-se um excelente professor de exegese bíblica, usando com criatividade o método histórico crítico. O grande interesse de seus alunos pelo estudo chama a atenção de seus superiores. Desse modo, em 1967 é nomeado professor do Colégio Internacional Santo Alberto, em Roma.

Em 1968, dá por encerrada sua colaboração em Roma e volta ao Brasil, pois seu coração já é brasileiro e sente saudades. Passa a viver em Belo Horizonte (MG), onde o Convento do Carmo mantém uma rede de militância ligada à situação social, religiosa e política da época. Com a ditadura militar iniciada em 1º de abril de 1964, em novembro de 68 o Gal. Arthur da Costa e Silva estabelece o Ato Institucional nº 5, aumentando o número de prisões, torturas, assassinatos e desaparecimento de lideranças.

Frei Carlos começa a escrever, tendo dois destinatários bem definidos: 1º) As Comunidades Eclesiais de Base 2º) Pessoas que estudam a Bíblia e são professores. Com seus escritos, oferece um olhar novo, que ajuda a perceber a ligação entre a Bíblia e a Vida. Sua obra está inserida na Teologia da Libertação, com o objetivo de animar e iluminar a caminhada libertadora dos pobres, através da leitura bíblica, gerando uma espiritualidade comunitária de pé no chão.

Desde então, frei Carlos torna-se um peregrino da Palavra de Deus e decide passar um período de sua vida em Crateús, sertão do Ceará, sentindo na pele a vida sofrida dos pobres e aprendendo da grande sabedoria do povo do sertão nordestino. Identificou-se de tal maneira com as comunidades de Crateús que, em um encontro de religiosas, uma jovem Irmã afirma cheia de alegria que conhece a mãe do Carlos Mesters. “Então você esteve na Holanda?”, lhe perguntaram. Ela respondeu: “Por que na Holanda? A mãe dele mora mesmo é em Tauá, lá perto de Crateús! Eu fui lá participar de um curso bíblico e conheci a mãe dele”.

Carlos Mesters

Com essa proximidade simples e muita sensibilidade, frei Carlos começa um jeito novo de ler e de interpretar a Bíblia: a Leitura Popular da Bíblia. Ao criar e partilhar a metodologia da Leitura Popular da Bíblia, ele foi descobrindo e animando novos sujeitos da interpretação bíblica. Assim, ao oficializar a fundação do CEBI (Centro Ecumênico de estudos Bíblicos), em 1978, no convento do Carmo em Angra dos Reis – RJ, no dia 20 de julho, festa do profeta Elias, frei Carlos já havia despertado muitas lideranças que se apaixonaram por esta proposta e entraram para o CEBI, formando Regionais e Sub-regionais do CEBI por todo o Brasil.

A leitura da Bíblia feita em comunidade e ligada à realidade, com o compromisso de lutar em conjunto para modificar as situações injustas, gera relações de amizade e companheirismo. São essas relações de proximidade e cumplicidade que ajudam as comunidades cristãs a fazer uma experiência de Deus que escuta o grito dos pobres e caminha com seu povo oprimido. Esta nova experiência de Deus confirma a caminhada e vai exigindo maior conversão e entrega coletiva ao seu serviço do Reino. A grande aceitação e ampliação do CEBI está marcada por esta mística.

Em 1982, houve um encontro latino americano e caribenho de Teologia da Libertação, realizado no TUCA, auditório da PUC de São Paulo. Ali estava frei Carlos, não somente falando sobre a possibilidade de ler e de entender a Palavra de Deus dentro da realidade sofrida dos pobres, mas cantando a música “Mandacaru”, que celebra a resistência criativa do povo diante da miséria e da fome:

“A terra de seca não tinha suor, nem lágrimas cai nos óio que sente dor.

Tamanho verão o sol prometeu: não há quem resista tão grade calor.

No meio daquele deserto agrião um verde bonito, suspenso no ar,

de braços abertos pedindo ao céu tem dó deste povo, aprendeu a rezar.

SÓ MANDACARU, SÓ MANDACARU,

SÓ MANDACARU RESISTIU TANTA DOR!”

Através de intensa produção literária e dos cursos bíblicos realizados por toda parte, o perfume suave da flor foi se expandindo com total liberdade, fazendo com que “a casa se encha de perfume!” (Jo 12,4). Como frei Carlos não se preocupa muito com questões de direitos autorais, sua palavra, falada ou escrita espalhou-se com a liberdade de uma “brisa leve”, criando um clima de esperança e coragem. Foi através desse movimento que o CEBI começou antes de começar.

Carlos Mesters é autor de vários livros sobre a Bíblia, sozinho ou com autoria compartilhada. Mas, ele mesmo já deve ter perdido a conta dos cursos que assessorou, dos textos que escreveu, das reuniões de que participou, das entrevistas e reportagens que deu. E, assim, o suave perfume da flor sem defesa expandiu-se, levando as pessoas a sentirem a presença carinhosa de Deus em suas vidas e a caminhar na esperança.

Helder Câmara e Luciano Mendes de Almeida

Por ocasião do processo de impeachment da presidenta Dilma, Jacques Távora Alfonsin, procurador aposentado do estado do Rio Grande do Sul e membro da ONG Acesso, Cidadania e Direitos Humanos, faz memória de D. Helder Câmara e D. Luciano Mendes de Almeida, cuja vida e morte são recordadas no dia de hoje, 27 de agosto.

D. Helder Camara e D. Luciano Mendes de Almeida

Assim começa o artigo 27 de agosto: boa hora para recordar Helder Câmara e Luciano Mendes de Almeida

Quando começa a fase definitiva de julgamento do que está se chamando de impeachment da presidenta Dilma, a lembrança de uma coincidência – duas mortes de bispos da Igreja – ocorrendo ambas no dia 27 de agosto, a de Dom Helder em 1999 e a de Dom Luciano, 7 anos depois, oportuniza serem lembradas essas duas personalidades brasileiras de grande presença pastoral e política no Brasil, contrária à prolongada ditadura imposta ao país em 1964, ainda hoje  inspirando grande parte das iniciativas golpistas em andamento.

Leia.

Morreu o biblista George E. Mendenhall

Morreu aos 99 anos de idade, no dia 5 de agosto de 2016, o biblista norte-americano George E. Mendenhall (13 de agosto de 1916 – 5 de agosto de 2016).

Trabalhando a questão das origens de Israel, em 1962 George E. Mendenhall defendeu que Israel surgiu de uma revolta camponesa ocorrida em Canaã e não de um grupo que teria vindo de fora da Palestina. Foi uma reviravolta e tanto neste difícil e controvertido campo.

Posteriormente, Norman K. Gottwald desenvolveu amplamente a ideia de uma revolta camponesa para explicar as origens de Israel.George Emery Mendenhall: August 13, 1916 - August 5, 2016

Escrevi em minha História de Israel:

A teoria da revolta foi defendida primeiro por George Mendenhall, com um artigo chamado “The Hebrew Conquest of Palestine”, publicado em The Biblical Archaeologist 25, p. 66-87, 1962. O artigo já começa com uma constatação, que hoje tornou-se lugar comum em congressos ou salas de aula: “Não existe problema da história bíblica que seja mais difícil do que a reconstrução do processo histórico pelo qual as Doze Tribos do antigo Israel se estabeleceram na Palestina e norte da Transjordânia”.

De fato, a narrativa bíblica enfatiza os poderosos atos de Iahweh que liberta o povo do Egito, o conduz pelo deserto e lhe dá a terra, informando-nos, deste modo, sobre a visão e os objetivos teológicos dos narradores de séculos depois, mas ocultando-nos as circunstâncias econômicas, sociais e políticas em que se deu o surgimento de Israel.

Frente a isso, os pesquisadores sempre utilizaram modelos ideais para descrever as origens de Israel, como o fez Martin Noth com a tese da anfictionia, importada do mundo grego. O que George Mendenhall propôs com o seu artigo foi apresentar um novo modelo ideal em substituição a modelos que não mais se sustentavam, sugerindo uma linha de pesquisa que levasse em conta elementos que até então não tinham sido considerados, para concluir: “Não houve uma real conquista da Palestina. O que aconteceu pode ser sumariado, do ponto de vista de um historiador interessado somente nos processos sociopolíticos, como uma revolta camponesa contra a espessa rede de cidades-estado cananeias”.

Sobre George E. Mendenhall, leio em página da Universidade de Michigan:

A native of Iowa, George Mendenhall took his undergraduate studies at Midland College, Fremont, Nebraska, and graduate studies at Johns Hopkins University, where he received his Ph.D. degree in biblical studies in 1947. He simultaneously studied at Western Theological Seminary, Fremont, Nebraska, and the Lutheran Theological Seminary, Gettysburg, Pennsylvania, and was ordained minister of the United Lutheran Church in America in 1942.

In 1947 Professor Mendenhall joined Hamma Divinity School, Wittenberg College, Springfield, Ohio, as assistant professor, and was promoted to associate professor in 1950.

Professor Mendenhall was appointed associate professor of ancient and biblical studies in the Department of Near Eastern Studies at The University of Michigan in 1952, and was promoted to full professor in 1958.

Professor Mendenhall developed biblical studies at Michigan into one of the leading centers in the field, with his pioneering multi-disciplinary research, which combined linguistics, sociology and archaeology. His book, The Tenth Generation: The Origins of the Biblical Tradition, 1973, which appeared in paperback a year later, and his Law and Covenant in Israel and the Ancient Near East, 1955, which was soon translated into other languages, are milestones of biblical studies.

Professor Mendenhall has received many honors from his peers, including two honorary doctorates, and numerous lectureships, between which was the Henry Russel Lectureship at Michigan in 1973, and a Festschrift in 1983.

 

George E. Mendenhall (1916-2016)

Emeritus Professor Mendenhall passed away on August 5, 2016

by H. B. Huffmon

George Emery Mendenhall, emeritus professor of Middle East Studies, died a few days short of his 100th birthday. He is survived by his sister, Helen Elizabeth Mendenhall of Sugar Land, TX, and by his five sons and their families: George David, Lauri Philip, Stanley Theodore, Gordon Louis, Stephen Robert, with numerous grandchildren and greatgrandchildren, many of whom live in Ann Arbor, MI, or nearby. He was predeceased by his wife of 70-plus years, Eathel Louise Tidrick, who died less than a year prior at 101, and by his older brothers, the Rev. Newell Newton and the Rev. Alfred Louis, and by his younger brother, Olney Wendell, and his younger sister, Mildred Christine Dunn.

Professor Mendenhall was born in Muscatine, Iowa, the third son of George Newton Mendenhall, a Lutheran minister and college professor, and Mary Christine Johnson, the daughter of a Swedish Lutheran minister. His father had pastorates in Colorado, Nebraska and Iowa, and then completed a Ph.D. in Psychology at the University of Iowa and became a professor at Midland College in Fremont, NE, in 1922, where the family lived for several years, and subsequently at Sterling College, KS. Young George attended local schools on an accelerated track and completed the B.A. requirements at Midland College in 1935, having developed language skills (German, French, Greek) and fostered musical talents and his special interest in photography. (He also began spending his summers working in a photo shop at Yellowstone Park.)

He continued on in Fremont, during the Great Depression, enrolling in a small Lutheran seminary where he began his engagement with Semitic languages. After completing one year in the local seminary (Western), and finally being awarded his B.A. from Fremont College (1936), he followed the path of his brother, Newell, in gaining a scholarship to attend Gettysburg Theological Seminary (Lutheran). He completed the B.D. program in 1938 with a thesis investigating the possible Aramaic origins of the Gospel of John.

He then applied to Johns Hopkins to study with W. F. Albright, widely regarded as the leading American scholar on ancient Israel. He studied there from 1938 to early 1942 (being elected as a Phi Beta Kappa member), where the graduate courses were concentrated on one day a week, even while teaching church history and language courses at Gettysburg Seminary, 1940-42. At that point he decided to seek a pastorate and began serving Trinity Lutheran Church in Laramie, Wyoming.

By early 1943, in response to an urgent need for translators of Japanese, he volunteered and began Japanese language training in Boulder, CO. Prior to completing the program he married Eathel Tidrick (Dec., 1943), whom he had first met at Yellowstone Park in 1941. He was commissioned as an officer in the USNR, serving with Naval Intelligence in the Pacific (and in Japan) until several months after the end of the war, when he was finally reunited with Eathel and met their first-born son. He then returned to Johns Hopkins and was awarded a Ph.D. in 1947 for a thesis on “The Verb in Early Northwest Semitic Dialects.”

He accepted an invitation to teach at Hamma Divinity School (Ohio) and taught there from 1947-52, and also served as a visiting professor at the University of Michigan for the summer sessions in 1951 and 1952, having drawn the attention of George G. Cameron, then developing a department of Near Eastern Studies at Michigan. He joined the Michigan faculty (Near Eastern Studies) in 1952, retiring in 1986, having served on many university committees and as departmental chair, a seminary trustee (Chicago), and in various offices and editorial roles for learned societies. He especially appreciated the importance of the social sciences at Michigan and enjoyed his association with his many colleagues in Middle East Studies and as well as in other fields, such as Paul Kauper (Law School), Gerhard Lenski, Elman Service and Louise Sweet (Anthropology & Sociology), and Ernst Pulgram (Romance Languages). While teaching at Michigan he also directed many doctoral dissertations. He served as Annual Professor at the Jerusalem School (ASOR; now The Albright Institute) in 1955-56 and as Director, 1965-66. In 1964, he was one of only twenty-six scholars, several from overseas, who presented invited papers at the 100th meeting of the Society of Biblical Literature. He was awarded an NEH Senior Fellowship in 1971. The University honored him by naming him the Henry Russel Lecturer for 1973. In 2001 he was one of the seventeen faculty or graduates of Gettysburg Theological Seminary singled out for recognition from its 150-year history. He was the author not only of several seminal essays that generated considerable discussion but also of numerous scholarly articles up through 2006, many of which also established new directions for scholarly research. He was fascinated by undeciphered inscriptions and himself proposed a decipherment of the small corpus of four-millennia old Byblian syllabic texts that had been published in 1945.

His books include Law and Covenant in Israel and the Ancient Near East (Pittsburgh, 1955), The Tenth Generation: The Origins of the Biblical Tradition (Baltimore, 1973), The Syllabic Inscriptions from Byblos (Beirut, 1985), and Ancient Israel’s Faith and History: An Introduction to the Bible in Context, ed. by Gary A. Herion (Louisville, 2001).

A Festschrift in his honor, The Quest for the Kingdom of God, edited by former students, appeared in 1983 (Winona Lake, IND). A volume of his collected essays, ed. by G. A. Herion and H. B. Huffmon, is scheduled to be published in 2017.

He also served as the Catholic Biblical Association’s visiting scholar at the Pontifical Biblical lnstitute, Rome, in 1985, and, following his retirement, taught in the M.A. program at Yarmouk University in Jordan, 1987-93. There he promoted the photographing and study of thousands of early inscriptions and graffiti, mainly in pre-Islamic Arabic, and directed several M.A. theses. Over several decades he also lectured at many universities in North America, Europe, the Near East, and Africa. He was also awarded an honorary doctorate by Fremont College.

Um vídeo sobre sua vida pode ser visto aqui.

Morreu meu colega Francisco de Assis Correia

Morreu hoje, por volta das 3 horas, no Hospital São Francisco, em Sertãozinho, SP, aos 71 anos, meu colega padre Francisco de Assis Correia. A missa de exéquias será realizada às 15 horas, na Catedral Metropolitana de Ribeirão Preto. Em seguida ocorrerá o sepultamento em Jardinópolis, sua terra natal.

Francisco de Assis Correia em 01.02.2010 (1944-2016)

 

Chico ou Chicão, como sempre o chamamos, foi meu contemporâneo no Colégio Pio Brasileiro, em Roma. Quando comecei a graduação em Teologia, em outubro de 1970, ele estava no último ano. Estudávamos na Pontifícia Universidade Gregoriana. Foi meu diretor e colega no CEARP, onde lecionou Teologia Sistemática por muitos anos.

No Pio Brasileiro ficou célebre o chá que ele oferecia por volta das 22h00 e ao redor do qual alguns de nós nos reuníamos, após mais um dia de aulas e estudos, para uma hora de descontração.

Uma grande perda para todos nós.

 

Veja uma breve biografia de Francisco de Assis Correia na página da Arquidiocese de Ribeirão Preto.

Padre Francisco de Assis Correia nasceu em Jardinópolis (SP), aos 10 de outubro de 1944. Foram seus pais Ciniro Corrêa e Zulmira Pedro Corrêa.

Foi batizado na igreja matriz de Jardinópolis no dia 22 de outubro de 1944, pelo padre Felipe Maria Garzoni e, na mesma igreja, foi crismado por Dom Manuel da Silveira D’Elboux, segundo Bispo Diocesano de Ribeirão Preto, no dia 22 de setembro de 1946. Nesta mesma igreja fez a 1a Eucaristia, no dia 12 de junho de 1952.

Fez o curso primário no Grupo Escolar Américo Sales Oliveira (1952-1956)

Ingressou no Seminário Diocesano Maria Imaculada, em Ribeirão Preto, em 1957, onde fez o curso de admissão e o ginasial; o clássico, no Seminário Arquidiocesano Maria Imaculada, em Brodowski (1962-1964).

Cursou a Filosofia no Seminário Central da Imaculada Conceição do Ipiranga, em São Paulo, capital, de 1965 a 1967 (depois, fez a complementação filosófica, recolhimento na então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Mogi das Cruzes, em 1972, obtendo diploma de licenciado em Filosofia, registrado na USP, sob o número 964557).

Cursou a Teologia na Universidade Gregoriana de Roma, Itália, onde obteve o bacharelado (1967-1969) e o mestrado em Teologia (1969-1971).

Ai também frequentou o curso de extensão universitária intitulado: Introdução aos Problemas Pastorais de Comunicação Social, promovido pelo Instituto de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, em 1968, com certificado.

Em 18 de setembro de 1969, recebeu a tonsura na capela da residência arquiepiscopal de Ribeirão Preto, das mãos de Dom Frei Felício Cesar da Cunha Vasconcellos, OFM; as ordens menores, na igreja matriz de Jardinópolis, no dia 22 de setembro de 1969, das mãos de Dom Bernardo José Bueno Miele; o subdiaconato, na capela do Colégio Pio Brasileiro, no dia 19 de abril de 1970, das mãos de Dom Clemente José Carlos Isnard, OSB; o diaconato, na capela do Colégio Pio Latino-Americano, no dia 7 de maio de 1970, das mãos do Cardeal Ladislau Ruhin (polonês); e o presbiterato, no dia 9 de outubro de 1971, na capela do colégio Sagrado Coração de Jesus, em Jardinópolis, das mãos de Dom Bernardo José Bueno Miele.

Doutorou-se em Filosofia pela UNICAMP, em 3 de setembro de 1993, com a tese: A alteridade como critério fundamental e englobante da Bioética. Foi professor no Departamento de Enfermagem Psiquiátrica e Ciências Humanas da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (USP) e membro do Centro de Memória e da Comissão de Ética da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/USP

Na Arquidiocese de Ribeirão Preto exerceu os seguintes serviços: Foi Vigário Cooperador do Curado da Catedral de Ribeirão Preto (1971-1986); Capelão da USP (1976); 1o. Pároco da Paróquia Santa Teresa D’Ávila, no Jardim Recreio, Ribeirão Preto (1987-1989); Vigário Paroquial da Paróquia Nossa Senhora do Rosário (1986 trabalho junto ao Campus da USP); Pároco da Paróquia Santo Antônio de Pádua, em Bento Quirino, São Simão (1989-1990); Pároco da Paróquia Imaculada Conceição, em Dumont (1990-1992) e Pároco da Paróquia São Pedro Apóstolo, no Ipiranga, Ribeirão Preto (1992-2005).

Foi Diretor do Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto (CEARP) por três vezes.

Por motivo de saúde, deixou a paróquia São Pedro Apóstolo, no dia 30 de junho de 2005. Foi declarado pároco emérito em 04 de julho de 2005 por Dom Arnaldo Ribeiro.

Em 19 de março de 2007, foi nomeado cônego catedrático do Cabido Metropolitano de Ribeirão Preto, por Dom Joviano de Lima Junior, sss.

Cônego Francisco deixa vastíssima contribuição histórica para a Arquidiocese ao escrever artigos e livros: A primeira (1983) e segunda (2000) edições do livro: História da Arquidiocese de Ribeirão Preto (1908-2008); A Pequena do Nascimento e o Bom Jesus da Lapa (2005); História do Seminário Maria Imaculada de Brodowski (2005); Policopiados: Léxico das Circunscrições Eclesiásticas do Brasil (1551-2001); Dom Mousinho e a Assembleia de Goiânia CNBB; Artigos de Dom Luis: Vol. 1 1952-1954; Vol II 1955-1957; Vol. III 1958-1962.

Morreu o escritor Umberto Eco

O filósofo, semiólogo e romancista italiano Umberto Eco, autor de “O nome da rosa” e “O pêndulo de Foucault”, morreu nesta sexta-feira (19), segundo os jornais italianos “La Repubblica” e “Corriere della Sera”. A informação foi dada por um familiar do escritor ao “La Repubblica”, que diz que Eco morreu aos 84 anos em sua casa às 22h30 do horário local (19h30 pelo horário de Brasília). A causa da morte não foi informada.

Leia aqui.

:: Morto lo scrittore Umberto Eco. Ci mancherà il suo sguardo sul mondo – La Repubblica: 20 febbraio 2016
Umberto Eco è morto. Il mondo perde uno dei suoi più importanti uomini di cultura contemporanei e a tutti noi mancherà il suo sguardo sul mondo. Aveva 84 anni, è stato scrittore, filosofo, grande osservatore ed esperto di comunicazione e media. La conferma della scomparsa dell’autore de “Il nome della Rosa” e de “Il pendolo di Foucault” è stata data dalla famiglia a Repubblica. La morte è avvenuta alle 22.30 di ieri sera nella sua abitazione.

::  È morto lo scrittore Umberto Eco – Corriere della Sera
È morto Umberto Eco, uno degli intellettuali italiani più celebri al mondo. Aveva 84 anni, compiuti da poco, lo scorso 5 gennaio. Scrittore, saggista, semiologo, docente universitario. Eco è stato una presenza importante della vita culturale italiana degli ultimi sessant’anni, ma il suo nome resta innegabilmente legato, a livello internazionale, allo straordinario successo del suo romanzo Il nome della rosa, edito nel 1980 da Bompiani e diventato ben presto un bestseller internazionale, con traduzioni in tutto il mondo e milioni e milioni di copie vendute.

Sobre Umberto Eco, sua vida e sua obra, leia mais aqui, aqui e aqui.