Morreu meu colega Francisco de Assis Correia

Morreu hoje, por volta das 3 horas, no Hospital São Francisco, em Sertãozinho, SP, aos 71 anos, meu colega padre Francisco de Assis Correia. A missa de exéquias será realizada às 15 horas, na Catedral Metropolitana de Ribeirão Preto. Em seguida ocorrerá o sepultamento em Jardinópolis, sua terra natal.

Francisco de Assis Correia em 01.02.2010 (1944-2016)

 

Chico ou Chicão, como sempre o chamamos, foi meu contemporâneo no Colégio Pio Brasileiro, em Roma. Quando comecei a graduação em Teologia, em outubro de 1970, ele estava no último ano. Estudávamos na Pontifícia Universidade Gregoriana. Foi meu diretor e colega no CEARP, onde lecionou Teologia Sistemática por muitos anos.

No Pio Brasileiro ficou célebre o chá que ele oferecia por volta das 22h00 e ao redor do qual alguns de nós nos reuníamos, após mais um dia de aulas e estudos, para uma hora de descontração.

Uma grande perda para todos nós.

 

Veja uma breve biografia de Francisco de Assis Correia na página da Arquidiocese de Ribeirão Preto.

Padre Francisco de Assis Correia nasceu em Jardinópolis (SP), aos 10 de outubro de 1944. Foram seus pais Ciniro Corrêa e Zulmira Pedro Corrêa.

Foi batizado na igreja matriz de Jardinópolis no dia 22 de outubro de 1944, pelo padre Felipe Maria Garzoni e, na mesma igreja, foi crismado por Dom Manuel da Silveira D’Elboux, segundo Bispo Diocesano de Ribeirão Preto, no dia 22 de setembro de 1946. Nesta mesma igreja fez a 1a Eucaristia, no dia 12 de junho de 1952.

Fez o curso primário no Grupo Escolar Américo Sales Oliveira (1952-1956)

Ingressou no Seminário Diocesano Maria Imaculada, em Ribeirão Preto, em 1957, onde fez o curso de admissão e o ginasial; o clássico, no Seminário Arquidiocesano Maria Imaculada, em Brodowski (1962-1964).

Cursou a Filosofia no Seminário Central da Imaculada Conceição do Ipiranga, em São Paulo, capital, de 1965 a 1967 (depois, fez a complementação filosófica, recolhimento na então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Mogi das Cruzes, em 1972, obtendo diploma de licenciado em Filosofia, registrado na USP, sob o número 964557).

Cursou a Teologia na Universidade Gregoriana de Roma, Itália, onde obteve o bacharelado (1967-1969) e o mestrado em Teologia (1969-1971).

Ai também frequentou o curso de extensão universitária intitulado: Introdução aos Problemas Pastorais de Comunicação Social, promovido pelo Instituto de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, em 1968, com certificado.

Em 18 de setembro de 1969, recebeu a tonsura na capela da residência arquiepiscopal de Ribeirão Preto, das mãos de Dom Frei Felício Cesar da Cunha Vasconcellos, OFM; as ordens menores, na igreja matriz de Jardinópolis, no dia 22 de setembro de 1969, das mãos de Dom Bernardo José Bueno Miele; o subdiaconato, na capela do Colégio Pio Brasileiro, no dia 19 de abril de 1970, das mãos de Dom Clemente José Carlos Isnard, OSB; o diaconato, na capela do Colégio Pio Latino-Americano, no dia 7 de maio de 1970, das mãos do Cardeal Ladislau Ruhin (polonês); e o presbiterato, no dia 9 de outubro de 1971, na capela do colégio Sagrado Coração de Jesus, em Jardinópolis, das mãos de Dom Bernardo José Bueno Miele.

Doutorou-se em Filosofia pela UNICAMP, em 3 de setembro de 1993, com a tese: A alteridade como critério fundamental e englobante da Bioética. Foi professor no Departamento de Enfermagem Psiquiátrica e Ciências Humanas da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (USP) e membro do Centro de Memória e da Comissão de Ética da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/USP

Na Arquidiocese de Ribeirão Preto exerceu os seguintes serviços: Foi Vigário Cooperador do Curado da Catedral de Ribeirão Preto (1971-1986); Capelão da USP (1976); 1o. Pároco da Paróquia Santa Teresa D’Ávila, no Jardim Recreio, Ribeirão Preto (1987-1989); Vigário Paroquial da Paróquia Nossa Senhora do Rosário (1986 trabalho junto ao Campus da USP); Pároco da Paróquia Santo Antônio de Pádua, em Bento Quirino, São Simão (1989-1990); Pároco da Paróquia Imaculada Conceição, em Dumont (1990-1992) e Pároco da Paróquia São Pedro Apóstolo, no Ipiranga, Ribeirão Preto (1992-2005).

Foi Diretor do Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto (CEARP) por três vezes.

Por motivo de saúde, deixou a paróquia São Pedro Apóstolo, no dia 30 de junho de 2005. Foi declarado pároco emérito em 04 de julho de 2005 por Dom Arnaldo Ribeiro.

Em 19 de março de 2007, foi nomeado cônego catedrático do Cabido Metropolitano de Ribeirão Preto, por Dom Joviano de Lima Junior, sss.

Cônego Francisco deixa vastíssima contribuição histórica para a Arquidiocese ao escrever artigos e livros: A primeira (1983) e segunda (2000) edições do livro: História da Arquidiocese de Ribeirão Preto (1908-2008); A Pequena do Nascimento e o Bom Jesus da Lapa (2005); História do Seminário Maria Imaculada de Brodowski (2005); Policopiados: Léxico das Circunscrições Eclesiásticas do Brasil (1551-2001); Dom Mousinho e a Assembleia de Goiânia CNBB; Artigos de Dom Luis: Vol. 1 1952-1954; Vol II 1955-1957; Vol. III 1958-1962.

Evangelho da Esposa de Jesus: uma falsificação

É o que agora admite Karen L. King, de Harvard, a pesquisadora que vinha testemunhando a veracidade do texto.

Leia:

Karen King Responds to ‘The Unbelievable Tale of Jesus’s Wife’ – Ariel Sabar – The Atlantic –  Jun 16, 2016

The Harvard scholar says papyrus is probably a forgery.

For four years, Karen L. King, a Harvard historian of Christianity, has defended the so-called “Gospel of Jesus’s Wife” against scholars who argued it was a forgery. But Thursday, for the first time, King said the papyrus—which she introduced to the world in 2012—is a probable fake. She reached this conclusion, she said, after reading The Atlantic’s investigation into the papyrus’s origins, which appears in the magazine’s July/August issue and was posted to its website Wednesday night. “It tips the balance towards forgery,” she said.

Durante quatro anos Karen L. King, uma historiadora do Cristianismo, da Universidade de Harvard, defendeu a autenticidade do chamado Evangelho da Esposa de Jesus contra os estudiosos que argumentavam que era uma falsificação. Mas, nesta quinta-feira, 16.06.2016, pela primeira vez, King disse que o papiro que ela apresentou ao mundo em 2012, é provavelmente uma falsificação.

Leia Mais:
The Jesus’s Wife Fragment: End of Story? – Roberta Mazza – Faces & Voices – June 17, 2016

Proprietário do Evangelho da Esposa de Jesus é descoberto

Quem não se lembra do Evangelho da Esposa de Jesus?

Então leia:

The Owner of the Gospel of Jesus’ Wife is Unmasked

Por Mark Goodacre – NT Blog – 15.06.2016

Que está indicando a leitura de:

The Unbelievable Tale of Jesus’ Wife – Ariel Sabar – The Atlantic

A hotly contested, supposedly ancient manuscript suggests Christ was married. But believing its origin story requires a big leap of faith.

Mais:
The Owner of the Gospel of Jesus’ Wife Unveiled – Peter Gurry – Evangelical Textual Criticism – June 16, 2016
More on the Gospel of Jesus Wife and Walter Fritz  – Christian Askeland – Evangelical Textual Criticism – June 16,2016

Arqueologia do Antigo Oriente Médio: projeto de pesquisa

Da Apresentação:

O projeto de pesquisa Arqueologia do Antigo Oriente está vinculado à Área de Literatura e Religião do Mundo Bíblico, no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião da Universidade Metodista de São Paulo. Até pouco tempo o seu responsável era o Prof. Dr. Milton Schwantes, de saudosa memória. Seu novo responsável é o Prof. Dr. José Ademar Kaefer.

Projeto de Pesquisa: Arqueologia do Antigo Oriente Médio

O projeto sofreu alguns ajustes e se concentra nos seguintes passos da pesquisa:

Primeiro: Pesquisamos os diversos sítios arqueológicos (telim) do Antigo Oriente, privilegiando os sítios principais de Israel e Jordânia. Para tanto, fazemos uso de bibliografia especializada sobre o assunto. É dada especial ênfase aos períodos históricos do Segundo e Primeiro milênios a.C.

Segundo: É elaborado um texto que é apresentado nos encontros, onde o tema é debatido e o texto melhorado.

Terceiro: O texto é levado a público através do presente site e atualizado regularmente a partir das viagens de estudos aos locais respectivos e a partir das novas descobertas arqueológicas. No site já se encontram várias contribuições.

Quarto: Fazemos viagens de estudos devidamente organizadas à região do Antigo Oriente, cuja finalidade é unicamente de estudo dos sítios (telim).

Quinto: No contato com os sítios através das viagens, o estudo é aprofundado e revisto, a pesquisa melhorada e nosso acervo de informações enriquecido.

Sexto: Publicação

KAEFER, José Ademar. Un Pueblo libre y sin reyes: La función de Gn 49 y Dt 33 en la composición del Pentateuco. ABE/44. Estella (Navarra): Editora Verbo Divino, 2006. ISBN 8481691925.

KAEFER, José Ademar e JARSCHEL, Haidi (orgs.). Dimensões sociais da fé no Antigo Israel – Uma homenagem a Milton Schwantes. São Paulo: Paulinas, 2007. ISBN 9788535605068.

KAEFER, José Ademar. Arqueologia das terras da Bíblia. São Paulo: Paulus, 2012. ISBN 9788534933773.

KAEFER, José Ademar. Arqueologia Bíblica, vol. 1 e 2. São Paulo: Verbo Filmes, 2012 (DVD).

KAEFER, José Ademar. Nova Bíblia Pastoral: Tradução e Comentários. São Paulo: Paulus, 2014. ISBN 9788534936002.

KAEFER, José Ademar. A Bíblia a arqueologia e a história de Israel e Judá. São Paulo: Paulus, 2015. ISBN 9788534941549.

FINKELSTEIN, Israel. O reino esquecido – Arqueologia e história de Israel Norte – São Paulo: Paulus, 2015. ISBN 9788534942393

Arqueologia das terras da Bíblia

KAEFER, J. A. Arqueologia das terras da Bíblia II. São Paulo: Paulus, 2016, 136 p. – ISBN 9788534943109.

José Ademar Kaefer, Arqueologia das terras da Bíblia II

 

Este livro é fruto do trabalho do grupo de pesquisa “Arqueologia do Antigo Oriente Próximo”, que já há vários anos vem pesquisando os sítios arqueológicos das terras da Bíblia. O objetivo da pesquisa é trazer ao público da América Latina as recentes escavações e descobertas feitas nesses sítios, os quais são em sua grande parte cidades mencionadas na Bíblia, e assim enriquecer o estudo bíblico, unindo Bíblia e arqueologia. O  livro é, portanto, continuação  do  nosso primeiro livro, Arqueologia das terras da Bíblia, com a diferença de que aqui buscamos desenvolver um tema específico a partir dos sítios estudados. Esse tema é essencialmente o desenvolvimento de Israel Norte.

A pesquisa foi enriquecida com uma viagem de estudos aos sítios arqueológicos pesquisados, da qual participaram estudantes e professores de Bíblia. Em boa parte da viagem ficamos  hospedados em hotéis palestinos, como em Belém. A finalidade era, além dos melhores preços, solidarizar-nos com o povo palestino e obter uma visão mais heterogênea da região.

Acompanhou-nos nessa viagem a Verbo Filmes, a fim de registrar os locais pesquisados e  oferecer material visual aos leitores. O  resultado foi o terceiro vídeo do que aos poucos está se tornando uma série: Arqueologia Bíblica III.

O livro está dividido em três partes. A primeira apresenta um breve resumo das escavações recentes e suas descobertas nos principais sítios arqueológicos abordados no primeiro livro. A  segunda mostra o estudo de novos sítios, todos eles relacionados de uma ou outra forma a Israel Norte. São eles: Tel Jezreel, Rehov, Pella, Dã, Kuntillet ‘Ajrud e Khirbet Qeiyafa. A terceira parte traz duas longas entrevistas com dois dos mais importantes arqueólogos da atualidade no  mundo  da  Bíblia: Amihai  Mazar e Israel  Finkelstein. A primeira entrevista foi realizada na Universidade Hebraica de Jerusalém, e a segunda no Departamento de Arqueologia da Universidade de Tel Aviv.

Fonte: Introdução do livro

O livro está disponível também em formato digital. Confira a página do livro na Paulus. Para Kindle, clique aqui.

Biblical Studies Carnival 124

Seleção de postagens dos biblioblogs em maio de 2016.

May 2016 Biblical Studies Carnival: School’s Out Edition

Trabalho feito por Brian Renshaw em seu blog.

E há também The May Biblioblog Carnival of British Biblical Goodness. By Jim West.

O túmulo de Aristóteles foi descoberto?

::  Arqueólogos gregos acreditam ter encontrado túmulo de Aristóteles – Opera Mundi: 26/05/2016
Arqueólogos gregos acreditam ter descoberto o túmulo de Aristóteles em escavações realizadas durante mais de duas décadas na antiga cidade de Estagira, local de nascimento do filósofo. “Não temos provas, mas indícios muito fortes de que beiram a certeza”, declarou o diretor das escavações, Konstandinos Sismanidis, a veículos de imprensa locais. Sismanidis apresentou hoje os resultados no congresso internacional Aristóteles 2400 anos, realizado na Universidade de Salônica. A equipe em torno de Sismanidis chegou à conclusão de que uma construção descoberta em 1996 nas citadas escavações não pode ser outra coisa que o mausoléu de Aristóteles, após analisar dois manuscritos que faziam alusão à transferência das cinzas do filósofo para sua cidade natal.

:: How Archaeologists Found the Tomb of Greek Philosopher Aristotle – Greek Reporter: May 26, 2016
“I have no hard proof, but strong indications lead me to an almost certainty,” said archaeologist Kostas Sismanidis who made the claim of finding Aristotle’s tomb. In his extensive research, Sismanidis first established that the tomb belongs to an important person, one who deserves to have such a lavish and respected tomb. Then, based on three different biographies and other written testimonies and analyses, written at different time periods and by authors of different origin, he comes to the conclusion that the remains of Aristotle were transferred from Chalkis, where he died, to Stagira.

:: Great philosopher Aristotle’s tomb found (pics+vid) – ThemaNews.com: May 26, 2016
Greek archaeologists announced they have discovered the tomb of ancient Greek philosopher, and one the greatest in the world, Aristotle. After years of meticulous excavations at the ancient site of Stagira, located in central Macedonia, near the eastern coast of the Chalkidiki peninsula, archaeologists said that the domed building and altar unearthed in 1996 belong to the great philosopher. The discovery of the tomb of Aristotle was announced by archaeologist Kostas Sismanidis, according to whom the findings from the excavation of 1996 in the region point to the conclusion that the tomb belongs to Aristotle. ‘I have no hard proof, but strong indications lead me to almost certainty’, said archaeologist Kostas Sismanidis. He claimed all the indications, from the location of the tomb, the period it was erected, its public character are conclusive that the edifice is indeed Aristotle’s tomb.

Como impedir o download automático do Windows 10

Pode acontecer que, por incertas razões, algum usuário do Windows 7 ou 8.1 não queira atualizar seu sistema gratuitamente para o Windows 10. Mas de uns dias para cá a coisa ficou mais difícil de evitar.

A notícia, publicada em 26.05.2016, pode ser lida em Hardware.com.br:

Microsoft implementa mais um método nada convencional para incentivar a atualização para o Windows 10

Muitos usuários estão insatisfeitos com as formas que a Microsoft está utilizando incentivar o processo de atualização para o Windows 10. O sistema que já está presente em mais de 300 milhões de computadores, tem uma meta dura a ser batida: 1 bilhão de instalações até 2018. Além de marcar a atualização como recomendada, isto é, os usuários que deixam marcada a opção de atualizações automáticas habilitada, irão receber o sistema, a Microsoft agora vem como uma nova artimanha, que com certeza pegará muitos usuários de surpresa. Já que uma nova janela aparece dizendo que o update para o Windows 10 é recomendado, e caso os desavisados cliquem no clássico botão x pensando que essa ação interromperá esse processo, na verdade age como um gatilho, para que a instalação seja realizada na data e horário marcados na janela…

Na web há várias soluções para quem quiser impedir um download não desejado e/ou não autorizado do Windows 10. Nem todas funcionam e algumas podem ser até bem complicadas para o usuário comum. Mas esta funciona – pelo menos até nova “treta” da Microsoft:

How to Stop Windows 7 or 8 from Downloading Windows 10 Automatically

If you want a really simple and easy way to get rid of the “Get Windows 10” icon and stop your PC from downloading Windows 10, you can download a little piece of freeware called Never10, from well-respected security researcher Steve Gibson. Download it, run it, and then click the “Disable Win10 Upgrade” button. If your system has already downloaded the Windows 10 update files, it will tell you, and you can click the “Remove Win10 Files” to delete them. You’ll have to reboot, but at the end, the icon will be gone and your computer shouldn’t get the upgrade. And luckily, you can click those buttons again to put things back the way they were (isto está no site How-To Geek e foi publicado em 11.09.2015).

 

Never10 - A atualização para o Windows 10 está habilitada
Never10 - A atualização para o Windows 10 está desabilitada

A página está explicando que basta fazer o download de um pequeno programa gratuito [83,0 KB] chamado Never10. É coisa do conhecido Steve Gibson, do site Gibson Research Corporation (donde o grc do endereço). Não precisa instalar. Clique no arquivo executável e ele abre uma janela que oferece a possibilidade de desabilitar a atualização do Windows 7 ou 8.1 para o Windows 10 [Disable Win10 Upgrade]. E ainda permite excluir eventuais arquivos do Windows 10 que já tenham sido descarregados sem conhecimento do usuário [Remove Win10 Files]. Ao reinicializar o computador, o usuário verá que até o ícone de atualização do Windows 10 desapareceu.

Não é algo terrível, definitivo: se o usuário ainda quiser o Windows 10, basta clicar de novo na janelinha e permitir o download para fazer a atualização [Enable Win10 Upgrade].

O mesmo site How-To Geek reitera, em artigo mais recente [23.05.2016], a eficiência do Never10. Mas lembra que a atualização para o Windows 10 pode ser uma boa coisa para quem usa sistemas anteriores da Microsoft. Diz:

Before we wind things up, we need to reiterate that we do believe that if you’re using any recent version of Windows (7 or 8.1), or you’ve held off and are still using Vista or even XP, that this is the time to finally take the plunge. Windows 10 is a worthy upgrade and probably an unqualified success at retaining the spirit of Windows 7 while correcting the ills of Windows 8.1.

Ou seja: o Windows 10 é uma atualização que vale a pena. E, provavelmente, um sucesso absoluto, enquanto conserva o espírito do Windows 7 e corrige os problemas do Windows 8.1.

Por isso, leia: How to Remove the “Get Windows 10” Icon from Your System Tray (and Stop Those Upgrade Notifications)

As vidas neoliberais de Jesus

Jesus não é apenas um objeto de interesse histórico, mas uma figura de imensa importância cultural e autoridade hoje, de maneira que qualquer declaração feita sobre ele é simultaneamente uma declaração sobre o mundo contemporâneo em que vivemos… A ideologia neoliberal impregnou as condições sob as quais as pesquisas recentes sobre o Jesus histórico foram produzidas, comercializadas e consumidas.

The Neoliberal Lives of Jesus

By Robert J. Myles – Faculty of Arts – The University of Auckland – New Zealand

Publicado em The Bible and Interpretation – Maio de 2016

A chave para a busca pelo Jesus histórico, eu argumentaria, não é a história ou a teologia – como normalmente se presume – mas, na verdade, a ideologia. Com algumas notáveis exceções ​​relegadas às margens do cânone acadêmico, a pesquisa histórica de Jesus – envolvida em uma espécie de positivismo brando – evitou de forma esmagadora um amplo envolvimento com seus próprios compromissos ideológicos, suposições e contextos discursivos. A compreensão acadêmica mais comum da ideologia, como Terry Eagleton a descreve, não se refere necessariamente a uma “falsa consciência”, mas sim às “maneiras pelas quais o que dizemos e acreditamos se conecta à estrutura de poder e às relações de poder da sociedade em que vivemos… Estes são modos de sentir, avaliar, perceber e acreditar que têm algum tipo de relação com a manutenção e reprodução do poder social ”[Terry Eagleton, Literary Theory: An Introduction, 2ª ed. (Malden: Blackwell, 1996), 13]. Schweitzer já reconheceu essa dimensão na pesquisa. Jesus não é apenas um objeto de interesse histórico, mas uma figura de imensa importância cultural e autoridade hoje, de maneira que qualquer declaração feita sobre ele é simultaneamente uma declaração sobre o mundo contemporâneo em que vivemos. Ele cunhou a frase “The Liberal Lives of Jesus” para se referir à abundância de livros escritos no século XIX que domesticaram Jesus às então formas dominantes de ideologia liberal. Além de diminuir a perspectiva escatológica que impulsiona a atividade profética de Jesus, a vida liberal de Jesus intensificou sua “psicologia natural” de maneiras que solidificaram anacronicamente o indivíduo burguês moderno.

As “vidas neoliberais de Jesus”, então, é uma designação genérica útil para o amplo trabalho realizado sobre o Jesus histórico nos últimos quarenta anos. Essa “busca” ocorreu quando o neoliberalismo fez a transição de uma ideologia política emergente para uma racionalidade governante firmemente enraizada, exercendo influência sobre quase todos os domínios da vida em todos os setores, da política e do Estado atá a academia. De acordo com a teórica política Wendy Brown, o neoliberalismo deve ser entendido “não simplesmente como política econômica, mas como uma racionalidade governante que dissemina valores e métricas de mercado para todas as esferas da vida … Ele formula tudo, em todos os lugares, em termos de investimento de capital e valorização, incluindo especialmente os próprios humanos” [Wendy Brown, Undoing the Demos: Neoliberalism’s Stealth Revolution (Cambridge: MIT Press, 2015), 176]. No neoliberalismo nos concebemos como sujeitos a serem comercializados e autopromovidos, seja por redes sociais, blogs ou sites pessoais. O neoliberalismo é intensamente focado no indivíduo, especificando a conduta empreendedora em todos os lugares e obrigando o sujeito a agir de forma a aumentar o capital. Os próprios sujeitos neoliberais são interpelados como consumidores individuais, “construídos interseccionalmente” por categorias complexas de identidade como gênero, sexualidade, raça e classe. A ideologia neoliberal impregnou as condições sob as quais as pesquisas recentes sobre o Jesus histórico foram produzidas, comercializadas e consumidas.

 

The key to the quest for the historical Jesus, I would argue, is not history or theology—as typically assumed—but, in fact, ideology. With some notable exceptions relegated to the margins of the scholarly canon, historical Jesus research—embroiled in a kind of soft-positivism—has overwhelmingly avoided extensive engagement with its own ideological commitments, assumptions, and discursive contexts. The most common scholarly understanding of ideology, as Terry Eagleton describes it, refers not necessarily to a “false consciousness”, but rather to “the ways in which what we say and believe connects to the power-structure and power-relations of the society we live in… [T]hose modes of feeling, valuing, perceiving and believing which have some kind of relation to the maintenance and reproduction of social power” [Terry Eagleton, Literary Theory: An Introduction, 2nd ed. (Malden: Blackwell, 1996), 13]. Schweitzer already recognized this dimension to the quest. Jesus is not merely an object of historical interest, but a figure of immense cultural significance and authority today, in that any statement made about him is simultaneously a statement about the contemporary world we inhabit. He famously coined the phrase “The Liberal Lives of Jesus” to refer to the plethora of books written in the nineteenth century that domesticated Jesus to then dominant forms of liberal ideology. In addition to diminishing the eschatological outlook driving Jesus’s prophetic activity, the liberal lives of Jesus heightened his “natural psychology” in ways that anachronistically solidified the modern, bourgeois individual.

The “neoliberal lives of Jesus”, then, is a useful catch-all designation for the varied and extensive work done on the historical Jesus over the past forty years. This “quest” has taken place when neoliberalism has transitioned from an emerging political ideology into a firmly entrenched governing rationality exerting influence over almost every domain of life in every realm from politics and the state to the academy. According to the political theorist Wendy Brown, neoliberalism is best understood “not simply as economic policy, but as a governing rationality that disseminates market values and metrics to every sphere of life… [I]t formulates everything, everywhere, in terms of capital investment and appreciation, including and especially humans themselves” [Wendy Brown, Undoing the Demos: Neoliberalism’s Stealth Revolution (Cambridge: MIT Press, 2015), 176]. Under neoliberalism we even conceive of ourselves as subjects to be marketed and self-promoted, whether by social media, blogs, or personal websites. Neoliberalism is intensely focused on the individual, specifying entrepreneurial conduct everywhere, and constraining the subject to act in a capital-enhancing fashion. Neoliberal subjects themselves are interpellated as individual consumers, “intersectionally constructed” by complex categories of identity like gender, sexuality, race, and class. Neoliberal ideology has saturated the conditions under which recent historical Jesus research has been produced, marketed, and consumed.