Comentário à Carta aos Romanos por James Dunn

DUNN, J. D. G. Comentário à Carta de Paulo aos Romanos, v. 1 e 2. São Paulo: Paulus/Academia Cristã, 2022, 1661 p. – ISBN 9786555627039.

A magnitude e a robustez da obra Comentário à Carta de Paulo aos Romanos, de autoria de James Dunn, são de tirar o fôlego de qualquer um, seja pela grandeza físicaDUNN, J. D. G. Comentário à Carta de Paulo aos Romanos, Vol. 01 e 02. São Paulo: Paulus/Academia Cristã, 2022, 1661 p. seja pela amplitude e riqueza de seus temas, criteriosa e seriamente abordados.

Trata-se de uma obra referencial para pesquisadores, professores e estudantes de teologia em geral, porém, muito mais para os teólogos bíblicos e, sobretudo, para os paulinos.

A edição em português segue o esquema da obra original em inglês, com sua divisão em dois volumes (I: Romanos 1–8; II: Romanos 9–16).

Dunn consagrou-se como renomado teólogo biblista do Novo Testamento; autor de muitas obras, inclusive com várias traduzidas e publicadas no Brasil. Mas, é neste grande Comentário que se encontra a summa cogitatio auctoris acerca da carta de Paulo aos Romanos, chamada por muitos de a Summa Theologia de Paulo, o “Apóstolo dos gentios” (Rm 11,13).

Sua envergadura, abrangência e seriedade são tão grandes que ela será sempre lembrada e citada, ou seja, sempre terá alguma coisa a dizer e a colaborar em estudos posteriores. Não será possível fazer novos comentários à carta aos Romanos e ignorar este comentário. Pelo contrário, permanecerá sendo sempre um referencial para futuras pesquisas e análises da carta, pois seus insights são gigantescos e lungimirantes.

Prof. Dr. Waldecir Gonzaga Diretor e professor de Teologia Bíblica do Departamento de Teologia da PUC-Rio.

Morreu Wayne A. Meeks (1932-2023)

Morreu no dia 10 de janeiro de 2023 Wayne A. Meeks, importante pesquisador norte-americano na área de Novo Testamento e história social do cristianismo primitivo. Era Professor Emérito da Universidade de Yale.Wayne A. Meeks (1932-2023)

Em 1983 Wayne A. Meeks publicou uma obra que chamou a atenção: The First Urban Christians: The Social World of the Apostle Paul [Os primeiros cristãos urbanos: o mundo social do apóstolo Paulo. 2. ed. São Paulo: Academia Cristã/Paulus, 2022].

Usando a abordagem sociológica do funcionalismo estrutural, estudou a origem, posse e status social dos indivíduos das comunidades paulinas, e também os programas, a organização e o comportamento dos grupos mencionados no conjunto dos textos paulinos.

Ele chegou à conclusão de que o típico cristão paulino era o artesão livre e o pequeno comerciante, gente dotada de alta mobilidade social nas grandes cidades do Império Romano. Não teriam pertencido às comunidades paulinas nem o topo da pirâmide social da época (aristocratas donos de terras, senadores, cavaleiros etc.) e nem a base da pirâmide, constituída, então, pelos agricultores pobres, escravos agrícolas, trabalhadores braçais da roça, entre outros.

Leia mais sobre ele aqui, veja seu curriculum vitae em pdf e uma lista de suas obras na página da Amazon.

 

Wayne A. Meeks is Woolsey Professor of Biblical Studies Emeritus in the Department of Religious Studies, Yale University, where he taught from 1969 until 1999.

He was Chairman of the Department 1972-75, Acting Chairman 1978-79, 1982-83, and Director of the Division of the Humanities of the University 1988-91.

Earlier, he taught at Indiana University 1966-69 and Dartmouth College 1964-65.

Ordained a Presbyterian minister in 1956, he served as a university pastor for a time in Memphis and later at Yale.

He has been president of the two leading professional societies in his field, the Society of Biblical Literature (1985) and Studiorum Novi Testamenti Societas (2004-2005).

He holds an honorary doctorate from the University of Uppsala and is a fellow of the British Academy and of the American Academy of Arts and Sciences.

He is best known for his publications on the writings of the apostle Paul and on the Fourth Gospel, for his investigation of the social history of earliest Christianity, and for work on the formation of early Christian morality.

Israel Finkelstein e Thomas Römer dialogam sobre o Pentateuco

FINKELSTEIN, I.; RÖMER, T. Às origens da Torá: novas descobertas arqueológicas, novas perspectivas. Petrópolis: Vozes, 2022, 184 p. – ISBN 9786557135419.

Esta obra demonstra como é possível chegar a hipóteses mais sólidas mediante a reunião de observações arqueológicas e exegéticas. A aproximação da arqueologia e asFINKELSTEIN, I.; RÖMER, T. Às origens da Torá: novas descobertas arqueológicas, novas perspectivas. Petrópolis: Vozes, 2022 ciências bíblicas trazem esclarecimentos mútuos sobre mitos que, por vezes, baseiam-se em contextos históricos quase “vestígios de memórias”.

Este volume é uma contribuição valiosa para as disciplinas bíblicas e arqueológicas, e para o interesse dos biblistas pelo trabalho arqueológico, bem como dos arqueólogos pela exegese dita histórico-crítica.

Vale recordar que tanto os biblistas quanto os arqueólogos se interessam pela diacronia, pelos estratos (de um sítio arqueológico ou de um texto), e por uma melhor compreensão de um passado, sem a qual é impossível compreender o presente.

O livro apresenta em seis capítulos aspectos do diálogo de vários anos entre o arqueólogo Israel Finkelstein, israelense, trabalhando em Tel-Aviv, e o biblista Thomas Römer, alemão, trabalhando em Paris. O original francês é de 2019 e reúne textos anteriormente publicados separadamente em inglês.

Os dois primeiros capítulos tratam de questões metodológicas. Israel Finkelstein aborda a arqueologia da Palestina, tanto em seu potencial quanto no mau uso que dela se faz. Thomas Römer propõe a questão dos critérios de que dispomos para tratar os textos do Pentateuco.

Os dois capítulos seguintes tratam dos patriarcas Abraão e Jacó, enquanto os dois últimos abordam as tradições do êxodo e de Moisés.

Os autores têm uma perspectiva moderada e tentam se posicionar mais ao centro no debate entre o “minimalismo” e seus críticos.

Literatura Deuteronomista 2023

Lecionar Literatura Deuteronomista é um desafio e tanto. Enquanto as questões da formação do Pentateuco são discutidas há séculos, a noção da existência de uma Obra Histórica Deuteronomista (= OHDtr) só foi formulada muito recentemente, como se pode ver aqui.

Além disso, há dois problemas com a disciplina: carga horária exígua para estudar textos de livros tão complexos como, por exemplo, Josué ou Juízes – a disciplina tem apenas 2 horas semanais durante o primeiro semestre do segundo ano de Teologia – e uma bibliografia ainda insuficiente em português. Há excelente debate acadêmico hoje, contudo está em inglês e alemão, principalmente.

Para completar, prefiro estudar o livro do Deuteronômio aqui e não no Pentateuco, também por duas razões: a disciplina Pentateuco já é por demais sobrecarregada e o Deuteronômio é a chave que abre o significado da OHDtr. Por isso, ele faz muito sentido aqui.

Por outro lado, há uma integração muito grande da Literatura Deuteronomista com três outras disciplinas bíblicas: com a História de Israel, naturalmente; com a Literatura Profética, irmã gêmea; com o Pentateuco, através do elo deuteronômico.

I. Ementa
O contexto da Obra Histórica Deuteronomista. O Deuteronômio: análise de textos teológicos e leitura comentada do Código Deuteronômico. O livro de Josué e o problema das origens de Israel. O livro dos Juízes. Os livros de Samuel. Os livros dos Reis.

II. Objetivos
Pesquisar a arquitetura, as ideias basilares e a teologia da Literatura Deuteronomista como uma obra globalizante, e de cada um de seus livros, a fim de dar fundamentos para sua interpretação e atualização.

III. Conteúdo Programático
1. O contexto da Obra Histórica Deuteronomista
2. O Deuteronômio
3. O livro de Josué
4. O livro dos Juízes
5. Os livros de Samuel
6. Os livros dos Reis

IV. Bibliografia
Básica
FINKELSTEIN, I. ; SILBERMAN, N. A. A Bíblia desenterrada: A nova visão arqueológica do antigo Israel e das origens dos seus textos sagrados. Petrópolis: Vozes, 2018.

RÖMER, T. A chamada história deuteronomista: Introdução sociológica, histórica e literária. Petrópolis: Vozes, 2008.

SKA, J.-L. Introdução à leitura do Pentateuco: chaves para a interpretação dos cinco primeiros livros da Bíblia. 3. ed. São Paulo: Loyola, 2014.

Complementar
DA SILVA, A. J. O Código Deuteronômico: levantamento de dados. Post publicado no Observatório Bíblico em 25.06.2020.

DA SILVA, A. J. O contexto da Obra Histórica DeuteronomistaEstudos Bíblicos, Petrópolis, n. 88, p. 11-27, 2005. Disponível na Ayrton’s Biblical Page. Última atualização: 10.03.2022.

DA SILVA, A. J. O problema das origens de Israel e o livro de Josué. In: LOPES, J. R.; SILVANO, Z. A; VITÓRIO, J. (orgs.) Josué: “Nós serviremos ao Senhor” (Js 24,15). São Paulo: Paulinas, 2022. Capítulo disponível para download no Observatório Bíblico, 19.06.2022.

KONINGS, J. et alii Obra Histórica Deuteronomista. Estudos Bíblicos, n. 88, 2005. Disponível online no site da ABIB.

LIVERANI, M. Para além da Bíblia: história antiga de Israel. São Paulo: Loyola/Paulus, 2008.

Literatura Profética II 2023

Literatura Profética II é continuação da Literatura Profética I. A carga horária semanal é de 2 horas, no segundo semestre do segundo ano de Teologia.

Ementa
Introdução e análise dos principais textos do profeta Jeremias. Introdução e análise dos livros de profetas exílicos e pós-exílicos: Ezequiel, Dêutero-Isaías (Is 40-55), Ageu, Zacarias 1-8, e Trito-Isaías (Is 56-66).

II. Objetivos
Coloca em discussão as características e a função do discurso profético e confronta os textos dos profetas com o contexto da época, possibilitando ao aluno uma leitura atualizada e crítica dos textos proféticos em confronto com a realidade contemporânea e suas exigências.

III. Conteúdo Programático
1. Jeremias
2. Ezequiel
3. Dêutero-Isaías (Is 40-55)
4. Ageu
5. Zacarias 1-8
6. Trito-Isaías (Is 56-66)

IV. Bibliografia
Básica
MESTERS, C. O profeta Jeremias: um homem apaixonado. São Paulo: Paulus/CEBI, 2016.

SCHÖKEL, L. A.; SICRE DÍAZ, J. L. Profetas 2v. 2. ed. São Paulo: Paulus, vol. I: 2004 [3. reimpressão: 2018]; vol. II: 2002 [4. reimpressão: 2015].

SICRE DÍAZ, J. L. Introdução ao profetismo bíblico. Petrópolis: Vozes, 2016.

Complementar
DA SILVA, A. J. Perguntas mais frequentes sobre o profeta Jeremias. Disponível na Ayrton’s Biblical Page. Última atualização: 04.02.2022.

DA SILVA, A. J. Superando obstáculos nas leituras de JeremiasEstudos Bíblicos, Petrópolis, n. 107, p. 50-62, 2010. Disponível na Ayrton’s Biblical Page. Última atualização: 09.07.2022.

NAKANOSE, S. et alii Como ler o Terceiro Isaías (56-66): novo céu e nova terra. São Paulo: Paulus, 2004 [4. reimpressão: 2019].

WIÉNER, C. O profeta do novo êxodo: o Dêutero-Isaías. 3. ed. São Paulo: Paulus, 1997.

WILSON, R. R. Profecia e sociedade no antigo Israel. 2. ed. revista. São Paulo: Targumim/Paulus, 2006.

Literatura Profética I 2023

Abordarei agora a Literatura Profética I, que é estudada no primeiro semestre do segundo ano de Teologia, com carga horária semanal de 2 horas. A Literatura Profética I trabalha, além de questões globais do profetismo, uma seleção de textos dos profetas do século VIII a.C. O texto que orienta a maior parte do estudo é o meu livro A Voz Necessária: encontro com os profetas do século VIII a.C. Os profetas dos séculos seguintes são estudados na Literatura Profética II, que vem logo no semestre seguinte.

I. Ementa
A origem do movimento profético em Israel. O teor do discurso profético: a denúncia da idolatria e a função do discurso profético. Introdução e análise dos livros dos profetas do século VIII a.C.: Amós, Oseias, Isaías 1-39 e Miqueias.

II. Objetivos
Coloca em discussão as características e a função do discurso profético e confronta os textos dos profetas do século VIII a.C. com o contexto da época, possibilitando ao aluno uma leitura atualizada e crítica dos textos proféticos em confronto com a realidade contemporânea e suas exigências.

III. Conteúdo Programático
1. A origem do movimento profético em Israel
2. O teor do discurso profético
3. Os profetas do século VIII a.C.
3.1. Amós
3.2. Oseias
3.3. Isaías 1-39
3.4. Miqueias

IV. Bibliografia
Básica
DA SILVA, A. J. A Voz Necessária: encontro com os profetas do século VIII a.C. São Paulo: Paulus, 1998. Atualizado em 2011 e disponível para download na Ayrton’s Biblical Page.

SCHÖKEL, L. A.; SICRE DÍAZ, J. L. Profetas 2v. 2. ed. São Paulo: Paulus, vol. I: 2004 [3. reimpressão: 2018]; vol. II: 2002 [4. reimpressão: 2015].

SICRE DÍAZ, J. L. Introdução ao profetismo bíblico. Petrópolis: Vozes, 2016.

Complementar
DA SILVA, A. J. Notas sobre a pesquisa do livro de Oseias no século XX. Disponível na Ayrton’s Biblical Page. Última atualização: 03.12.2020.

DA SILVA, A. J. Perguntas mais frequentes sobre o profeta Amós. Disponível na Ayrton’s Biblical Page. Última atualização: 31.07.2019.

DA SILVA, A. J. Perguntas mais frequentes sobre o profeta Isaías. Disponível na Ayrton’s Biblical Page. Última atualização: 24.12.2019.

SCHWANTES, M. A terra não pode suportar suas palavras“ (Am 7,10): reflexão e estudo sobre Amós. São Paulo: Paulinas, 2012.

SICRE, J. L. Com os pobres da terra: a justiça social nos profetas de Israel. São Paulo: Academia Cristã/Paulus, 2015.

Pentateuco 2023

A disciplina Pentateuco é estudada no segundo semestre do primeiro ano, com carga horária de 4 horas semanais. Há uma profunda crise nesta área de estudos, muito semelhante à crise da História de Israel. A teoria clássica das fontes JEDP do Pentateuco, elaborada no século XIX por Hupfeld, Kuenen, Reuss, Graf e, especialmente, Wellhausen, vem sofrendo, desde meados da década de 70 do século XX, sérios abalos, de forma que hoje muitos pesquisadores consideram impossível assumir, sem mais, este modelo como ponto de partida. O consenso wellhauseniano foi rompido, contudo, ainda não se conseguiu um novo consenso e muitas são as propostas hoje existentes para explicar a origem e a formação do Pentateuco.

I. Ementa
Novos paradigmas no estudo do Pentateuco. O Decálogo: Ex 20,1-17 e Dt 5,6-21. A criação: Gn 1,1-2,4a e Gn 2,4b-25. O pecado em quatro quadros: Gn 3,1-24. O dilúvio: Gn 6,5-9,19. A cidade e a torre de Babel: Gn 11,1-9. As tradições patriarcais: Gn 11,27-37,1. O êxodo do Egito: Ex 1-15.

II. Objetivos
Familiariza o aluno com as tradições históricas de Israel e com as mais recentes pesquisas na área do Pentateuco para que o uso do texto na prática pastoral possa ser feito de forma consciente.

III. Conteúdo Programático
1. Novos paradigmas no estudo do Pentateuco

2. O Decálogo: Ex 20,1-17 e Dt 5,6-21

3. A criação: Gn 1,1-2,4a e Gn 2,4b-25

4. O pecado em quatro quadros: Gn 3,1-24

5. O dilúvio: Gn 6,5-9,19

6. A cidade e a torre de Babel: Gn 11,1-9

7. As tradições patriarcais: Gn 11,27-37,1

8. O êxodo do Egito: Ex 1-15

IV. Bibliografia
Básica
MESTERS, C. Paraíso terrestre: saudade ou esperança? 20. ed. Petrópolis: Vozes, 2012.

SKA, J.-L. Introdução à leitura do Pentateuco: chaves para a interpretação dos cinco primeiros livros da Bíblia. 3. ed. São Paulo: Loyola, 2014.

VOGELS, W. Abraão e sua lenda: Gn 12,1-25,11. São Paulo: Loyola, 2000.

Complementar
DA SILVA, A. J. Histórias de criação e dilúvio na antiga MesopotâmiaEstudos Bíblicos, Petrópolis, n. 140, p. 397-424, 2018. Disponível na Ayrton’s Biblical Page. Última atualização: 25.07.2022.

DA SILVA, A. J. Leis de vida e leis de morte: os dez mandamentos e seu contexto socialEstudos Bíblicos, Petrópolis, n. 9, p. 38-51, 1986. Disponível na Ayrton’s Biblical Page. Última atualização: 17.08.2022.

DA SILVA, A. J. Novos paradigmas no estudo do Pentateuco. Disponível na Ayrton’s Biblical Page. Última atualização: 26.07.2021.

FINKELSTEIN, I.; RÖMER, T. Às origens da Torá: novas descobertas arqueológicas, novas perspectivas. Petrópolis: Vozes, 2022.

SKA, J.-L. O canteiro do Pentateuco: problemas de composição e de interpretação/aspectos literários e teológicos. São Paulo: Paulinas, 2016.

História de Israel II 2023

Este curso de História de Israel II compreende 2 horas semanais, com duração de um semestre, o segundo dos oito semestres do curso de Teologia. Os alunos recebem os roteiros de todas as minhas disciplinas do ano em curso nos formatos pdf e html. Os sistemas de avaliação e aprendizagem seguem as normas da Faculdade e são, dentro do espaço permitido, combinados com os alunos no começo do curso.

I. Ementa
O exílio babilônico. A época persa e as conquistas de Alexandre. Os Ptolomeus governam a Palestina. Os Selêucidas: a helenização da Palestina. Os Macabeus I: a resistência. Os Macabeus II: a independência. O domínio romano: da intervenção de Pompeu à revolta de Bar-Kosibah.

II. Objetivos
Oferece ao aluno um quadro coerente da História de Israel e discute as tendências atuais da pesquisa na área. Constrói uma base de conhecimentos histórico-sociais necessários ao aluno para que possa situar no seu contexto a literatura bíblica veterotestamentária produzida no período.

III. Conteúdo Programático
1. O exílio babilônico

2. O judaísmo pós-exílico

2.1. O domínio persa

2.2. O domínio grego

2.3. O domínio romano

IV. Bibliografia
Básica
FINKELSTEIN, I. ; SILBERMAN, N. A. A Bíblia desenterrada: a nova visão arqueológica do antigo Israel e das origens dos seus textos sagrados. Petrópolis: Vozes, 2018.

LIVERANI, M. Para além da Bíblia: história antiga de Israel. São Paulo: Loyola/Paulus, 2008.

MAZZINGHI, L. História de Israel das origens ao período romano. Petrópolis: Vozes, 2017.

Complementar
DA SILVA, A. J. História de Israel. Disponível na Ayrton’s Biblical Page. Última atualização: 10.01.2022.

GERSTENBERGER, E. S. Israel no tempo dos persas: séculos V e IV antes de Cristo. São Paulo: Loyola, 2014.

HORSLEY, R. A. Arqueologia, história e sociedade na Galileia: o contexto social de Jesus e dos Rabis. São Paulo: Paulus, 2000 [2a. reimpressão: 2017].

KIPPENBERG, H. G. Religião e formação de classes na antiga Judeia: estudo sociorreligioso sobre a relação entre tradição e evolução social. São Paulo: Paulus, 1997. Resumo publicado em Estudos Bíblicos, Petrópolis, n. 120, p. 413-434, 2013 e disponível na Ayrton’s Biblical Page. Última atualização: 12.02.2021.

STEGEMANN, W. Jesus e seu tempo. São Leopoldo: Sinodal/EST, 2013.

História de Israel I 2023

Este curso de História de Israel I compreende 2 horas semanais, com duração de um semestre, o primeiro dos oito semestres do curso de Teologia. Os alunos recebem os roteiros de todas as minhas disciplinas do ano em curso nos formatos pdf e html. Os sistemas de avaliação e aprendizagem seguem as normas da Faculdade e são, dentro do espaço permitido, combinados com os alunos no começo do curso.

I. Ementa
Noções de geografia do Antigo Oriente Médio. As origens de Israel: as principais tentativas de explicação. A monarquia tributária israelita: os governos de Saul, Davi, Salomão, o reino de Judá e o reino de Israel.

II. Objetivos
Oferece ao aluno um quadro coerente da História de Israel e discute as tendências atuais da pesquisa na área. Constrói uma base de conhecimentos histórico-sociais necessários ao aluno para que possa situar no seu contexto a literatura bíblica veterotestamentária produzida no período.

III. Conteúdo Programático
1. Noções de geografia do Antigo Oriente Médio

2. As origens de Israel

3. A monarquia tributária israelita

3.1. Os governos de Saul, Davi e Salomão

3.2. O reino de Israel

3.3. O reino de Judá

IV. Bibliografia
Básica
FINKELSTEIN, I. ; SILBERMAN, N. A. A Bíblia desenterrada: a nova visão arqueológica do antigo Israel e das origens dos seus textos sagrados. Petrópolis: Vozes, 2018.

LIVERANI, M. Para além da Bíblia: história antiga de Israel. São Paulo: Loyola/Paulus, 2008.

MAZZINGHI, L. História de Israel das origens ao período romano. Petrópolis: Vozes, 2017.

Complementar
DA SILVA, A. J. História de Israel. Disponível na Ayrton’s Biblical Page. Última atualização: 10.01.2022.

DONNER, H. História de Israel e dos povos vizinhos. 2v. 7. ed. São Leopoldo: Sinodal/EST, 2017.

FINKELSTEIN, I. O reino esquecido: arqueologia e história de Israel Norte. São Paulo: Paulus, 2015.

GOTTWALD, N. K. As tribos de Iahweh: uma sociologia da religião de Israel liberto, 1250-1050 a.C. 2. ed. São Paulo: Paulus, 2004.

NAKANOSE, S.; DIETRICH, L. J. (orgs.) Uma história de Israel: leitura crítica da Bíblia e arqueologia. São Paulo: Paulus, 2022.

Hebraico Bíblico 2023

O curso de Hebraico Bíblico compreende apenas 30 horas no primeiro semestre do primeiro ano de Teologia. É um tempo insuficiente mesmo para a aprendizagem elementar do hebraico bíblico. Por isso o curso se propõe apenas familiarizar o estudante de Teologia com o universo da língua hebraica e o modo semítico de pensar. No transcorrer das aulas os três itens principais – ouvir, ler e escrever – são trabalhados simultaneamente e não sequencialmente. Este curso está disponível para download ou acesso online na Ayrton’s Biblical Page > Noções de Hebraico Bíblico.

I. Ementa
Texto-base: Gn 1,1-8. O alfabeto hebraico. A pronúncia, a transliteração e a análise morfológica de Gn 1,1-8. As sílabas, o shevá e o dâghēsh. O vav conjuntivo, o artigo e as preposições. O substantivo, o adjetivo e os numerais. O verbo, forte e fraco, e o vav consecutivo.

II. Objetivos
Trabalha conceitos semíticos importantes para a compreensão do texto bíblico veterotestamentário.

III. Conteúdo Programático
1. Ouvir
Ouvir repetidamente o hebraico, para se acostumar com os sons estranhos. Não há aqui a preocupação em entender. O objetivo é fixar a atenção nos sons e acompanhar o texto de cada versículo, palavra por palavra. Até começar a distinguir onde está o leitor, no caso, o cantor.

2. Ler
Nesta seção o objetivo é tentar ler o hebraico. Estão disponíveis, para cada versículo de Gn 1,1-8, a pronúncia, a transliteração e a análise do texto. A pronúncia está bem simplificada, somente chamando a atenção para as tônicas, sem dizer se a vogal é breve ou longa e se o seu som é aberto ou fechado. Já a transliteração, representação dos caracteres hebraicos em caracteres latinos, é mais complexa e tem que ser detalhada.

3. Escrever
Nesta seção é possível aprender algumas regras básicas da gramática hebraica. Regras que permitirão uma escrita mínima de palavras e expressões. Mas a gramática é muito mais do que isto. Há sugestões de gramáticas e dicionários na bibliografia. E há revisões. Uma para cada versículo. As revisões ajudarão o estudante de hebraico verificar o seu nível de absorção do ouvir, do ler e do escrever. Poderão servir igualmente para as avaliações da disciplina.

IV. Bibliografia
Básica
FARFÁN NAVARRO, E. Gramática do hebraico bíblico. São Paulo: Loyola, 2010.

LAMBDIN, T. O. Gramática do hebraico bíblico. São Paulo: Paulus, 2003 [5. reimpressão: 2020].

MENDES, P. Noções de hebraico bíblico: texto programado. 2. ed. São Paulo: Vida Nova, 2011.

Complementar
DA SILVA, A. J. Noções de hebraico bíblico. Brodowski, 2001. Disponível para leitura online e download na Ayrton’s Biblical Page. Última atualização: 06.12.2022.

DA SILVA, A. J. Recursos para aprender hebraico – Na Play Store (Android) e no YouTube. Observatório Bíblico – 29 de julho de 2018.

ELLIGER, K.; RUDOLPH, W. Biblia Hebraica Stuttgartensia. 5. ed. [1997]. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2011. A BHS está disponível também online ou para download gratuito.

KIRST, N. et alii Dicionário hebraico-português e aramaico-português. 33. ed. São Leopoldo/Petrópolis: Sinodal/Vozes, 2018.

ORTIZ, P. Dicionário do hebraico e aramaico bíblicos. São Paulo: Loyola, 2010.