Dom José Mauro Pereira Bastos, bispo de Guaxupé, faleceu hoje em acidente de carro

Faleceu hoje, 14 de setembro, em acidente de carro, na estrada de Guaxupé a Belo Horizonte, perto de Carmópolis de Minas, MG, Dom José Mauro Pereira Bastos, bispo de Guaxupé, MG. Dom José assumiu a Diocese de Guaxupé recentemente, em 18 de junho, vindo de Janaúba, MG. Leia a notícia na página da CNBB.

No grave acidente, que envolveu carros e caminhões na BR-381, segundo agências de notícias, teriam morrido quatro pessoas, enquanto outras estariam internadas em estado grave. Dom José, de 51 anos de idade, morreu carbonizado. No dia 17 de setembro completaria 6 anos de episcopado.

Dom José era Mestre em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana, Roma.

Leia Mais:
Acidente de carro mata bispo e outras três pessoas em MG

Pesquisa sobre a blogosfera brasileira

Folha Online – Deutsche Welle: 13/09/2006 – 19h22

Blogosfera em português é maior que a em alemão

da Deutsche Welle, na Alemanha

 

Estatísticas sobre uso de internet na Alemanha sugerem uma situação muito melhor que a do Brasil, onde atinge apenas 14% da população. Mesmo assim, quando o assunto é weblog, o desempenho dos brasileiros surpreende. Algum tempo atrás, se alguém se perguntasse o que é um weblog, a resposta seria fácil: trata-se… (cont.)

Leia Mais:
Pesquisa Verbeat Blogosfera Brasil (pdf)

Para quem nunca parou para pensar em nosso tamanhinho

Muita gente acha que é o centro do mundo, que é o maior, que tudo gira em torno dele – ou que deveria girar -, que isso, que aquilo, que etc etc.

Nunca viu gente assim? Ah, mas que há, isso há! Como se diz na língua dos “hermanos”: Yo no creo en brujas pero que las hay… las hay.

Nada como uma visita a The Size Of Our World para um “prepotente” dar de cara com sua real dimensão espacial.

Se nos destruíssemos todos de uma só vez, nossa ausência seria percebida?

Juntando os bilhões de seres que vivem atualmente no terceiro planeta do sistema solar, não chegamos nem mesmo a um pixel nesta enorme tela espacial!

Os nomes de Deus na Biblia

Se você quiser ler algo interessante sobre as várias formas como Deus é designado na Bíblia Hebraica, leia o post The Name Game no biblioblog Asphaleia, de Marv.

Obs.: os links não funcionam, pois o blog não existe mais… [21.03.2008 – 11h12]

Semana Teológica de 2006 na PUC-Campinas debaterá o tema Teologia e Mundo Urbano

O Diretório Acadêmico João XXIII, da Faculdade de Teologia e Ciências Religiosas da PUC-Campinas, está nos convidando para a XXIV Semana de Estudos de Teologia, a ser realizada de 25 a 29 de setembro de 2006, com o tema Teologia e Mundo Urbano: a experiência do sagrado em meio à violência.

Explicam os responsáveis pela Semana que, em um mundo globalizado e organizado majoritariamente em grandes centros urbanos, nos quais a violência e a busca do sagrado caminham lado a lado, a Semana de Estudos de Teologia pretende fazer apontamentos a partir dos instrumentos oferecidos pelas Ciências Humanas e apresentar propostas, tendo como foco a relação da Igreja com o mundo urbano em vários períodos da História.

Local: PUC-Campinas – Campus I – Rod. D. Pedro I, Km 136 – Parque das Universidades – Campinas – SP
Auditório Dom Gilberto (tel.: 0**19 3756-7367)

Programação:
Dia 25 de setembro – segunda-feira
19:30-22:00
Conferência: O mundo urbano e a questão da violência
Conferencistas: Profa. Dra. Brenda Maribel C. Dávila e Prof. Dr. Pe. Luiz Roberto Benedetti
Interlocutor: Prof. Lindolfo Alexandre de Souza

Dia 26 de setembro – terça-feira
19:30-22:00
Conferência: A cidade como lugar do encantamento: a questão do sagrado no mundo urbano
Conferencista: Prof. Dr. Pedro de Assis Ribeiro de Oliveira
Interlocutor: Prof. Dr. Pe. Benedito Ferraro

Dia 27 de setembro – quarta-feira
19:30-22:00
Conferência: O desafio dos primeiros cristãos na sociedade urbana
Conferencista: Prof. Ms. Domingos Zamagna
Interlocutor: Prof. Ms. Dom Mauro de Souza Fernandes

Dia 28 de setembro – quinta-feira

19:30-22:00
Conferência: Uma leitura do Apocalipse num contexto urbano
Conferencista: Prof. Dr. Cássio Murilo Dias da Silva
Interlocutor: Prof. Ms. Pe. Elisiário Cesar Cabral

Dia 29 de setembro – sexta-feira
19:30-22:00
Conferência: Os desafios da Igreja atual inserida no mundo urbano
Conferencistas: Prof. Dr. Reinold Johann Blank e Profa. Dra. Christiane E. Blank
Interlocutor: Prof. Dr. Côn. Pedro Carlos Cipolini

No dia 28 de setembro Cássio Murilo Dias da Silva estará fazendo o lançamento de seu mais recente livro, sobre o qual se pode ler aqui.

O mundo perdeu a confiança nos USA a partir do momento em que aplicaram o conceito de guerra preventiva

Folha Online: 10/09/2006 – 09h51

Sérgio Dávila, da Folha de S. Paulo, em Washington

Cinco anos depois, EUA estão mais fracos e sós

Só para quem tem “memória curta”:

Acredito que a ‘guerra preventiva’ é uma forma de crime contra a humanidade. Ela não será a primeira batalha de uma 3ª Guerra Mundial, mas o primeiro passo para uma espécie de guerra civil globalizada (…) É uma ameaça verdadeira contra a humanidade, diz Paul Virilio, 70, urbanista e filósofo francês, em entrevista à Folha Online de 06/04/2003 – 10h55.

E os Estudos Bíblicos na Alemanha? Como vão?

Leia o artigo de Heike Omerzu, da Universidade de Mainz, no site do SBL Forum. Em 2006.

A German Landscape: Currents and Credits of Biblical Studies in Germany during the Past Decades

Before taking stock of German exegesis, I have to restrict my subsequent remarks by overtly stating my individual and subjective perspective on the issue: I am a white, western European, female exegete. To be even more precise, I am a Protestant and I am a New Testament scholar. Therefore, in the following, I will lay my focus on New Testament studies in a German, or better, German-speaking, Protestant context, even if I use the term exegesis without specification. Probably, many observations are adequate to the situation of the whole discipline and of both confessions, anyway. Besides, because of the limitation of time and space, I will have to simplify complex arguments and harmonize competing tendencies.

Germany was not only an important cradle of critical biblical scholarship itself; German exegesis also held a leading position within the international field of the discipline and concurrently participated in general theological or philosophical debates throughout major parts of the twentieth century (e.g., in liberal and dialectical theology). While the situation has changed since then in many respects, German biblical scholarship has only begun to reflect on its fading impact as concerns the international stage as well as broader discourses in theology or the humanities and social-sciences, not to mention general public debates.

The State of Affairs

Most of the research achieved in Germany during the last three or four decades was and still is indebted to historical criticism with its inherent emphasis on philological and historical analyses. Meanwhile, the — if even often controversial and short-lived but nevertheless fruitful — debates on new approaches to biblical studies (arising, e.g., from structuralism, deconstruction or new literary criticism) have almost taken place without German contribution on the level of theory (in contrast, for example, to France, Great Britain, and the United States). Regarding the practice, innovative methods are often adopted, if at all, only in a half-hearted or “domesticated” way and scholars applying them are viewed sceptically. This also pertains to more “established” methods such as feminist or socio-scientific exegesis. More acceptable are literary-critical approaches such as rhetorical, narrative, or reader response criticisms. That alternative methods in Germany are still met with reserve can be illustrated by Martin Hengel’s account of the tasks of New Testament studies on the occasion of his presidential address towards the Societas Novi Testamenti Studiorum in 1993. Here Hengel rejects such new approaches as a “postmodern playground,” resulting in an “anything goes” defamiliarization of biblical texts. Their arbitrariness made them inadequate tools for the interpretation of the venerable “book of books.”[1] Instead, Hengel claims that the only appropriate way to understand the alétheia tou euaggeliou (1 Cor 15:11), the permanent truth of the Christian Kerygma, is to reveal what the New Testament author has meant and what he wanted to express with respect to his audience, his hearers and readers.[2] Though most German biblical scholars will not share this extreme author-centered position any longer, in his conservative disposition and the implicit devaluation of new trends as superficial and transient,[3] Hengel is nevertheless representative of a predominant inclination.

This conservative tendency does not only affect methodological aspects but also important issues or debates in research (e.g., the Third Quest for the historical Jesus and the New Perspective on Paul). Both are international discourses, yet mainly conducted in English and, in contrast, for example, to Scandinavia, with rather few initiative contributions by German-speaking scholars (exceptions are Gerd Theißen, Wolfgang Stegemann, and Michael Bachmann). If the results of these debates are reflected at all, this often happens with a considerable delay and from a rather sceptical point of view. Finally, though New Testament studies claims its position within the canon of theological disciplines, it has only little impact on general theological debates and exegetical research does not affect discussions within the church or in academic and public discourse.

When and Why?

But what are the reasons for this development? Let me try to suggest at least some answers. Thomas H. Olbricht has recently designated the time up to the First World War (1900-1915) as the “Germanic Period” of biblical interpretation.[4] Considering only the impact of the Form and Redaktionsgeschichte methods of Martin Dibelius and Rudolf Bultmann (including also Hans Conzelmann and Ernst Haenchen), as well as the contributions of Rudolf Bultmann and Ernst Käsemann to wider theological discussions, it is evident that German exegesis at least exerted an important influence until the end of, and some time after, World War II. Even if Germany no longer held the leading position, it still maintained a significant role in international exegesis as well as in systematic theological and philosophical discourses.

The years 1933 through 1945 severely shocked everyone, including biblical scholars. This resulted in an increased sensibility for a centuries-old tradition of anti-Jewish readings of the New Testament that were also supported by biblical scholars, not only German ones. Yet, corresponding to the larger political developments and the altered power relations after World War II, the higher critical agenda originating among, and having been dominated by, German exegetes became more and more disputed. The emancipation, especially of North American exegesis, from a German biblical-exegetical hegemonic hold was surely facilitated by English becoming the lingua franca of the scientific world. Thus, it is symptomatic of the current situation that a growing number of particularly American scholars only possess a basic knowledge of German while simultaneously the amount of German exegetical research translated into English is decreasing. Is Wolfgang Stegemann really right in blaming German exegesis for its provinciality and therefore entitling his account on the condition of New Testament studies: “America, du hast es besser!” (America, you are better off!)?[5] Is Anglo-American exegesis really at an advantage compared to Germany?

I suggest not. At least it seems as if those on the other side of the sea are not on the safe side either. This impression is corroborated by various recent observations by international scholars. Independent of their different backgrounds, implications and aims, there seems to be a general consensus that the main reasons for the current — poor — state of our discipline is related to the globalization and pluralization of society (or societies). In 1997, for example, Ulrich Luz devoted his presidential address to the SNTS group on the topic “The tasks of exegesis in a religiously pluralistic society.”[6] Only a few months later, Larry Hurtado gave his inaugural lecture on “New Testament Studies at the Turn of the Millennium: Questions for the Discipline”[7] in Edinburgh. Hurtado argued that “the pluralising of our society (…) makes it even more important and relevant for the scriptural texts of the Christian faith to be a university subject.”[8] One of the latest assessments has been presented by the SNTS president of 2004, Wayne Meeks,[9] who arrives at a rather similar assessment.

Given these other non-German assessments of the situation, one could conclude that Germany simply participates in a “global crisis” of exegesis. And there is some truth to that. But, coming back to Wolfgang Stegemann’s longing look at America and his plea for methodical innovations, one must also assert that new methods are not per se fruitful (here Hengel is right), even though they do at least foster debates on methodology. While some scholars, such as Stanley Porter, have recently characterized the problems of North American exegesis as being caused by “fragmentation” and “multiformity” on account of too much theory, Germany’s crisis is, in my perception, mostly due to a lack of theory (i.e., of methodological and hermeneutical reflection). So aside from the general “global situation,” there is also a more specific cultural aspect to this matter.

On Our Way Out

As already noted, for the past decade or so a debate on the present state and on future perspectives of New Testament studies has been going on in Germany. Contributions to this discussion come, besides from those exegetes already mentioned, from scholars …such as Stefan Alkier, Christof Landmesser, Eckhart Rein-muth, Jens Schröter, and Oda Wischmeyer.[10] An important stimulus of the debate is the growing discontent with the fact that the various exegetical methods, old and new, historical-critical and literary, diachronic and synchronic, are usually employed additively and without integration into a theoretical concept of text interpretation. Such an overlooked but strongly demanded text theory does not only have to consider the epistemological, linguistic, and philosophical presuppositons of each single method, but it also has to reflect the conditions of understanding and interpretation of texts in general. Fundamental to this striving for a theory of text-comprehension are the insights associated with the term “linguistic turn,” which originated in various intellectual movements (e.g., analytical philosophy, structuralism) and was adopted in the humanities in the 1970s. Decisive for the linguistic turn is the recognition of language as structuring thought and constructing reality. There is no direct relation between the world created by, and in, a text and the non-linguistic reality to which it refers.

The question for the conditions of the comprehension of linguistic utterances relates (at least) back to the hermeneutics of Friedrich Schleiermacher for whom interpretation required the reconstruction of meaning. This has been refined by modern text linguistics and discourse studies, which characterize interpretation as a process involving producer/author, recipient, and text alike, yet still laying a strong emphasis on the reader. Very influential in this respect were the concepts of Wolfgang Iser, featuring the idea of an implicit reader, and of Umberto Eco, featuring the idea of a model reader. Both pay special attention to the active part of the reader in the act of interpretation. This cooperation (cf. Eco: “la cooperazione interpretativa”) does not necessarily imply a conscious interaction, yet it does suggest permanent decisions as regards the actualization of specific aspects of the “cultural encyclopaedia” of the reader. This encyclopaedic competence is, for instance, performed when deciding between different possible grammatical or semantic choices a text offers and when filling gaps in the text. However, while this presupposition facilitates a pluralization of interpretation, it does not result in arbitrary perspectives, because every realization is restricted by certain predispositions of the text itself.

Turning to the German scholars mentioned above, while Wischmeyer explicitly defines her exegetical approach as text hermeneutics, Landmesser primarily seeks, by means of philology, to develop the “linguistic potential” of the New Testament texts. Alkier is predominantly engaged in semiotics and the ethics of interpretation, and Schröter (in a similar way but interwoven with postmodern issues in a more general mode, also Reinmuth) seems to envisage an even broader project by linking current insights of linguistics and theory of history. Schröter wants to strengthen ties between text, reality, and history, the junction being the idea of a (moderate) constructivism with its fundamental assumption that humans have no access to any ontic reality, but that all reality is dependent on knowledge and thus subject to construction. Adopting the above-mentioned linguistic perspectives, Schröter holds that the New Testament writings are comparable with any other text as they all constitute reality via the medium of language. But language does not only structure our access to, and perception of, reality, it also mediates between past and present. Drawing among others on the works Paul Ricoeur and Hayden White, Schröter emphasizes the constructive character of history in general, including early Christian history and our own perceptions of it. Thus, the quest for origins has to be regarded as a cultural construction as well. Faction and fiction, history and historiography, cannot be split up. The establishment of relations in meaning is an important prerequisite for the reception of the past, and meaning is not inherent to facts and reality but has to be created by interpretation. Thus, like all other historical texts, the early Christian writings describe the reality they relate to in a selective and interpretative way. But if we can acquire the past only in the mode of fictionality, Schröter demands as a necessary consequence that the question for the truth of history must not be identified and mixed up with that of its verification.

In short, it is in these newer hermeneutical developments in Germany that I see some significant hope for a renewed German-speaking contribution to the field of biblical studies and for a possible way out of the current state of isolation we are facing.

Concluding Remarks

It is not only generally to be welcomed that a discussion on theory has been inaugurated in German exegesis, but also that these efforts seek for an integral connection between exegesis and hermeneutics. An integrative theory that considers both the creative act of text interpretation, necessarily including, alongside an appropriation of the first century “encyclopaedia,” the critical historical and philological skills that Hengel rightly, even if too one-sidedly, demands and the idea of the constructive character of history, appears to be a promising way out of the isolation of German exegesis. Of course, I’m not promoting here a return to German hegemony, but rather a move to “interdisciplinary” and “international” discourse and exchange. The constructive notion of reality and history draws on international discourses in literary studies, linguistics, historical, and philosophical sciences, and thus may inaugurate debates within the theological context as well as with non-theological partners. If all reality is linguistically mediated, this is also true for the biblical texts. As a consequence, we can only strive for an adequate interpretation, but not for the one and only true one, a point that is critically relevant in the debate within theology, national, and international. If there is no direct connection between the signs of a text and the designated non-linguistic reality, the biblical texts just provide one possible interpretation of reality. This recognition opens the space for dialogues with other, non-theological disciplines on the basis of a rational, negotiable methodological basis. Theology can then be an autonomous partner in the discourse on competing drafts of interpretation of the world, of history and reality.

Regarding the public eye, the idea of the constructive nature of reality and history may in fact be appealing precisely because it corresponds so well to our every day experiences. Our co-operation is asked everywhere — in the super market, at the cash machine, when having a coffee break at Starbucks or lunch at Burger King. We book our flights via the internet and print the tickets at the airport. So, why not cooperate in producing meaning?

Time will prove whether these ideas are fruitful. For the moment they offer a discourse and a promising path to be followed. Maybe this path will not lead us to blossoming landscapes; at least it might provide exegesis a place in the global village.

Heike Omerzu, University of Mainz

Notes:
[1] Cf. Martin Hengel, “Aufgaben der Neutestamentlichen Wissenschaft,” New Testament Studies 40 (1994): 337

[2] “Aufgaben der Neutestamentlichen Wissenschaft,” 349, 351.

[3] “Aufgaben der Neutestamentlichen Wissenschaft,” 352.

[4] Cf. Thomas H. Olbricht, “Biblical Interpretation in North America in the 20th Century,” in Historical Handbook of Major Biblical Interpreters (ed. D. K. McKim; Downers Grove, Ill.: InterVarsity, 1998), 541-57.

[5] Wolfgang Stegemann, “Amerika, du hast es besser! Exegetische Innovationen der neutestamentlichen Wissenschaft in den USA,” in Die Kunst des Auslegens: Zur Hermeneutik des Christentums in der Kultur der Gegenwart (ed. R. Anselm et al.; Frankfurt: Peter Lang, 1999), 99-114.

[6] Ulrich Luz, “Kann die Bibel heute noch Grundlage für die Kirche sein? Über die Aufgabe der Exegese in einer religiös-pluralistischen Gesellschaft,” New Testament Studies 44 (1998): 317-39.

[7] Published in Scottish Journal of Theology 52 (1999): 158-78.

[8] Scottish Journal of Theology, 159.

[9] Wayne A. Meeks, “Why Study the New Testament,” New Testament Studies 51 (2005): 155-70.

[10] Stefan Alkier, “Es geht ums Ganze! Wider die geschichtswissenschaftliche Verkürzung der Bibelwissenschaften oder Aufruf zur intensiveren Zusammenarbeit der theologischen Disziplinen,” in Religionspädagogik als Mitte der Theologie? Theologische Disziplinen im Diskurs (ed. M. Rothgangel and E.Thaidigsmann; Stuttgart: Kohlhammer, 2005), 165-70; and idem, “Neutestamentliche Wissenschaft – Ein semiotisches Konzept,” in Kontexte der Schrift II. Kultur, Politik, Religion, Sprache (ed. C. Strecker and W. Stegemann; Stuttgart: Kohlhammer, 2005), 343-60; see also Alkier and Ralph Brucker, eds., Exegese und Methodendiskussion (TANZ 23; Tübingen: Francke, 1998); Christof Landmesser, Wahrheit als Grundbegriff neutestamentlicher Wissenschaft (WUNT 113; Tübingen: Mohr Siebeck, 2001); and idem, “Neutestamentliche Wissenschaft und Weltbezug,” in Herkunft und Zukunft der neutestamentlichen Wissenschaft (ed. O. Wischmeyer; NET 6; Tübingen: Francke, 2003), 185-206; Eckhart Reinmuth, “Diskurse und Texte: Überlegungen zur Theologie des Neuen Testaments nach der Moderne,” Berlineer Theologische Zeitschrift 16 (1999): 81-96; and idem, “In der Vielfalt der Bedeutungen: Notizen zur Interpretationsaufgabe neutestamentlicher Wissenschaft,” in Die Bedeutung der Exegese für Theologie und Kirche (ed. U. Busse; QD 215; Freiburg: Herder, 2005, 76-96; Jens Schröter, “Zum gegenwärtigen Stand der neutestamentlichen Wissenschaft: Methodologische Aspekte und theologische Perspektiven,” New Testament Studies 46 (2000): 262-83; and idem, “Neutestamentliche Wissenschaft jenseits des Historismus: Neuere Entwicklungen in der Geschichtstheorie und ihre Bedeutung für die Exegese urchristlicher Schriften,” Theologische Literaturzeitung 128 (2003): 855-66; Oda Wischmeyer, “Das Selbstverständnis der neutestamentlichen Wissenschaft in Deutschland: Bestandsaufnahme Kritik. Perspektiven. Ein Bericht auf der Grundlage eines neutestamentlichen Oberseminars,” Zeitschrift für Neues Testament 5 (2002): 13-36; and idem, Herkunft und Zukunft.

Database of Neo-Sumerian Texts – BDTNS

BDTNS – Database of Neo-Sumerian Texts

The Database of Neo-Sumerian Texts (or BDTNS, its acronym in Spanish) is a searchable electronic corpus of Neo-Sumerian administrative cuneiform tablets dated to the 21st century B.C. During this period, the kings of the Third Dynasty of Ur built an empire in Mesopotamia managed by a complex bureaucracy that produced an unprecedented volume of written documentation. It is estimated that museums and private collections all over the world hold at least 120,000 cuneiform tablets from this period, to which should be added an indeterminate number of documents kept in the Iraq Museum. Consequently, BDTNS was conceived by Manuel Molina (CSIC) in order to manage this enormous amount of documentation (…) The work on BDTNS began, therefore, in 1996 at the Instituto de Filología (now Instituto de Lenguas y Culturas del Mediterráneo y Oriente Próximo) of the Consejo Superior de Investigaciones Científicas (CSIC), Madrid. Six years later, in 2002, it appeared online.

Bispo de Patos de Minas presta tributo a Dom Luciano

Recomendo, especialmente aos meus alunos, a leitura de um artigo de Dom João Bosco Óliver de Faria, Bispo Diocesano de Patos de Minas, publicado no site da CNBB. É uma homenagem a Dom Luciano Mendes de Almeida. É uma reflexão. Que nos emociona. E que nos faz pensar.

 

Um dos legados de Dom Luciano

Passada a emoção da morte e dos funerais de Dom Luciano, trago, para nossa reflexão, algumas facetas de sua personalidade sacerdotal que sempre me impressionaram e das quais falei em muitos retiros espirituais pregados ao clero em diversas dioceses do nosso Brasil.

O fascículo 162, junho de 1981, da Revista Eclesiástica Brasileira, mais conhecida como REB, publicou, à página 320, um belo e talentoso artigo de 25 páginas sob o título: “Algumas reflexões sobre a formação sacerdotal hoje” de autoria do Padre José Comblin. O estudo foi em preparação ao Sínodo sobre os Presbíteros, em Roma.

Minha revista está toda sublinhada e sinalizada. Li e reli esse artigo. Pouco depois tive a oportunidade de conhecer Dom Luciano. Pude, então, verificar, prazerosamente, como ele encarnara, de modo tão simples, espontâneo e natural, aquilo que Padre Comblin sinalizara como “Temas espirituais fundamentais que devem animar a formação sacerdotal”.

1) “O primeiro tema é o da disponibilidade (o grifo é meu): corresponde à disposição de Jesus ao entrar no mundo de acordo com epístola aos Hebreus: “Eu venho para fazer, ó Deus, a tua vontade” (Hb 10,7). Ou também a disposição de Maria: “Eis aqui a serva do Senhor” …”

Nunca vi tanta disponibilidade como a de D. Luciano. Não sabia dizer “não”! Foi o homem do “SIM”! Arrebentava-se em viagens à noite, em um golzinho frágil, por estradas quase intransitáveis, tentando conciliar compromissos e atender os mais diversos pedidos e solicitações de sua presença.

Era 21 de março de 1996, velório de D. João Bergese, Arcebispo de Pouso Alegre. Dom Luciano, depois de 520km de estrada, chega por volta de 21h, com forte dor de dentes. Foi à Catedral, visitou o corpo e rezou por um bom tempo. Providenciamos um dentista. Não aceitou dormir. Fez um lanche rápido; era quase meia-noite quando voltou para a estrada para atender um outro compromisso. Disse-lhe: “- D. Luciano, o Senhor não pode viajar em um carro frágil assim, sem conforto e à noite”. Ele nada respondeu. Despediu-se, agradeceu as poucas atenções que foram possíveis oferecer-lhe e entrou no carro.

Dom Luciano é sinônimo de disponibilidade!

2) “O segundo grande tema será o da “compaixão”. A imagem culminante de Deus no cristianismo é a do Pai do filho pródigo que sofre por ter perdido o filho. A “compaixão” do Pai manifesta-se no comportamento de Jesus: “Vendo a multidão, comoveu-se de compaixão, porque eles estavam enfraquecidos e abatidos como ovelhas sem pastor'(Mt 9,36). …”

15 de outubro de 1983. Chega às minhas mãos um problema, até então, novo para mim. Um sacerdote em crise e que pedia ajuda. Autorizou-me a consultar alguém de minha confiança, protegendo sua identidade. Procurei D. Luciano. Telefonei para São Paulo, Brasília e marcamos o dia 20, às 10h30min, em sua residência no Belenzinho. Cheguei com tempo. Sala de espera cheia de pessoas simples e humildes que batiam à sua porta. Atendeu-me com calma e atenção. Deu-me de presente um exemplar de sua tese de Doutorado em Ontologia. Convidou-me para almoçar. Não aceitei por duas razões: seu tempo e, talvez, em sua pobreza, não houvesse comida para dois. Eu já conhecia sua casa. Disse-lhe que deveria ainda passar pelo comércio em S. Paulo e que deveria voltar logo à paróquia, em Minas.

Despedi-me. Levou-me à porta. Meu carro estava a uns vinte metros de distância. Quando estava dando partida no motor, D. Luciano reaparece à porta de sua casa. Chamou-me. Fechei o carro novamente. – O que o Senhor deseja D. Luciano? E ele: ” Olhe, você não quis almoçar e deve estar com fome. Leve estes chocolates para você comer. Recebi-os e agradeci, despedindo-me. Quando chego ao carro as barrinhas de chocolate estavam se derretendo pelo calor.”

Fiquei a pensar: ele atendeu-me no que precisava. Convidou-me para almoçar e não aceitei. E, no entanto, não se sentiu bem enquanto não fizesse algo mais para meu conforto…

Aprendi, concretamente, a lição do Pe. Comblin: compaixão é a capacidade de sentir o problema do outro, sem que ele fale e tentar ajudar a resolver com discrição e naturalidade!

Houve outros fatos semelhantes.

Dom Luciano é sinônimo de compaixão.

3) “Enfim, o terceiro tema fundamental é o Reino de Deus, que está presente em Jesus crucificado e ressuscitado; esse Jesus que Se torna presente na cruz e na ressurreição em todos os homens que assumem, como Ele, o Seu sofrimento. O olhar da fé consiste justamente nisto: ser capaz de reconhecer, nos pobres que sofrem, as disposições de Jesus na cruz e na ressurreição”.

Julho de 1982. Dom Luciano prega o retiro do clero de Pouso Alegre. Pergunto ao meu Arcebispo: “O Senhor tem alguém que leve Dom Luciano?” E ele: “Não”. Respondi-lhe: “Então tem!”

Sabia que, à noite, no escuro, ele não poderia ler… Teria tempo para conversarmos. Paramos em Itaici: “Uma conferência para os sacerdotes novos, Jesuítas, ordenados nos últimos 5 anos.

O envelope que recebera do Sr. Arcebispo, passou-o – sem ver o conteúdo – a um jovem sacerdote Jesuíta que lhe confidenciara seus problemas.

Seguimos para São Paulo, onde chegamos à 01h30. Ele já havia nos falado, no Retiro, que morrera, naquele dia, um seu vizinho, de origem eslava e sem parentes e que provavelmente não haveria ninguém em seu velório.

Fomos diretamente ao Velório, nas dependências da Diocese. Havia um senhor e uma religiosa com o falecido. D. Luciano rezou por um tempo. Levou-me depois à sua casa. Esquentou uma sopa e mostrou-me um quarto. Levantei-me cedo. Chego ao Velório às 6h30min. Dom Luciano estava de pé, rezando o terço e velando o corpo daquele pobre senhor.

Não haveria nenhum retorno humano por aquele seu gesto! Ele tinha pela frente um outro dia cheio de compromissos!

Só pelo Reino de Deus!

Dom Luciano é sinônimo de amor ao Reino de Deus.

4) “Ao terceiro tema está ligado o quarto que é, antes, uma parte do mesmo, mas convém destacá-lo de modo especial: é o tema do serviço. O sacerdócio é serviço”. … “por conseguinte, os seminaristas deverão necessariamente aprender a servir, fazer experiências concretas de serviço real – isto é, material, físico – aos pobres”.

Dom Luciano sofria, visivelmente, quando não conseguia ajudar, como queria, aos que o procuravam. Servia pela alegria de servir.

No ano de seu Jubileu, estávamos lado a lado em Itaici, na Assembléia dos Bispos. Nos tempos neutros, ele punha sua correspondência em dia e eu lhe fechava os envelopes. Disse-lhe baixinho: “Vou acrescentar no meu currículo que fui secretário de D. Luciano”. Ele sorriu.

Estava para acontecer, em Roma, o encontro do G8. O Presidente da Itália pediu sua ajuda. Dom Luciano saiu sem nada dizer. Uma noite de viagem, um dia de trabalho em Roma, outra noite de viagem. Entrou discretamente no Auditório da Assembléia, sem nada dizer, como se nada tivesse acontecido de especial. Era mais um serviço…

Sua grande alegria estava no servir aos pobres. E ele sabia fazê-lo sem se colocar acima do pobre.

Dia 28 de maio de 1988. Cerimônia de Posse como Arcebispo de Mariana.
Na homilia, sua voz ficou embargada por duas vezes, fazendo uma pequena pausa para continuar. Chorou quando falou de seus pobres no Belenzinho. Chorou quando falou agradecendo e se despedindo de seus padres. Quatro deles estavam ao lado do altar. Voltei-me para eles: um enxugava as lágrimas na manga de sua túnica e o outro na Estola! Amor recíproco.

Dom Luciano foi uma chama acesa que iluminou e aqueceu a muitos. Só se apagou quando queimou a última gota de cera que a alimentava.

Dom Luciano = Sacerdócio = Disponibilidade = Compaixão = Reino de Deus = Serviço

No dia 27 de agosto fechou-se um lindo livro escrito por Deus.

Chamava-se Dom Luciano.

Quem leu, leu!

Fonte: Dom João Bosco Óliver de Faria – CNBB: 7 de setembro de 2006