VALLEJO, I. O infinito em um junco: a invenção dos livros no mundo antigo. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2022, 496 p. – ISBN 9786555604689.
Um livro sobre a evolução dos livros, um passeio pela trajetória desse artefato fascinante que inventamos para que as palavras pudessem ser transportadas pelo espaço e pelo tempo. O infinito em um junco conta a história desse objeto desde sua criação, milênios atrás, passando por todos os modelos e formatos que testamos ao longo da jornada humana.
A obra de Irene Vallejo é também sobre viagens e diferentes lugares. Uma rota com paradas nos campos de batalha de Alexandre, o Grande, e na Vila dos Papiros sepultada pelas lavas do Vesúvio, nos palácios de Cleópatra e na cena do crime de Hipátia, nas primeiras livrarias e nas oficinas de cópia manuscrita, nas fogueiras em que eram queimados códices proibidos, no gulag, na Biblioteca de Sarajevo e no labirinto subterrâneo de Oxford no ano 2000. Um fio que une os clássicos ao mundo contemporâneo, conectando-os aos debates atuais: Aristófanes e os processos judiciais contra os humoristas, Safo e a voz literária das mulheres, Tito Lívio e o fenômeno dos fãs, Sêneca e a pós-verdade.
Acima de tudo, esta é uma fabulosa aventura coletiva protagonizada por milhares de pessoas que, ao longo do tempo, protegeram e tornaram o livro possível: contadores de histórias, escribas, iluminadores, tradutores, vendedores ambulantes, professores, sábios, espiões, rebeldes, freiras, aventureiros; leitores de todos os cantos, nas capitais onde se concentra o poder e nas regiões mais remotas, onde o conhecimento se refugia em tempos de caos. Pessoas comuns cujos nomes muitas vezes são apagados da história; gente que salva essas fontes de memória, os verdadeiros protagonistas desta obra.
Leia resenhas sobre a obra. Fenômeno editorial espanhol traduzido para mais de 30 idiomas, ensaio sobre a história do livro vem conquistando prêmios e leitores.
O original, em espanhol, é de 2019.
Irene Vallejo nasceu em Zaragoza, Espanha, em 1979, e estudou filologia clássica. Fez doutorado nas universidades de Zaragoza e Florença. Dedica-se a um intenso trabalho de divulgação do mundo clássico ministrando conferências e cursos, e colabora com o El País Semanal, entre outros. De sua obra literária, destacam-se os romances La luz sepultada (2011) e El silbido del arquero (2015).