Quem dividiu a Bíblia em capítulos e versículos?

Uma resposta rápida:
. a divisão em capítulos foi feita por Stephen Langton, em Paris, em 1204-1205. Em 1226 a divisão foi usada em um texto da Vulgata.
. a divisão em versículos foi feita por Robert Estienne (citado, em latim, como Robert Stephanus) a partir de 1551, em Paris e Genebra.

Outras propostas de divisão da Bíblia em capítulos e versículos foram feitas, mas estas duas acabaram prevalecendo.Stephen Langton (c. 1150 – 9 de julho de 1228)

E são as que utilizamos hoje.

Uma síntese honesta do tema, em português, pode ser encontrada aqui.

Mas esta é uma resposta rápida.

Então pergunto: Como sabemos disso? Há documentos que comprovam estas afirmações?

Há sim.

Robert Estienne (Paris, 1503 – Genebra, 7 de setembro de 1559)Para uma ótima abordagem do tema, com referências primárias e secundárias, recomendo conferir, em inglês:

Stephen Langton and the modern chapter divisions of the bible – By Roger Pearse: June 21, 2013

É, obviamente, um pouco complicado, pois estamos lidando com manuscritos e textos impressos antigos.

Agora, para quem sabe alemão, uma boa referência do século XIX, também usada por Roger Pearse, disponível no Google books, é:

SCHMID, O. Über verschieden Einteilungen der heiligen Schrift, insbesondere über die Capitel-Einteilung Stephan Langtone im XIII Jahrhunderte [Sobre as divisões da Sagrada Escritura especialmente a divisão em capítulos de Stephen Langton no século 13], Graz, 1892, p. 56-106.

A partir da página 106 Otto Schmid trata da divisão em versículos feita por Robert Estienne.

Ele aborda também as propostas de predecessores de Robert Estienne, como:

. o rabino Isaac Nathan, em sua Concordância da Bíblia Hebraica, publicada em Veneza em 1523 [confira também aqui e aqui];

. e São Pagnino, de Lucca, Itália, em sua tradução da Bíblia, publicada em 1527: Veteris ac Novi Testamenti nova translatio per Rev. S. Theol. Doct. Sanct. Pagninum Lucensem nuper edita; impressa est Lugduni per Antonium de Ry chalcographum Anno D. 1527.

Uma história da cidade de Babilônia

DALLEY, S. The City of Babylon: A History, c. 2000 BC – AD 116. Cambridge: Cambridge University Press, 2021, 396 p. – ISBN 978-1316501771.DALLEY, S. The City of Babylon: A History, c. 2000 BC – AD 116. Cambridge: Cambridge University Press, 2021

A história de dois mil anos de Babilônia mostra sua evolução de uma cidade-estado para o centro de um grande império do mundo antigo. Permaneceu uma cidade real sob os impérios da Assíria, Nabucodonosor, Dario, Alexandre Magno, os selêucidas e os partos. As muralhas da cidade foram declaradas como uma maravilha do mundo, enquanto seu zigurate ganhou fama como a torre de Babel. Os visitantes de Berlim podem admirar, no museu, sua Porta de Ishtar, e a suposta localização dos jardins suspensos é explicada. A adoração de seu deus principal, Marduk, se difundiu amplamente, enquanto seus escribas bem treinados transmitiram obras jurídicas, administrativas e literárias por todo o mundo antigo, algumas das quais são uma referência fundamental para o Antigo Testamento. Sua ciência também lançou as bases para a astronomia grega e árabe por meio de um milênio de observações astronômicas contínuas. Esta narrativa acessível e atualizada é feita por uma reconhecida especialista em Babilônia.

 

Stephanie M. DalleyThe 2000-year story of Babylon sees it moving from a city-state to the centre of a great empire of the ancient world. It remained a centre of kingship under the empires of Assyria, Nebuchadnezzar, Darius, Alexander the Great, the Seleucids and the Parthians. Its city walls were declared to be a Wonder of the World while its ziggurat won fame as the Tower of Babel. Visitors to Berlin can admire its Ishtar Gate, and the supposed location of its elusive Hanging Garden is explained. Worship of its patron god Marduk spread widely while its well-trained scholars communicated legal, administrative and literary works throughout the ancient world, some of which provide a backdrop to Old Testament and Hittite texts. Its science also laid the foundations for Greek and Arab astronomy through a millennium of continuous astronomical observations. This accessible and up-to-date account is by one of the world’s leading authorities.

Stephanie M. Dalley is a Retired Research Fellow in Assyriology, Faculty of Oriental Studies at Oxford. From 1979 to 2007, she taught Akkadian and Sumerian at the Oriental Institute, Oxford University, UK.