Está causando rebuliço o livro de Amaury Ribeiro Jr. A privataria tucana. São Paulo: Geração Editorial, 2011, 344 p. – ISBN 9788561501983.
O livro é o resultado final de anos de investigações do repórter Amaury Ribeiro Jr. na senda da chamada Era das Privatizações, promovida pelo governo Fernando Henrique Cardoso. A expressão “privataria”, utilizada por Amaury Ribeiro Jr., faz um resumo feliz e engenhoso do que foi a verdadeira pirataria praticada com o dinheiro público em benefício de fortunas privadas, por meio das chamadas “offshores”, empresas de fachada do Caribe, região tradicional e historicamente dominada pela pirataria.
Alguns exemplos:
:: Chega às livrarias ‘A Privataria tucana’, de Amaury Ribeiro Jr. CartaCapital relata o que há no livro – CartaCapital – 08/12/2011
Não, não era uma invenção ou uma desculpa esfarrapada. O jornalista Amaury Ribeiro Jr. realmente preparava um livro sobre as falcatruas das privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso. Neste fim de semana chega às livrarias “A Privataria Tucana”, resultado de 12 anos de trabalho do premiado repórter, que durante a campanha eleitoral do ano passado foi acusado de participar de um grupo cujo objetivo era quebrar o sigilo fiscal e bancário de políticos tucanos. Ribeiro Jr. acabou indiciado pela Polícia Federal e tornou-se involuntariamente personagem da disputa presidencial.
:: Amaury Ribeiro Jr.: Quem é o Doutor Escuta: leia um dos capítulos do livro A privataria tucana – Luiz Carlos Azenha: Vi o Mundo – 08/12/2011
Derrotado na disputa à Presidência da República, José Serra gastou boa parte da campanha eleitoral de 2010 resmungando contra “espiões” que estariam bisbilhotando a vida de sua filha Verônica e de ilustríssimas figuras de seu partido. Sua aliada, a mídia encarregou-se de reverberar seus protestos, turbinando-os com altos decibéis. A arapongagem teria raiz no “núcleo de inteligência” montado por petistas, cuja existência nunca foi provada. Serra sempre refutou, também com veemência, adotar práticas semelhantes às que supunha ver praticadas por seus adversários.
:: Ribeiro Júnior dispara contra tucanos e imprensa; e critica até o PT – Fábio M. Michel: Rede Brasil Atual – 09/12/2011
Em entrevista transmitida ao vivo pela internet na noite de sexta-feira (9), o jornalista Amaury Ribeiro Júnior deu detalhes de algumas das operações financeiras fraudulentas que descreve em seu livro, “A Privataria tucana”. A obra trata de desvios de recursos durante as privatizações de empresas públicas no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Sobre o episódio em que foi acusado de montar dossiês contra lideranças do PSDB durante a eleição de 2010, o jornalista reiterou a versão apresentada à época, de que houve “fogo amigo” dentro do próprio PT.
:: Como o PiG vai tentar desconstruir o Amaury – Paulo Henrique Amorim: Conversa Afiada – 10/12/2011
O Farol de Alexandria, que iluminava a Antiguidade e o PiG, hoje, já deu a senha, na “coletiva” palpitante que concedeu ao UOL (…) O Farol disse que o Amaury já foi processado. Sim, o Amaury explica no livro. Foi processado numa trampa tucana, como explica Leandro Fortes, na CartaCapital.
:: Esgotada primeira edição de Privataria Tucana: os 15 mil exemplares publicados pela Geração Editorial – Luiz Carlos Azenha: Vi o Mundo – 10/12/2011
Luiz Fernando Emediato, da Geração Editorial, experimentou ontem a força dos blogues sujos. E, obviamente, da capa da CartaCapital. O fato é que, na noite de ontem, a editora já não tinha mais cópias do livro Privataria Tucana, de Amaury Ribeiro Jr. Todos os 15 mil exemplares tinham sido despachados. A editora foi pega completamente de surpresa pela força de divulgação dos internautas e, durante o dia, teve de improvisar para dar conta de atender aos pedidos das livrarias, que não paravam de chegar.
:: A Privataria Tucana: a reportagem investigativa da década – Luis Nassif: Luis Nassif Online – 10/12/2011
Fui ontem à coletiva do repórter Amaury Ribeiro Jr, sobre o livro que lançou. Minha curiosidade maior era avaliar seu conhecimento dos mecanismos do mercado financeiro e das estruturas de lavagem de dinheiro. Amaury tem um jeito de delegado de polícia, fala alto, joga as ideias de uma forma meio atrapalhada – embora o livro seja surpreendentemente claro para a complexidade do tema. Mas conhece profundamente o assunto.
:: A privataria tucana – Jorge Furtado em seu blog, reproduzido por Carta Maior – 12/12/2011
O ensurdecedor silêncio dos grandes jornais e programas jornalísticos sobre o livro “A privataria tucana” é um daqueles momentos que nos faz sentir vergonha pelo outro. A imprensa, que não perde a chance – com razão – de exigir liberdade para informar, emudece quando a verdade contraria seus interesses empresariais e/ou o bom humor de seus grandes anunciantes. Onde estão as manchetes escandalosas, as charges de humor duvidoso, os editoriais inflamados sobre a moralidade pública?
:: Emediato: “Silêncio da mídia com o livro do Amaury será rompido em breve” – Gilberto Maringoni: Carta Maior – 12/12/2011
Editor de A privataria tucana percebeu que tinha uma bomba nas mãos ao conhecer a documentação reunida pelo autor. Segundo ele, muita gente vai se decepcionar com José Serra. “Resta a ele vir a público dizer que não sabia de nada. Mas falar que não sabia das movimentações milionárias da filha é algo difícil de acreditar”, afirma Emediato.
:: Um sucesso de vendas cercado por um muro de silêncio – Maria Inês Nassif: Carta Maior – 12/12/2011
O livro “A Privataria Tucana”, de Amaury Ribeiro Jr., foi lançado há quatro dias e já é um fenômeno de vendas cercado por um muro de silêncio. Produto de doze anos de trabalho – e, sem dúvida, a mais completa investigação jornalística feita sobre o submundo da política neste século -, o livro consegue mapear o esquema de corrupção e lavagem de dinheiro que teria sido montado em torno do tucano José Serra. De quebra, coloca o PT em duas saias justas. Ao atirar para os dois lados, o livro-bomba do jornalista acabou conseguindo a façanha de ser ignorado pela mídia tradicional, pelo PT e pelo PSDB.
:: ‘Privataria’ chega ao Senado, e PT e PSDB se enfrentam em plenário – André Barrocal: Carta Maior – 15/12/2011
Líder petista pede providências ao Ministério Público e desafia PSDB a debater ‘capítulo triste’. Serrista fala em ‘calúnia’ para abafar denúncias contra governo e expõe atrito interno, ao negar aparte a Aécio. Na Câmara, líder do PMDB diz que ‘não vai embarcar em CPI’, para a qual segue coleta de assinaturas, e ilustra efeito de silêncio da mídia: ‘Livro tem documentos mesmo?’
:: PSDB e FHC defendem privatizações e atacam livro – Carta Maior – 16/12/2011
Em duas notas oficiais divulgadas nesta quinta-feira (15), o ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, e o PSDB atacam o livro “A Privataria Tucana” e seu autor, o jornalista Amaury Ribeiro Jr. O PSDB defende as privatizações e classifica de “levianas” as denúncias. Já o ex-presidente classifica as denúncias como “infâmia’ e procura desqualificar seu autor como “um jornalista indiciado pela Polícia Federal por haver armado outro dossiê contra José Serra.
>> Vários textos foram reunidos por Altamiro Borges em seu Blog do Miro. Confira a partir de 08/12/2011.
Sinônimos de confusão, segundo o Dicionário Eletrônico Houaiss [versão 1.0, de 2001]:
açougada, acracia, adevão, alarma, alarme, alteração, alvoroço, alvoroto, anarquia, angu, angu-de-caroço, anguzada, aperta-chico, aranzel, argel, arregaço, atabalhoação, atrapalhação, auê, bababi, babel, babilônia, bacafuzada, bachinche, badanal, baderna, bafa, bafafá, bagaço, bagunça, bagunçada, balborda, balbórdia, balbúrdia, bambá, bambaquerê, bananosa, bandoria, banguelê, banzé, banzé-de-cuia, banzeiro, barafunda, baralha, baralhada, barrilada, bereré, berzabum, bilbode, bochinche, bochincho, bode, bolo, bololô, brenha, briga, bronca, bruega, bulha, burundanga, cambulhada, caos, chinfrim, chinfrineira, chinfrinice, choldra, choldraboldra, cinza, cocoré, coisa-feita, coluvião, complicação, confa, confusa, cu-de-boi, cu-de-mãe-joana, danação, dédalo, desalinho, desarranjo, desarrumação, desgoverno, desmancho, desmanho, desmaranho, desordem, desorganização, desorientação, destempero, deus-nos-acuda, dificuldade, distúrbio, emaranhamento, embananamento, embaralhação, embrulhada, embrulhamento, embrulho, encrenca, enrolação, entuviada, envolta, esbregue, escangalho, esculhambação, esparrame, esparramo, estalada, estrago, estralada, estripulia, estropelia, estrupício, fandango, fecha, fecha-fecha, felga, ferga, flamengaria, forrobodó, frege, frevo, fritada, fubá, fula-fula, furdúncio, furdunço, fuzuê, galho, gambérria, gangolina, garabulha, garbulha, gódia, grude, imbróglio, indisciplina, inferneira, inferno, insubordinação, joldra, lambança, langará, lubambo, maçarocada, maranha, maria-da-fonte, massagada, mastigada, matinada, melê, melê-de-cuia, mexerufada, mexida, miscelânea, mistela, mistifório, mistura, misturada, mixórdia, motinada, movimentação, movimento, paçoca, pampeiro, pandemônio, pega-pega, pega-pra-capar, perequê, perereco, perplexidade, perturbação, pipoco, poeirada, porqueira, presepada, quebra-quebra, quebra-rabicho, quelelê, quilelê, reboldosa, reboldrosa, rebordosa, rebulício, rebuliço, recacau, rififi, roldão, rolo, ruge-ruge, rusga, salada, salgalhada, salsada, salseiro, sangangu, saragata, sarapatel, sarilho, sarrabulhada, sarrabulho, sarrafascada, sarrafusca, seribolo, sinagoga, sororó, surumbamba, sururu, tempo-quente, tiborna, tibornice, touraria, trabuzana, trança, trapalhada, trapalhice, tribuzana, tropel, tropelia, trovoada, tumulto, turbamulta, turbulência, turumbamba, turundundum, ula, valverde, vavavá, xirimbamba, zaragalhada, zaragata, zona, zorra, zungu.