Resenhas na RBL – 25.11.2011

As seguintes resenhas foram recentemente publicadas pela Review of Biblical Literature:

Ovidiu Creanga, ed.
Men and Masculinity in the Hebrew Bible and Beyond
Reviewed by Stuart Macwilliam

Katharine J. Dell, Graham Davies, and Yee Von Koh, eds.
Genesis, Isaiah and Psalms: A Festschrift to Honour Professor John Emerton for His Eightieth Birthday
Reviewed by Jeffery M. Leonard

Helen Leneman
Love, Lust, and Lunacy: The Stories of Saul and David in Music
Reviewed by Christina Landman

Amy-Jill Levine, ed.
A Feminist Companion to the Apocalypse of John
Reviewed by Renate Viveen Hood

Joseph F. Mali
The Christian Gospel and Its Jewish Roots: A Redaction-Critical Study of Mark 2:21-22 in Context
Reviewed by Tom Shepherd

Hugh R. Page Jr., ed.
The Africana Bible: Reading Israel’s Scriptures from Africa and the African Diaspora
Reviewed by Gerald O. West

Emanuel Pfoh
The Emergence of Israel in Ancient Palestine: Historical and Anthropological Perspectives
Reviewed by Jeremy Hutton

Pekka M. A. Pitkänen
Joshua
Reviewed by Thomas B. Dozeman

Alf H. Walle
Pagans and Practitioners: Expanding Biblical Scholarship
Reviewed by Daniel K. Darko

John Walliss and Lee Quinby, eds.
Reel Revelations: Apocalypse and Film
Reviewed by T. Michael W. Halcomb

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O cerrado ameaçado

Cerrado. O pai das águas do Brasil e a cumeeira da América do Sul

Buscando conhecer um pouco mais a cumeeira da América do Sul e o pai das águas do Brasil, vários pesquisadores e pesquisadoras contribuem nesta edição. Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, José Felipe Ribeiro explica didaticamente no que consiste o Cerrado, analisando por que é um mito a ideia de que no bioma Cerrado há apenas seca. Jorge Enoch Furquim Werneck Lima, pesquisador em Hidrologia da Embrapa Cerrados, afirma que esse bioma contribui para oito das 12 regiões hidrográficas brasileiras, além de ratificar que a água do Cerrado não é importante apenas para a manutenção do bioma, mas também para todas essas regiões. Para o professor titular da Pontifícia Universidade Católica de Goiás – PUC Goiás, Altair Sales Barbosa, enquanto o desejo de explorar o Cerrado tiver raízes estrangeiras, a possibilidade de criação de um programa racional de desenvolvimento será nula. Já para a coordenadora do Laboratório de Sementes do Instituto do Trópico Subúmido – ITS da PUC Goiás, Marilda da Conceição Ribeiro e Barros, a flora do Cerrado é reconhecida por vários pesquisadores nacionais e internacionais como um grande celeiro na oferta de bioprodutos com aplicações em quase todos os setores da economia de modo direto e indireto. Enquanto isso, o engenheiro florestal César Victor do Espírito Santo alerta que nas últimas quatro décadas houve um advento da expansão da fronteira agrícola no Brasil e que o Cerrado passou a ser um local de grande importância no cenário nacional e mundial em termos de produção agrícola e pecuária. O debate conta também com a contribuição do “desbravador da soja no Cerrado”, Romeu Afonso de Souza Kiihl, que frisa que o Brasil central, hoje, é responsável por mais da metade da soja que produzimos no país… (Editorial)

Este é tema de capa da IHU On-Line 382, de 28.11.2011.

As entrevistas:
:: José Felipe Ribeiro: Cerrado: o grande potencial agrícola do Brasil?
:: Jorge Enoch Furquim Werneck Lima: O berço das águas no Brasil
:: Altair Sales Barbosa: Cerrado: “dor fantasma” da biodiversidade brasileira
:: Marilda da Conceição Ribeiro e Barros: Flora do Cerrado: caminho de descobertas
:: César Victor do Espírito Santo: O envolvimento da sociedade em prol do Cerrado
:: Romeu Afonso de Souza Kiihl: Soja do Cerrado: mercado promissor de exportação do Brasil?

Os nomes dos brasileiros

Maria e José são os nomes mais comuns no Brasil, veja lista

Um levantamento do bureau de informação e análise de crédito ProScore revelou que Maria e José estão no topo da lista dos 50 nomes mais comuns no Brasil. O nome Maria é usado por mais de 13 milhões pessoas, enquanto José, o segundo colocado, tem mais de 8 milhões de registros. Na sequência, com 3,5 milhões aparece Antônio. João e Francisco vêm em seguida, com 3 milhões e 2 milhões, respectivamente. Outro dado curioso do levantamento é o nome Luiz com “z” –que é três vezes mais usado que Luís com “s”. Luiz ultrapassa os 1,5 milhões de adeptos, enquanto Luís não chega nem a 500 mil. A pesquisa foi feita na base da empresa –que conta com nomes e CPFs de 165 milhões de brasileiros. De acordo com Censo de 2010, há 190,7 milhões de habitantes no Brasil. Veja a lista dos 50 nomes mais usados no país.

Fonte: Folha.com: 28/11/2011 – 16h13

Os dez primeiros são:
1. Maria
2. José
3. Antonio
4. João
5. Francisco
6. Ana
7. Luiz
8. Paulo
9. Carlos
10. Manoel

A pesquisa recente sobre o Pentateuco em dois livros

DOZEMAN, T. B.; SCHMID, K.; RÖMER, T. (eds.) Pentateuch, Hexateuch, or Enneateuch? Identifying Literary Works in Genesis through Kings. Atlanta: Society of Biblical Literature, 2011, 324 p. – ISBN 9781589835429.

“The identification of literary works in the Pentateuch and the Former Prophets is a hallmark of the modern historical-critical interpretation of the Hebrew Bible. The theories of a Tetrateuch, a Hexateuch, or a Deuteronomistic History have played a central role in recovering the literary history of the Pentateuch and the Former Prophets. The breakdown of these methodologies in recent research has forced scholars to reevaluate the criteria for identifying literary works in the formation of the Hebrew Bible. The present volume explores anew, without presupposition or exclusion, the criteria by which interpreters identify literary works in these books as a resource for recovering the composition history of the literature. It also brings North American and European approaches to the topic into a common discussion. With contributions by: Konrad Schmid, Thomas Römer, Erhard Blum, David M. Carr, Suzanne Boorer, Christoph Levin, Cynthia Edenburg, Michael Konkel, Thomas Dozeman, Christoph Berner, Felipe Blanco Wißmann”. Disponível para download gratuito no Projeto ICI da SBL.

 

DOZEMAN, T. B.; SCHMID, K.; SCHWARTZ, B. J. (eds.) The Pentateuch: International Perspectives on Current Research.Tübingen: Mohr Siebeck, 2011, xviii + 578 p. – ISBN 9783161506130.

“The Pentateuch is both the literary capstone and the central core of the Hebrew biblical canon. It contains many of the best known and most influential literary texts of world literature. A firm conclusion of biblical research is that the sweeping narrative of the Pentateuch that begins with creation and concludes with the death of Moses was not composed by one author, but is the result of a literary process that took place over hundreds of years. Yet there remains significant debate among international researchers on the composition of the Pentateuch. The present volume contains a collection of articles from an international conference in Zürich that brought together leading voices from North America, Europe, and Israel to evaluate the present state of research on the composition of the Pentateuch. The aim of the conference was to clarify differences in methodology and to identify points of convergence in the present state of pentateuchal research as a basis for further discussion. With contributions by: Reinhard Achenbach, Rainer Albertz, Graeme Auld, Joel S. Baden, Michaela Bauks, Erhard Blum, David M. Carr, Thomas B. Dozeman, Jan Christian Gertz, Itamar Kislev, Israel Knohl, Gary N. Knoppers, Reinhard G. Kratz, Thomas Krüger, Christoph Levin, Christophe Nihan, Saul M. Olyan, Thomas Römer, Konrad Schmid, Baruch J. Schwartz, Sarah Shectman, Jean-Louis Ska, Benjamin D. Sommer, Jeffrey Stackert, Christoph Uehlinger, James W. Watts”.

“Der Pentateuch ist das literarische Herzstück und der sachliche Kern des hebräischen Bibelkanons und vereinigt in sich viele der bekanntesten und wirkungsmächtigsten Texte der Weltliteratur. Dass der von ihm umschlossene erzählerische Zusammenhang von der Schöpfung der Welt bis zum Tod Moses nicht von einem Autor stammen kann, sondern in einem mehrfach gestaffelten literarischen Prozess über Jahrhunderte hinweg entstanden ist, gehört zu den unhintergehbaren Resultaten der Bibelwissenschaft. Die internationale Forschungsdiskussion über den Pentateuch verläuft allerdings sehr divergent. Der vorliegende Band versammelt Beiträge eines internationalen Kongresses in Zürich, der sich zum Ziel gesetzt hat, die maßgeblichen Stimmen der Pentateuchforschung aus Nordamerika, Europa und Israel zu versammeln, Differenzen und Konvergenzen in Voraussetzungen, Methoden und Resultaten der gegenwärtigen internationalen Pentateuchforschung zu benennen und so eine Grundlage für weitere Diskussionen zu schaffen”.

História de Israel e Teologia da Bíblia Hebraica

Recent Developments in the History of Ancient Israel and their Consequences for a Theology of the Hebrew Bible

By Thomas Krüger – University of Zurich

Paper presented at the SBL International Meeting in Rome, July 1, 2009.

Published in: Biblische Notizen 144, 2010.

Recent Research has emphasized the gap between the history of ancient Israel and the stories told about Israel in the Hebrew Bible. Should a theological interpretation of the Hebrew Bible ignore these contradictions between biblical texts and historical reality and read the texts in a metaphoric or paradigmatic fashion? Or should it critically evaluate the theological conceptions developed in the biblical texts in view of the reality they are referring to? This paper argues for the second approach which is consistent not only with our contemporary worldview but also with important biblical traditions of a critical theology.

Confira em Academia.edu ou em Zurich Open Repository and Archive.

Mark Goodacre fala sobre blogs na SBL 2011

Vale a pena ler o seu post

Pods, blogs and other time-wasters

No Congresso da SBL deste ano, que começa amanhã em São Francisco, ele falará sobre

Pods, Blogs and other Time-wasters: Do Electronic Media Detract from Proper Scholarship?

É uma reflexão sobre o blogar, ou melhor, biblioblogar e sua relação com a produção acadêmica.

Blogar vale a pena para o estudioso de Bíblia ou é pura perda de tempo? É algo tedioso ou prazeroso?

Ora, esta discussão não começou agora. Dê uma olhada nos posts do Leia Mais

Leia Mais:
Biblioblogs: problemas e soluções – 18 de novembro de 2005
Biblioblogs: mais problemas do que soluções? – 27 de novembro de 2005
Sobre o enfraquecimento da comunidade biblioblogueira – 21 de abril de 2006
Um blog é uma ferramenta democrática – 26 de maio de 2009
Conversa sobre blogs e academia continua – 28 de maio de 2009
Jim West defende a necessidade dos biblioblogs – 15 de dezembro de 2009
Jim Davila fala sobre os biblioblogs no século XXI – 19 de novembro de 2010
SBL 2010: considerações e links interessantes – 26 de novembro de 2010

Dom Leonardo traz ao CEARP a filosofia de Riobaldo

Com o tema “A metafísica como mediadora de um diálogo contemporâneo entre Filosofia e Teologia”, o CEARP – Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto – promoveu de 16 a 18 de novembro a Semana Filosófica de 2011.

Além dos Professores Claudiano Avelino dos Santos (editor de filosofia da Paulus Editora) e Benedito de Almeida Júnior (Universidade Federal de Uberlândia – MG), que falaram nos dias 16 e 17, hoje tive a oportunidade de conhecer e ouvir Dom Leonardo Ulrich Steiner, Secretário Geral da CNBB e Bispo Auxiliar de Brasília sobre A relação Filosofia/Teologia: aspectos necessários.

Muitas ideias interessantes para o debate foram apresentadas por Dom Leonardo, que é Doutor em Filosofia, mas o que conquistou minha mente e meu coração foram suas reflexões a partir da filosofia de Riobaldo, personagem do romance Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa. Aquele livro que nunca acabei de ler, porque ao terminá-lo já o estou recomeçando!

Suspeitar… escutar… questionar… especular ideia… a curiosidade do ver, perguntar, criar…

Mestre não é quem sabe todas as respostas, mas é quem sabe fazer as perguntas certas…

Resenhas na RBL – 12.11.2011

As seguintes resenhas foram recentemente publicadas pela Review of Biblical Literature:

Joseph Blenkinsopp
Creation, Un-creation, Re-creation: A Discursive Commentary on Genesis 1-11
Reviewed by John E. Anderson

Yoram Cohen, Amir Gilan, and Jared L. Miller, eds.
Pax Hethitica: Studies on the Hittites and Their Neighbours in Honour of Itamar Singer
Reviewed by Paul Sanders

Corneliu Constantineanu
The Social Significance of Reconciliation in Paul’s Theology: Narrative Readings in Romans
Reviewed by Robert Jewett

Timothy G. Gombis
Paul: A Guide for the Perplexed
Reviewed by James S. Hanson

Ronald Hendel, ed.
Reading Genesis: Ten Methods
Reviewed by Frank H. Polak

Amanda H. Podany
Brotherhood of Kings: How International Relations Shaped the Ancient Near East
Reviewed by Bertrand Lafont

Hendrika N. Roskam
The Purpose of the Gospel of Mark in Its Historical and Social Context
Reviewed by W. R. Telford

Hayim Tawil
An Akkadian Lexical Companion for Biblical Hebrew: Etymological-Semantic and Idiomatic Equivalents with Supplement on Biblical Aramaic
Reviewed by Aaron D. Rubin

David Trobisch
Ein Clown für Christus: Die ganz andere Geschichte über Paulus und seine Zeit
Reviewed by Jeffrey F. Cayzer

Urban C. von Wahlde
The Gospel and Letters of John
Reviewed by George L. Parsenios

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40 anos da TdL

Teologia que interessa ao mundo – Marcelo Barros: Adital 14/11/2011

Por onde passo, escuto a pergunta: “Dizem que a Teologia da Libertação está morta!. É verdade?”. Quase todos se refugiam em um impessoal “dizem”. Poucos assumem que eles/as mesmos/as pensam isso. Há alguns anos, personagens da cúpula católica declararam que a Teologia da Libertação tinha morrido. Disseram isso para expressar que estavam livres de um problema incômodo. Afirmaram a morte desse caminho espiritual mais para desejar que isso aconteça do que por estarem convictos de que fosse real. Entretanto, como, nas últimas décadas, as Igrejas parecem mais conservadoras e mais centradas em si mesmas, alguns concluem que, por isso, não existe mais essa relação entre fé e compromisso social. Por tudo isso, vale a pena recapitular: Chama-se “Teologia da Libertação” toda reflexão que liga a fé e a espiritualidade com o compromisso de transformar esse mundo e servir às causas da justiça, da libertação dos oprimidos e da paz. Nesse ano, estamos justamente celebrando os 40 anos do surgimento desse tipo de reflexão teológica na América Latina. Em 1971 aparecia no Peru o livro “Teologia da Libertação” de Gustavo Gutiérrez, seguido de outros escritos. No Brasil, Rubem Alves e Richard Schaull, professores do Seminário Presbiteriano de Campinas, foram pioneiros nesse tipo de reflexão. Foram perseguidos pela ditadura militar e incompreendidos pela hierarquia de sua Igreja. Na Igreja Católica, Leonardo Boff, Hugo Assmann e outros jovens trilharam o mesmo caminho. Desde o começo, a Teologia da Libertação se diversificou em vários ramos e setores. Alguns autores aprofundaram mais a relação entre o compromisso cristão e a economia. Outros pesquisaram como aplicar à Teologia alguns conceitos vindos da análise da realidade, feita pelos socialistas. Homens e mulheres aprofundaram uma leitura da Bíblia a partir da realidade do povo. O que fez de pensadores tão diversos companheiros de uma mesma causa foi o compromisso de sempre tomarem como base a realidade de sofrimento injusto dos empobrecidos para servirem à sua libertação. Eles e elas elaboraram uma teologia que expressa a fé com palavras atuais e de modo a ser melhor compreendida pelo homem e pela mulher de hoje. Pela primeira vez, a teologia passou a interessar a muita gente do mundo inteiro, independentemente das pessoas terem ou não fé religiosa. Muitos jovens e intelectuais passaram a sentir-se ligados à caminhada cristã.

Leia o texto completo.