PIB: 1909-2009

Fondato il 7 maggio 1909 dal papa Pio X con la lettera Apostolica Vinea Electa, il Pontificio Istituto Biblico festeggia nel 2009 il Centenario della sua fondazione. L’Istituto celebrerà questo evento con varie iniziative.

Veja o programa da comemoração do Centenário do Pontifício Instituto Bíblico de Roma.

Hoje é o Dia do “Dom”: Helder Câmara

No dia 7 de fevereiro de 2008 foram iniciadas as atividades do Centenário de Dom Helder Câmara, Arcebispo de Olinda e Recife, nascido no dia 7 de fevereiro de 1909 e falecido em 1999.

Hoje é o Dia do “Dom”.

Já muito debilitado, um dia ele sussurrou a um amigo: “Não deixe cair a profecia”!

Dom Helder, pastor da libertação em terras de muita pobreza

Ao se completarem os 100 anos de nascimento de Dom Helder Câmara, neste sábado, 07 de fevereiro [de 2009]d, a Igreja do Brasil tem muito a agradecer e a se inspirar na vida e na obra do querido “Dom”, como ficou conhecido. Nesta entrevista especial, concedida por e-mail à IHU On-Line, padre José Oscar Beozzo, um dos maiores historiadores da Igreja na América Latina, comenta alguns traços da vida do grande arcebispo de Olinda e Recife, um dos fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Para Beozzo, os leigos e as leigas foram os “mestres de vida” de Dom Helder “para a atuação no mundo e para uma espiritualidade longe dos ranços clericais”. O Recife e o Nordeste, segundo o coordenador-geral do Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular (Cesep), tornaram-se “sua trincheira de onde fala ao Brasil, mas também à América Latina e ao mundo”. E analisa ainda a atuação internacional de Dom Helder, especialmente durante o Concílio Vaticano II, no qual, mesmo nunca tendo falado na Aula Conciliar, “tornou-se um dos mais ouvidos e respeitados padres conciliares”. José Oscar Beozzo é padre e teólogo, com mestrado em Sociologia da Religião, pela Université Catholique de Louvain (Bélgica) e doutorado em História Social, pela Universidade de São Paulo (USP)…

Leia a entrevista.

Ivo Storniolo: 1944-2008

Só fiquei sabendo hoje, com mais de um mês de atraso: Ivo Storniolo, biblista, meu colega em Roma na década de 70, faleceu no dia 18 de setembro de 2008.

Ivo Storniolo nasceu em Ibitinga, SP, em 1944. Era Mestre em Sagrada Escritura pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma.

Foi coordenador da tradução, revisor exegético e um dos tradutores de A Bíblia de Jerusalém em língua portuguesa e era membro da equipe dos tradutores-redatores da Bíblia Sagrada – Edição Pastoral.

Foi professor de Bíblia na Faculdade de Teologia N. S. da Assunção, no ITESP e na FTCR da PUC-Campinas.

Por vários anos redigiu os Roteiros Homiléticos da Revista Vida Pastoral, na qual colaborou como membro da Equipe de Redação durante décadas.

Publicou pela Paulus, entre outros, vários volumes da coleção Como ler a Bíblia. Foi também coordenador da coleção Amor e Psique, publicada pela mesma editora.

Leia mais sobre Ivo Storniolo aqui.

Homenagem a Carlos Mesters

Frei Carlos Mesters recebe homenagem da ABIB

O tema do Congresso foi Jesus e as tradições do antigo Israel, e Frei Carlos ministrou a palestra final sobre Jesus e a tradição sapiencial. Logo após a sua fala e “a excelente e ponderada reação de Maria Antônia Marques (Centro Bíblico Verbo)” iniciaram-se as homenagens a Frei Carlos e também a Archibald Mulford Woodruff, professor de Bíblia no Seminário da IPI (Igreja Presbiteriana Independente) em São Paulo e na Universidade Metodista em São Bernardo do Campo, contou Monika. O membro do CEBI e da comissão organizadora do Congresso, Rafael Rodrigues, dirigiu o ato que foi organizado pelo CEBI Grande São Paulo, sob coordenação de Monika Ottermann, que também é membro da Diretoria Nacional da ABIB. Durante a homenagem a frei Carlos, foram lembradas a dura realidade de vida de muitas pessoas que encontram na leitura popular da Bíblia sua força para lutar e, principalmente, a metáfora do “Varal da Vida” (título do número 218/219 da série “A Palavra na Vida”, publicada pelo CEBI). Cantando “Eu venho de longe, eu sou do sertão…”, Vanildes Gonçalves do CEBI GO puxou a entrada de uma turma de “retirantes”, cebistas do Brasil inteiro que estavam presentes no Congresso e que levaram junto um varal e uma enorme trouxa feita de uma colcha de retalhos. Chegando ao palco, o varal foi estendido e a trouxa revelou seu conteúdo: quase cem livros que frei Carlos escreveu ou ajudou a escrever em co-autoria. Enquanto os livros foram colocados no varal, Rafael leu uma breve biografia de frei Carlos, e no final, Monika entregou um quadro com uma foto de Sebastião Salgado (um “círculo bíblico” junto a um mandacaru) e agradeceu ao homenageado “em nome da ABIB, do CEBI e, sobretudo, em nome do Povo” por tudo que fez ao longo de sua vida.

Fonte: CEBI – Texto escrito por CEBI Grande São Paulo em 15 de setembro de 2008.

Dom Sérgio da Rocha: arcebispo de Teresina

Dom Sérgio da Rocha foi nomeado hoje arcebispo de Teresina, Piauí.

Dom Sérgio foi meu aluno na PUC-Campinas e, alguns anos mais tarde, ao terminar seu doutorado, meu colega. Sérgio era Professor de Teologia Moral quando foi nomeado bispo em 2001.

Parabéns, Sérgio.

Fonte: CNBB – Notícias – 03/09/2008

Dom Sérgio da Rocha foi nomeado arcebispo de Brasília em 15.06.2011. Permaneceu na Arquidiocese de Brasília até ser nomeado pelo Papa Francisco como Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, em 11 de março de 2020. A posse aconteceu no dia 5 de junho do mesmo ano, na Catedral Metropolitana de Salvador.

NASA: Arthur Clarke, Stanley Kubrick e 2001

Pessoas como Arthur C. Clarke nunca morrem. Ficam encantadas. Já dizia Guimarães Rosa.

Nasa homenageia 40 anos de “2001: Uma Odisséia no Espaço”
Nasa homenageou nesta semana o longa-metragem “2001: Uma Odisséia no Espaço”. Há 40 anos, o filme previu muitos dos avanços que agora são uma realidade na pesquisa espacial. Dirigido por Stanley Kubrick, “a obra despertou a imaginação e forneceu uma previsão realista sobre como poderia ser o nosso futuro”, afirmou a agência espacial em seu site. “Quando o filme estreou, há 40 anos, viver e trabalhar no espaço por tempo integral era ficção científica”, disse a Nasa. Atualmente, há três ocupantes na ISS (Estação Espacial Internacional), 365 dias ao ano. Eles controlam um dos projetos de engenharia mais complexos da história. No filme, baseado no conto “A Sentinela” do escritor inglês Arthur C. Clarke, o astronauta e cientista David Bowman realiza uma missão na busca de um estranho monólito encontrado na Lua…

Leia o texto completo na Folha Online: 09/05/2008

EST outorga titulo a Leonardo Boff

No dia 15 de maio, a Faculdades EST – Escola Superior de Teologia, vinculada à Rede Sinodal de Educação e identificada com a IECLB – Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil -, com sede em São Leopoldo, RS, outorgará o título de doutor “Honoris Causa” ao teólogo Leonardo Boff.

Além desta homenagem, estão programados outros eventos com a participação de Leonardo Boff na EST a partir do dia 12 de maio de 2008.

Destaco a palestra de Leonardo Boff, O cosmos e a teologia, no dia 14, e o Curso de Extensão Leonardo Boff e a Teologia Protestante, que tem como objetivos evidenciar a importância da reflexão teológica de Leonardo Boff no contexto da teologia protestante e oportunizar o diálogo entre a Teologia Protestante e o pensamento teológico de Leonardo Boff.

Os palestrantes deste curso, que acontece de 12 a 16 de maio, são:
Prof. Dr. Leonardo Boff, Petrópolis – RJ
Prof. Dr. Hermann Brandt, Erlangen – Alemanha
P. Dr. Silfredo Bernardo Dalferth – Alemanha
Prof. Dr. Valério Guilherme Schaper, EST – RS
Prof. Dr. Claus Schwambach, Faculdade Luterana de Teologia, São Bento do Sul – SC
Prof. Dr. Rudolf von Sinner, EST – RS
Prof. Dr. Euler Renato Westphal, Faculdade Luterana de Teologia, São Bento do Sul e Univille – SC

Sobre o evento diz o site da EST:
Estará na Faculdades EST, de 12 a 16 de maio, o Prof. Dr. Leonardo Boff, junto com sua esposa, a educadora e lutadora pelos direitos humanos Márcia Miranda. O Prof. Boff é uma das pessoas mais eminentes neste país e internacionalmente, certamente o teólogo brasileiro mais conhecido e respeitado na contemporaneidade. Tem vasta produção científica e jornalística, traduzida em várias línguas (cf. https://leonardoboff.wordpress.com/). Além do seminário franciscano de Petrópolis (RJ), onde fora professor durante 22 anos, lecionou na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e foi professor visitante nas universidades de Lisboa (Portugal), Salamanca (Espanha), Harvard (EUA), Basel (Suíça), e Heidelberg (Alemanha). Também foi professor convidado na EST para um seminário intensivo, em 1994. Além dos recintos acadêmicos, o Prof. Boff tem conseguido alcançar amplo público no Brasil e mundo afora, nomeadamente ao tratar de questões da espiritualidade, da ecologia, e do entendimento entre os povos. Não apenas pelo discurso, mas pela sua militância junto a movimentos sociais e a comunidades eclesiais de base tem contribuído de forma significativa para o bem-estar do povo brasileiro. Desde seus estudos de doutorado “laboris causa”, em Munique (Alemanha), o Prof. Boff tem estudado amplamente teólogos protestantes como Friedrich Gogarten, Wolfhart Pannenberg e Gerhard von Rad. Em vários escritos, tem ressaltado a importância de Martinho Lutero e da teologia protestante, demonstrando grande abertura para o ecumenismo. Muitos estudos de doutorado, do punho de teólogos protestantes, têm sido escritos sobre a teologia dele, o que propiciou a idéia do seminário abaixo citado, com a participação de boa parte destes teólogos. Com a outorga do título de doutor “honoris causa”, a Faculdades EST estará homenageando a obra desta teólogo tão eminente, no ano em que completará seus 70 anos (…) Será dedicado a ele também o segundo número de 2008 do periódico Estudos Teológicos, publicando as contribuições do seminário na Faculdades EST, bem como a resposta do próprio Prof. Boff.

Hugo Assmann segundo Esther Grossi

Hugo Assmann: ‘Diante da presença dele ninguém ficava indiferente’. Entrevista especial com Esther Grossi

“Antes de Cristo!”, foi o que respondeu Esther Grossi ao ser perguntada pela IHU On-Line sobre quando conheceu Hugo Assmann. Na entrevista que segue, realizada por telefone, Grossi fala de sua convivência de mais de 40 anos com o teólogo, sociólogo e filósofo falecido no dia 22-02-2008 e o que sua figura representa para sua família. “O Hugo era grande; ele usufruía dos momentos existenciais. Também era absolutamente comprometido com cada momento. Era, em síntese, uma figura fantástica”, relembra.

Hugo Assmann estudou filosofia no Seminário Central de São Leopoldo e logo depois concluiu seus estudos na Itália e na Alemanha. De volta ao Brasil, estabeleceu-se em Porto Alegre, onde foi vigário da Paróquia de N. S. do Montserrat e professor do Seminário de Viamão. Neste período, desenvolveu sua obra em torno da Teologia do Desenvolvimento, por meio da revista Seminário. Com o advento do regime militar no Brasil, foi para o Uruguai, depois para a Bolívia e para o Chile de Salvador Allende (1). Neste período, desenvolveu sua reflexão sobre a teologia da revolução. Depois, seguiu para a Costa Rica, onde, juntamente com Franz Hinkelammert (2), desenvolveu suas reflexões teológicas sobre a relação entre Teologia e Economia. De volta ao Brasil, no início dos anos 1980, foi professor titular de Filosofia da Educação e Comunicação na Universidade Metodista de Piracicaba. Durante o tempo em que esteve à frente da Paróquia de N. S. do Montserrat, era muito ligado à família Grossi, tendo sido, inclusive, padrinho de um dos filhos do casal Esther e Sérgio.

Esther Pillar Grossi é mestre em matemática, pela Universidade de Sorbonne, em Paris. Em 1970, fundou o Geempa (Grupo de Estudos Sobre Educação, Metodologia de Pesquisa e Ação), tornando-se uma liderança na busca de soluções aos grandes problemas da escola pública brasileira. Desde abril de 2002, Esther coordena, em Porto Alegre, o projeto “O prazer de ler e escrever de verdade”, realizado pelas ONGs Geempa e Themis. De 1995 a 2002, ocupou o cargo de deputada federal pelo PT. É autora de Por que ainda há quem não aprende? – A política (São Paulo: Editora Paz e Terra, 2004) e Como areia no alicerce – Os ciclos escolares (São Paulo: Editora Paz e Terra, 2004), entre outros. É casada com o pediatra Sérgio Pilla Grossi, chefe do Serviço de Neonatologia da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre.

 

A entrevista

IHU On-Line – Quem foi Hugo Assmann para sua família?

Esther Grossi – Para minha família, ele é, antes de tudo, nosso compadre, padrinho de um filho meu. Mas, principalmente, foi uma presença muito forte do ponto de vista da camaradagem comprometida com o crescimento das pessoas. Hugo era muito incisivo em pontuar o lugar onde nós devíamos chegar na vida, as opções que precisávamos fazer. Muito particularmente para mim – e eu até escrevi isso e enviei para a família dele –, Hugo foi muito marcante do ponto de vista intelectual, porque foi quem me incitou a produzir e a elaborar conhecimentos por escrito. Tenho, portanto, muita gratidão porque, realmente, ele fazia cobranças em qualquer área em que estivéssemos atuando. Insistiu comigo para que, mais do que falar, eu pudesse escrever, porque assim temos as ideias muito mais claras e podemos ajudar muito mais aos outros.

IHU On-Line – A senhora pode contar como foi seu convívio com Hugo Assmann?

Esther Grossi – Primeiro, ele era coadjutor da Igreja Auxiliadora, a paróquia que frequentávamos. Então, o conhecemos e criamos uma afinidade. Essa igreja foi depois desmembrada e virou a paróquia do Montserrat, na qual ele foi pároco. Era uma capelinha bem antiga, que ficava aqui pertinho da nossa casa e, tempos depois, pegou fogo. Então, os moradores se comprometeram a construir a igreja. Tudo foi feito de uma forma muito diferente, porque todos eles tinham crédito em banco. Desse modo, um grupo de cerca de 30 pessoas ajudou a construir a Igreja do Montserrat, que é muito moderna, atualizada. A reconstrução foi feita sob os cuidados de Hugo Assmann. Então, ele, como vigário, era um dinamizador das vivências do bairro. Tinha uma moto e andava sempre para cima e para baixo com aquela moto e visitava muitas famílias. Hugo realizava muitas atividades. A missa que preparava era sempre muito caprichosa, e as festas e a liturgia, muito cuidadas. Ao mesmo tempo, participava do movimento social de auxílio às pessoas com necessidade e se mostrava uma presença intelectual forte. Ele tinha nessa paróquia a presença de muitos universitários e intelectuais, uma vez que era uma pessoa muito conceituada nessa área. Além disso, era provocador, com muito rigor de argumentação e sempre muito atualizado. Então, instigava muita mudança e reação, sobretudo no meio mais conservador.

IHU On-Line – Como as reflexões da Teologia da Libertação se apresentavam na personalidade de Assmann?

Esther Grossi – Ele sempre foi um contestador dentro da Igreja. Tinha muitos atritos com Dom Vicente Scherer (3), por causa exatamente das posições ligadas à Teologia da Libertação, mas, ao mesmo tempo, muita ética e fidelidade à Igreja, com a qual não rompia, pois tinha uma relação familiar com seus representantes. Ele podia discordar, como discordava, de posições teóricas, enfim, mas ele estava sempre por dentro, apenas debatia as ideias. Mas, claro, ele padeceu muito por isso, com muita dor por estar na marginalidade. No entanto, era uma pessoa de muita presença no mundo, uma presença intelectual, aliás, internacional.

IHU On-Line – Como a senhora vê o trabalho de Assmann na área da educação?

Esther Grossi – Penso que não é a área mais forte do Hugo, sendo que pertenço a ela. Em minha opinião, acredito que os principais teóricos que embasaram a compreensão do Hugo sobre a aprendizagem não são os mais avançados. Porque o Hugo adotou essa idéia da corporeidade e sem a clareza do que Sara Paim (4) fez, colocando o corpo como uma das instâncias ao lado da inteligência, do desejo. Eu creio que, nessa questão, ele deixou a desejar. Muitas vezes, tentei conversar com Hugo sobre o tema, mas eu não o considero uma influência nesse terreno de ideias. Sem dúvida, tratou-se de um militante, evidentemente, de um professor, mas, do ponto de vista da construção do pensamento pedagógico, havia uma brecha na estruturação teórica de suas idéias.

IHU On-Line – Qual é a influência de Hugo Assmann no trabalho que a senhora desenvolve?

Esther Grossi – Ele teve uma influência indireta, mas profunda. Por ter me iniciado na produção de textos, ajudou a gerar minha tese de doutorado, além de mais de 30 livros. Meu primeiro livro saiu na esteira de suas primeiras provocações quando nós morávamos no Montserrat e trabalhávamos junto.

A personalidade do Hugo era muito rica e penso que o certo é que diante da presença dele ninguém ficava indiferente: ou se ficava a favor ou se ficava contra. Ele possuía um grande poder de liderança e de aglutinação. Creio que, para o Montserrat, onde eu moro e que eu amo tanto, ele deixou a sua marca de aglutinar a região. Creio que esse bairro tem uma dívida de gratidão para com sua figura.

IHU On-Line – Para a senhora, qual é a principal mensagem que devemos levar adiante da vida de Hugo Assmann?

Esther Grossi – Indigna-me saber que ele tenha morrido. Foi muito cedo, em minha opinião. Eu acredito que sua vida trazia uma mensagem de grande amor. Uma curtição da vida. O Hugo era grande, usufruía dos momentos existenciais. Também era absolutamente comprometido com cada momento. Era, em síntese, uma figura fantástica.

Notas:
(1) Salvador Allende Gossens foi um médico, político e estadista chileno. Foi o primeiro marxista assumido eleito democraticamente presidente da república na América Latina. No cargo, tentou socializar a economia chilena, com base num projeto de reforma agrária e nacionalização das indústrias. Em 11 de setembro de 1973, com ostensivo apoio dos Estados Unidos, as Forças Armadas, chefiadas pelo general Augusto Pinochet, dão um sangrento golpe de Estado que derruba o governo da UP. Allende morreu quando as forças armadas rebeladas contra o governo constitucional atacaram o Palácio de La Moneda.

(2) Franz Hinkelammert é um dos teóricos que influenciou a Teologia da Libertação. Até hoje escreve críticas teológicas ao capitalismo.

(3) Dom Alfredo Vicente Scherer foi um cardeal brasileiro. Estudou Filosofia com os expoentes da Companhia de Jesus. Em 1926 recebeu a ordenação sacerdotal das mãos do Cardeal Basilio Pompilj. Retornando de Roma, foi nomeado secretário particular de Dom João Batista Becker. Em 1930, acompanhou as forças revolucionárias gaúchas ao Rio de Janeiro como capelão militar. Foi eleito pela Assembleia Geral tomou parte no Sínodo de 1971 como delegado da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a CNBB. Em 31 de dezembro de 1979, sofre um atentado que repercurtiu em todo Brasil e no mundo. Quando dois assaltantes o atacaram, espancaram e esfaquearam, o abandonando numa estrada da zona sul de Porto Alegre. Em 16 de setembro de 1981, tem a sua renúncia aceita pela Santa Sé, como Arcebispo de Porto Alegre.

(4) Sara Paim é doutora em Filosofia e Psicologia.

Fonte: IHU On-line: 12/03/2008