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Lembro aos interessados que no site da Sociedade Bíblica Alemã (Deutsche Bibelgesellschaft = DBG) estão disponíveis online textos originais das seguintes edições da Bíblia: Biblia Hebraica Stuttgartensia – Novum Testamentum Graece (ed. Nestle-Aland), 28. Edição – Novo Testamento Grego (UBS5) – Septuaginta (ed. Rahlfs/Hanhart) – Vulgata (ed. Weber/Gryson). Clique aqui.

Textos de Manuscritos do Mar Morto lidos com infravermelho

Análises recentes com infravermelho possibilitaram a leitura de textos invisíveis em pequenos fragmentos de Manuscritos do Mar Morto que pareciam, a olho nu, estar em branco.

Leia a notícia em inglês e português.

Fragmento do Deuteronômio (11Q3), à direita, visto com infravermelho, à esquerda

Hidden Text Found on ‘Blank’ Dead Sea Scrolls – By Laura Geggel – Live Science: May 3, 2018

Previously hidden text on fragments of the Dead Sea Scrolls is now readable, revealing a possible undiscovered scroll and solving a debate about the sacred Temple Scroll. The discoveries came from a new infrared analysis of the artifacts, the Israel Antiquities Authority (IAA) announced yesterday (May 1). The newfound writing came from the books of Deuteronomy and Leviticus, which are in the Hebrew Bible (also known as the Old Testament of the Christian Bible), and the Book of Jubilees, a text written at the same time as the Hebrew Bible that was never incorporated into the biblical books, the archaeologists said. Researchers presented the newly revealed words at an international conference, called “The Dead Sea Scrolls at Seventy: Clear a Path in the Wilderness,” in Israel.

Também aqui.

Arqueólogos encontram trechos escondidos nos Manuscritos do Mar Morto – Galileu: 04/05/2018

Texto das escrituras hebraicas foi encontrado depois de análise com infravermelho

Leia Mais:
Os essênios: a racionalização da solidariedade
Manuscritos do Mar Morto no Observatório Bíblico

SOTER 2018: Religião, Ética e Política

A SOTER – Sociedade de Teologia e Ciências da Religião – comunica que seu 31º Congresso Anual terá como tema Religião, Ética e Política e será realizado no campus Coração Eucarístico da PUC-Minas, em Belo Horizonte, de 10 a 13 de julho de 2018.

10-13 de julho de 2018: 31º Congresso Anual da SOTER: Religião, Ética e Política

A cada ano, o Congresso Internacional da SOTER reúne um número significativo de teólogos, cientistas da Religião, estudantes de pós-graduação e pesquisadores de áreas afins, tanto em nível nacional como internacional. Para 2018, o Congresso prossegue as discussões anteriores e mantém a preocupação de estar atento às urgências da sociedade. Por esta razão, tratará sobre “Religião, Ética e Política”. A sociedade atual apresenta desafios que tocam questões fundamentais, sobretudo na ótica do direito, da democracia, nas causas sociais, na multiculturalidade que tece o nosso contexto e em temas que exigem uma postura nova e um olhar mais profundo da realidade. O tema também se faz relevante pela situação política do país e de todo o mundo. 2018 traz ainda a comemoração dos 70 anos da Declaração dos Direitos Humanos. Dentro destas intenções, o olhar da teologia e das religiões se faz importante, e é onde se espera apresentar uma contribuição.

Leia Mais:
Congressos e publicações da SOTER

Marx: 200 anos

No texto O discurso socioantropológico: origem e desenvolvimento, fiz uma síntese da sociologia de Marx, observando no final: este resumo dá apenas uma rápida ideia da complexidade, do alcance e das inúmeras polêmicas que o pensamento de Marx gera, necessariamente, tanto entre os estudiosos como entre os homens engajados em qualquer ação social.

Karl Marx: Trier, 5 de maio de 1818 - Londres, 14 de março de 1883

Começo assim:

Um resumo da sociologia de Marx pode ser encontrado no célebre “Prefácio” da Contribuição à Crítica da Economia Política, escrito em janeiro de 1859: “O resultado geral a que cheguei e que, uma vez obtido, serviu-me de guia para meus estudos, pode formular-se, resumidamente, assim: na produção social da própria existência, os homens entram em relações determinadas, necessárias, independentes de sua vontade; estas relações de produção correspondem a um grau determinado de desenvolvimento de suas forças produtivas materiais. A totalidade dessas relações de produção constitui a estrutura econômica da sociedade, a base real sobre a qual se eleva uma superestrutura jurídica e política e à qual correspondem formas sociais determinadas de consciência. O modo de produção da vida material condiciona o processo de vida social, política e intelectual. Não é a consciência dos homens que determina o seu ser; ao contrário, é o seu ser social que determina a sua consciência. Em certa etapa de seu desenvolvimento, as forças produtivas materiais da sociedade entram em contradição com as relações de produção existentes, ou, o que não é mais que sua expressão jurídica, com as relações de propriedade no seio das quais elas se haviam desenvolvido até então. De formas evolutivas das forças produtivas que eram, essas relações convertem-se em entraves. Abre-se, então, uma época de revolução social. A transformação que se produziu na base econômica transtorna mais ou menos lenta ou rapidamente toda a colossal superestrutura. Quando se consideram tais transformações, convém distinguir sempre a transformação material das condições econômicas de produção – que podem ser verificadas fielmente com a ajuda das ciências físicas e naturais – e as formas jurídicas, políticas, religiosas, artísticas ou filosóficas, em resumo, as formas ideológicas sob as quais os homens adquirem consciência desse conflito e o levam até ao fim. Do mesmo modo que não se julga o indivíduo pela ideia que faz de si mesmo, tampouco se pode julgar uma tal época de transformação pela consciência que ela tem de si mesma. É preciso, ao contrário, explicar esta consciência pelas contradições da vida material, pelo conflito que existe entre as forças produtivas sociais e as relações de produção. Uma sociedade jamais desaparece antes que estejam desenvolvidas todas as forças produtivas que possa conter, e as relações de produção novas e superiores não tomam jamais seu lugar antes que as condições materiais de existência dessas relações tenham sido incubadas no próprio seio da velha sociedade. Eis porque a humanidade não se propõe nunca senão os problemas que ela pode resolver, pois, aprofundando a análise, ver-se-á sempre que o próprio problema só se apresenta quando as condições materiais para resolvê-lo existem ou estão em vias de existir. Em grandes traços, podem ser designados, como outras tantas épocas progressivas da formação econômica da sociedade, os modos de produção asiático, antigo, feudal e burguês moderno. As relações de produção burguesas são a última forma antagônica do processo de produção social, antagônica não no sentido de um antagonismo individual, mas de um antagonismo que nasce das condições de existência sociais dos indivíduos; as forças produtivas que se desenvolvem no seio da sociedade burguesa criam, ao mesmo tempo, as condições materiais para resolver este antagonismo. Com esta formação social termina, pois, a pré-história da sociedade humana”.

Comentando o “Prefácio” de Marx, na Introdução da coletânea citada, diz Florestan Fernandes que “o que emerge é uma refinada teoria sociológica da revolução social, esbatida sobre o pano de fundo das correntes históricas que atravessam as estruturas da sociedade”. Este texto “exibe a consciência revolucionária da história sob a forma acabada de teoria científica, desvendando como se produz historicamente a revolução social e o quanto ela não passa de um processo natural nas sociedades de forma antagônica”.

Raymond Aron, por sua vez, diz que “encontramos nesta passagem [transcrita acima] todas as ideias essenciais da interpretação econômica da história, com a única reserva de que nem a noção de classes nem o conceito de luta de classes aparecem aí explicitamente. No entanto é fácil reintroduzi-los nessa concepção geral”. Vamos percorrer, com R. Aron, as sete “ideias essenciais” do pensamento de Marx sobre a sociedade, ideias que formam o arcabouço do chamado materialismo histórico [as notas de rodapé do texto original foram excluídas aqui].

Continue lendo.

Leia Mais:
Bicentenário de Karl Marx tem programação especial em São Paulo
Marx no blog da Boitempo

Por que os livros de Amós e Oseias foram escritos?

Neste mês de abril de 2018 estive estudando com os alunos do Segundo Ano de Teologia do CEARP o livro de Amós. Agora estamos examinando Oseias. E uma pergunta sempre surge: em que contextos livros proféticos como Amós e Oseias foram escritos?

Wolfgang Schütte, que se dedica a pesquisar os inícios da profecia escrita nos séculos VIII e VII a.C. [livro para download gratuito aqui], nos dá uma boa pista em dois artigos publicados na revista Biblica, do Pontifício Instituto Bíblico de Roma. Artigos disponíveis para leitura online. Em alemão.

 

El Profeta, de Pablo Gargallo - Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, Madrid (1933)

Amós

SCHÜTTE, W. Die Amosschrift als juda-exilische israelitische Komposition. Biblica, Roma,  vol. 93, p. 520-542, 2012.

The oracles of Amos written in the 8th century BCE were brought from the Kingdom of Israel to Judah after the fall of Samaria in 720 BCE. We think that the Israelites in «exile» in Judah were hoping for a restoration at that time. The Book of Amos can be interpreted in this context: it explains the feelings of Israelite refugees in Judah (Amos 1-2), the responsibility of the Israelite elite for the disaster (Amos 3-6), the reason why the people bear the consequences of the catastrophe (Amos 7), and why there is hope for the refugees in Judah, but not for the exiles in Assyria (Amos 8-9).

Os oráculos de Amós escritos no século VIII a.C. foram trazidos do reino de Israel para Judá depois da queda de Samaria em 720 a.C. Nós pensamos que os israelitas no “exílio” em Judá estavam esperando por uma restauração naquele tempo. O Livro de Amós pode ser interpretado neste contexto: explica os sentimentos dos refugiados israelitas em Judá (Amós 1-2), a responsabilidade da elite israelita pelo desastre (Amós 3-6), a razão pela qual as pessoas sofrem as consequências da catástrofe (Amós 7), e por que há esperança para os refugiados em Judá, mas não para os exilados na Assíria (Amós 8-9).

 

Oseias

SCHÜTTE, W. Die Entstehung der juda-exilischen Hoseaschrift. Biblica, Roma, vol. 95, p. 198-223, 2014.

The book of Hosea was composed a short time after the Assyrian conquest of Israel and by a group of Israelites that had fled to Judah. The kernel of the book comes from a series of critical statements about cultic personnel and Israel’s society. The book integrated later reflections on national guilt and tried to infuse religious hope to the Israelite refugees in Judah.

O livro de Oseias é uma composição israelita no contexto dos exilados de Israel (norte) em Judá, propõe Wolfgang Schütte.

O livro de Oseias foi composto pouco depois da conquista assíria de Israel, por um grupo de israelitas que fugiram para Judá. O cerne do livro vem de uma série de posicionamentos críticos sobre o pessoal do culto e a sociedade de Israel. O livro integrou reflexões posteriores sobre a culpa nacional e tentou infundir esperança religiosa aos refugiados israelitas em Judá.

Diz o autor:
Ich unterstelle ihr, dass sie im Kern eine israelitische, im Fluchtland Juda verfasste, religiöse Literatur ist, die sich mit der Politik des Zufluchtslandes und einer  erhofften Rückkehr nach Israel selbst auseinandersetzt.

Eu proponho que o livro de Oseias deva ser lido como literatura israelita escrita na terra de refúgio de Judá, lidando com a política do país de refúgio e com a esperança de um retorno a Israel.

Leia Mais:
Perguntas mais frequentes sobre o profeta Amós
Faça o download do livro A Voz Necessária: encontro com os profetas do século VIII a.C.

Livro de Rute: amor entre mulheres?

Debatendo argumentos a favor e contra a leitura do livro de Rute como uma história de amor entre mulheres, Stephanie Day Powell traz novos insights sobre o mundo antigo em que o livro de Rute foi escrito.

POWELL, S. D. Narrative Desire and the Book of Ruth. London: Bloomsbury T&T Clark, 2018, 224 p. – ISBN  9780567678751

POWELL, S. D. Narrative Desire and the Book of Ruth. London: Bloomsbury T&T Clark, 2018, 224 p.

Stephanie Day Powell illuminates the myriad forms of persuasion, inducement, discontent, and heartbreak experienced by readers of Ruth. Writing from a lesbian perspective, Powell draws upon biblical scholarship, contemporary film and literature, narrative studies, feminist and queer theories, trauma studies and psychoanalytic theory to trace the workings of desire that produced the book of Ruth and shaped its history of reception. Wrestling with the arguments for and against reading Ruth as a love story between women, Powell gleans new insights into the ancient world in which Ruth was written.

Ruth is known as a tale of two courageous women, the Moabite Ruth and her Israelite mother-in-law Naomi. As widows with scarce means of financial or social support, Ruth and Naomi are forced to creatively subvert the economic and legal systems of their day in order to survive. Through exceptional acts of loyalty, they, along with their kinsman Boaz, re-establish the bonds of family and community, while preserving the line of Israel’s great king David. Yet for many, the story of Ruth is deeply dissatisfying. Scholars increasingly recognize how Ruth’s textual “gaps” and ambiguities render conventional interpretations of the book’s meaning and purpose uncertain. Feminist and queer interpreters question the appropriation of a woman’s story to uphold patriarchal institutions and heteronormative values. Such avenues of inquiry lend themselves to questions of narrative desire, that is, the study of how stories frame our desires and how our own complex longings affect the way we read.

Stephanie Day Powell is a Lecturer at Manhattan College in New York, USA.

 

Sumário
Preface
Acknowledgements
Abbreviations
1. Narrative Desire and the Book of Ruth
2. Resistance: Ambiguity and Artistry in the Book of Ruth
3. Rupture: Ruth and Fried Green Tomatoes
4. Reclamation: Ruth and Oranges Are Not the Only Fruit
5. Re-Engagement: Ruth and Golem, The Spirit of Exile
6. Conclusion: (Un)final Gleanings
Bibliography
Index

Para conhecer minha proposta de leitura de Rute, leia, na Ayrton’s Biblical Page, o artigo Leitura socioantropológica do livro de Rute.

As descobertas mais importantes da arqueologia israelense

ToI asks the experts: What are the most important finds of Israeli archaeology? – By Amanda Borschel-Dan – Times of Israel: April 19, 2018

From Dead Sea Scrolls to space-age tech, the dramatic history of the ever-developing field is indelibly entwined with that of the nation itself

Grutas de Qumran

Observa hoje Jim Davila em seu blog PaleoJudaica:

This article is not another top-ten list. It is much more nuanced and sophisticated. You should read it all.

Este artigo não é apenas outra lista das dez mais importantes descobertas feitas por arqueólogos israelenses. É muito mais elaborado. Vale a pena a leitura.

As novas armas da Rússia

Ninguém quis nos ouvir. Agora, nos ouvirão (…) Dediquem um momento de reflexão ao que aqui foi dito e feito. Descartem os que insistem em viver no passado. Parem de sacudir a canoa na qual viajamos todos, essa nossa Terra comum (Vladimir Putin – 01.03.2018).

As Novas Armas da Rússia – Organizado por Ruben Bauer Naveira – Jornal GGN

Discurso de Vladimir Putin perante a Assembleia Federal da Rússia em 01.03.2018

A série As Novas Armas da Rússia busca apresentar ao público brasileiro, em 5 artigos, a nova realidade mundial inaugurada pelo discurso do presidente da Rússia Vladimir Putin no dia primeiro de março de 2018, o qual marca uma ruptura histórica de consequências imensuráveis para todo o mundo, inclusive o Brasil.

As Novas Armas da Rússia (1): O discurso histórico de Putin (transcrição do discurso)

As Novas Armas da Rússia (2): Resumo das armas (compilação pela equipe do site SouthFront.org)

As Novas Armas da Rússia (3): Implicações militares (análise por Andrei Martyanov)

As Novas Armas da Rússia (4): Implicações políticas (análise por The Saker)

As Novas Armas da Rússia (5): Implicações para o Brasil (análise por Ruben Bauer Naveira)

Putin’s annual address to Federal Assembly (full video)