Sobre os estudos feministas de Oseias 1-3

Brad E. Kelle, no citado artigo, explica as abordagens feministas de Oseias 1-3 que emergiram especialmente a partir da década de 80 do século XX. Cito trechos das páginas 197-199:

Beginning in the 1980s, the rising tide of feminist criticism swept into Hosea scholarship alongside the primary currents of historical, comparative, and theological studies (for general surveys, see Boshoff 2002; Baumann 2003: 8-23; Sherwood 2004: 254-322). Within a few short years, gender-based studies came virtually to dominate Hosea scholarship, and chs 1–3 quickly became one of the primary foci of feminist biblical criticism in general.

(…)

The emergence of feminist-critical studies marked a significant shift in Hosea scholarship. As seen above, prior to the 1980s, scholars largely explored Hosea’s marriage metaphor under a theological and historical rubric, emphasizing the experiences of Hosea and the nature of Yahweh’s love (cf. the continuation of this approach in Seifert 1996). Since the rise of feminist criticism, the metaphor has increasingly been examined under topics like pornography and sexual violence (Baumann 2003: 8).

(…)

The basic feminist critique of Hosea 1–3 focuses on both the text’s content and implications, especially the ideological constructions of the imagery and how they shape women’s experiences: the discourse objectifies female sexuality, denies any significant subjectivity to the woman, establishes a hierarchical relationship that equates the divine with male and the sinful with female, and legitimates physical and sexual violence against a woman.

(…)

Another strand of feminist criticism of Hosea 1–3 offers a critique not only of the content of the chapters, but also of the ways in which ancient and modern, especially male, biblical commentators have identified with the text’s imagery, adopted its ideological biases, and reinscribed its misogyny. These critiques often make the observation that commentators have traditionally sympathized almost completely with the purportedly abandoned husband, and ignored Gomer and the children.

 

 

A partir da década de 1980 a crescente onda de críticas feministas invadiu os estudos de Oseias, juntamente com as principais correntes de estudos históricos, comparativos e teológicos. Dentro de poucos anos os estudos baseados em gênero virtualmente dominaram a abordagem acadêmica de Oseias, e os capítulos 1 a 3 tornaram-se rapidamente um dos principais focos da crítica bíblica feminista em geral.

(…)

O surgimento de estudos feministas críticos marcou uma mudança significativa nos estudos de Oseias. Antes dos anos 80 os estudiosos exploraram amplamente a metáfora do casamento de Oseias sob uma ótica teológica e histórica, enfatizando as experiências de Oseias e a natureza do amor de Iahweh. Desde o surgimento da crítica feminista, a metáfora tem sido cada vez mais examinada em tópicos como pornografia e violência sexual.

(…)

A crítica feminista básica de Oseias 1-3 estuda o conteúdo e as implicações do texto, especialmente as construções ideológicas do imaginário e como elas moldam as experiências das mulheres: o discurso objetifica a sexualidade feminina, nega qualquer subjetividade significativa à mulher, estabelece uma relação hierárquica que iguala o divino ao masculino e o pecaminoso ao feminino e legitima a violência física e sexual contra uma mulher.

(…)

Há muitas e diferentes abordagens feministas de Oseias. Uma vertente, por exemplo, faz uma crítica não apenas ao conteúdo dos capítulos, mas também às maneiras pelas quais os comentaristas bíblicos antigos e modernos, especialmente os masculinos, identificaram-se com as imagens do texto, adotaram seus preconceitos ideológicos e reinscreveram sua misoginia. Essas críticas muitas vezes observam que os comentaristas tradicionalmente simpatizavam quase completamente com o marido supostamente abandonado, e ignoraram Gomer e os filhos. Tais comentaristas, ao olhar para Gomer em Oseias 1-3, oscilam entre a fantasia erótica e a condenação moralista.

Ainda sobre a pesquisa de Oseias 1-3 no século XX

Brad E. Kelle em seu artigo, p. 182, indicado aqui, sintetiza a pesquisa sobre Os 1-3 ao longo do século XX da seguinte maneira:

From the early 1900s to the 1980s, the primary interpretive trends of Hosea 1–3 focused on the biography of the prophet and the historical-, form-, and text-critical analysis of the text’s language and imagery (e.g., Harper 1905). Investigations prior to the 1930s dedicated much energy to reconstructing the details of Gomer as an unfaithful wife, while scholarship from the 1930s forward increasingly emphasized the purported background of a sexualized Baal cult in eighth-century Israel, with an increasing emphasis on identifying comparative ancient Near Eastern traditions that shed light on the text’s imagery. Beginning in the 1980s, feminist-critical readings and gender-related issues came to the fore. In subsequent years, a particular focus on metaphor, literary, and symbolic analyses have joined the variety of gender-focused treatments, resulting in new literary and socio-historical readings that revisit older issues and offer previously unseen ways of conceptualizing the book of Hosea as a whole, as well as the marriage metaphor with which it begins.

De 1900 até por volta de 1980, as principais tendências interpretativas de Oseias 1–3 priorizaram a biografia do profeta e as análises histórico-crítica, formal e textual da linguagem e das imagens do livro. Investigações anteriores à década de 30 dedicaram muita energia à reconstrução dos detalhes de Gomer como uma esposa infiel, enquanto a pesquisa a partir da década de 30 enfatizou cada vez mais o suposto pano de fundo de um culto sexualizado de Baal no Israel do século VIII a.C., com ênfase crescente na comparação com tradições do antigo Oriente Médio que esclarecem as imagens do texto. A partir dos anos 80, as leituras crítico feministas e as questões relacionadas a gênero vieram à tona. Nos anos subsequentes, um enfoque particular nas análises metafóricas, literárias e simbólicas juntaram-se à variedade de tratamentos focados no gênero, resultando em novas leituras literárias e sócio-históricas que revisitam questões antigas e oferecem maneiras nunca antes vistas de conceituar o livro de Oseias como um todo, assim como a metáfora do casamento com a qual ele começa.

Personalização do tema GeneratePress

O Observatório Bíblico está no WordPress com o tema GeneratePress. E, como acontece com muita gente, fiz algumas personalizações [customizations] neste tema.

Onde procurar soluções? Nos meios costumeiros, fórum de suporte e documentação do tema:Tema GeneratePress para WordPress

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. GeneratePress documentation

Mas encontrei também um site interessante com CSS para ser colocado em Personalizar > CSS adicional [Customize > Additional CSS]. Está em neerlandês.

No site Vlot en Goed, de Martijn Baltes, acesse: Cursus WordPress: GeneratePress CSS.

O casamento de Oseias na pesquisa do século XX

Estou, nestes dias, lendo o livro do profeta Oseias com os estudantes do Segundo Ano de Teologia do CEARP. Uso como roteiro o meu livro A Voz Necessária: encontro com os profetas do século VIII a.C., disponível aqui para download gratuito.

A interpretação dos capítulos 1-3 de Oseias, a narrativa do casamento do profeta com Gomer, é especialmente complexa.

Um artigo interessante nesta área que li, ainda no ano passado, foi sobre Os 1-3 na pesquisa do século XX. Reproduzo o resumo e a conclusão do artigo.

 

KELLE, B. E. Hosea 1–3 in Twentieth-Century Scholarship. Currents in Biblical Research, 7.2, p. 179-216, 2009. Disponível online.

 

Abstract

Throughout the twentieth century, critical scholarship on the book of Hosea has focused overwhelmingly on the marriage metaphor in Hosea 1—3. Scholars often saw these chapters as establishing the primary interpretive issues for the message of the prophet and the book as a whole, although a lack of consensus concerning even the most basic exegetical issues remains. Newer studies have rightly pushed beyond this isolation of Hosea 1—3. This article surveys the major trends of the modern interpretation of these chapters, with particular attention to the second half of the twentieth century. From the early 1900s to the 1980s, critical works focused primarily on the biographical reconstruction of the prophet and his family life, as well as related historical and form-critical concerns. From the 1930s forward, such study was particularly concerned to read Hosea 1—3 against the background of a purported sexualized Baal cult in eighth-century Israel. Beginning in the 1980s, feminist-critical readings of Hosea 1—3 came to occupy a prominent position. In subsequent years, these concerns have been complemented by an emerging emphasis on metaphor theory, as well as newer kinds of literary, book-oriented, and socio-historical analyses. A follow-up article will treat recent scholarship on Hosea 4—14.

 

Resumo

Ao longo do século XX os estudos acadêmicos sobre o livro de Oseias concentraram-se predominantemente na metáfora do casamento em Os 1-3. Os estudiosos, com frequência, viam esses capítulos como estabelecendo as principais questões interpretativas para a mensagem do profeta e do livro como um todo, embora ainda Currents in Biblical Researchpersista a falta de consenso a respeito das questões exegéticas mais básicas. Novos estudos têm, com razão, tentado ir além desse isolamento de Os 1-3. Este artigo analisa as principais tendências da interpretação moderna desses capítulos, com especial atenção para a segunda metade do século XX. Do início do século XX até os anos 80, as pesquisas acadêmicas concentraram-se principalmente na reconstrução biográfica do profeta e em sua vida familiar, bem como em preocupações históricas e as questões relacionadas à crítica das formas. A partir da década de 30 a pesquisa preocupou-se particularmente em ler Os 1-3 contra o pano de fundo de um pretenso culto da fertilidade baalista no Israel do século VIII a.C. A partir dos anos 80 as leituras crítico feministas de Os 1-3 passaram a ocupar uma posição de destaque. Nos anos subsequentes essas preocupações foram complementadas por uma ênfase crescente na teoria da metáfora, bem como em novos tipos de análises literárias orientadas para análises sócio-históricas. Um artigo posterior tratará dos estudos recentes sobre Os 4-14.

 

Conclusion

It is clear that twentieth-century scholarship on Hosea 1–3 has addressed an exceptionally wide range of questions and employed various methodological approaches that often reflected the changing trends within biblical studies in general. While recent scholarship continues to pay much attention to more traditional issues like form-critical analysis, biographical reconstruction, and religio-cultic interpretation, several new modes of investigation have opened innovative avenues into the meaning and significance of these complex chapters. Among these approaches, the use of metaphor theory to engage the nature and function of the text’s metaphors seems likely to continue to occupy the prominent position. Such analyses will surely employ metaphor study for a variety of ends, however, including offering new perspectives on gender for the text and its readers (e.g., Baumann 2003), and providing new reconstructions of the religious situation in Hosea’s day that move beyond the older Baalism versus Yahwism framework into a more complex picture of the social and religious realities that stand behind the text’s imagery (see Chalmers 2007).

Among the newest trends that show promise of development in the coming years is an emphasis on synchronic and final form readings not only of Hosea 1–3, but also of these chapters’ place within the larger context of the book of Hosea as a whole. Building on some previous works that move in this direction (Landy 1995; Abma 1999), one is beginning to hear the call for more sustained and coherent literary readings and even book-oriented interpretations of the discourse in Hosea 1–3. Witness the newest commentary on Hosea by Ben Zvi (2005) and its emphasis upon viewing Hosea 1–3 as one of many didactic sets of readings that function within an intentionally crafted prophetic ‘book’ designed to socialize the elite literati of Yehud in the postmonarchic period. At a similar but broader level, some newer studies show increasing interest in interpreting Hosea 1–3, and indeed the whole book of Hosea, within the context of the Book of the Twelve (e.g., Sweeney 2000; Bowman 2006).

Above all, the approach taken in several recent studies, which innovatively uses and combines various methodological perspectives, holds much promise for the future study of Hosea 1–3. These kinds of integrative analyses combine metaphorical study with feminist, materialist, anthropological, and rhetorical perspectives to yield exciting new insights into the dynamics of the text (see Keefe 2001; Yee 2003; Kelle 2005). Such integrative approaches, especially, in my view, the use of rhetorical criticism to engage Hosea 1–3 and its metaphors in interlocking literary, historical, and comparative contexts and as functioning persuasively in particular rhetorical contexts, allow us to approach the text anew in light of developing notions of prophetic discourse in general and social, political, anthropological, and religious realities in particular. Rather than simplifying the meaning(s) of Hosea 1–3, however, future study along these lines promises to produce a diversity of interpretations that accurately reflects the complexity of the chapters themselves.

 

Conclusão

Está claro que a pesquisa do século XX sobre Os 1-3 abordou uma gama excepcionalmente ampla de questões e empregou várias abordagens metodológicas que frequentemente refletiam as tendências mutáveis ​​nos estudos bíblicos em geral. Enquanto os estudos recentes continuam a prestar muita atenção a questões mais tradicionais, como a crítica das formas, a reconstrução biográfica e a interpretação cultual, vários novos modos de investigação abriram caminhos inovadores para o significado desses complexos capítulos. Entre essas abordagens o uso da teoria da metáfora para debater a natureza e a função das metáforas do texto parece continuar a ocupar posição de destaque. Tais análises certamente empregarão o estudo de metáforas para uma variedade de fins, incluindo oferecer novas perspectivas de gênero para o texto e seus leitores e fornecer novas reconstruções da situação religiosa nos dias de Oseias que se movem para além do antigo enquadramento baalismo versus javismo em um retrato mais complexo das realidades sociais e religiosas que estão por trás do imaginário do texto.

Entre as tendências mais recentes que apresentam uma promessa de desenvolvimento nos próximos anos está uma ênfase nas leituras formais e sincrônicas não apenas de Os 1-3, mas também do lugar desses capítulos dentro do contexto mais amplo do livro de Oseias como um todo. Com base em alguns trabalhos anteriores que se movem nessa direção, começa-se a ouvir o apelo por leituras literárias mais sustentadas e coerentes e até mesmo interpretações do discurso orientadas por livros, em Os 1-3. Seja testemunha um comentário sobre Oseias de Ben Zvi, de 2005, e sua insistência em ver Os 1-3 como um dos muitos conjuntos didáticos de leituras que funcionam dentro de um “livro” profético projetado intencionalmente para socializar os letrados da elite de Yehud na época pós-monárquica. Em um nível semelhante, mas mais amplo, alguns estudos mais recentes mostram interesse crescente em interpretar Os 1-3 e, de fato, todo o livro de Oseias, no contexto do Livro dos Doze.

Acima de tudo, a abordagem adotada em vários estudos recentes, que utiliza de maneira inovadora e combina várias perspectivas metodológicas, é muito promissora para o futuro estudo de Os 1-3. Esses tipos de análises integrativas combinam o estudo metafórico com perspectivas feministas, materialistas, antropológicas e retóricas para produzir novos insights interessantes sobre a dinâmica do texto. Tais abordagens integrativas, especialmente, em minha opinião, o uso da crítica retórica para debater Os 1-3 e suas metáforas em contextos literários, históricos e comparativos interligados e seu funcionamento em contextos retóricos particulares, nos permitem abordar o texto de novo à luz do desenvolvimento de noções de discurso profético em geral e realidades sociais, políticas, antropológicas e religiosas em particular. Porém, em vez de simplificar o (s) significado (s) de Os 1-3, estudos futuros ao longo dessas linhas prometem produzir uma diversidade de interpretações que possam refletir com precisão a complexidade dos próprios capítulos.

Brad E. Kelle – Point Loma Nazarene University, San Diego, California.

Leia Mais:
Por que os livros de Amós e Oseias foram escritos?

Recursos para os estudos joaninos

Vi a dica em Larry Hurtado’s Blog: New Resource of Johannine Studies – May 18, 2019

Ele indica

LIEU, J. M. ; DE BOER, M. C. (eds.) The Oxford Handbook of Johannine Studies. Oxford: Oxford University Press, 2018, 496 p. – ISBN 9780198739982.

LIEU, J. M. ; DE BOER, M. C. (eds.) The Oxford Handbook of Johannine Studies. Oxford: Oxford University Press, 2018, 496 p.

:. Offers a comprehensive introduction to current scholarship on the Gospel and Letters of John

:. Features chapters written by leading researchers in the field covering major issues of background, ways of reading, style, and theology

:. Provides an authoritative guide for non-specialists and those in the early stages of study of the Johannine Literature, as well as offering new insights to stimulate further thought for those more familiar with the field

:. Suggestions for further reading and full bibliographies of works cited enable readers to pursue their interests further

The contribution of the Johannine literature to the development of Christian theology, and particularly to Christology, is uncontested, although careful distinction between the implications of its language, especially that of sonship, in a first century ‘Jewish’ context and in the subsequent theological controversies of the early Church has been particularly important if not always easily sustained. Recent study has shaken off the weight of subsequent Christian appropriation of Johannine language which has sometimes made readers immune to the ambiguities and challenging tensions in its thought. The Oxford Handbook of Johannine Studies begins with chapters concentrating on discussions of the background and context of the Johannine literature, leading to the different ways of reading the text, and thence to the primary theological themes within them, before concluding with some discussion of the reception of the Johannine literature in the early church. Inevitably, given their different genres and levels of complexity, some chapters pay most if not all attention to the Gospel, whereas others are more able to give a more substantial place to the letters. All the contributors have themselves made significant contributions to their topic. They have sought to give a balanced introduction to the relevant scholarship and debate, but they have also been able to present the issues from their own perspective. The Handbook will help those less familiar with the Johannine literature to get a sense of the major areas of debate and why the field continues to be one of vibrant and exciting study, and that those who are already part of the conversation will find new insights to enliven their own on-going engagement with these writings.

Sobre Oxford Handbooks Online já falei aqui.

Características literárias e linguísticas da Bíblia Hebraica

RENDSBURG, G. A. How the Bible Is Written. Peabody, MA: Hendrickson, 2019, 675 p. – ISBN 9781683071976

RENDSBURG, G. A. How the Bible Is Written. Peabody, MA: Hendrickson, 2019, 675 p. - ISBN 9781683071976

O objetivo deste livro é aproximar os leitores interessados do texto original da Bíblia Hebraica / Antigo Testamento e proporcionar-lhes uma apreciação maior de sua arte literária e linguística. Em suma, este livro trata muito mais do modo como a Bíblia diz o que diz do que daquilo que diz.

The goal of How the Bible Is Written is to bring interested readers–scholars and laypeople alike–closer to the original text of the Hebrew Bible/Old Testament and to provide them with a greater appreciation of its literary artistry and linguistic virtuosity. In short, this book focuses not so much on what the Bible says as how the Bible says it. A book focusing on the nexus between language and literature in the Hebrew Bible/Old Testament, with specific attention to how the former is used to create the latter; topics include wordplay, wordplay with proper names, alliteration, repetition with variation, dialect representation, intentionally confused language, marking closure, and more.

The first paragraph of my new book reads as follows: “Learned colleagues have written books entitled Who Wrote the Bible?, How to Read the Bible, How the Bible Became a Book, and How the Bible Became Holy. The present volume poses a different question, How the Bible Is Written. My goal in this book is to reveal the manner in which language is used to produce exquisite literature, no less for the ancient Israelite literati who crafted the compositions that eventually were canonized as the Bible than for William Shakespeare or Jane Austen or J. R. R. Tolkien or any other writer whose literature we admire and continue to enjoy. Which is to say, in the most simple of terms: there are many books on what the Bible says; this is a book on how the Bible says it”.

Uma avaliação do livro feita por Jim West pode ser lida em seu blog Zwinglius Redivivus.

Gary A. Rendsburg é Professor de História Judaica na Universidade de Rutgers, Nova Jérsei, Estados Unidos.

Catálogo dos artigos da REB, RIBLA e Estudos Bíblicos

O professor Jair Carlesso, do Itepa Faculdades (Faculdade de Teologia e Ciências Humanas – Passo Fundo – RS) catalogou os artigos bíblicos das revistas REB, RIBLA e Estudos Bíblicos, da Vozes.

Esta catalogação contempla artigos de Bíblia das revistas:

EB – Estudos Bíblicos: do n. 1 (Março/Maio 1984) ao n. 137 (Janeiro/Março 2018)Estudos Bíblicos n. 1 - 1984

REB – Revista Eclesiástica Brasileira: do v. 26, fasc.1 (1966) ao v. 77, n. 308 (2017)

RIBLA – Revista de Interpretação Bíblica Latino-Americana: n. 1 a 68; 73 a 76

Confira online em Bibliografia Bíblica Latino-Americana – 10 de outubro de 2018

Ou acesse e baixe o arquivo em pdf aqui ou aqui.

 

Sobre as revistas

Estudos Bíblicos

Estudos Bíblicos nasceu como um anexo da REB – Revista Eclesiástica Brasileira – publicado a partir de 1984, tornando-se, depois, uma revista independente, com periodicidade trimestral. O primeiro anexo foi publicado na REB vol. 44, n. 173, 1984.

Estudos Bíblicos é uma revista elaborada por estudiosos de Bíblia, preocupados em tornar a mensagem bíblica mais compreensível e útil para a vida cristã. Por isso seus colaboradores procuram apresentar ensaios em nível mais popular. Usando critérios de cientificidade, buscam tornar o texto bíblico mais acessível a um público mais amplo.

Estudos Bíblicos é uma revista de caráter ecumênico. Seus colaboradores representam diferentes Igrejas, como a Católica, a Luterana, a Metodista, a Anglicana, a Presbiteriana e a Batista.

RIBLA n. 1 - 1988Destina-se a professores e estudantes de Teologia, sacerdotes, pastores, agentes de pastoral das diferentes Igrejas Cristãs, bem como a todos os interessados num conhecimento mais profundo da Bíblia.

A Revista tem editor responsável na pessoa de Fr. Ludovico Garmus. Conta com um Conselho de Redação, formado por representantes das supramencionadas igrejas, em âmbito nacional. Além disso, 8 equipes são constituídas, ecumenicamente, conforme uma divisão por regiões brasileiras. Por turno, estas equipes se responsabilizam por fascículos específicos, tendo um Coordenador para cada fascículo.

A impressão e divulgação foi, até 2020, feita pelas Editora Vozes, de Petrópolis.

A partir de 2021, a Estudos Bíblicos passou a ser publicada pela Associação Brasileira de Pesquisa Bíblica (Abib). A publicação no formato impresso foi suprimida em 2019, tendo um lapso de publicação no ano de 2020, sendo retomada e disponibilizada somente no formato on-line a partir de 2021, com periodicidade semestral.

Todos os números anteriores da revista estão sendo disponibilizados online em formato pdf. Clique em Arquivos, no menu, para acessar todos os números. A revista é de acesso livre. Totalmente gratuita. Leia mais sobre a revista neste novo formato, clicando aqui. E veja um vídeo aqui.

REB – Revista Eclesiástica Brasileira

Precedida pela revista COR (1939-40), a REB — Revista Eclesiástica Brasileira —, fundada em 1941 por Frei Thomás Borgmeier, no intuito de ser um elo de união do clero brasileiro disperso por imenso território e com dificuldade de comunicação, serviu como fórum onde padres e bispos, teólogos e pastores expuseram suas reflexões e narraram suas atividades.

Especificamente, de 1941 a 1952, a REB, tendo como Redator-Chefe seu próprio fundador, consolidou-se como o principal órgão teológico do clero nacional.REB v. 79, n. 314, 2019 - Evolução/Tradição

De 1952 a 1971, tendo à frente Frei Boaventura Kloppengurg, OFM, caracterizou-se pela defesa da fé católica e pela divulgação dos documentos e dos ideais do Concílio Vaticano II.

De 1972 a 1986, com Frei Leonardo Boff à sua frente, veiculou sobretudo as intuições básicas da Teologia da Libertação, então em seus primeiros passos. Na fase atual, a REB mantém acesa a chama do ideal primitivo, realça as dimensões de eclesialidade e de ecumenismo e se adéqua às atuais tendências acadêmicas.

Seus destinatários são sacerdotes e pastores, teólogos e professores, agentes de pastoral e líderes comunitários, estudiosos da religião e todos quantos desejam acompanhar, de alguma forma, a atuação e a reflexão da Igreja Católica, particularmente no Brasil.

A REB é editada pelo Instituto Teológico Franciscano de Petrópolis, RJ, em parceria com a Editora Vozes e a Universidade São Francisco, de Bragança Paulista, SP.

A REB é quadrimestral e está disponível online.

RIBLA – Revista de Interpretação Bíblica Latino-Americana

A RIBLA é fruto de um amplo e longo movimento bíblico ecumênico na América Latina e Caribe. Ela nasceu num encontro de biblistas realizado em 1986, em São Bernardo do Campo, e o primeiro número foi publicado em 1988. A revista é publicada simultaneamente em português e espanhol três vezes ao ano.

RIBLA n. 81 - 2020Desde seu lançamento em 1988, entre outras revistas irmãs do movimento bíblico ecumênico de contexto latino-americano, a RIBLA tem sido uma persistente voz que se lança desde a experiência de fé e luta das comunidades da América Latina e Caribe.

Suas raízes, assim, alcançam as profundezas sociais e existenciais dos povos que deram origem à Bíblia e as experiências de fé e luta das populações da América Latina e Caribe. Ao unir duas realidades tão distintas e, ao mesmo tempo, de reivindicações tão similares, a RIBLA propõe que dores, utopias e poesias dos pobres são mediações hermenêuticas decisivas e necessárias para a leitura bíblica. Seu escopo, por consequência, pensa a interpretação bíblica ecumenicamente, na pluralidade de métodos e contextos.

Faça o download de todos os números da RIBLA em espanhol no Centro Bíblico Verbo Divino.

Leia Mais:
Cahiers Évangile: lista cronológica

Paulo e seus escritos na blogosfera

James F. McGrath, Professor de Língua e Literatura do Novo Testamento na Universidade Butler em Indianápolis, Indiana, publicou hoje em seu blog um apanhado do que andam falando sobre Paulo e seus escritos na blogosfera.

Paul around the Blogosphere – April 30, 2019 by James F. McGrath

Ele diz: Here is a collection of blog posts related to Paul and his writings that I hope you’ll enjoy!

Leia Mais:
Novo Testamento no Observatório Bíblico