Sem isto, a democracia no Brasil será sempre incompleta, insuficiente, sujeita à ação desestabilizadora
O oposicionismo impresso e a urgência da democratização informativa – Beto Almeida: Carta Maior 16/01/2014
No finalzinho de 2013, o jornalista Eugenio Bucci, editorialista do Estadão, escreveu artigo rejeitando a tese que considera a atuação da mídia comercial brasileira hoje, a imprensa em particular, como “um partido de oposição”. O texto de Bucci já recebeu brilhante crítica do jornalista e professor Gabriel Priolli, publicada no Viomundo. Como o tema é muito vasto, além dos argumentos cristalinos levantados por Priolli, os quais endosso, cabem outros olhares. Pode-se dizer que há vários pontos de contato entre os argumentos de Bucci com os da ex-presidente da Associação Nacional dos Jornais, Judith Brito, que, em 2010, contrariando o editorialista do Estadão, analisando, de forma bem direta o desempenho da imprensa, confessou: “obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. E esse papel de oposição, de investigação, sem dúvida nenhuma incomoda sobremaneira o governo [Lula]”. Ao contrário de Judith, para tentar provar que a imprensa no Brasil não atua como um partido político, Bucci recorre ao caso venezuelano…
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