Dom Quixote, de Cervantes, traduzido para o quéchua

“Dom Quixote” ganha tradução em língua indígena

“Huh K’iti Mancha Suqupi Chaypa sutinta mana yuyanyta Munanichu” não diz muito a um leitor de Cervantes. É assim, porém, que começa a obra magna “Dom Quixote”, do mais universal escritor espanhol, Miguel de Cervantes. Mas em quéchua. “Num lugar da Mancha de cujo nome não quero recordar-me”, escreveu Miguel de Cervantes, ao abrir as aventuras do fidalgo Alonso Quijano e do seu fiel escudeiro, Sancho Pança.

É exatamente isso que lerá o falante de quéchua, língua indígena da América do Sul que ganhou nesta semana sua primeira tradução de “Dom Quixote”. A edição inclui ilustrações feitas em tábuas por camponeses de San Juan de Salua, que reinterpretam a região espanhola de La Mancha adaptando-a ao cenário andino. Atualmente, falam quéchua cerca de 20 milhões de pessoas no Peru, Bolívia, Equador, Chile, Argentina, Colômbia e Brasil. A tradução foi responsabilidade de Demétrio Tupác Yupanki, um peruano descendente dos incas –que falavam o quéchua, também conhecido como quíchua.

Na cerimônia de lançamento, em Madri, Yupanki contou que, quando o organizador do projeto, Miguel de la Quadra-Salcedo, o procurou, aceitou prontamente o desafio. Ele destacou a influência de “Dom Quixote” na cultura peruana, lembrando que desde 1607 as figuras do fidalgo andante e de Sancho Pança eram homenageadas nas festas barrocas de Pausa (Peru).

Yupanki, membro da Academia Peruana de Língua Quéchua, já havia traduzido a Constituição peruana para a língua de seus antepassados.

Fonte: Folha Online: 09/06/2006

Congresso da SOTER 2006 acontece em julho

Nos dias 10 a 13 de julho de 2006, a SOTER – Sociedade de Teologia e Ciências da Religião – estará realizando o Congresso de 2006, em Belo Horizonte, MG, na Casa de Retiros São José. O tema: Religião e Transformação Social no Brasil Hoje.

Entre os conferencistas estão Plínio de Arruda Sampaio, Pedro Ribeiro de Oliveira, Marcelo Barros, Carlos Mesters. E outros.

Para informações gerais sobre a SOTER, clique aqui. Na Ayrton’s Biblical Page você pode ler sobre os congressos já realizados. Comece aqui.

PUC-Campinas está comemorando hoje seu 65º aniversário

A PUC-Campinas comemora neste 7 de junho, seu 65º aniversário de fundação. Durante o dia, a data foi marcada por três celebrações religiosas – uma em cada campi, simultaneamente –, às 12h, e pela concessão de um título Doutor Scientiae et Honoris Causa, sua mais importante honraria acadêmica, às 19h. O reitor, professor e padre Wilson Denadai, celebrou uma das missas, na capela do Campus I. O arcebispo emérito de Campinas e presidente da Sociedade Campineira de Educação e Instrução (Scei), Dom Gilberto Pereira Lopes, celebrou a missa do Campus II, na Igreja Nossa Senhora da Esperança. E o arcebispo metropolitano de Campinas e grão-chanceler da PUC-Campinas, Dom Bruno Gamberini, celebrou a missa do Campus Central – no Auditório Nobrinho –, onde a Universidade iniciou seus primeiros cursos há 65 anos.

Às 19h, ocorreu uma sessão solene no Auditório Monsenhor Salim, no Campus II. Alunos, funcionários e professores que contribuíram para o desenvolvimento da PUC-Campinas foram homenageados juntamente com o ex-reitor da Instituição, professor e padre José Benedito de Almeida David, que recebeu o título Doutor Scientiae et Honoris Causa. Esta é a mais importante honraria acadêmica a ser concedida e o padre David é o sexto homenageado com o título. David é professor da Faculdade de Teologia e Ciências Religiosas, da qual foi diretor.

Mais informações sobre os 65 anos da PUC-Campinas e os eventos comemorativos programados ao longo do ano estão no site PUC-Campinas 65 anos. Na página, cada fase da história da Universidade nestas seis décadas e meia é resgatada com fotos, depoimentos e citações dos acontecimentos que marcaram a construção da primeira instituição de ensino superior do Interior Paulista (da Assessoria de Imprensa da PUC-Campinas)

O Estado quer vender dados pessoais? Se for o que parece ser…

Vender os dados dos documentos de todos os cidadãos do Estado de São Paulo para empresas privadas? Se for o que parece ser, que coisa mais maluca… Já vou avisando que sou o Capitão Nemo, aquele do submarino Nautilus!

Quem pensa conhecer o que é o fetichismo da mercadoria, volte a aprofundar o tema… Chamem o Marx, depressa! Só o que você receberá de mais spam, mais telemarketing, mais cartões não solicitados, todo tipo de lixo publicitário… dá para imaginar? Bem, esse é o lado chato da comercialização da privacidade. E o perigoso? Deixo para sua imaginação… Até mesmo porque todos os seus dados, com certeza (expressão do gosto do paulistano!), irão parar em CDs piratas na Santa Ifigênia [os sublinhados no texto da Folha são meus].

Folha Online: 04/06/2006 – 09h12

Governo quer vender dados dos paulistas


André Caramante – da Folha de S.Paulo

Enquanto tenta controlar os impactos da maior crise na segurança da história de São Paulo, o secretário Saulo de Castro Abreu Filho apresentou um projeto pelo qual autoriza que empresas particulares administrem e vendam a base de dados com a ficha pessoal de todos os cidadãos que tiraram documento no Estado. Hoje, por lei, o sigilo e a manutenção dos dados são responsabilidade do poder público. Para transferir as fichas para a iniciativa privada, Abreu Filho quer que empresas escolhidas por licitação modernizem toda a base de dados que, hoje, o Estado administra. Parte da proposta é converter do papel para meios digitais 45 milhões de fichas datiloscópicas e 60 milhões de registros criminais. Segundo o economista técnico da unidade de PPP (Parceria Público-Privada) Deraldo Mesquita Júnior, da Secretaria de Economia e Planejamento, a empresa escolhida deverá gastar, só no início do projeto, cerca de R$ 490 milhões. Ele também disse que uma das “contrapartidas” é a exploração comercial desses dados, que poderão ser repassados para bancos, administradoras de cartões de crédito e redes de magazines e de telemarketing (…) Um dos maiores problemas que deverão ser enfrentados com o repasse das informações dos cidadãos para o setor privado é o mesmo que envolve a base de dados de empresas de telefonia e da própria Receita Federal. Na rua Santa Ifigênia (região central de São Paulo), a poucos metros da sede da 1ª Delegacia Seccional da Polícia Civil, vendedores ambulantes negociam ilegalmente, por aproximadamente R$ 100, CDs piratas com dados pessoais – como endereço, CPF, renda anual e número de telefone (cont.)

Leia Mais:
Projeto de venda de dados é inconstitucional, diz advogado
Venda de dados dos paulistas está em estudo, diz secretaria

Copa do Mundo toma conta da Internet

Não adianta chiar… agora é a vez da Copa e ela toma conta de tudo!

Folha Online: 02/06/2006 – 13h53

Impulsionada pela Copa, web ganha 186 mil sites esportivos

No último ano, a internet ganhou [no mundo todo] cerca de 186 mil sites voltados para usuários que se interessam por esporte. Um estudo divulgado pela Websense afirma este número representa um aumento global de 56% – de 329,8 mil sites em junho de 2005 para 515,78 mil páginas atualmente (cont.)



2006 FIFA World Cup May Cause Global Loss in Employee Productivity and Network Bandwidth

Since June 2005, sports-related websites have seen over a 56 percent growth, increasing from nearly 329,800 to more than 515,780 today, with many offering real-time game scores, player statistics and up-to-the-minute analysis. With the massive number of sports websites and online video available, IT administrators can expect to see a considerable drain on employee productivity and network bandwidth during the 2006 World Cup (cont.)

Visite The Online Critical Pseudepigrapha

Para quem se interessa por textos pseudepígrafos, como 1Henoc, Testamento de Abraão, Artápano, Cleodemo Malco, Eupólemo, A vida de Adão e Eva, Os Salmos de Salomão, Oráculos Sibilinos e muitos outros, é interessante acompanhar o desenvolvimento do site The Online Critical Pseudepigrapha, que oferece ao visitante textos pseudepígrafos disponíveis online em suas línguas originais – ou nas mais antigas traduções existentes – e com aparato crítico, em projeto patrocinado pelo King’s University College, da University of Western Ontario, Canadá.

Como acompanhar o desenvolvimento do OCP com comodidade? Visitando o blog Online Critical Pseudepigrapha News, assinado por Ken Penner, Ian W. Scott e David Miller. Fácil e proveitoso.

Confira também o meu artigo na Ayrton’s Biblical Page: Quem somos nós? Falam autores judeus antigos onde aparecem vários destes autores e seu pensamento. No artigo explico que a partir do século III a.C., com a assimilação da língua e dos gêneros literários gregos, vários judeus tentam explicar aos seus conterrâneos e aos gregos cultos, especialmente de Alexandria, que o judaísmo é uma religião respeitável e recomendável pela sua antiguidade e pelos feitos de seus líderes. Escrevendo em grego, e em gêneros literários gregos – da historiografia à filosofia – autores como Aristeias, Artápano, Teodoto, Jasão de Cirene e outros nos legam uma literatura de apologia do judaísmo, mas que é, ao mesmo tempo, excelente testemunho da resistência e da submissão desse povo e dessa cultura ao dominador grego. Por isso, no artigo, proponho a abordagem, em um primeiro momento, desta literatura de um modo geral e, em seguida, da Carta de Aristeias a Filócrates e de alguns historiadores como Demétrio, Eupólemo, o Samaritano anônimo, Artápano e o Pseudo-Hecateu. Naturalmente esta é apenas uma amostragem, mas creio que bastante significativa, do processo de helenização que avança inexoravelmente entre os judeus durante os últimos três séculos antes da era cristã.

Fílon de Alexandria na Wikipedia

Observa Torrey Seland, em seu blog Philo of Alexandria, que o ilustre filósofo judeu de Alexandria, Fílon (20 a.C.-54 d.C.), está cada vez mais presente na Wikipédia, a enciclopédia livre publicada em mais de 200 línguas na Internet.

Embora se deva consultar a Wikipédia “com um pé atrás” – pois feita em colaboração por especialistas e não-especialistas, com informações que precisam frequentemente ser checadas – esta é mais uma oportunidade para leitores brasileiros que queiram conhecer a vida e a obra de Fílon, testemunha importante do judaísmo do século I d.C., contemporâneo de Jesus de Nazaré, dos essênios, de Flávio Josefo, de Paulo de Tarso…

Veja no post de Torrey Seland, um dedicado especialista na área, em quais línguas você pode encontrar informações sobre Fílon de Alexandria.