Ensaios sobre a Assíria

FRAHM, E. (ed.) A Companion to Assyria. Chichester, West Sussex, UK: Wiley Blackwell, 2017, XIV + 634 p. – ISBN 9781444335934.

FRAHM, E. (ed.) A Companion to Assyria. Chichester, West Sussex, UK: Wiley Blackwell, 2017, XIV + 634 p.

A Companion to Assyria is a collection of original essays on ancient Assyria written by key international scholars. These new scholarly contributions have substantially reshaped contemporary understanding of society and life in this ancient civilization.

Eckart Frahm is Professor of Assyriology at Yale University, USA. His main research interests are Assyrian and Babylonian history and Mesopotamian scholarly texts of the first millennium bce. Frahm is the author of numerous articles and five books. In addition, he serves as director of the Cuneiform Commentaries Project.

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Histórias do Antigo Oriente Médio: uma bibliografia

Análise da narrativa do golpe

A narrativa golpista e os possíveis caminhos para vencê-la

Por Eliara Santana e Juarez Guimarães – Carta Maior: 27/12/2017

Este primeiro artigo inaugura uma série voltada para analisar o poder comunicativo que se formou em favor do golpe e de uma contrarrevolução neoliberal e buscar caminhos para derrotá-lo.

A construção vitoriosa da narrativa do golpe
Antes de tudo começar, havia a elaboração de uma narrativa. Que construiu um enredo. Que projetou para a população um cenário de caos econômico, desordem, perda de qualidade de vida, volta da inflação, turbulência política, corrupção nunca antes vista. Cenário muito bem ancorado em medos que estão sempre povoando a mente do cidadão médio brasileiro (aquele que precisa trabalhar para pagar as contas e não vive de rendas, que acredita em meritocracia e acha que não é beneficiado por políticas públicas): perda do emprego, crise econômica (porque já vivemos muitas), perda do poder aquisitivo (o terror da classe média), inflação galopante, entre outros.

Na recente história do Brasil, que mostra o afastamento de uma presidenta eleita legitimamente com 54 milhões de votos, a construção e a projeção desse cenário jamais poderiam se tornar efetivassem um instrumento vital: a grande imprensa. Não restam mais dúvidas de que o catalisador do golpe que arrancou Dilma Rousseff do poder, em 2016, foi o discurso de informação da imprensa brasileira,  capaz de construir uma narrativa competente que associou os governos petistas a uma “corrupção nunca antes vista” e projetou para a população o cenário de “uma crise econômica sem precedentes”.

Para entender o golpe, precisamos, portanto, entender a narrativa. E precisamos, sobretudo, compreender o seu poder. A narrativa que alicerçou o golpe foi projetada e disseminada pela grande imprensa brasileira, esse grupo formado por sete famílias que dominam a comunicação no país. De que se trata? Como foi construída? Que estratégias discursivas deram a ela tamanha força, capaz de projetar para um país um cenário e dar suporte à derrubada de um governo? Quais são os seus limites? E por quais caminhos é possível vencê-la?

Um processo de construção de sentidos
A narrativa é o processo de contar algo que aconteceu, e a notícia, no discurso de informação, incorpora essa narrativa ao levar as informações sobre um acontecimento a um grande número de pessoas. Portanto, entendê-la como processo, e não como ação, é essencial. A narrativa como ação implica o ato isolado de narrar. Compreendê-la como processo envolve a percepção de que há uma construção de efeitos de sentido. E é isso que se deve considerar quando nos referimos à narrativa que embasou o golpe. Considerar a narrativa como processo em que há construção de efeitos de sentidos implica também considerar que a notícia – esse suporte que conduz a narrativa e a dissemina –não é o simples reportar de fatos/acontecimentos.

Ela é um objeto discursivo engendrado pela máquina de informar que é a mídia corporativa e se reveste de elementos como representações dos atores citados, valores, encenação. A narrativa é, portanto, uma construção argumentativa, cuja função é convencer (o leitor, o espectador, o ouvinte) de algo (um ponto de vista, uma análise, um dito) a partir de um projeto de dizer de um enunciador. As narrativas nos apresentam os acontecimentos, e por meio dos acontecimentos, o mundo. Portanto, servem para organizar nossa percepção de uma realidade que não está ao nosso alcance direto, pois não somos testemunhas oculares dos fatos, nossa percepção é mediatizada, temos acesso às versões trazidas pela mídia. Elas ajudam a formar uma visão de mundo e não são relatos meramente objetivos, posto que incorporam a emoção.

Realidade mediada
As sociedades contemporâneas são sociedades mediatizadas. As notícias divulgadas pela imprensa cumprem o papel de mediar nossa relação com a realidade dada. E essa notícia, tomada como objeto do discurso, se ancora numa linguagem que não é transparente, cujo funcionamento deve ser percebido para além das regras formais de uso da língua e das regras técnicas do jornalismo.Na tessitura do discurso, o sentido se materializa nos caminhos dados pelas formas do texto, ele se constrói num processo de transformação e ressignificação dos acontecimentos, por meio de qualificações, descrições e argumentações. Portanto, a narrativa jornalística, que projeta um ethos de objetividade e pretensa neutralidade, tem viés, valores, pontos de vista, representações e dissimulações das vozes presentes que, muitas vezes, se ocultam sob estratégias discursivas bem construídas.

E assim se deu com a narrativa pró-golpe que se consolida no discurso de informação da grande imprensa brasileira a partir de 2013, com duas marcações fundamentais para a produção de efeitos de sentido: as representações e os repertórios. O  ator central, de maior poder comunicativo, foi o Jornal Nacional, da Rede Globo de Televisão, que trabalhou de modo sistemático para consolidar essa narrativa.

Representações
Personagens de que tratam as notícias são nomeados, caracterizados e recebem predicados, mesmo que não de forma explícita, mas de forma simbólica, até mesmo na hierarquia das notícias ao longo da edição. Assim, por exemplo, as entradas em relação a Dilma Rousseff, a depender do momento discursivo, sobretudo no período da eleição de 2014, eram antecedidas e quase sempre secundadas por notícias negativas de economia (com as devidas referenciações: crise, pibinho, déficit). Portanto, reforçava-se a alusão à incompetência. Em relação a Lula, a alusão prevalente era a da corrupção, com a mesma estrutura.

Os referentes utilizados na abordagem dos temas principais da  política (as alcunhas para determinados assuntos sempre remetendo à corrupção – Petrolão, Mensalão) e da  economia (Brasil em crise, Crise, Recessão) e para determinados atores (“petistas”, “corruptos”, “mensaleiros”) se repetiam como marcas que faziam referência a determinados grupos e/ou sujeitos e instauravam um lugar (da não corrupção, do cidadão de bem, do Brasil verde e amarelo) em oposição a outro (da corrupção, da sujeira na política).

Os problemas econômicos no Brasil (alta de preços, menor crescimento), circunstanciais em alguma medida, deixam de ser problemas econômicos, que agregam um conjunto de sentidos,e se convertem nos marcos “Crise sem precedentes”, “Recessão”, num outro campo de sentidos que integra um sistema de valores específico. Na narrativa jornalística, o movimento de nomear e predicar,qualificando, personagens e acontecimentos, alimenta o que Bakhtin denominou de uma “ideologia cotidiana”, aquela que parte de um sistema de referência (a mídia corporativa) e se insere nas instâncias da vida cotidiana (o bar, o salão, o supermercado, as famílias).

Repertórios centrais
Direcionar o olhar para que o receptor da notícia possa perceber as coisas do mundo é uma estratégia de que se utiliza o discurso de informação no processo de produção de sentido. O discurso utiliza estratégias que direcionam o olhar, delimitam os sentidos possíveis, conduzem a interpretações. Assim, a função primordial da mídia corporativa não é informar, mas antes transmitir sistemas de valores.

Nesse sentido, os dois grandes repertórios, ou temas, que sustentaram a narrativa pró-golpe foram:

1. Corrupção: sempre associada a determinado grupo, ligado à candidata à reeleição (a então presidente Dilma Rousseff), o que pode ser percebido pela marcação temporal – a corrupção é sempre mencionada em referência a determinado período histórico, levando a uma associação em termos de localização temporal.

2. Crise econômica: como elemento que perpassa toda a produção dos conteúdos e das informações, até mesmo em chamadas e manchetes que não se referem a esse aspecto em particular. Como a crise é marcada discursivamente? Pela menção direta a problemas econômicos, pela dimensão negativa no tratamento de certos dados econômicos, pela ressignificação de termos e referentes (“pibinho”), pela descontextualização marcada (a crise não se ligava a nenhum fator externo ou contextual – era um elemento solto e sozinho no universo da notícia global).

A dimensão desses repertórios na narrativa trazida pelo Jornal Nacional foi devastadora, pois eles consolidaram a perspectiva de que o país estava assolado por corrupção, em decorrência da ação de um determinado grupo, e por uma grave crise econômica, também em função da incompetência desse mesmo grupo. Os dois temas se comunicavam em uma mesma direção de sentido pela visão de mundo neoliberal: Estado corrupto, inchado, ineficiente e gastador.

Momentos discursivos
Perceber estratégias discursivas que compõem uma narrativa requer a observação de padrões de uso da linguagem que são recorrentes e orientam o olhar. É nesse sentido que é preciso marcar os momentos discursivos, considerados como espaços histórico-temporais em que se observam, na construção do discurso de informação, características e estratégias discursivas específicas e marcadas, que alimentam e constroem padrões discursivos, compondo a narrativa pró-golpe.

Os momentos discursivos são:

1: Jornadas de Junho 2013

2: Eleições 2014 – janeiro a outubro/Pós-eleições até votação do impeachment na Câmara (outubro/2015 a maio/2016)

3: Período de afastamento de Dilma Rousseff até votação de afastamento definitivo pelo Senado (maio a agosto/2016)

A observação das estratégias e dos padrões presentes na narrativa da mídia corporativa, considerando-se veículos representantes da grande imprensa comercial, estabeleceu a projeção de um determinado cenário econômico e político no país. Dessa forma, as construções simbólicas (presentes nas estruturas linguísticas das chamadas e reportagens econômicas), repetidas de maneira constante, consolidadas em valores simbólicos, possibilitaram a criação de identificações e a formação de um quadro negativo de percepção do real em relação a determinado contexto e a determinados atores. De um modo geral, nas notícias veiculadas pelo Jornal Nacional nesse período dividido em três momentos, percebe-se um padrão narrativo, com variações nos momentos, marcado por:

Ênfase na dimensão negativa: Observamos o uso de palavras, expressões e termos com referenciações negativas para os sujeitos, além de uma dimensão referencial negativa para determinados temas – como economia e política, prioritariamente, com associações reiteradas a crise, tendo força o uso de termos como crise, caos, recessão,

Composição de uma cena enunciativa: a emoção no discurso é muito bem trabalhada para que o leitor interaja com a narrativa. Um bom recorte é o “jogral” apresentado por William Bonner e Renata, na divulgação dos áudios vazados de uma conversa entre o ex-presidente Lula e a então presidenta Dilma. Os trechos recortados não são projetados na tela nem tampouco apenas lidos: eles são interpretados. Saem da cena os locutores e entram a representação de Lula e Dilma no diálogo, com as supostas entonações pertinentes.

A dramatização da informação enunciada: a emoção na narrativa não deixa espaço para a contextualização histórica. E rouba a cena.

O silenciamento como estratégia: há um projeto de dizer que utiliza o silenciamento como estratégia de produção de sentido. Esse projeto de dizer orienta a materialização do discurso (querer dizer), construindo uma estrutura de “dizer X” para “não dizer Y”. Assim se comporta o Jornal Nacional na edição que mostra o encerramento das Olimpíadas, sendo Michel Temer ainda interino. A sua ausência da cerimônia – por temer as vaias – foi discretamente citada, em poucos segundos, na voz de um jornal estrangeiro. Prevaleceu o espetáculo. Ao silenciar assuntos/temas/abordagens, a mídia reconfigura o espectro político e econômico, pois há sentidos no silêncio. O silenciamento, política editorial da mídia corporativa, como descreve Eni Orlandi, limita o percurso dos sentidos pelo leitor, pelo espectador.

Uma marca importante para perceber como o silenciamento se torna política editorial – e não simples lapso ou ocultação – é o tempo dedicado à notícia. Em 16 de setembro de 2014, por exemplo, a ONU divulga em seu relatório que o Brasil, pela primeira vez na história, está fora do mapa da fome. Era o governo Dilma Rousseff, já em período eleitoral. O Jornal Nacional não dá chamada de abertura e dedica 38s à notícia na edição interna, antecedida por uma notícia sobre onda de violência, que recebe 1min15s. Nessa mesma edição, a notícia sobre o tempo recebe 37s. Silenciar não é apenas ocultar, é fazer calar, retirar de um acontecimento sua dimensão. Num país desde sempre assolado pela fome, é de se espantar que essa chamada não tenha entrado na abertura do jornal.

4: Ressignificação de temas, dando origem a novos campos de sentido (petrolão – petróleo corrupção)

O discurso produz sentidos e direciona interpretações, o que se liga a um real histórico, ao contexto, às disputas de poder engendradas na sociedade. Enfim, a palavra não é neutra, e os padrões nos mostram a continuidade da narrativa, que elabora seu fio condutor para que o espectador produza sentido. Uma ideologia política, nos lembra Jean-Pierre Faye, coloca em sua origem uma narração. A marcação repetida, a ocorrência sistemática de termos e personagens, a construção cuidadosa da cena enunciativa, tudo conspira para a produção de sentidos. E tudo, na narrativa da mídia corporativa, conspirou para o sucesso do golpe.

Eliara Santana é doutoranda em análise do discurso PUC Minas/CAPES

Juarez Guimarães é professor de Ciência Política da UFMG e coordenador do Centro de Estudos Republicanos Brasileiros (Cerbras)

Por que a narrativa golpista foi vitoriosa? (II)

A narrativa golpista e os caminhos para derrotá-la (III)

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O livro de Ageu e a reconstrução do Templo

O artigo

The Book of Haggai and the Rebuilding of the Temple in the Early Persian Period

By John Robert Barker – Catholic Theological Union, Chicago

The Bible and Interpretation – December 2017

Until recently, the period of biblical history known as the postexilic, or Persian, era has suffered from relative neglect by biblical scholars. True, there are have always been those scholars who dedicated their lives to the study of the books that reflect this period – Ezra, Nehemiah, and the prophets Haggai, Zechariah, and Malachi – but it is only in the last few decades that Persian period studies have come into their own, giving rise to a vigorous and rich field of inquiry, the fruits of which have only begun to emerge. One reason for the relative neglect had been that we simply did not have much information about this period, which stretches from the end of the Babylonian exile (c. 539 BCE) to the advent of Alexander the Great and the beginning of the Hellenistic period (c. 330 BCE). Compared to the abundant archaeological and historical information available for the centuries before and after the Persian period, only a little evidence from outside the Bible was available to shed light on the two centuries after the exile. Yet recent decades have seen a surge in archaeological work focusing on this period that has provided a wealth of insights into economic, political, social, and religious realities in the Persian province of Yehud (the former kingdom of Judah). On the heels of this increased information has come an increased interest by biblicists. Now Persian period studies of all kinds are flourishing and contributing greatly to our appreciation of the challenging and contentious, yet theologically productive, period of the 6th–4th centuries.

One example of these studies is the work that has been done on the book of Haggai. This short book of thirty-eight verses focuses solely on the reconstruction of the Jerusalem temple that had been destroyed by the Babylonians in 586 BCE. In the past, the book’s completely time-bound topic and lack of beautifully poetic, theologically rich passages had led to an unfavorable assessment of both book and prophet by many scholars and theologians. It was not that long ago, for example, that the authors of an introduction to the Old Testament stated that “Haggai is called a prophet, but compared to the pre-exilic prophets he is hardly deserving of the title…. his mind was concentrated only on earthly things…. His whole mental outlook and utilitarian religious point of view…is sufficient to show that he can have no place among the prophets in the real sense of the word.” (Oesterley & Robinson, 1961, pp. 408-9) This particularly blunt evaluation appears to have been shared by others, leading to the book’s general neglect. It simply did not seem to have much to offer the serious student of the Bible or, for that matter, of the history behind it.

But in recent decades the book of Haggai has been subjected to serious and sustained scrutiny by scholars such as Elie Assis and John Kessler, whose excellent work along with others has shown this short book to be much more interesting and complex than previously thought. My own work on Haggai, which engages the text through rhetorical analysis, joins this effort by seeking to reexamine the persuasive intention and strategies of the text (Barker, 2017). Rather than being simply a dull record of an uninteresting prophet and his mundane message, the book of Haggai is in fact a carefully composed and complex counterargument to serious objections to the reconstruction of the temple in 520 BCE. It is also an interpretation of what it meant either to accept or to reject the prophetic call to rebuild. This means that a careful study of the book as a persuasive text can contribute to our understanding of both the book and the nature of the debates surrounding the reconstruction of the temple in Jerusalem in the early years after the exile. This in turn contributes in a specific way not only to the emerging portrait of the early Persian period but also to our appreciation of the nature and strength of the struggles and conflicts among the people who considered themselves the surviving “remnant” of Israel in that time and place.

O livro

BARKER, J. R. Disputed Temple: A Rhetorical Analysis of the Book of Haggai. Minneapolis: Fortress Press, 2017, 314 p.  – ISBN 9781506433141.

 

BARKER, J. R. Disputed Temple: A Rhetorical Analysis of the Book of Haggai. Minneapolis: Fortress Press, 2017, 314 p.

The prophet Haggai advocated for the rebuilding of the temple, destroyed by Babylon, in the tumultuous period of reconstruction under Persian dominion; so much is evident from a surface reading of the book. John Robert Barker goes further, using rhetorical criticism of the prophet‘s arguments to tease out the probable attitudes and anxieties among the Yehudite community that saw rebuilding as both undesirable and unfeasible. While some in the community accepted the prophet‘s claim that YHWH wanted the temple built, others feared that adverse agricultural and economic conditions, as well as the lack of a royal builder, were clear signs that YHWH did not approve or authorize the effort. Haggai‘s counterarguments-that YHWH would provide for the temple‘s adornment, would bring prosperity to Yehud once the temple was built, and had designated the Davidide Zerubbabel as the chosen royal builder-are combined with his vilification of opponents as unclean and non-Israelite. Barker‘s study thus allows Haggai to shed further light on the socioeconomic conditions of early Persian-period Yehud.

A entrevista de Lula

Não é possível alguém ser apontado como dono de uma coisa que não é dono. Tem que ter algum documento.

Tudo baseado na grande mentira do Power Point montado pelo Dallagnol.

Há conluio para fazer com que mentira vença. Mas tenho certeza absoluta de que a inocência vai vencer.

De um ser humano que só tem um problema nesse momento: ter mais chances de vencer as eleições que qualquer outro.

A entrevista de Lula à mídia – por Luis Nassif [em 8 partes]

Lula concedeu entrevista para a imprensa agora de manhã, no Instituto Lula.

Participaram 14 jornalistas da mídia nacional, de blogs e de agências internacionais.

Inscrições reais de Babilônia

The Royal Inscriptions of Babylonia online (RIBo) Project

 

Porta de Ishtar na cidade de Babilônia. Pergamonmuseum, Berlin

From the start of the Second Dynasty of Isin (1157-1026 BC) to the end of the Neo-Babylonian Dynasty (625-539 BC), over 80 men claimed suzerainty over the land of Sumer and Akkad, an area roughly comprising modern-day southern Iraq; the number greatly increases to about 130 if one also includes the kings of the later Persian and Greek (Macedonian and Seleucid) Periods. These Babylonian rulers, some of whom proudly referred to themselves as the ‘king of Babylon’ (a title divinely sanctioned by that city’s tutelary deity, Marduk), had inscriptions officially commissioned in their names, sometimes to boast about an accomplishment of theirs (often the renovation of a temple or the construction of a palace or city wall) and sometimes to simply indicate that an object belonged to them.

Over 400 Akkadian and/or Sumerian royal inscriptions from these periods survive today. Those texts are preserved on more than 1,800 clay, metal, and stone objects, over half of which date to the reign of the famous Nebuchadnezzar II (604-562 BC). The majority of these are assumed to have been unearthed in the ruins of one of the major cult centers of Babylonia: Babylon, Borsippa, Nippur, Sippar, Ur, and Uruk. Many of the bricks, clay cylinders, clay prisms, clay tablets, paving stones, foundation blocks, beads, etc. discovered through scientific archaeological excavations or illicit digs have made their way into numerous museum and private collections around the world; some objects, especially those that were too heavy to haul back to Europe or North America, were left and buried in the field by their excavators after their contents were recorded, copied, and/or photographed.

The aim of RIBo, a sub-project of the Official Inscriptions of the Middle East in Antiquity (OIMEA) Project, is to publish in a single place easily accessible and annotated (lemmatized) editions of all of the known Akkadian and Sumerian royal inscriptions from Babylonia that were composed between 1157 BC and 64 BC. RIBo’s contents are divided into several sub-projects, generally by “dynasty” or period. The “dynastic” numbering follows that of the Royal Inscriptions of Mesopotamia, Babylonian Periods (RIMB) publications of the now-defunct Royal Inscriptions of Mesopotamia (RIM) Project. The sub-project numbering is as follows:

“Babylon 1” = Kassite Period (1595-1155 BC).
“Babylon 2” = Second Dynasty of Isin (1157-1026 BC).
“Babylon 3” = Second Dynasty of the Sealand (1025-1005 BC).
“Babylon 4” = Bazi Dynasty (1004-985 BC).
“Babylon 5” = Elamite Dynasty (984-979 BC).
“Babylon 6” = Uncertain Dynasties (978-626 BC).
“Babylon 7” = Neo-Babylonian Dynasty (625-539 BC).
“Babylon 8” = Akkadian inscriptions of the Persian Period (538-330 BC), especially the now-famous “Cyrus Cylinder.”
“Babylon 9” = Macedonian rulers of Mesopotamia (currently no inscriptions known).
“Babylon 10” = Seleucid era (305-64 BC) official inscriptions written in Akkadian, especially the “Antiochus (Borsippa) Cylinder.”

The Royal Inscriptions of Babylonia online (RIBo) Project is a component of Oracc – The Open Richly Annotated Cuneiform Corpus.

Leia Mais:
Histórias de criação e dilúvio na antiga Mesopotâmia

Sci-Hub

Em vez de abraçar as enormes oportunidades de negócio sugeridas pelo sucesso em outras indústrias (cinema, tv e música), a publicação acadêmica tenta frear alguns avanços por meio de liminares judiciais. Até que serviço razoáveis por um preço justo se tornem disponíveis (netflix, itunes, spotify), os sites piratas irão prevalecer, não importa quão forte a indústria seja no tribunal. Contanto que o Sci-Hub e Alexandra permaneçam fora da jurisdição ocidental, não há razão para o Sci-Hub encerrar sua operação (morenovski).

Z-Library Aftermath Reveals The Feds Seized Dozens of Domain Names – By Ernesto Van der Sar: 7 Nov 2022

Sci-Hub domains inactive following court order – By Andrew Silver: 23 Nov 2017

Por que o Sci-Hub, o Pirate Bay dos artigos acadêmicos, não resolve o problema – By morenovski: Mar 11, 2016

Sci-Hub. O site que dá acesso gratuito a artigos científicos –  Por Karla Pequenino – IHU Online: 29/08/2018

6 Corporations Own the Media and Most Scientific Publications in the World – By: Gaia Staff | August 2nd , 2017

‘Oligarquía académica’: Cómo 6 compañías controlan las publicaciones científicas del mundo – RT: 10 ago 2015

The Oligopoly of Academic Publishers in the Digital Era – PLOS ONE: June 10, 2015

The Majority of Science Publishing is Controlled by Just Six Companies – Waking Times: July 30, 2015

Harvard University says it can’t afford journal publishers’ prices – The Guardian: 24 Apr 2012

Acesso aberto ao conhecimento científico tem apoio crescente de cientistas – ComCiência no.139 Campinas June 2012

KARAGANIS, J. (ed.) Shadow Libraries: Access to Knowledge in Global Higher Education. Cambridge, MA: MIT Press, 2018, 320 p. – ISBN 9780262535014.

Leia Mais:
World Wide Science
Artigos científicos no arXiv

Uma leitura possível sobre o Akitu

Um leitor me pergunta a propósito do post de 19 de outubro de 2017, Akitu – Festival do Ano Novo na Babilônia:

Se aconteciam duas celebrações em tempos distintos onde estão os relatos das celebrações de outono? Ou eles repetiam a mesma ritualística duas vezes ao ano? E mesmo que o fizessem quais seriam as diferenças, pois uma era para colher e outra para plantar?

Uma boa leitura, de pouco mais de 50 páginas, embora bastante técnica, pode ser feita em:

COHEN, M. E. The Cultic Calendars of the Ancient Near East. Bethesda, Maryland: CDL Press, 1993, p. 400-453.

O bom é que o livro está disponível para download gratuito em The Internet Archive.

Confira aqui.