A ocupação dos territórios palestinos por Israel

EUA desistem de tentar convencer Israel a paralisar construções em territórios palestinos

O governo norte-americano abandonou os esforços para convencer Israel a congelar as construções em assentamentos judaicos em territórios palestinos, segundo fontes da Casa Branca e do Departamento de Estado. A paralisação das obras é uma das exigências dos palestinos para retomar as negociações diretas de paz. No mês passado, Washington ofereceu a Israel um pacote de incentivos em troca de uma nova paralisação de 90 dias nas construções em assentamentos na Cisjordânia. Mas, segundo fonte do governo, os esforços para convencer Israel fracassaram. “Nós vínhamos buscando uma suspensão [nas construções] como forma de criar as condições para a retomada das negociações”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley. “Depois de esforços consideráveis, concluímos que isso não cria uma base sólida para trabalhar por nosso objetivo comum de um acordo [de paz]”, afirmou (…) Os assentamentos em territórios palestinos são considerados ilegais pela lei internacional, mas essa interpretação é contestada por Israel. O processo de paz deverá ser abordado pela secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, em um discurso na próxima sexta-feira (10/12).

Leia o texto completo.

Fonte: Ópera Mundi – 08/12/2010 – 10h05

Pois é. Sem comentários!

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Assange, Kafka e Orwell

O texto publicado hoje, 8 de dezembro de 2010, por Idelber Avelar em seu blog O Biscoito Fino e a Massa é de proveitosa leitura. Recomendo:

Wikileaks: O 1º preso político global da internet e a Intifada eletrônica

O que Assange tem a ver com Kafka e Orwell?

Idelber explica:
Como em Kafka, o crime de Assange não é uma entidade com existência positiva, para a qual você possa apontar. Assange é um personagem que vem direto d’O Processo, romance no qual K. será sempre culpado por uma razão das mais simples: seu crime é não lembrar-se de qual foi seu crime. Essa é a fórmula genial que encontra Kafka para instalar a culpa de K. como inescapável: o processo se instala contra a memória.

E mais:
À semelhança do 1984 de Orwell, o caso Wikileaks gira em torno da vigilância global mas, como notou Umberto Eco num belo texto, ela foi transformada em rua de mão dupla. O Grande Irmão estatal o vigia, mas um geek com boas conexões nas embaixadas também pode vigiar o Grande Irmão. Essa vigilância em mão dupla é ao mesmo tempo uma demonstração do poder da internet e um lembrete amargo de quais são os seus limites.