A revista internacional de teologia Concilium se encaminha para o 50º aniversário de sua publicação, que traz a data de início do primeiro número: 15 de janeiro de 1965. Com o primeiro fascículo deste ano, 1/2014, dedicado à temática Viver na diversidade, a revista percorre assim o 50º ano de atividades (1965-2014), para se preparar para celebrar o 50º aniversário no Rio de Janeiro, Brasil, na semana de Pentecostes de 2015.
A análise é do teólogo italiano Rosino Gibellini, doutor em teologia pela Universidade Gregoriana de Roma e em filosofia pela Universidade Católica de Milão, publicada pelo blog Teologi@Internet, da Editora Queriniana, 16/06/2014.
No já histórico Editorial, assinado por Karl Rahner e por Edward Schillebeeckx no primeiro número da publicação (15 de janeiro de 1965), afirmava-se: “Em comparação com as enormes tarefas da Igreja em todo país, cada nação é ‘teologicamente subdesenvolvida’. Nesta revista, a teologia de cada parte pretende ajudar as das outras nações a se desenvolver. Uma vez que existem muitas mais revistas do que as pessoas pode tomar conhecimento no seu dia-a-dia, deve haver uma que sirva de guia para elas e que remeta a elas. A revista quer ser expressão da responsabilidade que a teologia católica tem em relação à vida real da Igreja”.
E Congar dava este testemunho ao programa pastoral e ecumênico da nova revista: “Concilium tenta ser um radar, que prolonga na mutação contemporânea a grande tradição teológica. A teologia está sempre em busca. Isso é importante no momento em que enfrentamos tantos problemas novos”.
(…)
A revista nascera no fervor pastoral e teológico do Concílio Vaticano II, a partir de uma ideia do editor holandês, Paul Brand, de Hilversum (Holanda), já durante a primeira sessão (11 de outubro a 8 de dezembro de 1962), que, presente em Roma, buscava agregar em torno do seu projeto editorial algumas assinaturas de teólogos-peritos.
No início, houve dificuldades, mas o projeto rapidamente se concretizou a partir do dia 20 de novembro de 1962, quando se definiu a linha de renovação da assembleia, com o pedido de remodelar fundamentalmente o esquema (projeto de texto) sobre as Fontes da Revelação, no dia 20 de novembro; pedido acolhido pelo Papa João XXIII no dia 21 de novembro de 1962: essa é a data indicada por várias reconstruções historiográficas do início da Concilium.
Os primeiros teólogos que aderiram foram o dominicano Edward Schillebeeckx, de Nijmegen, e o jesuíta Karl Rahner, de Innsbruck, aos quais logo se somaram o dominicano francês Yves Congar e dois jovens teólogos de língua alemã: Hans Küng, de Tübingen, e Johann Baptist Metz, de Münster.
São esses os Fundadores, aos quais se deve acrescentar dois nomes de leigos comprometidos (e essa já era uma novidade para uma revista teológica): o já citado editor Paul Brand, idealizador da Concilium; e o administrador presidente, especialista em orçamentos e economia, Anton van den Boogaard, de Nijmegen.
A organização prosseguiu, e, em Saarbrücken – na fronteira entre a França e a Alemanha –, realizou-se a assembleia constituinte da Revista Internacional de Teologia Concilium, no dias 19 a 21 de julho de 1963, na presença de 13 teólogos e de dois leigos (aos teólogos já nomeados, é preciso acrescentar, em particular, também Walter Kasper. Ausências justificadas: R. Aubert, Y. Congar, J. Ratzinger). Data da fundação da revista: 20 de julho de 1963 (documentada no Rapport Sarrebruck le 20 juillet 1963).
Leia: O 50º aniversário da revista Concilium: um radar teológico – Notícias: IHU On-Line 18/06/2014
Original italiano:
Concilium verso il 50° anniversario: Un radar teologico – Rosino Gibellini: Teologi@Internet 16/06/2014
La rivista internazionale di teologia Concilium si avvia al 50° anniversario della sua pubblicazione, che reca la data d’inizio del primo numero: 15 gennaio 1965. Con il primo fascicolo di quest’anno, 1/2014, dedicato alla tematica Vivere nella diversità, la rivista così percorre il 50° anno di attività (1965-2014), per prepararsi a celebrare il 50° anniversario a Rio de Janeiro, Brasile, nella settimana di Pentecoste del 2015.
Nell’ormai storico Editoriale, firmato da Karl Rahner e da Edward Schillebeeckx nel primo numero della pubblicazione (15 gennaio 1965) si affermava: «In confronto ai compiti immani della Chiesa in ogni paese, ogni nazione è “teologicamente sottosviluppata”. In questa rivista la teologia di ciascuna parte intende aiutare quelle delle altre nazioni a svilupparsi. Siccome ci sono molte più riviste che l’uomo della pratica possa accostare, ce ne dev’essere un’altra che faccia da guida ad esse e da rapporto ad esse. La rivista vuol essere espressione della responsabilità che la teologia cattolica porta nei riguardi della vita reale della Chiesa». E Congar rendeva questa testimonianza al programma pastorale e ecumenico della nuova rivista: «Concilium tenta di essere un radar, che prolunga nella mutazione contemporanea la grande tradizione teologica. La teologia è sempre in ricerca. Ciò è importante nel momento in cui siamo aggrediti da tanti problemi nuovi».
(…)
La rivista era nata nel fervore pastorale e teologico del concilio Vaticano II da un’idea dell’editore neerlandese, Paul Brand di Hilversum (Paesi Bassi), già durante la prima sessione (11 ottobre – 8 dicembre 1962), che, presente a Roma, cercava di aggregare attorno al suo progetto editoriale, alcune firme di teologi-periti. All’inizio vi erano difficoltà, ma il progetto si va rapidamente concretizzando, a partire dal 20 novembre 1962, quando si fa chiara la linea di rinnovamento dell’assemblea, con la richiesta di rimodellare fondamentalmente lo schema (progetto del testo) sulle Fonti della Rivelazione, il 20 novembre; richiesta accolta dal papa Giovanni XXIII il 21 novembre 1962: rimane questa la data indicata da varie ricostruzioni storiografiche dell’inizio di Concilium.
I primi teologi ad aggregarsi furono il domenicano Edward Schillebeeckx di Nimega e il gesuita Karl Rahner di Innsbruck, a cui si aggiunsero presto il domenicano francese Yves Congar, e due giovani teologi di lingua tedesca: Hans Küng di Tubinga e Johann Baptist Metz di Münster. Sono questi i Fondatori, cui si devono aggiungere due nomi di laici impegnati (e questa era già una novità per una rivista teologica): il già citato editore Paul Brand, ideatore di Concilium; e l’amministratore-presidente, esperto in bilanci ed economia, Anton van den Boogaard di Nimega.
L’organizzazione procede e a Saarbrücken – sulla linea di confine tra Francia e Germania – si tiene l’assemblea costituente della Rivista Internazionale di Teologia, Concilium, il 19-21 luglio 1963, alla presenza di 13 teologi e di due laici (ai teologi già nominati è da aggiungere in particolare anche Walter Kasper; assenti giustificati: R. Aubert, Y. Congar, J. Ratzinger). Data di fondazione della rivista: 20 luglio 1963, documentata nel Rapport Sarrebruck le 20 juillet 1963 [prosegui]