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A história de Israel e Judá na pesquisa atual
Andrew Tobolowsky, do College of William and Mary in Williamsburg, Virginia, publicou, em 2018, na revista Currents in Biblical Research, um interessante artigo sobre a pesquisa da história de Israel e Judá na segunda década do século XXI: História israelita e judaíta em abordagens acadêmicas contemporâneas. O artigo está disponível online. Este texto é um resumo e uma tradução livre minha. Foi publicado no blog Observatório Bíblico, em 5 postagens, a partir de 15.10.2018, onde reproduzo, também, trechos do texto original em inglês. Sempre que o assunto tiver sido tratado nesta página ou no Observatório Bíblico, colocarei um link. As principais obras citadas terão links para a Amazon Brasil. Publicado em 2018 – Última atualização: 2021. Leia mais
A História de Israel no debate atual
O consenso acadêmico sobre a História de Israel, existente até meados dos anos setenta do século XX, foi destruído. A paráfrase racionalista do texto bíblico que constituiu o núcleo dos manuais da História de Israel não é mais aceitável para a maioria dos estudiosos. Um número crescente de estudiosos questiona o uso do texto bíblico como fonte para a História de Israel. A escrita de uma História de Israel usando apenas o contexto arqueológico e escritos extrabíblicos é um empreendimento controverso, no entanto, um número crescente de estudiosos está tentando fazer isso. Este artigo quer traçar um panorama das mudanças pelas quais vem passando a História de Israel nas últimas décadas, apontar as dificuldades que a crise vem criando e propor algumas pistas de leitura para os interessados no assunto. Publicado em 2001- Última atualização: 2023. Leia mais
A origem dos antigos Estados israelitas
O que teria sido o primeiro ‘Estado Israelita’? Um reino unido, composto pelas tribos de Israel e Judá, dominando todo o território da Palestina e, posteriormente, sendo dividido em reinos do ‘norte’ e do ‘sul’? Ou seria tudo isto mera ficção, não tendo Israel e Judá jamais sido unidos? Existiu um Império davídico/salomônico ou só um pequeno reino sem maior importância? Se por acaso não existiu um grande reino davídico/salomônico, por que a Bíblia Hebraica o descreve? Além da Bíblia Hebraica, onde mais podemos buscar respostas? Publicado em 2003 – Última atualização: 2020. Leia mais
Apocalíptica: busca de um tempo sem fronteiras
O verbo grego apokalýptô significa “descobrir”, “revelar”, “desvelar”, “retirar o véu”. Deste verbo deriva o substantivo feminino grego apokálypsis, “revelação”, “apocalipse”. De “apocalipse” deriva “apocalíptica” e é exatamente com esse nome que designamos uma corrente de pensamento e uma literatura surgidas em Israel entre os anos 200 a.C. e 100 d.C., mais ou menos. Por essa época, a falência da profecia deixa um vazio que precisa ser preenchido, pois os problemas continuam. É aí que surge a apocalíptica, que é filha e herdeira da profecia. Publicado em 1999 – Última atualização: 2021. Leia mais
Arrancar e destruir, construir e plantar: a vocação de Jeremias
No livro de Jeremias encontra-se uma página de extraordinária beleza e rico significado. É a que conta como Jeremias tornou-se profeta: Jr 1,4-19. É a história de sua vocação. Não é um relato imediato dos acontecimentos, mas densa revisão e reflexão madura sobre seus muitos anos de luta profética. A chave que abre o sentido da vida e da ação de Jeremias. Gostaria que o leitor me acompanhasse na leitura deste texto. Pois acredito que o espírito combativo de Jeremias pode nos estimular, hoje, diante das contantes crises que enfrentamos. Publicado em 1987 – Última atualização: 2022. Leia mais
A visita dos Magos: Mt 2,1-12
Mt 1-2 é um midrash, gênero rabínico de exegese ou explicação da Bíblia, que é uma atualização de um dado bíblico em função da situação atual. Mt 1-2 não é uma narração de fatos históricos precisos, mas um painel teológico construído com os pedaços da tradição judaica e cristã, com função pastoral. Mt 1-2 deve ser lido à luz da ressurreição e da confissão da comunidade de que Jesus é o Messias. Mt 1-2 quer responder, teologicamente, a duas questões: Quem é Jesus? De onde é Jesus e de que época? Publicado em 2002 – Última atualização: 2019. Leia mais
Flávio Josefo, homem singular em uma sociedade plural
Neste artigo, que tem como objetivo estimular a leitura da obra de Flávio Josefo, importante historiador judeu do século I d.C., gostaria de destacar 6 momentos fundamentais: 1. A origem aristocrática de Josefo; 2. A experiência do deserto na adolescência e a opção religiosa; 3. A viagem a Roma: o aristocrata provinciano que vê a grandeza e o poderio do Império; 4. O comando da Galileia; 5. De prisioneiro a amigo dos romanos no cerco de Jerusalém; 6. Sua condição privilegiada em Roma, as rivalidades e os ciúmes, a obra histórica. Procurarei sempre olhar Flávio Josefo como ator e intérprete: participa dos acontecimentos e depois os interpreta. Publicado em 1998 – Última atualização: 2019. Leia mais
Histórias de criação e dilúvio na antiga Mesopotâmia
Milhares de tabuinhas de barro com escrita cuneiforme foram recuperadas nas escavações arqueológicas da antiga Mesopotâmia. Algumas delas narram histórias de criação e dilúvio. Neste artigo vamos olhar mais de perto três dessas histórias: o Enuma Elish, a Epopeia de Gilgámesh e a Epopeia de Atrahasis. Algumas dessas histórias são chamadas hoje de cosmogonias. Publicado em 2018 – Última atualização: 2024.  Leia mais
Inventando o Universo. Pensar Deus a partir da Nova Física
Já se passou mais de um século desde que a teoria da relatividade e a mecânica quântica começaram a ajudar os homens a compreender melhor como é feito este mundo em que vivemos. Porém, muitos teólogos ainda encontram sensíveis dificuldades em pensar Deus e o homem a partir da cosmologia que surgiu com as descobertas da física do século XX, continuando a ler os textos bíblicos e a elaborar suas reflexões como se as cosmologias antiga e medieval fossem mais do que suficientes para explicar o universo e o lugar do homem nele. O que proponho neste artigo é descrever a postura de alguns cientistas sobre Deus e a religião de modo geral e apresentar algumas das questões da cosmologia científica colocadas por esta nova física, levando a sério os desafios que daí surgem para o biblista e para o teólogo. Publicado em 1997 – Última atualização: 2023. Leia mais
Leis de vida e leis de morte: os dez mandamentos e seu contexto social
O artigo trata do decálogo ou dez mandamentos em três momentos: na sociedade tribal, na sociedade tributária e na sociedade capitalista. Relaciona as “dez palavras” e seu contexto de elaboração e aplicação. A abordagem é sociológica. Há vários textos, na Bíblia, com dez e até doze mandamentos. Entre eles, dois são mais conhecidos: Ex 20,1-17 e Dt 5,6-21. Vamos olhar Ex 20,1-17. Publicado em 1986 – Última atualização: 2024. Leia mais
Leitura socioantropológica da Bíblia Hebraica
A combinação das abordagens literárias e sociológicas apresenta hoje um promissor caminho para o avanço dos estudos da Bíblia Hebraica. É que estas abordagens examinam não somente a literatura e a realidade social de Israel, mas também as forças sociais subjacentes à produção da literatura bíblica, onde se distingue a sociedade que está por trás do texto da sociedade que aparece dentro do texto. Estas abordagens situam Israel no seu contexto histórico apropriado e questionam preconceitos teológicos que, frequentemente, estorvam os especialistas em exegese bíblica. Além disso, a aplicação das ciências sociais ao estudo da Bíblia vem conseguindo responder satisfatoriamente a questões que a clássica teologia bíblica não conseguiu abordar de modo adequado até agora. Publicado em 1999 – Última atualização: 2022. Leia mais
Leitura socioantropológica do livro de Rute
Rute usa lugares reais e pessoas fictícias situadas em determinado espaço e tempo para construir a sua narrativa, produzindo uma mensagem que é considerada pelo autor/a do livro como um caminho a ser buscado, orientando a narrativa para uma proposta séria. O artigo mostra isto em três etapas: 1. Olhando a história com os olhos do autor/a, pergunto: o que diz o livro de Rute? 2. Olhando para além do livro, pergunto: o que é possível saber da época em que foi escrito o livro de Rute? 3. Olhando a história com os olhos do leitor atual, pergunto: qual é a proposta do livro de Rute? Publicado em 2008 – Última atualização: 2019. Leia mais
Leitura socioantropológica do Novo Testamento
Estudos do Novo Testamento, que têm o “social” como pressuposto, poderiam ser classificados em diferentes categorias, como: 1. Investigações de realidades sociais, tais como grupos, ocupações, instituições e semelhantes; 2. Abordagens sócio-históricas de um determinado período, movimento ou grupo; 3. Um terceiro tipo usa a abordagem sociológica para estudar as forças e instituições sociais do cristianismo primitivo; 4. Há estudos do NT que utilizam as ferramentas da antropologia cultural; 5. E há aqueles que fazem uma análise sociológica dos textos bíblicos. Estes estudos podem ser complementares nas suas abordagens. O artigo repassa alguns destes estudos, suas propostas e seus desafios. Publicado em 2000 – Última atualização: 2023. Leia mais
Leitura sociológica da Bíblia
Philip R. Davies exegeta britânico, ao falar dos métodos usados na leitura da Bíblia nas últimas décadas, sugeriu que a combinação das abordagens literárias e sociológicas apresenta hoje o mais promissor caminho para o avanço dos estudos bíblicos. Neste artigo proponho descrever sinteticamente o nascimento da sociologia, dar exemplos de leituras sociológicas da Bíblia Hebraica e do Novo Testamento e citar alguns desafios e dificuldades da leitura sociológica da Bíblia. Publicado em 2022 – Última atualização: 2023. Leia mais
Ler a Bíblia no Brasil hoje
Fato incontestável é a redescoberta da Bíblia e o seu uso constante por todas as igrejas cristãs no Brasil, hoje. Este artigo quer refletir sobre algumas das muitas leituras feitas nos últimos anos. O assunto se dispõe em três partes – descrição, análise e perspectivas -, procurando responder, deste modo, a três questões: 1. Como se lê a Bíblia hoje? 2. Por que se lê a Bíblia hoje? 3. Para que se lê a Bíblia hoje? Publicado em 1995 – Última atualização: 2023. Leia mais
Marcos: um relato da prática de Jesus
Este texto foi escrito em 1981 para ser usado pelo Serviço de Pastoral Litúrgica da Arquidiocese de Ribeirão Preto, SP, em 1982, e fez parte do Projeto Marcos, um conjunto de atividades pastorais tendo o evangelho de Marcos como centro. Uma pergunta: chegar em Marcos de que lado? Geralmente a gente começa pelo autor, data e lugar em que o livro foi escrito, e as pessoas para quem o autor escreveu. Só depois é que se vai ao texto. Vamos percorrer outro caminho. Vamos começar pelo texto. Depois que compreendermos o texto e a maneira como foi criado, vamos compreender o resto. Publicado em 1982 – Última atualização: 2020. Leia mais
Notas sobre a pesquisa do livro de Oseias no século XX
Brad E. Kelle, da Point Loma Nazarene University, San Diego, California, publicou, em 2009 e 2010, na revista Currents in Biblical Research, dois importantes artigos sobre a pesquisa de Oseias no século XX e primeira década do século XXI: O casamento de Oseias na pesquisa do século XX e Oseias 4-14 na pesquisa do século XX. Os artigos estão disponíveis online. Vou resumir aqui os pontos principais destes dois artigos, na maior parte das vezes apenas traduzindo livremente alguns trechos ou organizando em outra ordem as palavras do autor. Publicado em 2020. Leia mais
Novos paradigmas no estudo do Pentateuco
Hoje muitos acreditam que esteja surgindo um novo paradigma nos estudos bíblicos. Em várias áreas dos estudos bíblicos. O tema é amplo. Este artigo desenha um panorama das mudanças pelas quais vem passando os estudos do Pentateuco desde a década de 70 do século XX, aponta as dificuldades que a crise vem criando e propõe algumas pistas de leitura para os interessados no assunto. Publicado em 2007 – Última atualização: 2024. Leia mais
Observações sobre algumas leituras de Marcos
A proposta deste artigo é a de servir ao leitor como orientação para a leitura de Marcos. Por isto comento dez das mais conhecidas obras sobre o evangelho de Marcos escritas entre 1966 e 1996, acessíveis em português e espanhol. A ordem seguida foi a da data da publicação original. Publicado em 1997 – Última atualização: 2020. Leia mais
O contexto da Obra Histórica Deuteronomista
A maior parte das questões sobre a Obra Histórica Deuteronomista (OHDtr), composta pelos livros de Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel e 1 e 2 Reis, ainda não foram satisfatoriamente respondidas. Como, por exemplo: Quem escreveu esta obra? Quando? Quantas modificações sofreu? Onde começa? Qual o seu objetivo? A proposta deste artigo é apontar, apesar de todas estas questões, o contexto em que a OHDtr foi escrita. Vamos começar em 745 a.C. Publicado em 2005 – Última atualização: 2024. Leia mais
O discurso de Jeremias contra o Templo
Este artigo trata de uma intervenção do profeta Jeremias no Templo de Jerusalém, narrada em seu livro em duas diferentes versões: Jr 7,1-15, com destaque para o conteúdo de sua fala, e Jr 26,1-24 que conta as circunstâncias do acontecimento. Jeremias denuncia a redução da aliança Iahweh-Israel a uma aparência mantida através do ritualismo celebrado no Templo. A ética profética que aí aparece é uma apaixonada defesa da fé javista como ortopráxis, como vivência da justiça social. E, por outro lado, uma violenta denúncia da ortodoxia como camuflagem de práticas antijavistas. Publicado em 2016 – Última atualização: 2019. Leia mais
O discurso socioantropológico: origem e desenvolvimento
O objetivo deste artigo é esboçar um panorama da origem e do desenvolvimento de duas ciências sociais que estão sendo hoje muito utilizadas na leitura da Bíblia. Trata-se da sociologia e da antropologia cultural ou social, somadas no discurso que caracterizamos como socioantropológico. Em inglês, a terminologia comumente utilizada é Social-Scientific Criticism. Publicado em 2000 – Última atualização: 2020. Leia mais
O relato de uma prática: roteiro para uma leitura de Marcos
Convido o leitor para uma visita ao evangelho de Marcos. E recomendo um roteiro para uma leitura contínua do texto. Proponho seguirmos os passos de Jesus e dos personagens que se movimentam ao seu redor, segundo o relato de Marcos. Descobriremos que a Boa-Nova foi anunciada em um contexto de intenso conflito e expectativa, e que o evangelho foi escrito para preservar uma memória proibida que alimentava a luta dos oprimidos. Publicado em 1989 – Última atualização: 2020. Leia mais
Os Congressos da SOTER de 2002 até hoje
Leia sobre os Congressos da SOTER, de 2002 até hoje. A SOTER, Sociedade de Teologia e Ciências da Religião, é uma sociedade civil, sem fins lucrativos, fundada em julho de 1985 por um grupo de teólogos e teólogas católicos de várias regiões do Brasil. Seus objetivos são incentivar e apoiar o ensino e a pesquisa no campo da Teologia e das Ciências da Religião; divulgar os resultados da pesquisa; promover o serviço dos teólogos a comunidades e organismos eclesiais na perspectiva da opção preferencial pelos pobres; facilitar a comunicação e a cooperação entre os sócios e defender sua liberdade de pesquisa. Publicado em 2002 – Última atualização: 2024. Leia mais
Os essênios: a racionalização da solidariedade
Em fins de 1946 três jovens beduínos descobriram alguns manuscritos antigos dentro de uma gruta na região do Mar Morto, nas vizinhanças de Qumran. Foi apenas o começo da mais importante descoberta de manuscritos do século XX. No total, cerca de mil documentos foram recuperados em 20 grutas no deserto de Judá entre os anos de 1946 e 1966. Muitos estudiosos identificam os moradores de Qumran com os essênios. Para os essênios, a antiga solidariedade israelita baseada nas relações de parentesco tornara-se inviável na sociedade helenizada que dominava a Palestina. Mas, na comunidade, a solidariedade torna-se independente e é racionalizada em normas éticas, cuja validade fica assegurada através de um pacto rigoroso que insiste na construção de relações pessoais e recíprocas. Publicado em 1995 – Última atualização: 2021. Leia mais
Os essênios e os manuscritos do Mar Morto
Em fins de 1946 três jovens beduínos da tribo dos ta’amireh, que pastoreavam seus rebanhos em um oásis próximo ao Mar Morto, na Palestina, descobriram acidentalmente alguns manuscritos antigos dentro de uma gruta. Foi apenas o começo da mais importante descoberta de manuscritos do século XX. No total, cerca de mil documentos foram recuperados em 20 grutas no deserto de Judá, entre os anos de 1946 e 1966. Destes, em 11 grutas próximas às ruínas de Qumran, foram encontrados 11 manuscritos mais ou menos completos e milhares de fragmentos de outros cerca de 600 a 800 manuscritos em pergaminho e papiro. Publicado em 1996 – Última atualização: 2020. Leia mais
Os impérios não têm coração. A cidade grega e a etnia judaica
A noção grega de Estado é concretizada no Oriente ou na pólis, uma associação de cidadãos livres e autônomos baseada na vizinhança, ou no éthnos, uma relação de parentesco baseada na solidariedade dos laços de sangue. Judá é e permanece um éthnos também na administração selêucida. Mas a lei, baseada na vontade do rei selêucida – que reivindica tal direito como “direito de lança” por ser o conquistador – e não nas tradições dos antepassados codificadas na Torá, cria condições para que a aristocracia judaica substitua as leis étnicas por leis políticas. Publicado em 1997 – Última atualização: 2020. Leia mais
Os instrumentos da helenização
A chegada dos poderosos exércitos macedônios com Alexandre Magno em 332 a.C., mas, principalmente, as várias guerras travadas por seus sucessores na regiões da Síria e da Palestina constituem, sem dúvida, eficaz elemento de helenização das populações locais. A fundação de novas cidades ou a transformação de várias cidades orientais em póleis constituem outro mecanismo fundamental de mudança de mentalidade e estilo de vida. Nas cidades, a língua grega que se difunde sempre mais e a educação aristocrática desenvolvida nos ginásios completam este quadro de transformação social, levando à assimilação de grandes camadas da população à nova realidade. O assunto deste artigo é este: verificar como os vários mecanismos da sociedade e da cultura grega carreiam para a Palestina os valores do dominador estrangeiro. Publicado em 1999 – Última atualização: 2019. Leia mais
Os mitos judaicos e a nossa realidade
A serpente que tenta Eva no paraíso, a árvore que produz um fruto proibido, Caim que assassina seu irmão Abel, Noé e sua arca cheia de animais sobrevivendo ao dilúvio, a torre de Babel que confunde as línguas: temas tão antigos, contados na linguagem do mito, mas que continuam extremamente atuais. Devem ser lidos para fazer a gente pensar e tomar uma atitude. Não para pensarmos no que aconteceu antigamente, mas para enxergarmos melhor o está acontecendo hoje e ver o que é possível fazer para melhorar o mundo. Publicado em 1995 – Última atualização: 2020. Leia mais
Paideia grega e apocalíptica judaica
O artigo mostra a reação de Israel ao processo de helenização, especialmente a partir do segundo século antes de Cristo, quando surge a apocalíptica judaica. Esse movimento, de cunho mais literário, é uma radicalização da escatologia já existente em Israel, com a finalidade de resistir à destruição da identidade e dos valores ético-religiosos do povo judeu. Como exemplo dessa reação, é analisado um texto apocalíptico do livro de Daniel: 2,1-49. Face ao imperialismo, a sobrevivência passa pela convicção de que nem a sabedoria nem o poder humano podem confrontar o Deus verdadeiro de Israel. Publicado em 2012 – Última atualização: 2020. Leia mais
Pode uma 'História de Israel' ser escrita?
Um grupo de 21 pesquisadores iniciou o Seminário Europeu de Metodologia Histórica em 1996. O seminário incluía, quando fundado, 21 pesquisadores de 18 universidades e 9 países europeus. O artigo investiga algumas publicações de membros do Seminário Europeu de Metodologia Histórica, que funcionou de 1996 até 2012, realizando 17 encontros, e define sua posição na pesquisa atual da História de Israel. Publicado em 2001 – Última atualização: 2023. Leia mais
Por que milagres? O caso da multiplicação dos pães
Hoje milagre é visto como algo acima ou contra as leis que regem o mundo e as nossas vidas. Para as pessoas que professam alguma crença religiosa, o milagre, estando do lado do sobrenatural, está do lado de Deus ou dos seus intermediários, em oposição ao  mundo natural dos homens. É visto, neste caso, como uma intervenção divina vinda de fora, alterando a ordem natural dos acontecimentos. E na Bíblia? Será essa a noção de milagre? O que é milagre na Bíblia? O desafio que lanço ao leitor é o seguinte: lermos juntos o milagre da multiplicação dos pães, de Mc 6,30-44, para entendermos o texto e, talvez, respondermos a algumas destas perguntas.Publicado em 1989 – Última atualização: 2020. Leia mais
Quem são os judeus? Falam autores gregos antigos
Como é que os gregos antigos veem os judeus? Existe compreensão e aceitação de sua cultura ou não? Constituem os judeus um povo a ser respeitado ou “civilizado”? Como é de se esperar, não temos uma opinião abrangente dos gregos sobre os judeus. O homem grego comum não pode mais testemunhar nesta questão. Mas há os escritos de vários autores da época. E através deles podemos perguntar aos gregos: Quem são, para vocês, os judeus? O artigo analisa as respostas de 18 autores gregos antigos. Publicado em 1998 – Última atualização: 2019. Leia mais
Quem somos nós? Falam autores judeus antigos
A partir do século III a.C., com a assimilação da língua e dos gêneros literários gregos, vários judeus tentam explicar aos seus conterrâneos e aos gregos cultos, especialmente de Alexandria, que o judaísmo é uma religião respeitável e recomendável pela sua antiguidade e pelos feitos de seus líderes. Escrevendo em grego, e em gêneros literários gregos – da historiografia à filosofia – autores como Aristeias, Artápano, Teodoto, Jasão de Cirene e outros nos legam uma literatura de apologia do judaísmo, mas que é, ao mesmo tempo, excelente testemunho da resistência e da submissão desse povo e dessa cultura ao dominador grego. Neste artigo, proponho a abordagem, em um primeiro momento, desta literatura de um modo geral e, em seguida, da Carta de Aristeias a Filócrates e de alguns historiadores como Demétrio, Eupólemo, o Samaritano anônimo, Artápano e o Pseudo-Hecateu. Publicado em 1998 – Última atualização: 2019. Leia mais
Religião e formação de classes na antiga Judeia
Este artigo é um resumo do livro Religião e formação de classes na antiga Judeia: estudo sociorreligioso sobre a relação entre tradição e evolução social, do alemão Hans G. Kippenberg. O livro procura relacionar o conteúdo das tradições religiosas judaicas com a vida social dos judeus. Duas tendências antagônicas, isto é, a de formação de classes sociais e aquela da solidariedade, formam dois complexos divergentes de tradição que fundamentam os conteúdos religiosos dos movimentos judaicos de resistência. Publicado em 2013 – Última atualização: 2021. Leia mais
Salmo 12: a denúncia profética da corrupção
Este é um salmo de exortação profética contra os ímpios. O profeta, no meio da multidão reunida para uma festa, denuncia aqueles que são infiéis à aliança por seus atos, sobretudo a injustiça e a apostasia. Vamos acompanhar a leitura do salmo 12 com dois olhares: um voltado para o passado, outro para o presente. No passado, vamos investigar o contexto, o sentido e as propostas do salmo 12. No presente, abordaremos o tema da corrupção, tratado pelo salmo, e tão em evidência nos dias que correm. Publicado em 1988 – Última atualização: 2020. Leia mais
Sobre a Teologia e novos paradigmas
A questão dos “novos paradigmas” é abordada por meio de uma aproximação da teologia com crises profundas vividas por Israel, mostrando a necessidade de se reinventar a sociedade face aos desafios históricos que constantemente se apresentam. Hoje, a teologia expulsa do paraíso de suas alianças e seguranças, vê-se diante da necessidade de recuperar sua força profética e seu compromisso com a vida, para ser instrumento útil na construção do shâlôm. Publicado em 1997 – Última atualização: 2020. Leia mais
SOTER '96: Teologia e novos paradigmas
Belo Horizonte, 8 a 12 de julho de 1996: neste local e data um pouco mais de 100 teólogos e teólogas de todo o Brasil encontraram-se para mais um Congresso da SOTER, que teve como tema básico Teologia e Novos Paradigmas. A SOTER, Sociedade de Teologia e Ciências da Religião, é uma sociedade civil, sem fins lucrativos, fundada em julho de 1985 por um grupo de teólogos e teólogas católicos de várias regiões do Brasil. Publicado em 1996 – Última atualização: 2019. Leia mais
SOTER '98: Experiência religiosa. Risco ou aventura?
O Congresso da SOTER, Sociedade de Teologia e Ciências da Religião, trabalhando sobre o tema Experiência Religiosa: Risco ou Aventura? foi realizado com sucesso em Belo Horizonte, de 6 a 10 de julho de 1998. Cerca de 170 teólogos, teólogas, cientistas da religião e áreas afins estiveram presentes. Destaque, entre os participantes, para alguns dos teólogos e cientistas da religião que mais produzem em nosso país, como João Batista Libânio, Clodovis Boff, Carlos Mesters, Alberto Antoniazzi, Pedro Ribeiro de Oliveira, Luiz Roberto Benedetti, Márcio Fabri dos Anjos, José Comblin, Mário de França Miranda, Maria Clara Bingemer, Ana Maria Tepedino, Walter Altmann, Francisco Catão, José Bittencourt Filho, Cleto Caliman e tantos outros. Publicado em 1998 – Última atualização: 2019. Leia mais
SOTER '99: Um olhar interdisciplinar sobre o Universo
O Congresso da SOTER, Sociedade de Teologia e Ciências da Religião, trabalhando sobre o tema Mysterium Creationis. Um Olhar Interdisciplinar sobre o Universo foi realizado com sucesso em Cachoeira do Campo, MG, de 5 a 9 de julho de 1999. Cerca de 120 teólogos, teólogas, cientistas da religião e áreas afins estiveram presentes. Publicado em 1999 – Última atualização: 2019. Leia mais
SOTER 2000: Teologia latino-americana - prospectivas
Realizou-se em Belo Horizonte, nos dias 24-28 de julho de 2000, o Congresso da SOTER, Sociedade de Teologia e Ciências da Religião. O tema, neste ano de balanços, foi Teologia na América Latina: Prospectivas. Do Congresso, que contou, pela primeira vez, com a participação de vários países da América Latina, participaram 234 teólogos, teólogas e cientistas da religião. Destes, 77 vieram da Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, México, Peru e Uruguai, além de convidados da Áustria, Canadá, Espanha, Estados Unidos e Itália. Publicado em 2000 – Última atualização: 2019. Leia mais
SOTER 2001: práticas sociais e pensar teológico
No Congresso 2001 a SOTER se une em diálogo com o movimento social: político, econômico, movimentos de gênero, de cultura, movimento pela terra, pelo pão. Práticas sociais, modelos de sociedade e pensar teológico, uma questão de fidelidade criativa. O Congresso da SOTER 2001 contou com a participação de 135 teólogos/as e cientistas da religião, dos quais 90 são sócios da SOTER, sendo os outros de diversos países das Américas e da Europa e 23 assessores. Publicado em 2001 – Última atualização: 2019. Leia mais
Superando obstáculos nas leituras de Jeremias
Nos anos 90 publiquei Nascido Profeta: a vocação de Jeremias. São Paulo: Paulus, 1992. Neste livro trato da vida Jeremias a partir de sua vocação, narrada em Jr 1,4-19. E, em determinado ponto, a questão do “ser profeta” precisou ser colocada. E não só em 600 a.C., mas também hoje. Podemos falar de profetas e profecia hoje? Vale a pena ser profeta? Como ler os profetas hoje? Como ler Jeremias hoje? Hoje, retomo estas questões. Publicado em 2010 – Última atualização: 2022. Leia mais
Todos comeram e ficaram saciados: o milagre da multiplicação dos pães
Para compreendermos o milagre da multiplicação dos pães, de Mc 6,30-44, devemos fazer seis coisas: 1. Uma leitura de Mc 6,30-44; 2. Leitura de mais cinco textos onde aparecem outros relatos da multiplicação dos pães; 3. Perguntamos a Marcos por que ele contou este episódio neste lugar do evangelho; 4. Por falar em milagre, é bem possível que houvesse naquele tempo uma maneira costumeira de contar um fato desse tipo; 5. Perguntamos: qual é o recado que Marcos quer dar ao seu leitor? 6. Agora talvez possamos descobrir o sentido do texto para nós, leitores a quase dois mil anos de distância. Publicado em 1985 – Última atualização: 2020. Leia mais
Vale a pena ler os profetas hoje?
O artigo propõe a investigação de alguns dos obstáculos hermenêuticos mais frequentes na leitura dos textos proféticos. Obstáculos hermenêuticos são armadilhas do pensamento. Isto servirá de alerta e alarme para nós. Pois só uma constante vigilância ideológica manterá aberta a nossa mente para a experiência do nascimento do sentido que acontece na operação de leitura dos textos proféticos. Publicado em 2000 – Última atualização: 2020. Leia mais

Última atualização: 26.10.2024 – 16h39