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7.2. A situação da Palestina de 323 a 301 a. C.
Qual é a situação da Palestina neste período de 22 anos de conflito entre os herdeiros de Alexandre?
É claro que há uma enorme dificuldade de se seguir uma política coerente, pois os senhores da região mudam constantemente.
Entre 323 e 301 a.C. a Palestina é cruzada cerca de oito vezes por exércitos em luta. Daí as desgraças que atingem a região: pilhagens, requisições, deportações, desmantelamento de defesas e bens imóveis para prejudicar o inimigo, sustento das guarnições etc.
Ptolomeu I, por exemplo, na sua luta pela posse da Celessíria, toma Jerusalém em 312 a.C., deportando alguns milhares de judeus para o Egito. A maioria é destinada ao trabalho escravo das minas e da agricultura[7].
Aliás, somadas às migrações e aos mercenários, tais situações acabam aumentando espetacularmente o número de judeus no Egito, fazendo da diáspora alexandrina a maior comunidade judaica fora de Israel.
Entretanto, é muito difícil calcular a população judaica da diáspora. Os dados são escassos e problemáticos. Em Alexandria, porém, dois dos cinco bairros da cidade são ocupados prioritariamente por judeus. A cidade possui, na época romana, cerca de 1 milhão de habitantes e a comunidade judaica alcança o significativo número de 200 a 400 mil pessoas[8].
Apesar das atribulações, as guerras trazem também alguns benefícios para a região. A presença do exército macedônio, seja sob o comando de Pérdicas, Antípater, Eumênio ou Antígono, produz uma movimentação política e econômica incomum na Palestina. A região da Síria, na verdade, acaba ficando bem no centro das disputas entre os diádocos.
Junto com o exército vem o comércio, pois milhares de civis acompanham as tropas: mercadores, traficantes de despojos, escravos, mulheres, crianças… Os veteranos se fixam nas colônias militares, núcleos de futuras cidades.
A guerra coloca em circulação, além disso, enormes quantias de dinheiro. As grandes construções navais – pois esquadras são montadas e destruídas – fazem prosperar as cidades da costa[9].
7.3. As guerras sírias entre Ptolomeus e Selêucidas
O domínio dos Ptolomeus sobre a Celessíria dura 103 anos. Durante todo este tempo Ptolomeus e Selêucidas lutam pela Síria. Os Ptolomeus, porque não podem se sentir seguros no Egito se suas fronteiras não estiverem protegidas pela Celessíria. E também por razões comerciais: a posse dos portos da Celessíria lhes garante o controle do Mediterrâneo Oriental e a ligação com a terra-mãe, a Macedônia. Os Selêucidas lutam pela região porque precisam cortar as bases dos Ptolomeus instaladas na costa da Ásia Menor. Deste conflito decorrem as chamadas “guerras sírias”[10].
A 1ª guerra síria (274-271 a.C.) é um confronto entre Ptolomeu II Filadelfo, de Alexandria, e Antíoco I Soter, de Antioquia. A guerra começa com a invasão da Síria por Ptolomeu II, que é repelido. Outra invasão leva-o a algumas vitórias. Todo o episódio é extremamente confuso pela quase total ausência de documentos[11].
A 2ª guerra síria (260-253 a.C.) coloca frente a frente Ptolomeu II Filadelfo e Antíoco II Theos. Antíoco II retoma as cidades da Ásia Menor que Ptolomeu II incorporara ao seu reino. A região da Celessíria fica fora da guerra.
A paz é feita quando Ptolomeu II cede aos Selêucidas suas possessões da Ásia Menor, menos a Cária, e dá sua filha Berenice em casamento a Antíoco II. Mas este deve repudiar sua esposa Laodice e os filhos que teve com ela. O acordo e o casamento são realizados. Parece que Ptolomeu II procura construir, assim, a médio prazo, um direito dinástico sobre o reino dos Selêucidas, direito a ser reivindicado na hora certa.
Só que alguns anos depois, após a morte de Antíoco II, desaparecido em circunstâncias misteriosas, talvez assassinado por Laodice, Berenice e seu filho são assassinados, agora, com certeza, por Laodice.
A 3ª guerra síria (246-241 a.C.) acontece entre Ptolomeu III Evergetes e Selêuco II Calínicos. Motivado pelo assassinato de sua irmã Berenice – ou talvez chamado por ela em seu socorro, quando Antíoco II ao morrer em Éfeso, onde vivia Laodice, nomeia Selêuco, seu filho mais velho com Laodice, para sucedê-lo -, Ptolomeu III invade a Síria e obtém grandes vitórias, chegando até a Mesopotâmia.
Selêuco II, entretanto, consegue retomar as cidades conquistadas pelos Ptolomeus. Em seguida, Selêuco II tenta tomar a Celessíria, mas é repelido por Ptolomeu III.
Estas três primeiras guerras sírias quase não afetam a região de Judá. Há, por isso, um período de relativa paz, que favorece o desenvolvimento da região sob a administração ptolomaica. O crescimento econômico acontece especialmente sob o governo de Ptolomeu II Filadelfo (285-246 a.C.).
A 4ª guerra síria (221-217 a.C.) é entre Ptolomeu IV Filopator e Antíoco III, o Grande: Antíoco III tenta tomar a Celessíria, mas é barrado pelas forças ptolomaicas no ano de 221 a.C.
Em 219 a.C. Antíoco III avança novamente através da Celessíria e vence cidade após cidade, até atravessar a Palestina em 218 a.C. Em 217 a.C. os dois exércitos, selêucida e ptolomaico, travam grande batalha perto de Ráfia, no sul da Palestina, e Antíoco III é derrotado. A Celessíria retorna às mãos dos Ptolomeus.
A 5ª guerra síria (202-198 a.C.) se dá entre Ptolomeu V Epífanes e Antíoco III, o Grande. Quando morre Ptolomeu IV Filopator, o herdeiro, Ptolomeu V, tem apenas 5 anos de idade. A tutela e a regência ficam com os ministros Sosíbio e Agátocles.
Com o Egito assim enfraquecido, Antíoco III e Filipe V, da Macedônia, planejam reparti-lo entre si. Antíoco III invade a Celessíria e quase não encontra resistência, a não ser em Gaza. Agátocles é assassinado e Scopas dirige o exército ptolomaico que, em 198 a.C., é totalmente derrotado por Antíoco III em Panion (Baniyas), no norte da Palestina. O Egito só não é tomado porque Roma o proíbe a Antíoco III. A Celessíria, porém, será, daqui para a frente, selêucida. E os judeus de Jerusalém mudam, mas uma vez, de dono.
7.4. Alexandria e os judeus
O governo dos Ptolomeus se faz a partir de Alexandria. Como é Alexandria? Qual é a sua relação com o Egito? Como vivem aí os judeus?
Alexandria está localizada a oeste do delta do Nilo, no istmo entre o Mar Mediterrâneo e o lago Mareótis, perto do braço canópico do Nilo.
Construída segundo uma forma alongada, a forma de uma clâmide[12], tem um perímetro de mais de 15 km. Alexandria tem 5 bairros, com os nomes das 5 primeiras letras do alfabeto grego. O plano da cidade é do ródio Deinócrates: duas vias principais de 30 metros de largura cruzam-se em ângulos retos.
Este plano é conhecido como hipodâmico. Como explica P. Lévêque, “o urbanismo hipodâmico apareceu cerca de 480. A tradição liga-o ao nome de Hipódamo de Mileto, um filósofo (pitagórico?) que de fato parece ter sintetizado as pesquisas anteriores efetuadas especialmente nas cidades coloniais. Está fundado em dois princípios novos: 1) as ruas cortam-se em ângulo reto, o que produz uma disposição em tabuleiro de xadrez, sem que, aliás, existam dois eixos principais, como virá a ser o caso nas criações romanas; 2) o plano quer-se funcional e reserva, por exemplo, bairros especiais para o porto, os edifícios públicos, o habitat”[13].
Os monumentos que se destacam em Alexandria são o ginásio, o tribunal, o túmulo de Alexandre, o palácio, a biblioteca, o museu e o teatro.
A biblioteca de Alexandria, a maior e mais célebre das bibliotecas da antiguidade, é fundada por Ptolomeu I e notavelmente aumentada por Ptolomeu II. Localizada no bairro real, próxima ao Museu, é complementada por outra localizada no Serapeum (o templo de Serápis). A biblioteca teria chegado a possuir cerca de 700 mil volumes, segundo autores antigos, como Aulo Gélio, gramático latino do século II d.C. que vive em Atenas. Em 47 a.C., por acidente, cerca de 40 mil volumes são destruídos pelo fogo. E em 642 d.C. a biblioteca teria sido queimada por ordem do califa Omar, conquistador árabe da região.
L. Canfora acredita que “os gregos não aprenderam a língua de seus novos súditos, mas compreenderam que, para dominá-los, era preciso entendê-los, e que para entendê-los era necessário traduzir e reunir seus livros. Assim nasceram bibliotecas reais em todas as capitais helênicas: não apenas como fator de prestígio, mas também como instrumento de dominação”[14].
O Museu, anexo ou próximo à biblioteca, é uma academia literária fundada por Ptolomeu II. O Museu é sustentado pelo Estado e ali os sábios convivem, discutem e produzem a ciência da época. Um poeta e filósofo satírico grego do século III a.C., que vive na corte de Ptolomeu II Filadelfo, de nome Timão, chama o Museu de “gaiola das Musas”, onde “são criados uns garatujadores livrescos que se bicam eternamente”[15].
O porto é dividido em dois pelo Heptastádio, um paredão de cerca de 1.250 metros que liga a ilha de Faros à terra firme. O Farol, obra de Sóstrato de Cnido, tem três andares e 110 metros de altura. Sua construção se dá no começo do reinado de Ptolomeu II Filadelfo (285-247 a.C.).
Autores antigos nos falam de Alexandria, entre eles Estrabão e Diodoro[16]:
Estrabão XVII,I,8 diz o seguinte:
“A cidade tem a forma de uma clâmide, cujos lados maiores são aqueles banhados pelas águas: eles têm cerca de 30 estádios [o equivalente a 5,5 km], enquanto que de largura os istmos encerrados entre o mar e o lago têm cada um de 7 a 8 estádios. Todas as ruas permitem a circulação a cavalo ou de carro, mas há duas cuja largura excepcional excede um pletro [cerca de 30 metros] e que se cruzam em ângulo reto. A cidade tem jardins públicos muito belos, assim como palácios reais que ocupam um quarto ou um terço de sua superfície”[17].
Diodoro XVII,52,1-5 descreve do seguinte modo as características de Alexandria:
“Como decidira fundar no Egito uma grande cidade, ele [Alexandre] ordenou às pessoas que deixou no local com esta missão que a edificassem entre o lago e o mar. Uma vez medido o terreno e dividido em bairros segundo todas as regras da arte, o rei deu à cidade o nome de Alexandria, tirado de seu próprio nome. Ela está muito favoravelmente situada perto do porto de Faros, e o hábil traçado das ruas, que é obra do rei, faz com que ela seja atravessada pelo sopro dos ventos etésios. Como estes sopram sobre as vastas extensões do mar, e refrescam o ar da cidade, o rei dotou os habitantes de Alexandria de um clima temperado, ótimo para a saúde. Ele lançou igualmente as fundações da muralha, que é de uma dimensão extraordinária e de uma solidez impressionante. Situada, com efeito, entre um grande lago e o mar, ela possui apenas duas vias terrestres de acesso, estreitas e fáceis de vigiar. A forma que ele lhe deu é bastante próxima à de uma clâmide, com uma grande avenida que corta a cidade pelo meio, uma maravilha por suas dimensões e sua beleza. Ela se estende de uma ponta a outra com um comprimento de quarenta estádios e uma largura de um pletro [cerca de 30 metros] e ela é toda ornada de edifícios suntuosos, casas e templos. Alexandre ordenou também que se edificasse um palácio: esta grande e poderosa obra é também uma maravilha. Após Alexandre, praticamente todos os reis do Egito até hoje têm acrescentado ao palácio edifícios suntuosos. Enfim, a cidade adquiriu em seguida uma tal extensão que muitas a consideram como a primeira do mundo. De fato, por sua beleza, suas dimensões, a abundância das rendas públicas e de tudo aquilo que faz o prazer da existência, ela ultrapassa, de longe, as outras”[18].
Alexandria é praticamente a única cidade do Egito, pois as outras duas que têm o estatuto de pólis, Náucratis e Ptolemaida, não podem rivalizar com ela.
Segundo P. Lévêque, três fatores explicam o enorme desenvolvimento de Alexandria:
. é a capital dos Ptolomeus e toda a burocracia do reino lágida aí se concentra
. é o centro de intensa atividade econômica, o único verdadeiro porto do Egito no Mediterrâneo, importa e exporta inúmeros produtos
. é um dos centros culturais mais importantes do mundo grego[19].
Do ponto de vista cultural basta que nos lembremos de Eratóstenes, um dos diretores da biblioteca de Alexandria, matemático e geógrafo, que calcula a circunferência da terra; Aristarco de Samotrácia, outro diretor da biblioteca, gramático que prepara edições críticas de Homero, Hesíodo, Píndaro etc; Arquimedes, um dos maiores matemáticos da Antiguidade, provavelmente estuda em Alexandria, vivendo depois em Siracusa; Euclides, famoso matemático, que vive em Alexandria no século III a.C., desenvolvendo a geometria e a teoria dos números; Hiparco, nascido em 190 a.C., que inventa a trigonometria, calcula a duração do ano solar e cataloga estrelas; Apolônio de Rodes, gramático e poeta, diretor da biblioteca; Zenódoto de Éfeso, gramático, diretor da biblioteca. E por aí afora[20].
Entretanto, Alexandria é uma cidade totalmente isolada do Egito. Do ponto de vista comercial exporta vários produtos do campo egípcio, mas praticamente o Egito nada consome do que é produzido em Alexandria.
C. Préaux assim resume o caráter específico da economia de Alexandria: a cidade vive em simbiose com o rei. Sua manutenção é garantida pelo abundante trigo egípcio. Seus bancos fazem crescer a receita real. O rei, a corte e os gregos a serviço do rei são os clientes da indústria e do comércio. Alexandrinos controlam a Celessíria, conquistada pelos Ptolomeus. Alexandria é um entreposto de produtos da África e do Oriente, que aí chegam por via terrestre e marítima[21].
Já dissemos que os judeus são numerosos em Alexandria. Qual é a sua situação?
Os judeus ocupam dois dos cinco bairros de Alexandria. Exercem, em todo o Egito – pois não estão apenas em Alexandria – várias profissões: são soldados, agricultores, artesãos, funcionários. Mais raramente comerciantes. E nisto diferem da imagem clássica que temos do judeu, que é uma imagem medieval.
Os judeus, segundo a Carta de Aristeias a Filócrates, têm um políteuma em Alexandria[22]. Esta Carta é o primeiro documento que menciona esta comunidade. Falando da leitura da versão grega da Bíblia, conhecida como a LXX, diz o texto:
“Enquanto se liam os rolos, puseram-se de pé os sacerdotes, os anciãos da delegação de tradutores, os representantes da comunidade (kaì tôn apó tou politéumatos) e os chefes da população e disseram…”[23].
Os judeus têm em Alexandria um etnarca, certamente escolhido pela comunidade e referendado pelo rei. O etnarca exerce funções administrativas e judiciárias. Não se sabe bem o alcance dessas funções judiciárias: as sentenças são executadas pela comunidade judaica ou por instâncias reais? O etnarca tem competência jurídica sobre todos os casos ou somente sobre aqueles em que a lei judaica difere do direito grego?[24].
O políteuma é um recurso que permite às comunidades preservarem sua cultura e seus direitos. É uma espécie de cidade dentro da cidade, como a própria etimologia do nome indica (do grego pólis = “cidade” + sufixo que indica o resultado da ação). E por isso os judeus não têm o título de cidadãos de Alexandria. A cidadania alexandrina exigiria do judeus um modo de vida que violaria as regras específicas da Lei judaica, especialmente no que se refere às práticas alimentares. Ser “”cidadão” e ser “diferente” – como são os judeus – é impossível[25].
É A. Paul quem explica: “Segundo a tradição grega antiga, a primeira condição para alguém adquirir a ‘cidadania’ ou a politeía era a educação recebida no ginásio com a formação específica no ephebeîon. Em Alexandria provavelmente era este o meio habitual para se obter legalmente o título de cidadão, título que a administração real confirmava quase automaticamente. À diferença da época romana, com seus rigorosos critérios de raça, o período dos Ptolomeus foi um pouco laxo neste ponto. Para os judeus, todavia, a politeía, ou ‘cidadania’ grega total (isopoliteía) significava inegavelmente a apostasia”[26].
[7]. Cf. ABEL, F.-M. o. c., p. 30-32.
[8]. Cf. esta questão em SAULNIER, C. Histoire d’Israel III, p. 286-287.
[9]. Cf. ABEL, F.-M. o. c., p. 39-43.
[10]. Cf. PRÉAUX, C. o. c., p. 139-155; WILL, E. o. c., p. 146-150; 234-261; vol. 2, 1982, p. 26-44; 118-121; ABEL, F.-M. o. c., p. 44-87. Sobre a 4ª e a 5ª guerras sírias temos boas informações em POLÍBIO História V, 63-87; XVI, 18-19. Brasília: Editora da UnB, 1985, p. 293-311; 457-458.
[11]. Estes títulos dos reis helenísticos – Soter, Filadelfo, Theos, Evergetes, Epífanes etc. – lhes são, em geral, atribuídos por cidades às quais eles prestam algum serviço ou libertam de algum inimigo. Ptolomeu I, por exemplo, é chamado de Soter, “Salvador”, porque salvou os ródios de um cerco imposto por Demétrio. Evergetes significa “Benfeitor”, Epífanes é o “Manifesto”, Theos é o “deus” etc. Cf. PRÉAUX, C. o. c., p. 194-195;245-251.
[12]. A clâmide é um manto grego que se prende por um broche no pescoço ou no ombro direito.
[13]. LÉVÊQUE, P. O mundo helenístico, p. 63, nota 3.
[14]. CANFORA, L. A biblioteca desaparecida. Histórias da biblioteca de Alexandria. São Paulo: Companhia das Letras, 1989, p. 28. Cf. também PRÉAUX, C. Le monde hellénistique I, p. 233-238.
[15]. Cf. CANFORA, L. o. c., p. 39-45; PRÉAUX, C. o. c., p. 231-233. O nome “museu” vem das musas, que na mitologia grega são as nove deusas da literatura e das artes. Cada uma delas se relaciona com uma arte: Calíope, com a poesia épica; Clio, com a história; Euterpe, com a música para flauta; Melpomene, com a tragédia; Terpsicore, com a dança; Erato, com a música para lira; Polímnia, com os cantos sacros; Urânia, com a astronomia e Talia, com a comédia.
[16]. Estrabão é um geógrafo grego que vive de 63 a.C. a 20 d.C. Após se instalar em Roma, em 29 a.C., produz uma importante obra de geografia universal. Diodoro Sículo, historiador grego romanizado do século I a.C., publica, em 21 a.C., uma história universal que abrange desde os tempos mitológicos até a conquista da Gália por César (58-51 a.C.)
[17]. Cf. PRÉAUX, C. Le Monde hellénistique. La Gréce et l’Orient (323-146 av. J.-C.) II. 4. ed. Paris: Presses Universitaires de France, 2002, p. 497.
[18]. Cf. SAULNIER, C. Histoire d’Israel III, p. 359-360.
[19]. Cf. LÉVÊQUE, P. O mundo helenístico, p. 69.
[20]. Cf. HARVEY, P. Dicionário Oxford de literatura clássica grega e latina, respectivos verbetes.
[21]. Cf. PRÉAUX, C. Le monde hellénistique II, p. 510-511.
[22]. “O autor se faz passar por um grego, adorador de Zeus, que escreve a seu amigo Filócrates para lhe relatar sua embaixada junto ao sumo sacerdote Eleazar. Trata-se, de fato, de um escrito judeu, profundamente marcado pelas categorias do pensamento helênico. A data desta obra é discutida, entretanto a hipótese mais razoável parece ser a que se situa na metade do século II a.C.”, explica SAULNIER, C. Histoire d’Israel III, p. 365.
[23]. CARTA DE ARISTEAS A FILÓCRATES, 310. Em DIEZ MACHO, A. Apócrifos del Antiguo Testamento II. Madrid: Cristiandad, 1983, p. 61.
[24]. Cf., para esta questão, PRÉAUX, C. Le monde hellénistique II, p. 454-455. “Etnarca” significa aquele que governa uma etnia.
[25]. Cf. Idem, ibidem, p. 456.
[26]. PAUL, A. O judaísmo tardio, p. 119-120. Cf. a discussão sobre a cidadania dos judeus de Alexandria em STERN, M. Greek and Latin Authors on Jews and Judaism I, p. 399-403.
Última atualização: 31.07.2019 – 15h56